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DPC SEMESTRAL 
Legislação Penal Especial 
Gustavo Junqueira 
Data: 28/03/2013 
Aula 8 
 
DPC SEMESTRAL – 2013 
Anotador(a): Tiago Ferreira 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
RESUMO 
 
SUMÁRIO 
 
1) Lei de drogas - L 11.343/06. 
 
 
LEI DE DROGAS - L. 11.343/2006 
 
TRÁFICO 
 
 Artigo 36: Financiamento ao tráfico (Art. 33, caput e §1º e Art. 34). 
 
É o mais grave crime da L 11.343/06 - Pena de 08 a 20 anos de reclusão e 1500 a 4000 dias-multa. 
 
Polêmica / Problema: O financiamento está previsto como crime autônomo no artigo 36 e também como 
causa de aumento no artigo 40. A pergunta é: O financiador responde aonde? Na causa de aumento ou no 
crime autônomo? 
 
Respostas da doutrina: 
 
1ª posição: Para Vicente Greco, se traficar e financiar responde pelo tráfico com causa de aumento do 40. Se 
apenas financiar responde pelo crime autônomo. 
 
2ª posição: Paulo Queiroz diz que a causa de aumento é inaplicável. 
 
3ª posição: A causa de aumento é subsidiária, ou seja, incide no pequeno financiamento, na pequena ajuda. O 
crime autônomo incide no financiamento relevante (grande financiamento, grande ajuda). 
 
4ª posição: O crime autônomo é habitual e a causa de aumento eventual. 
 
Comentários Gerais: 
 
O mero consumidor não é enquadrado como financiador. 
 
O tipo consuma-se com a entrega de valores ou bens. É desnecessária a prática do efetivo ato de traficância. 
 
 Artigo 37: Informante colaborador para os crimes dos Arts. 33, caput e §1º, e 34. 
 
Diante da previsão legal anterior, trata-se de nova lei benéfica. Na antiga redação responderia como 
colaborador nas penas do crime de associação. Com o tipo específico a pena é diminuída para 02 a 06 anos 
(aqui engloba desde o fogueteiro até a pessoa que passa a informação). 
 
Se o autor é funcionário público e recebe vantagem, deverá responder em concurso com o crime de 
corrupção. 
 
 
2 de 5 
É desnecessária a condenação de terceiros pelo crime de associação. Basta a certeza de sua existência. 
 
Trata-se de exceção pluralista à teoria monista, pois o colaborador responderá por crime autônomo. 
 
Trata-se de crime instantâneo e não habitual. 
 
Prevalece na doutrina que é equiparado a hediondo (Vicente Greco, Nucci). 
 
Polêmica: E se a colaboração como informante for dirigida a uma só pessoa (fogueteiro de um só traficante, 
por exemplo): 
 
1ª posição: Tecnicamente deverá responder como partícipe no tráfico, pois não se subsume ao tipo especial 
do art. 37. 
 
2ª posição: É fato atípico, pois a única colaboração relevante tem como destinatário a associação. 
 
3ª posição: Deve ser aplicado o preceito primário do artigo 33 com as penas do Art. 37, por proporcionalidade. 
 
 Artigo 38: Crime culposo. 
 
Prescrever -Sem necessidade. 
 Droga, por culpa, em 03 situações: -Dose excessiva. 
Ministrar -Em desacordo com regulamentação. 
 
Se tais condutas forem praticadas dolosamente será tráfico. 
 
Prevalece (na doutrina) que no verbo “prescrever” é crime próprio de médico e dentista, e no “ministrar” 
incluem-se o farmacêutico e o enfermeiro. 
 
É possível tratar de erro de tipo se o médico é induzido a ministrar a droga sem necessidade. 
 
No verbo “prescrever” o tipo consuma-se com a entrega da receita. 
 
 Artigo 39: 
 
Conduzir embarcação ou aeronave após consumo de droga, expondo a dano potencial. 
 
Expor a dano potencial significa conduzir de forma anormal. É o que os tribunais chamam de perigo concreto 
(professor aponta que tal entendimento está errado - para a prova manter que é perigo concreto). 
 
Não alcança o álcool, pois o tipo fala em droga. 
 
A pena é constituída por privação de liberdade, multa E cassação da habilitação. A pena será mais alta se o 
veículo for de transporte coletivo de passageiros. 
 
*Os artigos 38 e 39 não são equiparados a hediondos. 
 
 
 
 
 
3 de 5 
 Artigo 40: Causas de aumento de 1/3 a 2/3 para os crimes 33 a 37 SE: 
 
I - A natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias dos fatos evidenciam 
a transnacionalidade do delito. 
 
É pacífica a desnecessidade de cruzar a fronteira para incidir a causa de aumento (Ex da pessoa que chega no 
aeroporto com a passagem internacional e desiste no guichê de embarque - circunstâncias evidenciam a 
transnacionalidade - incide a causa de aumento). 
 
É transnacional a infração se: 
a) Cometida no Estado; 
b) Cometida em um Estado, mas como parte de preparação, planejamento ou direção em outro; 
c) Há envolvimento de grupo criminoso que engaja atividades criminosas em mais de um Estado; 
d) É cometida em um Estado, mas tem efeitos em outro. 
 
O STJ já entendeu que não basta para a transnacionalidade ser cocaína, que presumidamente vem do exterior. 
 
Já entendeu o STJ (CC 34767) que a transnacionalidade exige dupla tipicidade. 
 
Se o tráfico for transnacional a competência é federal. 
 
II - Sujeito que prevalece de função pública, missão de educação, poder familiar, guarda ou vigilância. 
 
Exige-se relação com a função. 
 
III - “a infração tiver sido cometida nas dependências OU imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino 
ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, 
de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de 
serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades militares ou policiais ou 
em transportes públicos;” 
 
Se é na dependência ou imediação de lugares como prisão, local de ensino, sede estudantil etc. 
 
Não se exige relação com os frequentadores do local - Professor aponta inclusive que as denúncias 
apresentam fotos do Google maps para demonstrar apenas a proximidade do local, o que já é suficiente para 
incidir a causa de aumento. 
 
Vide acórdãos STJ: -HC 119635; 
 -HC 116051; Basta a proximidade. 
 -HC 118565. 
 
*Entendimento diverso: AC 109538. 
 
IV - Se o crime foi praticado com violência ou grave ameaça, arma de fogo ou processo de intimidação. 
 
*Haverá concurso entre o tráfico com causa de aumento e eventual crime de porte de armas ou 
correspondente à violência etc. 
 
V - Tráfico interestadual ou entre Estado e o DF. 
 
Desnecessário cruzar a fronteira entre os Estados (STF HC 99452 / STJ HC 109724). 
 
4 de 5 
 
VI - Se a prática envolve ou visa criança, adolescente, ou pessoa que tenha suprimida/diminuída a capacidade 
de autodeterminação (envolve tanto o “traficar com” como o “traficar para”). 
 
VII - Se o agente financia ou custeia o crime (vide comentários acima no Art. 36). 
 
 
Delação Premiada (Art. 41): 
 
Tem que ser indiciado OU acusado. 
 
A colaboração é voluntária e deve propiciar a identificação de colaboradores E a recuperação ao menos parcial 
do produto do crime. 
 
A redução será de 1/3 a 2/3, sendo que prevalece que os requisitos supra são cumulativos. 
 
Para Vicente Greco, se não há produto a recuperar, basta a identificação. 
 
O benefício é incomunicável. 
 
Não há diminuição de pena se a delação for ineficaz, ainda que sincera. 
 
Deve ser de fato uma delação eficaz - não configura uma premiação pelo simples arrependimento. 
 
A diminuição é ato do juiz, que dando sem efeito promessa ou acordo da autoridade policial ou do MP (não é 
bargain). 
 
 Artigo 43 - A multa no tráfico: 
 
No CP a multa vai de 10 a 360 dias-multa. O dia-multa vai de 1/3 a 05 x o salário mínimo, podendo triplicar. 
 
Na multa da L 11.343 (Arts. 33 - 39) o número de dias-multa está no tipo, sendo que o valor pode variar de 
1/30 a 5 x o salário mínimo, podendo decuplicar. 
 
 Artigo 44: 
 
Traz restrições aos artigos 33 caput, 33 §1º, 34 a 37. 
 
Muitas das restrições são semelhantes às dos crimes hediondos e, por isso, parte da doutrina entende queo 
rol indica as espécies equiparadas a hediondas. 
 
Não é o que prevalece porque o 35, por exemplo, conforme pacificado pelo STF, não é equiparado a hediondo 
(vale o conhecimento para provas escritas e orais). 
 
Quanto às restrições: 
 
É constitucional proibir o sursis - HC 101919 STF. 
 
A inafiançabilidade - prevalece ser constitucional. 
 
 
5 de 5 
Liberdade provisória - O pleno do STF entendeu ser inconstitucional tal previsão (HC 104339). 
 
Anistia, graça e indulto - Nas hipóteses de crimes equiparados a hediondos a restrição é constitucional, 
embora inócua - isso porque tal disposição já está na CF/88 (Art. 5º, XLIII). Aos crimes não equiparados como o 
Art. 35, é inconstitucional. 
 
Anistia vem de uma lei do congresso - uma lei (do congresso) negando, falando que a outra lei (do congresso) 
não pode, não faz sentido. 
Graça e indulto - inconstitucional porque quem dá o poder ao presidente é a CF/88 - se lei falar que não pode, 
será inconstitucional. 
 
A proibição de conversão em PRD é inconstitucional. 
 
Livramento condicional.

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