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CIVIL BENS (arts. 79 a 103)

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Bens 
 
Imóveis: não podem ser removidos se m alteração de sua substância 
 
- Divisão 
 
I - Natureza: solo 
 
II - Acessão natural: árvores e frutos 
 
III - Destinação do proprietário ou possuidor: casa de madeira 
IV - Acessão física ou justaposição 
V - Determinação legal 
 
Os bens imóveis só são adquiridos pelo registro de título, pela acessão, usucapião e 
direito hereditário. 
Acessão: forma de aquisição de propriedade imóvel que resulta de processo de 
incorporação de determinado bem ao solo (1248, CC). 
- Formas de acessão: 
 
I- Aluvião: aumento lento, gradual e imperceptível de terras ao longo das margens de 
correntes ou pelo desvio das águas (1250). 
II - Avulsão: deslocamento, por força natural, súbita e com violência de uma porção de 
terra que se desloca de um imóvel e se junta a outro, à frente ou de lado. (GUIMARÃES, 
Deocleciano. Dicionário técnico jurídico, 1999, 17). 
III - Abandono de álveo: o leito exposto passa a pertencer aos proprietários ribeirinhos, 
na proporção de terras, até a linha mediana daquele. 
IV - Formação de ilhas: proporção de terras em rios particulares (rios não navegáveis). 
 
Usucapião: modo originário de aquisição da propriedade, não dependente da vontade do 
titular anterior, pela posse mansa e pacífica de alguém com ânimo de dono, por tempo 
determinado, sem interrupção e sem oposição. (GUIMARÃES, Deocleciano. Dicionário 
técnico jurídico, 1999, 537). 
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Direito hereditário: o mesmo que direito das sucessões. (GUIMARÃES, Deocleciano. 
Dicionário técnico jurídico, 1999, 267). 
Direito das sucessões: normas que regulam a transmissão do patrimônio do “de cujus” 
às pessoas às quais deva ser atribuído. (GUIMARÃES, Deocleciano. Dicionário técnico 
jurídico, 1999, 264). 
Os bens imóveis não podem ser alienados, hipotecados, ou gravados em ônus real pela 
pessoa casada, sem a anuência do cônjuge, exceto no regime de separação absoluta de 
bens. 
Alienação: consiste na transferência de coisa ou direito, real ou pessoal, a outra pessoa. 
(GUIMARÃES, Deocleciano. Dicionário técnico jurídico, 1999, 61). 
Hipoteca: direito real que o devedor constitui, sobre bem imóvel seu, a favor de credor, 
como garantia exclusiva do pagamento de dívida, empréstimo ou do cumprimento duma 
obrigação. (GUIMARÃES, Deocleciano. Dicionário técnico jurídico, 1999, 344). 
Ônus real: obrigação imposta por lei que recai sobre a coisa, alheia, móvel ou imóvel. 
(GUIMARÃES, Deocleciano. Dicionário técnico jurídico, 1999, 424). 
 
Móveis: aqueles que se deterioração na substância ou na forma podem ser 
transportados de um lugar para o outro, por força própria ou alheia. 
- Divisão 
 
I - Natureza 
 
a) Semoventes: movem-se por força própria. Animais. 
b) Propriamente ditos: admitem remoção por força alheia, sem dano. Moedas. 
 
II - Determinação legal: podem ser cedidos independentemente de outorga uxória 
(1647). Alienação de carro. 
Outorga uxória: autorização que a mulher dá ao marido para que este possa praticar 
certos atos da vida civil que, sem ela, não poderia fazê-lo. (GUIMARÃES, Deocleciano. 
Dicionário técnico jurídico, 1999, 426). 
III - Antecipação: vontade humana em função de finalidade econômica. Plantação. 
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Os bens móveis são adquiridos pela tradição, usucapião, ocupação, achado de tesouro, 
especificação, confusão, comistão e adjunção. 
Ocupação: ato de se assenhorear de coisa sem dono para logo lhe adquirir a propriedade, 
não sendo essa ocupação defendida por lei. Caça e pesca. 
Achado de tesouro: depósito antigo de moedas ou coisas preciosas, enterrado ou oculto, 
cujo dono não se tenha memória. 
Especificação: modo derivado de aquisição da propriedade de espécie nova, pela 
transformação de matéria-prima ou de coisa móvel, que não possa tornar à forma 
primitiva (1269) (GUIMARÃES, Deocleciano. Dicionário técnico jurídico, 1999, p. 
301). Pintura em tela. 
Confusão: íntima união de substâncias líquidas. (GUIMARÃES, Deocleciano. 
Dicionário técnico jurídico, 1999, p. 200). 
Comistão: mistura de coisas sólidas ou secas, sem que sua natureza corpórea seja 
afetada. (GUIMARÃES, Deocleciano. Dicionário técnico jurídico, 1999, p. 181). 
Adjunção: trata-se de mistura, confusão de coisas da mesma espécie pertencentes a 
pessoas diversas, ajuntadas sem o consentimento delas, mas que continuam a pertencer- 
lhes, ser for possível separá-las sem que se deteriorem. Não sendo possível fazer-se a 
separação, ou resultando esta excessivamente dispendiosa, o todo subsiste indiviso, 
cabendo quinhão proporcional ao valor da coisa com que cada um dos donos entrou 
para o agregado. (GUIMARÃES, Deocleciano. Dicionário técnico jurídico, 1999, p. 44). 
Regras – misturas 
 
As coisas vão pertencer aos respectivos donos se puderem ser separados sem 
danificação (1272). 
Se a separação for impossível ou muito onerosa surgirá um condomínio forçado entre os 
donos das coisas (1272, § 1º). 
Se uma das coisas puder se considerada principal (diamante em relação ao anel), o dono 
desta será dono do todo e indenizará os demais (1272, § 2º). 
 
Corpóreos: objeto do direito que tem existência real. 
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Incorpóreos: não tem existência tangível e são relativos aos direitos que as pessoas 
físicas ou jurídicas têm sobre as coisas, sobre os produtos de seu intelecto ou contra 
outras pessoas, apresentando valor econômico. Direitos autorais. 
Fungíveis: comparam-se duas coisas equivalentes, considerando dessas formas os 
bens homogêneos, substituíveis entre si. Dinheiro. 
O devedor libera-se de sua obrigação, entregando uma coisa em substituição a outra ao 
credor, desde que do mesmo gênero, qualidade e quantidade, observando-se que não 
poderá dar a coisa pior nem será obrigada a prestar melhor (244, 2ª parte). 
Infungíveis: os que, pela sua qualidade individual, têm um valor especial, não podendo 
ser substituídos sem que isso acarrete uma alteração de seu conteúdo. Quadro de autor 
famoso. 
Se a dívida é de coisa certa e específica, o devedor não se libera da obrigação enquanto 
não entregar o bem certo. 
Fungibilidade (obrigação de fazer) 
 
Consiste na prática dum fato ou dum serviço pelo devedor. 
 
Será fungível se a prestação puder ser realizada por outra pessoa que não seja o devedor, 
por consistir num ato que não requer técnica ou especialização. 
Será infungível quando a obrigação requer uma atuação personalíssima do devedor, que 
devido a sua qualidade pessoal ou habilidade técnica é insubstituível (247). 
Divisíveis: aqueles que podem fracionar sem alteração na sua substância, 
diminuição considerável de valor ou prejuízo do uso que se destinam (87). Saca de 
café. 
Indivisíveis 
 
- Divisão: 
 
I - Natureza: não podem ser fracionados sem alteração na sua substância, diminuição 
considerável de valor ou prejuízo do uso a que se destinam. Automóvel. 
II - Determinação legal: servidões (1386), hipotecas. 
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Servidão: é a facilidade ou o proveito de um prédio (serviente) presta a outro 
(dominante). O direito de trânsito por propriedade de outrem. 
III - Vontade das partes: partes envolvidas estipulam em contrato que o bem apesar de 
divisível, tornar-se indivisível. 
A indivisibilidade é convencional e o acordo tornará a coisa indivisível por prazo não 
superior a cinco anos, suscetível de prorrogação ulterior (1320, § 1º). Se a indivisão for 
estabelecida pelo doador ou testador, não poderá exceder de cinco anos (1320, § 2º).Consumíveis 
 
Divisão: 
 
I - De fato: natural ou materialmente consumíveis; 
II - De direito: juridicamente consumíveis. 
Inconsumíveis: podem ser usados continuadamente, possibilitando que se retirem 
todas as suas utilidades sem atingir sua integralidade. 
Coisas inconsumíveis podem se tornar consumíveis se destinadas à alienação. Roupa à 
venda em loja. 
A consumibilidade não decorre da natureza do bem, mas de sua destinação econômico- 
jurídica, sendo que a vontade humana pode influenciar a consumbilidade, pois pode 
tornar inconsumível coisa consumível. Frutas emprestadas a uma exposição. 
 
Singulares: bens que, embora reunidos, se considerem independentemente dos 
demais. São singulares, portanto, quando considerados na sua individualidade (89). 
Árvore. 
Coletivos: constituídos por várias coisas singulares considerados em conjunto 
formando um todo único, que passa a ter individualidade própria. Floresta. 
- Divisão: 
 
I - Universalidade de fato: pluralidade de bens singulares que pertence a mesma pessoa 
(90). Doação. 
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II - Universalidade de direito: complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas 
de valor econômico (91). Herança. 
Reciprocamente considerados 
 
- Divisão: 
 
I - Principal: que tem existência própria, que existe por si só (92, 1ª parte). Solo. 
II - Acessório: cuja existência depende do principal (92, 2ª parte). Árvore. 
a) Produtos: são as utilidades que se retiram da coisa, diminuindo-lhe a 
quantidade por que não se reproduzem automaticamente (95). Pedra duma 
pedreira; 
b) Rendimentos: frutos civis, ou prestações periódicas, em dinheiro, decorrentes 
da concessão do uso e gozo dum bem que uma pessoa concede a outra. 
Aluguel; 
c) Benfeitorias: obras ou despesas que se fazem em bem imóvel ou móvel para 
consertá-lo, melhorá-lo ou embelezá-lo (96). 
 
Espécies de benfeitorias: 
 
Voluptuárias: deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual da 
coisa, ainda que a tornem mais agradável, ou seja, de elevado valor. Troca de 
piso comum por mármore num edifício. (96 , § 1º); 
Úteis: aumentam ou facilitam o uso da coisa. Aumento da área dum 
estacionamento. (96, § 2º); 
Necessários: que tem por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. 
Reparos de um automóvel. (96, § 3º). 
 
Exemplo: principal: contrato de locação; acessório: fiança e a clausula penal. 
 
A natureza do acessório é a mesma do principal. Se o solo é imóvel, a árvore também é 
imóvel; 
O acessório acompanha o principal em seu destino. Extinto o principal, extingue-se o 
acessório; 
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O proprietário do principal e proprietário do acessório. Acessão (formação de ilhas) e o 
artigo 1209 (a posse do imóvel faz presumir, até prova contrária, a das coisas móveis 
que nele estiverem). 
Pertenças: coisas destinadas a conservar ou facilitar o uso das coisas principais, sem que 
destas sejam partes integrantes (93). Trator para a fazenda e máquinas duma fábrica. 
Partes integrantes: acessórios que, unidos ao principal, formam com ele um todo, sendo 
desprovidos de existência material própria, embora mantenham sua identidade. 
Lâmpada dum lustre. 
BENS CONSIDERADOS EM RELAÇÃO AO TITULAR DO DOMÍNIO 
 
Públicos: do domínio nacional pertencentes a União, Estados, DF, Município, e às 
outras pessoas jurídicas de direito público interno (98). Autarquias, agências 
reguladoras, fundações públicas, associações públicas. 
- Divisão: 
 
I - De uso comum do povo: embora pertencentes a pessoas jurídicas do direito público 
interno, podem ser utilizados, sem restrição, gratuito ou onerosamente, sem necessidade 
de autorização. Estradas; 
II - Uso especial: utilizados pelo próprio poder público, constituindo-se por imóveis 
aplicados ao serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou 
municipal. Prédio do Tribunal de Justiça; 
III - Dominicais: constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como 
objeto de direito pessoal ou real de cada uma dessas entidades. São todos aqueles que 
não têm destinação pública definida, que podem ser utilizados pelo Estado para fazer 
renda. Prédios públicos desativados. 
Os bens públicos são inalienáveis, imprescritíveis e impenhoráveis. 
QUANTO À POSSIBILIDADE DE COMERCIALIZAÇÃO 
- Divisão: 
 
Alienáveis: são os que se encontram livres de qualquer restrição para a sua 
transferência. 
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Inalienáveis os que estão fora do comércio. Bens públicos 
 
Frutos: rendimentos dos bens; atividades, vantagens e proveitos que periódica e 
sucessivamente, nascem e renascem da coisa, sem modificar nem reduzir sua própria 
substância (95). 
I - Características: periodicidade, inalterabilidade da substância, separabilidade 
periódica da coisa principal. 
II - Quanto a sua origem 
 
a) Naturais: quando se desenvolvem e se renovam periodicamente pela própria 
força orgânica da coisa. Fruto duma árvore; 
b) Industriais: ocorrem devido o engenho humano. Bens manufaturados; 
c) Civis: trata-se de rendimentos oriundos da utilização de coisa frutífera por 
outrem que não o proprietário. Aluguel. 
III - Quanto a seu estado 
 
a) Pendentes: quando ligados à coisa que o produziu; 
b) Percebidos: se já separados; 
c) Estantes: frutos separados, armazenados ou acondicionados para venda; 
d) Percipiendos: frutos que deviam ser, mas não foram colhidos ou percebidos; 
e) Consumidos: não existem mais, pois foram usados. 
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O que são bens imóveis? 
Aqueles que não podem ser removidos se m alteração de sua substância. 
Como são divididos os bens imóveis? 
Por natureza (exemplo: solo), acessão natural (ex. árvores e frutos), destinação 
do proprietário ou possuidor (ex. casa de madeira), acessão física ou justaposição, e 
determinação legal. 
Quais são as formas de adquirir os bens imóveis? 
Somente pelo registro de título, pela acessão, por usucapião e direito hereditário. 
O que é acessão? 
Forma de aquisição de propriedade imóvel que resulta de processo de 
incorporação de determinado bem ao solo (Art. 1248, Código Civil). 
Quais são as formas de acessão? 
Aluvião, avulsão, abandono de álveo e formação de ilhas. 
O que é aluvião? 
Aumento lento, gradual e imperceptível de terras ao longo das margens de 
correntes ou pelo desvio das águas (Art. 1250). 
O que é avulsão? 
Deslocamento, por força natural, súbita e com violência de uma porção de terra 
que se desloca de um imóvel e se junta a outro, à frente ou de lado. 
Quando ocorre o abandono de álveo? 
 
Quando o leito exposto passa a pertencer aos proprietários ribeirinhos, na 
proporção de terras, até a linha mediana daquele. 
 
O que é formação de ilhas? 
 
Proporção de terras em rios particulares (rios não navegáveis). 
 
O que é usucapião? 
 
Modo originário de aquisição da propriedade, não dependente da vontade do 
titular anterior, pela posse mansa e pacífica de alguém com ânimo de dono, por tempo 
determinado, sem interrupção e sem oposição. 
 
O que é direito hereditário? 
 
É o mesmo que direito das sucessões. 
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Direito das sucessões: normas que regulam a transmissão do patrimônio do “de 
cujus” às pessoas às quais deva ser atribuído. 
O que não pode acontecer com os bens imóveis? 
 
Os bens imóveis não podem ser alienados, hipotecados, ou gravados em ônus 
real pela pessoa casada, sem a anuência do cônjuge, exceto no regime de separação 
absoluta de bens. 
 
O que é alienação?Consiste na transferência de coisa ou direito, real ou pessoal, a outra pessoa. 
 
O que é hipoteca? 
Direito real que o devedor constitui, sobre bem imóvel seu, a favor de credor, 
como garantia exclusiva do pagamento de dívida, empréstimo ou do cumprimento duma 
obrigação. 
O que é ônus real? 
Obrigação imposta por lei que recai sobre a coisa, alheia, móvel ou imóvel. 
O que são bens móveis? 
Aqueles que se deterioração na substância ou na forma podem ser transportados 
de um lugar para o outro, por força própria ou alheia. 
O que são bens móveis? 
Aqueles que se deterioração na substância ou na forma podem ser transportados 
de um lugar para o outro, por força própria ou alheia. 
Como são divididos os bens móveis? 
 
Por natureza (semoventes e propriamente ditos), determinação legal, e 
antecipação. 
 
O que são semoventes? 
 
Aqueles que se movem por força própria. Exemplo: animais. 
 
O que são propriamente ditos? 
 
Aqueles que admitem remoção por força alheia, sem dano. Exemplo: moedas. 
O que são bens móveis por determinação legal? 
Aqueles que podem ser cedidos independentemente de outorga uxória (1647). 
Ex.: alienação de carro. 
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O que é outorga uxória? 
Autorização que a mulher dá ao marido para que este possa praticar certos atos 
da vida civil que, sem ela, não poderia fazê-lo. 
O que são bens móveis por antecipação? 
Aqueles que existem por vontade humana em função de finalidade econômica. 
Ex.: plantação. 
Como são adquiridos os bens móveis? 
Pela tradição, usucapião, ocupação, achado de tesouro, especificação, confusão, 
comistão e adjunção. 
O que é ocupação? 
Ato de se assenhorear de coisa sem dono para logo lhe adquirir a propriedade, 
não sendo essa ocupação defendida por lei. Ex.: caça e pesca. 
 
O que é achado de tesouro? 
 
Depósito antigo de moedas ou coisas preciosas, enterrado ou oculto, cujo dono 
não se tenha memória. 
 
O que é especificação? 
 
Modo derivado de aquisição da propriedade de espécie nova, pela transformação 
de matéria-prima ou de coisa móvel, que não possa tornar à forma primitiva (1269). Ex.: 
pintura em tela. 
 
O que é confusão? 
 
Íntima união de substâncias líquidas. 
 
O que é comistão? 
 
Mistura de coisas sólidas ou secas, sem que sua natureza corpórea seja afetada. 
 
O que é adjunção? 
 
Trata-se de mistura, confusão de coisas da mesma espécie pertencentes a pessoas 
diversas, ajuntadas sem o consentimento delas, mas que continuam a pertencer-lhes, ser 
for possível separá-las sem que se deteriorem. Não sendo possível fazer-se a separação, 
ou resultando esta excessivamente dispendiosa, o todo subsiste indiviso, cabendo 
quinhão proporcional ao valor da coisa com que cada um dos donos entrou para o 
agregado. 
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Quais são as regras de misturas? 
 
As coisas vão pertencer aos respectivos donos se puderem ser separados sem 
danificação (1272); 
Se a separação for impossível ou muito onerosa surgirá um condomínio forçado 
entre os donos das coisas (1272, § 1º); 
Se uma das coisas puder se considerada principal (diamante em relação ao anel), 
o dono desta será dono do todo e indenizará os demais (1272, § 2º). 
O que são bens corpóreos? 
 
Objetos do direito que tem existência real. 
 
O que são bens incorpóreos? 
 
Aqueles que não têm existência tangível e são relativos aos direitos que as 
pessoas físicas ou jurídicas têm sobre as coisas, sobre os produtos de seu intelecto ou 
contra outras pessoas, apresentando valor econômico. Ex.: direitos autorais. 
 
Quando ocorrem os bens fungíveis? 
 
Quando se compara duas coisas equivalentes, considerando dessas formas os 
bens homogêneos, substituíveis entre si. Ex.: dinheiro. 
Quando o devedor se libera da obrigação no que tange aos bens fungíveis? 
 
Entregando uma coisa em substituição a outra ao credor, desde que do mesmo 
gênero, qualidade e quantidade, observando-se que não poderá dar a coisa pior nem será 
obrigada a prestar melhor (244, 2ª parte). 
 
O que são bens infungíveis? 
 
Os que, pela sua qualidade individual, têm um valor especial, não podendo ser 
substituídos sem que isso acarrete uma alteração de seu conteúdo. Ex.: quadro de autor 
famoso. 
 
Quando o devedor não se libera da obrigação no que tange a bens infungíveis? 
 
Enquanto não entregar o bem certo, se a dívida é de coisa certa e específica. 
 
O que é fungibilidade? 
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Consiste na prática dum fato ou dum serviço pelo devedor. 
 
Quando a obrigação será fungível? 
 
Será fungível se a prestação puder ser realizada por outra pessoa que não seja o 
devedor, por consistir num ato que não requer técnica ou especialização. 
Quando a obrigação será infungível? 
 
Será infungível quando a obrigação requer uma atuação personalíssima do 
devedor, que devido a sua qualidade pessoal ou habilidade técnica é insubstituível (247). 
 
O que são bens divisíveis? 
 
Aqueles que podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição 
considerável de valor ou prejuízo do uso que se destinam (87). Ex.: saca de café. 
 
Como são divididos juridicamente os bens indivisíveis? 
 
Pela natureza - não podem ser fracionados sem alteração na sua substância, 
diminuição considerável de valor ou prejuízo do uso a que se destinam, tal como o 
automóvel -, pela determinação legal, tais como servidões (1386) e hipotecas, e pela 
vontade das partes, onde as partes envolvidas estipulam em contrato que o bem apesar 
de divisível, tornar-se indivisível. 
 
O que é servidão? 
 
É a facilidade ou o proveito de um prédio (serviente) presta a outro (dominante). 
Ex.: o direito de trânsito por propriedade de outrem. 
 
Quais são as regras dos bens indivisíveis no que tange às vontade das partes? 
 
A indivisibilidade é convencional e o acordo tornará a coisa indivisível por 
prazo não superior a cinco anos, suscetível de prorrogação ulterior (1320, § 1º). Se a 
indivisão for estabelecida pelo doador ou testador, não poderá exceder de cinco anos 
(1320, § 2º). 
 
Como são divididos os bens consumíveis? 
 
Divididos por serem de fato - natural ou materialmente consumíveis, por serem 
de direito - juridicamente consumíveis. 
 
O que são bens inconsumíveis? 
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Aqueles que podem ser usados continuadamente, possibilitando que se retirem 
todas as suas utilidades sem atingir sua integralidade. 
Quando as coisas inconsumíveis podem se tornar consumíveis? 
 
Se destinadas à alienação. Ex.: roupa à venda em loja. 
 
Do que decorre a consumibilidade? 
 
De sua destinação econômico-jurídica, sendo que a vontade humana pode 
influenciar a consumbilidade, pois pode tornar inconsumível coisa consumível. Ex.: 
frutas emprestadas a uma exposição. 
 
O que são bens singulares? 
 
Aqueles que, embora reunidos, se considerem independentemente dos demais. 
São singulares, portanto, quando considerados na sua individualidade (89). Ex.: árvore. 
 
O que são bens coletivos? 
 
Constituídos por várias coisas singulares considerados em conjunto formando 
um todo único, que passa a ter individualidade própria. Ex:. floresta. 
 
Como são divididos os bens coletivos? 
 
Universalidade de fato - pluralidade de bens singulares que pertence a mesma 
pessoa (90). Ex.: doação; 
Universalidade de direito: complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, 
dotadas de valor econômico (91). Ex.: herança. 
 
Como são divididos os bens reciprocamente considerados? 
 
Principal: que tem existênciaprópria, que existe por si só (92, 1ª parte). Ex.: solo; 
Acessório: cuja existência depende do principal (92, 2ª parte). Ex.: árvore. 
Como são divididos os bens acessórios? 
 
d) Produtos: são as utilidades que se retiram da coisa, diminuindo-lhe a 
quantidade por que não se reproduzem automaticamente (95). Pedra duma 
pedreira; 
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e) Rendimentos: frutos civis, ou prestações periódicas, em dinheiro, decorrentes 
da concessão do uso e gozo dum bem que uma pessoa concede a outra. 
Aluguel; 
f) Benfeitorias: obras ou despesas que se fazem em bem imóvel ou móvel para 
consertá-lo, melhorá-lo ou embelezá-lo (96). 
 
Quais são as espécies de benfeitorias? 
 
Voluptuárias: deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual da coisa, 
ainda que a tornem mais agradável, ou seja, de elevado valor. Troca de piso 
comum por mármore num edifício. (96 , § 1º); 
Úteis: aumentam ou facilitam o uso da coisa. Aumento da área dum 
estacionamento. (96, § 2º); 
Necessários: que tem por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. 
Reparos de um automóvel. (96, § 3º). 
 
Quais são as regras tangentes aos bens reciprocamente considerados? 
 
A natureza do acessório é a mesma do principal. Se o solo é imóvel, a árvore 
também é imóvel; 
O acessório acompanha o principal em seu destino. Extinto o principal, 
extingue-se o acessório; 
O proprietário do principal e proprietário do acessório. Acessão (formação de 
ilhas) e o artigo 1209 (a posse do imóvel faz presumir, até prova contrária, a das coisas 
móveis que nele estiverem). 
 
O que são pertenças? 
 
Coisas destinadas a conservar ou facilitar o uso das coisas principais, sem que 
destas sejam partes integrantes (93). Ex.: trator para a fazenda e máquinas duma fábrica. 
 
O que são partes integrantes? 
 
Acessórios que, unidos ao principal, formam com ele um todo, sendo 
desprovidos de existência material própria, embora mantenham sua identidade. Ex.: 
lâmpada dum lustre. 
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O que são bens públicos? 
 
Bens do domínio nacional pertencentes à União, Estados, DF, Município, e às 
outras pessoas jurídicas de direito público interno (98). Exs.: autarquias, agências 
reguladoras, fundações públicas, associações públicas. 
 
Como são divididos os bens públicos? 
 
De uso comum do povo: embora pertencentes a pessoas jurídicas do direito 
público interno, podem ser utilizados, sem restrição, gratuito ou onerosamente, sem 
necessidade de autorização. Ex. estradas; 
Uso especial: utilizados pelo próprio poder público, constituindo-se por imóveis 
aplicados ao serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou 
municipal. Ex. prédio do Tribunal de Justiça; 
Dominicais: constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, 
como objeto de direito pessoal ou real de cada uma dessas entidades. São todos aqueles 
que não têm destinação pública definida, que podem ser utilizados pelo Estado para 
fazer renda. Prédios públicos desativados. 
 
O que são bens alienáveis? 
 
São os que se encontram livres de qualquer restrição para a sua transferência. 
 
O que são bens inalienáveis? 
 
São os que estão fora do comércio. Ex.: bens públicos 
 
O que são frutos? 
 
Rendimentos dos bens; atividades, vantagens e proveitos que periódica e 
sucessivamente, nascem e renascem da coisa, sem modificar nem reduzir sua própria 
substância (95). 
 
Quais são as características dos frutos? 
 
Periodicidade, inalterabilidade da substância, separabilidade periódica da coisa 
principal. 
 
Como são divididos os frutos quanto à origem? 
https://www.youtube.com/channel/UCe1P3cHMim-vWH-D9CUcnWw 
d) Naturais: quando se desenvolvem e se renovam periodicamente pela própria 
força orgânica da coisa. Ex.: fruto duma árvore; 
e) Industriais: ocorrem devido o engenho humano. Ex.: bens manufaturados; 
f) Civis: tratam-se de rendimentos oriundos da utilização de coisa frutífera por 
outrem que não o proprietário. Ex.: Aluguel. 
 
Como são divididos os frutos quanto a seu estado? 
 
f) Pendentes: quando ligados à coisa que o produziu; 
g) Percebidos: se já separados; 
h) Estantes: frutos separados, armazenados ou acondicionados para venda; 
i) Percipiendos: frutos que deviam ser, mas não foram colhidos ou percebidos; 
j) Consumidos: não existem mais, pois foram usados.

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