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Periodontia Pré-Clínica 
 
 
Sumário: 
 
1. Histórico e Conceitos da Periodontia.......................................................................................................... 02 
2. Anatomia e Histologia do Periodonto: Gengiva e Ligamento Periodontal................................................... 03 
3. Anatomia e Histologia do Periodonto: Osso Alveolar e Cemento Radicular................................................ 00 
4. Microbiologia das doenças periodontais.................................................................................................... 00 
5. Etiopatogenia da Doença Periodontal......................................................................................................... 00 
6. Classificação das doenças periodontais...................................................................................................... 00 
7. Gengivite.................................................................................................................................................... 00 
8. Periodontite................................................................................................................................................ 08 
9. Instrumental Periodontal............................................................................................................................ 12 
10. Controle Mecânico e Químico do biofilme.................................................................................................. 17 
11. Princípios da Cirurgia Periodontal............................................................................................................... 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AULA 1 - HISTÓRICO E CONCEITOS DA PERIODONTIA 
 
 
PERIODONTO: 
Função: Inserir o dente no tecido ósseo dos maxilares e manter a 
integridade da superfície da mucosa mastigatória da cavidade oral. 
Composto por: gengiva, ligamento periodontal, cemento radicular e osso 
alveolar (osso alveolar propriamente dito e processo alveolar) – os três 
últimos só são vistos histologicamente. 
 
FUNÇÕES DO PERIODONTO: 
• Unir o dente ao corpo - inserir o dente no tecido ósseo dos maxilares. 
• Resistir e dispersar as forças geradas pela mastigação, fala e deglutição. 
• Manter a integridade do corpo (da superfície da mucosa mastigatória da cavidade oral), separando os 
ambientes internos e externos (a gengiva, por exemplo, faz isso. Ela é a primeira proteção do meio interno 
das agressões do meio externo, funcionando como barreira). 
• Ajustar as alterações estruturais associadas a desgaste oclusal e envelhecimento. 
• Defesa contra influências do meio ambiente. 
 
HISTÓRICO: 
• As doenças gengivais e periodontais têm afligido a espécie humana desde os primórdios da história. 
• Afetou os primeiros humanos em diversas culturas, como o antigo Egito e a América pré-colombiana. 
• O cálculo e a doença sistêmica eram frequentemente postulados como causa dos distúrbios periodontais. 
• Entretanto, discussões metódicas e cuidadosamente ponderadas sobre terapêutica não existiam até os 
tratados árabes sobre cirurgia na Idade Média, e o tratamento moderno com textos ilustrados e 
instrumentação sofisticada não se desenvolveu até a época de Pierre Fauchard, no século XVIII, ele que 
escreveu em detalhes seus instrumentos periodontais e a técnica de raspagem para usá-los, além de cobrir 
todos os aspectos da prática dentária, incluindo restauração odontológica, protética, cirurgia oral, 
periodontia e ortodontia. 
 
ESTUDO SOBRE O TRATAMENTO CIRURGICO E NÃO CIRURGICO: 
Tanto a raspagem e o alisamento radicular, bem como a raspagem e alisamento radiculares combinados com 
um procedimento de retalho são eficazes no tratamento da periodontite ao longo do tempo até 6 anos. 
Variações individuais entre os pacientes foram anotados. As decisões a favor ou contra a cirurgia de tecidos 
moles devem ser feitas com base em considerações individuais do paciente. 
 
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________________________________________________________________________________________ 
AULA 2 - ANATOMIA E HISTOLOGIA DO PERIODONTO: GENGIVA E LIGAMENTO PERIODONTAL 
 
 GENGIVA: 
➢ ANATOMIA MACROSCÓPIA: 
Mucosa oral: é contínua com a pele dos lábios e com a mucosa do palato mole e da faringe. São divididas em: 
 
• Mucosa Mastigatória - gengiva e o revestimento do palato duro. 
• Mucosa Especializada - recobre o dorso da língua. 
• Mucosa de Revestimento - restante que “sobrou”. 
 
GENGIVA LIVRE: 
 
• Estende-se da Margem gengival até a Ranhura gengival Livre. 
• Mede em torno de 1mm. 
• Consistência Firme. 
• Cor Rósea. 
 
 
Margem gengival: 
 
• Frequentemente arredondada formando uma pequena invaginação ou sulco entre o dente e a gengiva. 
• Inserimos a sonda a fim de analisar a saúde desta estrutura. Quando forçamos o instrumento apicalmente 
e não abre uma “bolsa” significa que o tecido está sadio, pois está ocorrendo o contato íntimo entre 
gengiva e superfície dentária 
• Depois de completada a erupção dentária, a margem gengival livre fica localizada na superfície do esmalte 
cerca de 1,5 a 2 mm coronariamente à junção cemento–esmalte 
 
Papila interdentária (gengiva interdentária): 
 
• Determinada pelas relações de contato entre os dentes, pela largura da superfície 
proximal e pelo contato da junção cemento-esmalte. 
• Regiões anteriores da dentição: formato piramidal. 
• Região posterior: formato achatado no sentido vestibulolingual. 
o Nesta região, as papilas possuem porções (VP e LP) separada pela área do col. 
o Col é a concavidade formada na área de PM e M devido a fusão das porções 
coronárias dos epitélios juncionais de 2 dentes adjacentes. 
 
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GENGIVA INSERIDA: 
 
• Estende-se da ranhura gengival (GG) até a junção mucogengival, onde torna-se 
contínua com a mucosa alveolar (AM). Quando a ranhura está ausente, usamos um 
plano horizontal que passa pelo mesmo nível da JCE. 
• Superfície com pontilhado (depressões): Aspecto de casca de laranja (visto em 40% 
dos tecidos sadios). 
• Dimensão: 1 - 9mm, dependendo da superfície dentária, maxila e mandíbula e idade. 
• Cor rósea coral. 
• Consistência firme. 
o A mucosa de revestimento (AM) está firmemente inserida no osso alveolar e cemento subjacentes por 
meio de fibras do tecido conjuntivo e, portanto, é imóvel em relação aos tecidos subjacentes. 
 
 
MUCOSA ALVEOLAR: 
• Cor avermelhada. 
• Localizada apicalmente à junção mucogengival e, em contraste com a gengiva inserida, a mucosa alveolar 
é móvel em relação com o tecido subjacente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
FATORES QUE INFLUENCIAM A COR DA GENGIVA: 
• Dimensão do tecido. 
• Grau de queratinização do epitélio: fumantes e idosos. 
• Vascularização do tecido conjuntivo. 
• Grau de pigmentação (melanina). 
 
Sangramento Gengival: 
• Normalmente, cor e textura não são bons sinais de inflamação. 
• Sangramento à sondagem é um bom sinal para indicar uma inflamação, porém a patologia também pode 
estar presente sem o sangramento (ex.: em pessoas fumantes o sangramento não pode ser utilizado para 
meio diagnóstico). 
• Deve-se estar atento à força usada na sondagem, 
 
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➢ HISTOLOGIA DA GENGIVA: 
 
• Tecido conjuntivo ou Lâmina própria. 
• Epitélio: 
o Oral 
o Juncional 
o Sulcular 
 
 
TECIDO CONJUNTIVO OU LÂMINA PRÓPRIA: 
 
• Fibras 
• Células 
• Matriz extracelular 
• Vasos e Nervos 
 
EPITÉLIO ORAL: 
 
• Voltado para a cavidade oral. 
• Função: proteger estruturas profundas. 
• Proliferação e diferenciação celular. 
 
• Dividido em: 
 
1- Camada Basal: Camada mais importante, células cilíndricas ou cúbicas que 
separam o epitélio do tecido conjuntivo. Única que tem capacidade de se dividir, 
favorecendo a cicatrização do epitélio em caso de ruptura. Produz a membrana 
basal e desmossomos. 
 
2- Camada Espinhosa: Células poliédricas localizadas acima da camada basal, perde 
a capacidade de produzirmembrana basal e aumenta o nº de desmossomos que 
ligam as células entre si. Presença dos melanócitos. 
 
3- Camada Granulosa: Células achatadas em direção paralela à superfície tecidual. 
Aumento no nº de desmossomos, diminuição do espaço intracelular, surgimento 
dos grânulos de ceratoialina, relacionado com a síntese de ceratina. 
 
4- Camada Ceratinizada: Transição abrupta para essa camada - toda organela produtora de energia é 
removida e há uma rápida ceratinização do citoplasma do ceratinócito. A ceratinização é um processo de 
síntese de proteínas que requer energia e depende de células funcionais, ou seja, células que contêm um 
núcleo e um conjunto normal de organelas. Aumento da união celular. 
 
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EPITÉLIO SULCULAR: 
 
• Está voltado para o dente. 
• Reste o sulco gengival localizado entre o esmalte e a parte superior da gengiva livre 
• Não está em contato com o dente 
• Compreende do final do epitélio oral ao início do epitélio juncional 
 
 
EPITÉLIO JUNCIONAL: 
 
• Base do epitélio sulcular 
• É a parte do tecido epitelial em contato com o dente, formando a base do sulco gengival 
• Mais largo na coroa e estreito próximo a JCE 
o Espessura: 15 – 18 células; 1 – 2 ao nível da JCE; 
• Não contém rete pegs (cristas epiteliais), a não ser quando a inflamação está presente 
• Apresenta menos desmossomos (maior espaço intracelular) 
• Maior espaço intercelular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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________________________________________________________________________________________ 
AULA 3 - ANATOMIA E HISTOLOGIA DO PERIODONTO: OSSO ALVEOLAR E CEMENTO RADICULAR 
 
 
 
________________________________________________________________________________________ 
AULA 4 - MICROBIOLOGIA DAS DOENÇAS PERIODONTAIS 
 
 
 
________________________________________________________________________________________ 
AULA 5 - ETIOPATOGENIA DA DOENÇA PERIODONTAL 
 
 
 
________________________________________________________________________________________ 
AULA 6 - CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS PERIODONTAIS 
 
 
 
________________________________________________________________________________________ 
AULA 7 - GENGIVITE 
 
 
 
 
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________________________________________________________________________________________ 
AULA 8 – PERIODONTITE 
 
 
Características: 
• Doença Infecciosa resultante da inflamação dos tecidos de suporte do dente, caracterizada por perda 
progressiva de inserção e reabsorção óssea. 
• Formação de bolsa periodontal e/ou recessão gengival. 
• Afeta ambos os sexos igualmente. 
• Mais comum em adultos, mas pode ocorrer em qualquer idade. 
• A prevalência e a severidade aumentam com o avanço da idade. 
• A progressão da doença só pode ser determinada com vários exames. 
• Pode afetar um variado número de dentes e possuir diferentes taxas de progressão. 
 
Pode ser associada a: 
• Fatores predisponentes locais (relacionados ao dente e a fatores iatrogênicos) 
• Doenças Sistêmicas (diabetes, HIV) 
• Tabagismo ou estresse. 
 
Histopatologia: 
• Bolsa periodontal 
• Migração do epitélio juncional em direção apical à JCE 
• Perda de fibras colágenas adjacentes ao epitélio da bolsa. 
• Numerosos neutrófilos no epitélio juncional e no epitélio da bolsa. 
• Denso infiltrado inflamatório com plasmócitos, linfócitos e macrófagos. 
 
FORMAS DE PERIODONTITE: 
 
1- Periodontite Necrosante 
• Manifestação rápida. 
• Dor e ulceração de papila. 
 
2- Manifestação de doença sistêmica 
• Quando possuímos doenças/síndromes associadas a periodontite, ex.: diabetes tipo 1. 
 
 
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3- Periodontite (propriamente dita) 
 
Dividida em: 
• Estágios: Severidade da doença. 
o Estágio 1: Periodontite Inicial. (1-2 mm de perda de inserção interproximal). 
o Estágio 2: Periodontite Moderada. (3-4 mm) 
o Estágio 3: Periodontite Severa com potencial de perda de dentes. (≥ 5 mm) 
o Estágio 4: Periodontite Severa com perda de dentes e potencial perda da dentição. (≥ 5 mm) 
▪ A distinção entre estágio 3 e 4 é baseada principalmente em fatores de complexidade. 
 
• Graus: Risco da doença. 
o Grau A: Progressão lenta. 
▪ Sem progressão de perda de inserção por 5 anos. 
▪ Grande acúmulo de biofilme, mas com pouca destruição periodontal. 
o Grau B: Progressão moderada. 
▪ Progressão inferior a 2 mm de perda em 5 anos. 
▪ Destruição compatível com depósitos de biofilme. 
o Grau C: Progressão rápida. 
▪ Progressão ≥ 2 mm de perda em 5 anos) 
▪ Destruição excede ao esperado para a quantidade de biofilme. 
 
CLASSIFICADO COMO PERIODONTITE: 
 
Quando ocorre: 
• Perda de inserção clínica interproximal é detectável em ≥ 2 dentes não adjacentes. 
• Perda de inserção clínica vestibular ≥ 3 mm com bolsa com mais de 3 mm é detectável em ≥ 2 dentes. 
 
Exceções: 
Se o nível de inserção clínico (NIC) observado não pode ser atribuído a causas pela doença periodontal, como: 
• Recessão gengival de origem traumática; 
• Cárie estendendo-se na região cervical; 
• Presença de perda de inserção clínica (PIC) na distal do 2º molar e associado a mau posicionamento ou 
extração do 3º Molar; 
• Lesão Endodôntica drenando através do periodonto marginal; 
• Fratura radicular vertical. 
 
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Fatores de complexidade: 
São fatores que podem mudar o estágio para um nível mais alto. É preciso apenas 1 fator de complexidade 
para mudar o diagnóstico para um estágio mais alto. Se um fator de complexidade for eliminado, o estágio 
não deve retroceder para um estágio mais baixo, já que o fator de complexidade de estágio original deve 
sempre ser considerado no gerenciamento da fase de manutenção. 
 
Progressão: 
O grau deve ser usado como um indicador de taxa de progressão da periodontite, os critérios principais são 
evidências diretas ou indiretas de progressão. Devemos sempre imaginar a doença como Grau B, e buscar 
evidências específicas para mudar para Grau A ou C. 
 
EPIDEMIOLOGIA: 
 
• Maior prevalência da forma grave na Ásia e África. 
• Diminuição da periodontite moderada, porém uma parcela considerável da periodontite leve. 
• Relação da presença da periodontite com idade avançada, etnias e fatores sociais e econômicos. 
 
MICROBIOLOGIA: 
 
• Porphyromonas gingivalis 
• Prevotella intermedia 
• Prevotella nigrescens 
• Tannerella forsythia 
• Fusobacterium nucleatum 
• Campylobacter rectus 
• Peptostreptococcus micros 
• Streptococcus intermedius 
• Espiroquetas 
BIOFILME: 
 
Causa inicial da periodontite. Estrutura em forma de “cogumelos” que são as microcolônias. Temos uma densa 
mistura de microrganismos envolvidos por uma cápsula de polissacarídeos, e dentro do biofilme temos canais 
por onde os nutrientes irão circular entre as microcolônias. 
 
5 Complexos microbianos: 
 
• Amarelo, Verde e Roxo: Considerados benéficos. 
• Laranja: Possíveis patógenos. 
• Vermelho: Patógenos associados a profundidade de bolsa e sangramento à sondagem. 
 
 
 
 
 
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CARACTERÍSTICAS: 
 
• Não afeta igualmente todos os dentes e tem predileção por sítios e indivíduos. 
• A formação da bolsa periodontal é uma sequela da doença. 
• Pode ocorrer recessão gengival após a perda da inserção. 
• Apresenta geralmente uma progressão lenta, podendo sofrer períodos de exacerbação aguda (surtos), 
associada a perda de inserção. 
 
SINAIS E SINTOMAS: 
 
• Edema Gengival 
• Bolsa Periodontal 
• Sangramento gengival e/ou supuração. 
• Mobilidade dentária. 
• Diastemas. 
• Dor localizada. 
 
PERDA ÓSSEA: 
 
Linear / horizontal: O osso é reduzido todo em altura e a margem óssea está perpendicular à superfície do 
dente. Perda óssea mais comum. 
Vertical / Angular: Ocorrem numa direção oblíqua, deixando uma depressão no osso ao lado da raíz, a base 
do defeito está apicalmente ao osso em redor, geralmente são acompanhadas de bolsas intraósseas. 
Avaliação: 
• Reabsorção da crista óssea. 
• Reabsorção óssea linear/angular. 
• Aumento doespaço periodontal. 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DA BOLSA PERIODONTAL: 
• Bolsa gengival. 
• Bolsa supraóssea. 
• Bolsa infraóssea. 
 
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CLASSIFICAÇÃO DO DEFEITO ÓSSEO: 
 
• 1 parede 
• 2 paredes 
• 3 paredes 
 
CLASSIFICAÇÃO DA BOLSA PERIODONTAL: 
 
• Mesma profundidade de bolsa. 
• Diferente Nível de inserção. 
 
 
FATORES DE RISCO: 
• Gengivite. 
• História prévia de periodontite. 
• Fatores Locais: acúmulo de placa e fatores retentivos de placa. 
• Fatores Sistêmicos. Ex.: diabetes. 
• Fatores ambientais e de comportamento. Ex.: Fumo e estresse. 
• Fatores genéticos. 
• Fatores determinantes de risco: Fatores que não podem ser modificados. 
 
DIAGNÓSTICO: 
• Verificar exame radiográfico e dentes ausentes. 
• Sondagem da boca inteira. 
• Determinar o estágio: máxima perda óssea, linear/angular, complexidade do caso. 
• Determinar o grau: histórico, fatores de risco, situação médica, resposta à sondagem, controle da placa. 
• Plano de tratamento. 
 
TRATAMENTO: 
• Controle da infecção. 
• Raspagem Subgengival. 
• Tratamento Complementar. 
• Manutenção. 
 
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________________________________________________________________________________________ 
AULA 9 – INSTRUMENTO PERIODONTAL 
 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS: 
 
Movimentos: 
 
• Raspagem: Remoção de biofilme e cálculo; 
• Alisamento: Remover imperfeições deixadas pela raspagem; 
• Curetagem: Remoção de microrganismos da parede mole da bolsa (evitar, pois pode dilacerar o tecido) 
 
Tipos de Instrumentos: 
 
• Curetas: raspagem subgengival e alisamento radicular; 
• Foices: remoção de cálculo supragengival em áreas proximais. 
• Enxadas, cinzeis e limas: depósitos grandes, firmes e cemento alterado; 
• Sondas exploradoras: localizar depósitos subgengival e avaliar raspagem; 
• Instrumentos sônicos e ultrassônicos: raspagem e limpeza dentária. 
 
 
 
 
 
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TIPOS DE CURETAS: 
 
McCall: 
● Curetas Universais ➡ Pode raspar todas as faces. 
● 2 superfícies de corte. 
● Supra e Subgengival (preferencialmente supra devido ao tamanho da lâmina). 
● Face da lâmina está em um ângulo de 90º em relação à haste. 
o 1-10: anteriores, supragengival, interproximal, perda de inserção. face foice: puxa, face cinzel: empurra. 
o 11-12: posteriores, supragengival, interproximal. 
o 13-14: anteriores, supra e subgengival, todas as faces. 
o 17-18: posteriores, supra e subgengival, todas as faces. 
 
Gracey: 
● Curetas sítio-específico. 
● Movimento Ápice-coronário. 
● Instrumentos angulados para se adaptarem a áreas anatômicas específicas; 
● Supra ou subgengival. 
● Angulação em 60º. 
○ 1-22 / 3-4: anteriores, supra e subgengival, todas as faces. 
○ 5-6: anteriores e pré-molares, supra e subgengival, todas as faces. 
○ 7-8: posteriores, supra e subgengival, faces livres (VL) 
○ 11-12: posteriores, supra e subgengival, face mesial. 
○ 13-14: posteriores, supra e subgengival, face distal. 
 
Mini-Gracey / Mini-Five: 
 
Lâminas menores ➡ Ideal para bolsas estreitas 
 
 
After-Five: 
 
Haste maior ➡ ideal para bolsas profundas 
 
 
 
 
 
 
 
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Limas 
● Usadas para realizar alisamento radicular (subgengival). 
● Se usadas de forma inadequada: tornam superfície radicular rugosa, podendo causar degraus. 
● NÃO são indicadas para raspagem delicada. 
● Movimento de tração. Mesmo movimento das curetas e das foices. 
● Pode ser usado antes ou depois da cureta. 
o 3-7: Faces livres. 
o 7-11: Interproximais. 
 
Cinzéis 
● Superfícies proximais dos dentes com espaçamento pequeno; 
● Usado na região anterior; 
● Lâmina ligeiramente curva com borda cortante reta, angulada em 45º. 
● Usado para raspagem supragengival através de movimento de empurrar. 
 
Instrumentos sônicos e ultrassônicos 
● Tornam a raspagem mais rápida ➡ Converte energia em vibrações na ponta do instrumento. 
● Aparelhos sônicos usam frequências de 2.000 a 6.000 Hz. Movimenta-se em padrão linear. 
● Aparelhos ultrassônicos variam de 18.000 a 45.000 Hz. Movimenta-se de forma elíptica. 
● Vantagens: 
○ Maior eficiência; 
○ Múltiplas superfícies raspadas em menor tempo; 
○ Não necessita afiação; 
○ Menor desgaste físico; 
○ Ação irrigadora da água; 
○ Menor pressão lateral. 
 
● Desvantagens: 
○ Produção de aerossol; 
○ Desvio auditivos temporários; 
○ Ruído; 
○ Menor sensação tátil; 
○ Menor visibilidade. 
 
● Contraindicações: 
○ Doença pulmonar crônica: asma, enfisema, fibrose cística e pneumonia; 
○ Doença cardiovascular com doença pulmonar secundária; 
○ Dificuldade de deglutição (disfagia). 
 
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● Indicações: 
○ Debridamento supragengival/subgengival de paciente com volume considerável de cálculo; 
○ Remoção de cimento ortodôntico; 
○ Intervenções cirúrgicas; 
○ Correção de margens de restaurações em excesso. 
● Precauções: 
○ Paciente com marca-passos não blindados; 
○ Doenças infecciosas: HIV, hepatite, tuberculose; 
○ Superfície dentária desmineralizada; 
○ Dentina exposta; 
○ Paciente com imunossupressão. 
 
 
RASPAGEM: 
 
● A cureta deve se posicionar na base do cálculo de forma que a sua remoção se torne mais eficiente. 
● Quando usamos uma cureta Gracey, a parte não cortante fica voltada para o tecido gengival. 
● Realizar sempre movimento de tração de apical para coronário. Os “anéis” do cálculo vão quebrando. 
● Raspagem após a raspagem para evitar o aparecimento de sulcos. 
● Afastar o lábio com espelho para evitar acidente pérfuro-cortante 
● Empunhadura: caneta modificada com descanso no quarto dedo distante da área raspada. 
● Apoio de dedo estável ➡ Permite melhor angulação da lâmina e melhora o movimento punho-antebraço. 
● Passos: 
 
1. Identificar a base da bolsa com a borda inferior da lâmina; 
2. Virar o instrumento para uma posição de trabalho adequada ➡ haste paralela ao longo eixo do dente. 
3. Empunhadura firme, pressão adequada e movimento de tração em direção coronária. 
4. Movimentos repetitivos de apical para coronal. 
5. Ao final, avaliar com a sonda exploradora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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________________________________________________________________________________________ 
AULA 10 – CONTROLE MECÂNICO E QUÍMICO DO BIOFILME 
 
 
BIOFILME: 
 
 
A placa bacteriana é o fator primário da doença periodontal, ela é definida como agregados bacterianos que 
ocorrem sobre os dentes e outras estruturas. O biofilme confere RESISTÊNCIA aos microrganismos quanto à 
fagocitose e à penetração de agentes antimicrobianos devido sua matriz de polissacarídeos. Devemos ter 
controle da placa (mecânico ou químico) para evitar essa resistência e promover saúde bucal. 
 
CONTROLE DO FATOR ETIOLÓGICO: 
 
Motivação do paciente: 
 
• É necessária uma mudança de comportamento do paciente, e não imposta pelo profissional; 
• Evidenciação de placa; 
• Instrução e Técnicas de higiene bucal. 
 
Fases de uma entrevista: 
 
• Ouvir o paciente. 
• Mostrar e esclarecer o problema para o paciente. 
• Correlacionar a doença com o fator etiológico. 
• Instruir o paciente sobre seu comportamento atual e como ele idealmente deveria comportar-se. 
• Esclarecer o paciente sobre suas dúvidas. 
• Faça perguntas abertas (que não podem ser apenas respondidas com “sim” ou “não”) 
• Trabalhar a resistência do paciente (mudança de comportamento). 
• Apoio à confiança do paciente em suas próprias habilidades para fazer a diferença. 
• Sumarizar (passar por todas as fases). 
 
Escala de prontidão: 
 
A escala de prontidão pode ser usada, especialmente em intervenções curtas no ambiente odontológico. Ela 
consiste em uma escala de motivação e da escala de eficácia pessoal. 
 
Em uma escala de 1 a 10, em que 10 significa totalmente importante e 1 significa totalmente sem importância, 
como você classificaria a importância de escovar seus dentes regularmente? 
 
 
 
 
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➢ CONTROLE MECÂNICO DO BIOFILME: 
 
ESCOVAÇÃO: 
 
•Deixar o paciente mostrar como ele higieniza. 
• Corrigir ou ensinar uma nova técnica. 
• Pedir para o paciente reproduzir o que aprendeu. 
• Realizar uma abordagem individual e compreender as limitações do paciente, tentando adequar as 
técnicas de escovação para cada necessidade. 
• Ensinar o paciente a usar fio dental e limpador de língua. 
 
LIMPEZA INTERDENTÁRIA: 
 
Fio Dental: 
 
O uso diário de fio dental, em combinação com a escovação dentaria, é frequentemente recomendado para a 
prevenção de doenças periodontais e cárie. No entanto a adesão do paciente ao uso diário do fio dental é 
baixa. A falta de motivação e a dificuldade de uso podem ser fatores que justifiquem essa baixa adesão. 
 
Como usar o fio: passar o fio no dente e entrar na área subgengival enquanto o envolve, e passa para o outro 
dente. Em caso de imobilização ou dificuldade, é possível utilizar esses fios dentais individuais (em forquilhas). 
 
 
Palito: 
 
• Pode ser utilizado onde houver retração da papila. 
• Deve ser de madeira, triangular e flexível. 
 
Escova Interdental: 
 
• Utilizada em locais onde existe espaço interdentário; 
• São mais eficazes que o fio dental para remover a placa, devido as cerdas preencherem o espaço 
interdental, além de conseguir remover a placa de concavidade da superfície do dente e da raíz; 
• Entretanto, há resultados conflitantes de estudos em relação à eficácia de escovas interdentais na redução 
de parâmetros clínicos de inflamação gengival; 
• São adequadas apenas para pacientes com perda de inserção moderada a grave; 
• Não são adequadas para pacientes saudáveis, pois não há espaço interdentário suficiente para acomodá-
las 
 
 
 
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ESCOVA DENTÁRIA: 
 
• A hora de trocar a escova é quando as cerdas começam a entortar. 
• Tipo de cerdas: 
o Arredondadas: redução na abrasão; 
o Afiladas: maior flexibilidade. Retém a pasta de dente por mais tempo. 
 
TÉCNICAS DE ESCOVAÇÃO: 
 
• Horizontal – Varredura; 
• Vertical – Bass (sulcular); 
• Circular – Charters e Rotacional; 
• Stillman (vibratória) → foi colocada de lado, indicada para resseções. 
• Nos estudos, nenhuma técnica foi superior a outra. 
 
Varredura: Movimento apical para coronário, fazendo uma rotação, cobrindo todo o dente; 
Bass: Pode remover até 1mm de placa subgengival. É colocada em direção ao sulco, fazendo pequena 
vibração. Há trabalhos que associam a técnica de Bass à recessão gengival e abrasão. 
Bass modificada: Movimento vibratório + varredura. 
Charters: Indicada para pessoas com retração da papila. Não é possível utilizar Charters no palato. 
Rotacional: Pequenas rotações para atingir todas as áreas. 
 
 
 
 
 
 
ESCOVA ELÉTRICA: 
 
• Tem uma eficácia superior, quando comparadas às escovas manuais, na redução de placa e gengivite; 
• Pode ser utilizada em pacientes com deficiência manual; 
• Seu uso gera uma motivação temporária no paciente. 
 
OUTRAS ESCOVAS: 
 
• Unitufo: Áreas de furca, cervical dos dentes e áreas de difícil acesso. 
• Raspador de língua. 
 
20 
CONCLUSÃO: 
• O controle da placa é fundamental para impedir a prevalência e recorrência da Gengivite e Periodontite. 
• A instrução de higiene oral deve ser adequada para cada paciente individualmente com base nas suas 
necessidades pessoais e em outros fatores; 
• O paciente deve estar envolvido no processo de instrução; 
• A qualidade da remoção de placa é uma etapa mais importante do que a frequência da escovação; 
• O conceito de CONTROLE QUÍMICO da placa pode ser justificado como uma forma de superar as 
inadequações da limpeza mecânica dos dentes. 
 
 
➢ CONTROLE QUÍMICO DO BIOFILME: 
 
Quando recomendar o controle químico? 
 
• No mundo inteiro a limpeza mecânica é insuficiente. 
• Há a indicação de escovar os dentes por 2 minutos. Entretanto, um estudo mostra que 2 minutos é 
insuficiente, removendo apenas 50% da placa. 
• Existem áreas que recebem pouca ou nenhuma atenção no ciclo da escovação. 
• O uso complementar de agentes químicos poderia ser um modo de superar as deficiências nos hábitos 
mecânicos de limpeza dentária praticados por muitos indivíduos. 
 
Agente microbiano ideal: 
 
• Alta substantividade; 
• Estabilidade química; 
• Eficácia; 
• Não produzir efeitos colaterais; 
• Baixa toxicidade; 
• Não produzir resistência bacteriana. 
 
Recomendações para a utilização do controle químico 
 
1. Como adjunto do controle mecânico, principalmente na fase ativa do tratamento periodontal; existem casos 
em que inicialmente o paciente não consegue higienizar bem os dentes. Logo, é necessário lançar mão do 
controle químico; 
2. Após cirurgia periodontal (Fase em que o paciente não pode escovar, mesmo existindo escova apropriada 
para isso); 
3. Pacientes com fixação maxilomandibular (não consegue abrir e fechar a boca); 
4. Pacientes com deficiência física e mental. 
5. Pacientes imunodeprimidos, principalmente no uso da clorexidina para prevenção da candidíase, em 
portadores de desordens sanguíneas, nos que recebem quimioterapia e radioterapia, transplantados; 
6. Pacientes com alto risco de cárie; 
 
21 
7. Pacientes com aftas recorrentes; 
8. Pacientes em tratamento ortodôntico; 
9. Estomatite por dentadura; 
10. Pacientes internados por longo período em hospitais; 
11. Tratamento da halitose; 
12. Para limitar a bacteremia; 
13. Na irrigação subgengival. 
 
QUÍMICOS: 
 
• Soluções para bochechos. 
• Dentifrícios. 
 
BOCHECHOS: 
 
• Álcool: estabilizar certos ingredientes e aumenta o tempo de vida do produto (10 a 20%). 
• Surfatantes: reduz a tensão superficial da solução. 
• Aromatizantes. 
 
DENTIFRÍCIOS: 
 
São utilizados para: 
1. Facilitar a remoção de placa; 
2. Aplicar substâncias para propósitos terapêuticos ou preventivos (ex. flúor). 
3. Remover manchas. 
4. Remover restos alimentares. 
5. Refrescar a boca. 
6. Proteger os dentes de cáries. 
 
COMPONENTES: 
 
• Abrasivo; 
• Umectante – glicerina e sorbitol; 
• Espessante – sílica e gomas; 
• Detergente; 
• Adoçantes – sacarina sódica; 
• Flavorizantes – menta e hortelã; 
• Ativos – Flúor, triclosan; 
• Outros. 
 
 
22 
Abrasivo: 
 
• Afetam a consistência e ajudam no controle da pigmentação extrínseca. 
• Carbonato de cálcio; 
• Alumina; 
• Sílica; 
• Fosfato de cálcio. 
 
Detergente: 
 
• Promove a espuma, e dissolve ingredientes ativos. Auxilia na remoção dos restos alimentares. 
• Lauril sulfato de sódio. 
 
AGENTES ANTIMICROBIANOS: 
 
1. Antibióticos 
2. Bisbiguanidas 
3. Surfatantes 
4. Enzimas 
5. Compostos quaternários de amônia 
6. Fluoretos 
7. Sais metálicos 
8. Fenóis e óleos essenciais 
9. Detergentes 
10. Agentes oxigenados 
11. Álcoois amino 
 
Antibióticos não devem ser usados para o controle rotineiro de placa. 
 
BISBIGUANIDAS: 
 
São desinfetantes de baixa toxicidade e de amplo espectro. 
 
CLOREXIDINA: 
 
• Liga-se à superfície dentária, película, mucosa oral e saliva; 
• Liga-se às membranas celulares bacterianas, aumentando a sua permeabilidade; 
• Encontrada em soluções enxaguatórias, gel, spray, chiclete, dentifrícios; 
• Substância catiônica bivalente; 
• Alta substantividade – 12h; 
• Potente inibidor de formação de placa. 
 
 
23 
Mecanismo de ação: 
 
• Ruptura da parede celular; 
• Deve ser utilizada pelo menos 30 minutos, depois da escovação pela possibilidade de interação química; 
• Bactericida (alta concentração); 
• Bacteriostática (baixa concentração); 
• NÃO produz resistência bacteriana. 
 
 
Posologia: 
 
• 10 ml na concentração de 0,2%; 
• 15 ml na concentração de 0,12%; 
• Bochechos puros por 30 segundos; 
• De 12 em 12h. 
 
 
 
 
 
 
Efeitos colaterais: 
 
• Pigmentação em dentes e mucosas; 
• Liberação de paracloroanilina e precipitação de cromógenos dietéticos aniônicos; 
• Alteração do paladar,principalmente do sal; 
• Ulcerações em mucosa; 
• Formação de cálculo supra – precipitação de proteínas e sais sobre a película; 
• Reações alérgicas; 
• Tumefação da parótida uni ou bilateral. 
 
 
 
 
 
COMPOSTOS QUATERNÁRIOS DE AMÔNIA: 
 
➔ Cloreto de cetilpiridínio; 
➔ Cloreto de benzalcônio. 
 
24 
• Compostos quaternários de amônia possuem atividade antimicrobiana “in vitro” ≥ que a clorexidina. 
• É adsorvido na boca inicialmente numa maior extensão que a clorexidina. 
• Possuem alta concentração inicial; 
• Possuem apenas 1 grupamento (+) – apresentam baixa substantividade devido a isso; 
• Baixa substantividade (4h); 
• Bochechar 4x ao dia. 
 
Cloreto de cetilpiridínio: 
 
• Bochechos puros (0,05%); 
• 20 ml; 1 minuto; 2x ao dia. 
 
Efeitos colaterais: 
 
• Mesmos da clorexidina (em intensidade bem menor); 
• Manchas dentárias; 
• Maior formação de cálculo; 
• Sensação de queimação. 
 
FLUORETOS: 
 
• Agentes eficazes na prevenção da cárie; 
• Não possuem efeito anti-placa (exceto o SnF – fluoreto estanhoso); 
• Pacientes com alto risco de cárie; 
• Pacientes com sensibilidade dentinária. 
 
Fluoreto estanhoso: 
 
• Único que tem ação anti-placa; 
• Fórmula instável; 
• Pigmento preto nos dentes. 
 
FENÓIS: 
 
TRICLOSAN: 
 
• Germicida neutro de baixa toxicidade e amplo espectro (bactérias gram-positivas e gram-negativas). 
• Substância neutra; 
• Substantividade (5h); 
• Inibe a formação de placa; 
• Bactericida (alta concentração); 
• Bacteriostático (baixa concentração); 
• Potencial anti-inflamatório. 
 
25 
Plax: 
• Primeiro que surgiu com triclosan na fórmula. 
• Bochecho que tinha o objetivo de amolecer o biofilme antes da escovação. 
• Alguns estudos de curto prazo acusam redução. 
• Os estudos de longa duração o igualam ao placebo. 
• Overnight e sem álcool → com cloreto de cetilpiridínio. 
 
Posologia: 
 
• Bochechos puros (0,03%); 
• 20 ml; 1 minuto; 2x ao dia. 
 
Triclosan combinado com: 
 
• Citrato de zinco: Aumenta o potencial anti-placa e anti-cálculo; 
• Gantrez: Aumenta tempo de retenção; (estudos não comprovam a eficácia do triclosan + Gantrez). 
• Pirofosfatos: diminui a formação de cálculo. 
. 
 
ÓLEOS ESSENCIAIS: 
 
• Formulado como antisséptico cirúrgico; 
• 1914: primeiro antisséptico bucal de prescrição livre. 
 
LISTERINE: 
 
Deve ser evitado em pacientes idosos (desidratação da mucosa) e alcoólatras. 
Mistura óleos essenciais obtidos a partir de extratos vegetais. 
• Mentol – 0,042% 
• Timol – 0,062% 
• Salicilato de metila – 0,06% 
• Eucaliptol 0,092% 
• Álcool – 21,6% 
 
 
Características: 
 
• Baixa substantividade; 
• Eficiente no controle de placa; 
• Eficiente na resolução de gengivite; 
• pH baixo (4,3); 
• Foi demonstrada erosão dentária, mas num nível consideravelmente inferior ao suco de laranja; 
• Rompe a parede celular; 
• Inibe enzimas bacterianas; 
• Efeitos colaterais: sensação de queimação e gosto amargo. 
• Utilizado em bochechos puros; 
• 20 ml; 30 segundos; 2x por dia. 
 
26 
ÍONS METÁLICOS: 
 
• São agentes anti-placa potentes; 
• Ligam-se às bactérias, diminuindo sua habilidade de aderência; 
 
DETERGENTE: 
 
• Lauril sulfato de sódio 
• Possui atividade antimicrobiana; 
• Substancia aniônica; 
• 5 a 7 horas de durabilidade; 
• Semelhante ação ao do Triclosan. 
 
ÁGUA OXIGENADA: 
 
• Usada na GUN; 
• Período prolongado pode causar alteração de cicatrização e lesões teciduais; 
• Carcinogênico. 
 
PIROFOSFATO DE SÓDIO: 
 
• Reduz formação de cálculo pela absorção de cristais pequenos de hidroxiapatita; 
• Diminuição 10-50%; 
• Pode aumentar a sensibilidade dentinária. 
 
Houve um aumento do consumo de produtos de higiene bucal, como creme dental, escovas de dente, fio 
dental e dentifrício, porém parece ter tido pouco efeito sobre a prevalência da gengivite e periodontite. 
 
CONCLUSÃO: 
 
• O ideal é que se faça um bom controle da placa. 
• O controle químico pode 
• O problema é o paciente relaxar no controle mecânico devido ao uso do controle químico. 
• O padrão-ouro é a clorexidina 0,12%. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 12 – PRINCIPIOS DA CIRURGIA PERIODONTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Rafael Almeida – 2020.1

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