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Apostila Bens Direito Civil

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PLANO DE ENSINO
Disciplina – Direito Civil.
Matéria – Teoria Geral de Direito Civil.
DOS BENS
1. NOÇÕES GERAIS
	Os bens jurídicos podem ser definidos como toda utilidade física ou ideal, que seja objeto de um direito subjetivo. Todo bem econômico é bem jurídico, mas a recíproca não é verdadeira, tendo em vista que há bens jurídicos que não podem ser avaliáveis pecuniariamente.
	Em geral, bem significa toda utilidade em favor do ser humano, conceito que não interessa diretamente ao Direito.
	Já em sentido jurídico, lato sensu, bem jurídico é a utilidade, física ou imaterial, objeto de uma relação jurídica, seja pessoal ou real.
	Atentando-se para a divisão do direito subjetivo, os bens são: objeto do direito. Tanto o significado semântico, quanto o jurídico coincidem, ou seja, bem é o interesse juridicamente tutelado pela norma, é o que o titular do direito quer alcançar. 
Não existe consenso doutrinário quanto à distinção entre bem e coisa.
1ª corrente
bem – tudo que é jurídico; que tenha valoração econômica e que pode ser apropriado
coisa – tudo que está externo ao homem
Crítica: não há como enquadrar no conceito de bem, os bens não patrimoniais (direito à vida, à integridade física).
2ª corrente (lua e estrelas são coisas mas não são bens, porque insuscetíveis de apropriação)
bem – é gênero. Tudo que possa estar na relação jurídica como objeto, tendo ou não valor econômico.
coisa – é espécie, sendo bem que tem valor econômico.
Crítica: as coisas fora de comércio não têm valor econômico e fala-se mesmo assim em coisa. 
Essa corrente foi adotada pelo novo CC/02, que traz somente o conceito de bens e as coisas como as dotadas de valor econômico. O novo CC acabou com essa celeuma jurídica e passou a utilizar a terminologia única de BENS, assim, essa discussão está superada.
	Para Pablo Stolze ao conceito de COISA fica restrito o conceito relacionado à materialidade. Sendo que BENS ficam com um conceito mais amplo (relação jurídica).
Patrimônio: conceito que engloba todos os bens, com conteúdo pecuniário. Mas a doutrina mais nova tem repensado esse conceito, para conceber a expressão patrimônio de maneira adjetiva: patrimônio jurídico, que é mais ampla em relação à gama de relações jurídicas tuteladas pelo direito.
2 . CLASSIFICAÇÃO DOS BENS
	CONSIDERADOS EM SI MESMOS
	RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS
	EM RELAÇÃO AO SEU TITULAR
	SUSCETIBILIDADE DE ALIENÇÃO
	Corpóreos e Incorpóreos
	Principais e acessórios
	Públicos e privados
	Alienáveis e inalienáveis
	Móveis e Imóveis
	
	
	
	Fungíveis e Infungíveis
	
	
	
	Consumíveis e Inconsumíveis
	
	
	
	Divisíveis e Indivisíveis
	
	
	
	Singulares e Coletivos
	
	
	
2.1 . BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS ( ARTS. 79 A 91)
Essa classificação está relacionada à forma como eles são percebidos, ou seja, trata-se de uma classificação pela própria essência dos bens.
2.1.1. BENS CORPÓREOS E INCORPÓREOS
Os primeiros são aqueles que têm existência material, perceptível pelos nossos sentidos, como os bens móveis e imóveis. Os últimos são aqueles abstratos, de visualização ideal, tendo existência apenas jurídica, por força da atuação do Direito, encontram-se, por exemplo, os direitos sobre o produto do intelecto, com valor econômico.
2.1.2 . BENS MÓVEIS E IMÓVEIS
Os móveis são os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração de sua substância ou da destinação econômico-social. A movimentação pode ser por força própria (semovente) ou por força alheia. 
Tais bens podem ser assim classificados:
- Móveis por sua natureza (são aqueles que, sem deterioração de sua substância, podem ser transportados de um local para outro ,mediante o emprego de força alheia. Ex: livros, carteiras, bolsas, etc.
- Móveis por antecipação (são os bens que, embora incorporados ao solo, são destinados a serem destacados e convertidos em móveis. Ex: árvores destinadas ao corte.
- Móveis por determinação legal (são bens considerados de natureza mobiliária por expressa dicção legal). 
OBSERVAÇÕES: 
1 . O penhor agrícola não é considerado bem móvel, porque, a colheita e a safra se agregam ao solo e por definição de lei é considerado bem imóvel; assim, o PENHOR AGRÍCOLA é direito real sobre objetos IMÓVEIS, sendo assim, uma exceção à regra do artigo 83, inciso III.
2. Pelo artigo 84, os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.
3. Os móveis podem ser por força própria (semoventes), por força alheia e por definição legal (energia elétrica, direitos pessoais e obrigacionais).
Os imóveis são os que não podem ser mobilizados, transportados ou removidos sem alteração de sua substância. 
Podem sê-lo:
- Imóveis por sua natureza: não podem ser movimentados sem ruptura, são o solo e tudo que lhe agregue naturalmente; 
- Imóveis acessão física: plantações e construções, que se prendam por fundação ao solo, p. ex., a tenda não se prende ao solo; o que foi feito pelo homem; artigo 81, I, afirma que as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local, EXEMPLO: casa prémoldada de filme americano.
- Imóveis por acessão intelectual: são coisas móveis que são imobilizadas, por exemplo, o maquinário na fazenda agrícola e o estabelecimento empresarial, ou seja, são os móveis enquanto estiverem a serviço do imóvel. O artigo 79 afirma que são bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente; (há enunciado do CJF dizendo que esse conceito está afastado do direito, mas os examinadores podem continuar cobrando, já que a doutrina tradicional ainda cita)
- Imóveis por definição legal: direitos reais e a sucessão aberta são bens incorpóreos que não poderiam ser enquadrados nesses conceitos, trata-se de uma ficção legal. O artigo 80 afirma que se consideram imóveis para efeitos legais: I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram e II – o direito à sucessão aberta.
OBSERVAÇÕES:
1. Não perdem também o caráter de imóveis os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem, inciso II, do artigo 81.
2. Bens imóveis por determinação legal demandam a outorga conjugal. Não se pode mais usar a expressão outorga uxória.
2.1.3 . BENS FUNGÍVEIS E INFUNGÍVEIS
Classificação relacionada à individualização do bem. 
Fungíveis: sempre serão bens móveis, que têm como característica poderem ser substituídos por outros de mesma qualidade, quantidade e espécies.
Infungíveis: não podem ser substituídos dessa forma. 
2.1..4 . BENS CONSUMÍVEIS E INCONSUMÍVEIS
Bens consumíveis são os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, bem como aqueles destinados à alienação. Ex: alimento.
Bens inconsumíveis são aqueles que suportam uso continuado, sem prejuízo do seu perecimento progressivo e natural. Ex: automóvel.
Sob duas vertentes pode ser considerado o bem consumível ou inconsumível:
materialmente consumíveis – são os fisicamente consumíveis os que perdem substância logo em seu primeiro uso, p. ex., giz, sabão, alimento.
juridicamente consumíveis – são os bens de consumo, ou seja, são os destinados à alienação.
A classificação do CC é melhor do que a do CDC (durável e não-durável), por exemplo, o carro posto à venda. 
OBSERVAÇÃO: Não misturar os conceitos de bens fungíveis e consumíveis. Exemplo: uma moeda rara é um bem infungível, mas, se estiver exposta à venda em um antiquário, será juridicamente consumível.
2.1.5 . BENS DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS:
A classificação está prevista no artigo 87, estabelecendo como análise a possibilidade de fracionamento ou não do bem sem a perda do seu valor econômico e nem de sua finalidade. 
Os bens podem ser:
fisicamente indivisíveis – não poderão ser fracionados em várias partes, mantendo as mesmas qualidades das partes divisas, p. ex., cadeira, se for fracionada não dá origem a várias cadeiras.
juridicamente indivisíveis – os bens podem ser materialmente divisíveis,mas, por outros aspectos não podem ser divididos.
Legalmente: condomínio ou terrenos urbanos, que são bens materialmente divisíveis, mas, imóveis que sejam menores que um módulo não podem ser divididos
Convencionalmente: acordo entre as partes
Juridicamente: sentença
economicamente indivisíveis – é a novidade trazida pelo novo CC, p. ex., dividir o terreno, respeitando os requisitos legais, mas deixando em uma das partes somente pedra, logo, não haverá o aproveitamento econômico ou utilitário, sendo assim, não podem ser indivisíveis.
2.1.6 . BENS SINGULARES E COLETIVOS
Singulares são aqueles analisados isoladamente, mesmo estando em uma coletividade ou em uma universalidade de fato, considerados em sua individualidade, p. ex, 100 livros ou 100 bois (bens considerados individualmente). É interessante para a teoria da empresa. Pelo artigo 89, são singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais.
Coletivos são considerados em sua coletividade, são as universalidades, estão em duas categorias:
Universalidade de fato: consiste na reunião de um conjunto de bens singulares reunidos para atender a uma finalidade, p. ex., biblioteca ou rebanho. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária, os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias, nos termos do artigo 90.
Universalidade de direito: trata do conjunto de relações jurídicas, por exemplo, patrimônio (todas relações jurídicas relevantes e economicamente apreciadas); sucessão aberta. Nos termos do artigo 91, constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico.
A importância dessa distinção se reflete claramente no Direito Contratual, na medida em que, se forem vendidas 100 cabeças de gado, elas estão individualmente consideradas; se for vendido o rebanho, o que foi negociado foram todos os bens coletivamente considerados, assim, não fará diferença a morte de alguns ou o nascimento de outros, já que todos os bens são considerados coletivamente.
2.2 . BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS ( ARTS. 92 A 97)
Este critério de classificação leva em conta o liame jurídico existente entre o bem jurídico principal e o acessório.
 Principal é o bem que possui autonomia estrutural, ou seja, que existe sobre si, abstrata ou concretamente, ao passo que acessório é aquele cuja existência supões a do principal.
A regra é que o acessório segue sempre a sorte do principal, inclusive no campo do Direito das Obrigações. Por isso também o acessório adquire a natureza da coisa principal.
Os contratos principais são determinantes na existência dos contratos acessórios (locação e fiança). 
Por vezes, bens com existência autônoma se juntam e dão origem à existência a outro bem, na verdade, pode-se dizer que esses bens isoladamente considerados não podem ser considerados bens acessórios, tratam-se na verdade de partes integrantes, p. ex., tela em relação à pintura.
Há determinados bens acessórios que não são partes integrantes, mas agregam ao bem principal condicionando a caracterização do bem principal, p. ex., relógio de pulso que esteja em a pulseira continua sendo um relógio, mas não será mais de pulso.
OBSERVAÇÃO: Pertença é bem acessório que não segue o principal como regra. Ela é um bem acessório que é posto a serviço do bem principal, mas, que se liga a ele sem condicioná-lo como o principal, ele é o mesmo bem principal sem a pertença. 
Já era aceita pela jurisprudência e agora está no código; ela não é parte integrante do bem principal e por isso, não segue regra do acessório que segue o principal. Exemplos: rádio novo no carro, opcionais no carro, sem ser parte integrante necessária do carro; a pertença não é parte integrante do bem. Godoy: a regra é a de que a pertença (bem acessório) NÃO segue o principal, salvo, nos casos previstos no artigo 94: determinação da lei, manifestação de vontade, circunstância do caso (típico caso de boa-fé objetiva; exemplo: verificar o carro e ver o eqüalizador, o que agrada muito o comprador, o vendedor não fala nada de que ele não irá com o bem principal, fica claro que o vendedor não poderá depois de concretizada a venda, querer retirar o bem sob a alegação de que a pertença não segue o principal).
O artigo 233, ele deve ser harmonizado com o entendimento acima, porque, o acessório que vai com o principal é aquele que não se configura como pertença.
Artigo 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios, embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou da circunstância do caso.
Espécies de bens acessórios 
1 . Frutos: é aquilo que o bem gera periodicamente; ou seja, são utilidades que o bem principal produz de tempos em tempos, sem perder a sua substância. RENOVÁVEIS.
	
	CONCEITO
	EXEMPLO
	Natural
	espontaneamente dado pela coisa
	Plantação, cria de animal. Plantações que não dão periodicamente são produtos
	Industrial
	participação do homem
	Café gerenciado (plantado e colhido)
	Civil
	relações jurídicas que rendem periodicamente, ou seja, o bem principal é uma relação jurídica
	Locação e rendimentos.
Há uma segunda classificação de acordo com a forma de sua ligação com a coisa principal:
	Pendentes
	ainda não foram desligados do bem principal
	Percebidos ou colhidos
	já desligados bem principal
	Percipiendos
	já deveriam ter sido desligados, mas não o foram
	Estantes
	já foram desligados e estão arquivados
	Consumidos
	já foram desligados e consumidos, por isso, não existem mais
Essa classificação é importante para a definição dos: direitos de retenção, de indenização e do dever de restituição, previstos nos Direitos Reais:
	
	DIREITO DE RETENÇÃO
	DIREITO DE INDENIZAÇÃO
	Possuidor de boa-fé
	Sobre os frutos percebidos
	Pelo custeio dos frutos pendentes
	Possuidor de má-fé
	-
	Pelo custeio dos frutos pendentes
2. Produtos: não têm periodicidade, por exemplo, planta, colhe e planta de novo. A extração mineral também se enquadra aqui. O bem principal periodicamente produz, mas, com perda de sua substância. Ex: pedreira, salina, jazida. Não-renováveis.
3. Benfeitorias: obras realizadas em um bem que já existe. Ex: construir uma casa em um terreno, não é benfeitoria, é uma acessão. Ex: aumentar a garagem de uma casa é uma benfeitoria.
	Necessárias
	situações emergenciais, ou seja, que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore (§ 3o.)
	Úteis
	facilitar o uso da coisa, ou seja, as que aumentam ou facilitam o uso do bem (§ 2o.).
	Voluptuárias
	são de embelezamento ou de deleite para coisa, ou seja, são as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor (§ 1o.).
Essa classificação é importante para a definição dos: direitos de retenção, de indenização e do dever de restituição, previstos nos Direitos Reais:
	
	DIREITO DE RETENÇÃO
	DIREITO DE INDENIZAÇÃO
	DIREITO DE LEVANTAR
	Possuidor de 
boa-fé
	Pelas benfeitorias necessárias e úteis
	benfeitorias necessárias e úteis
	voluptuárias se não trouxer prejuízo para a substância do bem. 
Salvo, se o novo possuidor quiser indenizar o seu valor para mantê-las no bem principal
	Possuidor de 
má-fé
	-
	benfeitorias úteis
	-
OBSERVAÇÃO: Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.
2.3. BENS EM RELAÇÃO AO SEU TITULAR
Os bens podem ser públicos ou particulares:
Bens particulares – pertencentes aos particulares
Bens públicos – São públicos os bens de domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. Os bens públicos não estão sujeitos à usucapião (artigo 102). Os bens públicos são pertencentes ao poder público e podem ser:
De uso comum (acesso de todos, todo e qualquer cidadão pode usar, mas pode ser cobrado valor para sua conservaçãoou utilização, artigo 103) (impenhorável, inalienável, enquanto conservar a sua qualificação, na forma que a lei determinar, e imprescritível) (rios, mares, estradas, ruas praças, I, artigo 99)
De uso especial (pertencentes a um órgão, são utilizados pelo poder público, para o desempenho da atividade pública) (impenhorável, inalienável, enquanto afetado, ou seja, enquanto conservar a sua qualificação, na forma que a lei determinar, e imprescritível) (edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive de suas autarquias, II, artigo 99)
Bens dominicais (pertencentes a pessoas jurídicas) (alienável, mediante autorização legislativa (artigo 101), imprescritível e impenhorável, a execução contra a Fazenda Pública não admite a penhora de bens) (constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades, III, artigo 99). Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado (parágrafo único, artigo 99).
OBSERVAÇÃO: A EC/46 alterou o inciso IV, do artigo 20 da CF/88, que trata dos bens da União.
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;
2.4 . BENS EM RELAÇÃO À SUA SUSCETIBILIDADE DE ALIENAÇÃO
Os bens podem ser alienáveis ou inalienáveis:
Os inalienáveis podem ser:
Naturalmente inalienáveis ou inapropriáveis por sua natureza: 
- Juridicamente inalienáveis ou legalmente inalienáveis: impossibilidade decorre de lei. Exemplos: 
- bens públicos de uso comum do povo e de uso especial; 
- os bens das fundações; os bens dos menores; 
- os lotes rurais remanescentes de loteamentos já inscritos, quando tiverem área inferior ao módulo fixado para a respectiva região;
- o capital destinado a garantir o pagamento de alimentos pelo autor do ato ilícito a favor da vítima;
- o terreno onde está edificado um edifício de condomínio por andares;
- o bem de família;
- os bens móveis ou imóveis tombados; (não estão propriamente fora de comércio, sua alienabilidade é restrita, não podendo ser livremente transferidos de uma pessoa a outra, sem autorização e inscrição; não podem sair do país, nem ser demolidos ou mudados; seus proprietários não perdem o domínio pela inscrição no tombamento, mas têm o seu exercício restrito, não tendo plena liberdade de alienação);
- as terras ocupadas pelos índios.
- Voluntariamente inalienáveis – em decorrência de um ato de vontade. Ex: cláusulas de inalienabilidade, que normalmente, vêm acompanhadas da incomunicabilidade e da impenhorabilidade. Essas cláusulas de inalienabilidade, no Brasil, estão adstritas a casos de liberalidade. Há quem sustente a inconstitucionalidade dessas disposições porque estariam limitando a circulação de bens, mas, essa posição é minoritária. Alterações sobre a cláusula: 1) No artigo 1911, incorporou o entendimento sumulado pelo STF, que determina que a cláusula de inalienabilidade, imposta aos bens por ato de liberalidade, implica impenhorabilidade e incomunicabilidade. É evidente que o contrário não é verdade. 2) No artigo 1848, está expresso que salvo se houver justa causa, declarada no testamento, não pode o testador estabelecer cláusula de inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade, sobre os bens da legítima. Assim, para agravar a legítima, o testador tem que declarar a justa causa (casamento com vagabundo, vício em jogo, incapacidade para gerir os bens).

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