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1 FACULDADE ANHANGUERA DE CAMPINAS ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO ATPS – Física III ETAPAS 1 E 2 Profº : Jeferson Aluno: Leanderson Alves RA: 8483150036 CAMPINAS 2015 2 ÍNDICE • Introdução desafio......................................................................................................03 • Objetivo do desafio.....................................................................................................04 • Etapa 1 passo1...........................................................................................................04 • Etapa 1 passo 2 e 3....................................................................................................06 • Etapa 1 passo 4..........................................................................................................07 • Etapa 2 passo 1 e 2....................................................................................................07 • Etapa 2 passo 3 e 4....................................................................................................08 • Bibliografia.................................................................................................................09 3 DESAFIO � “Farinha, malte, café instantâneo, açúcar e leite em pó tem sido a causa de muitas explosões na indústria alimentícia em anos recentes. As estatísticas mostram que mais de 30% das explosões, envolvendo pós ocorrem na industria alimentícia e de ração animal. Além de danos físicos e fatalidades, essas explosões acabam por causar interrupção de negócios e perdas financeiras. Dependendo da severidade do incidente, o tempo de parada e as perdas de produção podem se estender por semanas até meses. Pagamento de indenizações, tempo necessário para conduzir uma investigação, fazer mudanças na planta existente e reprojetar, adquirir e comissionar novas instalações acaba sendo o resultado de lições aprendidas tardiamente. Em alguns casos a planta poderá estar totalmente condenada.” O desafio é investigar o que pode ocasionar a explosão de uma fábrica na área de indústria alimentícia e promover medidas de segurança do empreendimento em relação aos fenômenos elétricos e magnéticos, comparada com o estudo de caso de uma fábrica de chocolate que é relatado por meio do seu Livro-texto e está relatado abaixo. “O mistério do chocolate em pó. Explosões provocadas por descargas elétricas (centelhas) constituem um sério perigo nas indústrias com pós muito finos. Uma dessas explosões aconteceu em uma fabrica de biscoitos na década de 1970. Os operários costumavam esvaziar os sacos de chocolate em pó que chegavam à fabrica em uma bandeja, na qual o material era transportado através de canos de plástico até o silo onde era armazenado. No meio desse percurso duas condições para que uma explosão ocorresse foram feitas: (1º condição) o módulo do campo elétrico ultrapassou 3,0 x 10 N/C, produzindo uma ruptura dielétrica do ar; (2º condição) a energia da centelha resultante ultrapassou 150mJ, fazendo com que o pó explodisse. Como parte também da investigação da explosão ocorrida na fábrica de biscoitos, o potencial elétrico dos operários foi medido enquanto esvaziavam sacos de chocolate em pó em uma bandeja, produzindo uma nuvem de pó de chocolate. 4 OBEJETIVO DO DESAFIO O desafio é promover medidas de segurança quanto aos fenômenos elétricos e magnéticos numa fábrica na área de indústria alimentícia, comparada com o estudo de caso acima, de acordo com as informações dadas em cada etapa. ETAPA 1 Campo Elétrico. Lei de Gauss. Compreender a ação e a distancia entre duas partículas sem haver uma ligação visível entre elas e entender os efeitos dessa partícula sujeita a uma força criada por um campo elétrico no espaço que as cerca. Passo 1 Pesquisa em livros da área, revistas e jornais, ou sites da internet, noticias que envolvem explosões de fábricas que têm produtos que geram ou são a base de pó. Resultado da pesquisa: Uma atmosfera é explosiva quando a proporção de gás, vapor ou pó no ar é tal que uma faísca proveniente de um circuito elétrico ou do aquecimento de um aparelho provoca a explosão. Para que se inicie uma explosão, três elementos são necessários: Combustível + oxigênio + faísca = explosão. A combinação acima forma o Triângulo do Fogo. Atualmente é mencionado também um quarto elemento: a reação molecular, formando então o Tetraedro do Fogo. Observa-se que o oxigênio do ar está presente em quase todo o processo produtivo em questão. É preciso saber que uma faísca ou uma chama não é indispensável para que se produza uma explosão. Um aparelho pode, por elevação de temperatura em sua superfície, atingir a temperatura de inflamação do gás e provocar a explosão. (MACCOMEVAP, 2004). Tecnicamente falando, uma explosão é uma onda de combustão – ou de deflagração (que também é uma combustão com chama intensa) – que se propaga livremente inicialmente 5 movendo-se a uma velocidade menor que o som (300 m/s); se não confinada, essa frente de chamas viaja inicialmente com pouca rapidez, mas a velocidade aumenta logo após a ignição, formando uma onda de alta pressão. Como os processos industriais geralmente não são projetados para suportar as pressões desenvolvidas em uma explosão, ocorre ruptura(s) no(s) ponto(s) mais fraco(s), liberando a onda de choque geralmente acompanhada de fogo, tudo com efeitos altamente destrutivos. Segundo estatísticas, as principais fontes de ignição causadoras de acidentes com explosão de pó são: • Faíscas mecânicas = 50%. • Eletricidade estática, corte e solda, faíscas a arco = 35%. • Sobreaquecimento = 15%. Os principais equipamentos e/ou locais críticos ao surgimento destes acidentes são: • Moinhos e trituradores = 40%. • Elevadores = 35%. • Transportadores = 35%. • Coletores de pó e silos = 15%. • Secadores = 10%. É alarmante a quantidadede explosões e incêndios em indústrias que possuem processos com pós combustíveis. Pelo menos 281 eventos deste tipo ocorreram só nos Estados Unidos entre 1980 e 2005, que resultaram em: • 119 mortos e 718 feridos. • 7 explosões catastróficas que provocaram sérios impactos econômicos nas comunidades locais, e diversos tipos de indústrias afetadas, envolvendo vários tipos de poeiras combustíveis. No Brasil também já foram registrados diversas ocorrências, especialmente na região Sul do país, e embora não tenhamos estatísticas detalhadas, podemos afirmar que algumas ocorrências atingiram considerável magnitude. Para que se produza uma explosão de pós, devem concorrer simultaneamente as seguintes condições: - Pó combustível em suspensão, com baixo teor de umidade. - Concentração da nuvem acima do limite inferior de explosividade (LIE). 6 - Partículas de tamanho conveniente. - Ar (oxigênio) presente. - Fonte de ignição com energia suficiente. Com relação à fonte de ignição, pode-se afirmar que é mais difícil iniciar-se uma explosão de pó, que uma inflamação de gases ou líquidos inflamáveis, porque a energia necessária para ignição dos pós é 1.000 vezes superior (da ordem de mJ) à dos gases inflamáveis (da ordem de J). PASSO 2 Supor que o pó (produto) de sua empresa esteja carregado negativamente e passando por um cano cilíndrico de plástico de raio R= 5,0 cm e que as cargas associadas ao pó estejam distribuídas uniformemente com uma densidade volumétrica r. O campo elétrico E aponta para o eixo do cilindro ou para longe do eixo? Justificar. Resposta A carga negativa tende a se desprender do átomo passando para o cilindro de plástico. Então elas apontam para longe do eixo. PASSO 3 Escrever uma expressão, utilizando a Lei de Gauss, para o módulo do campo elétrico no interior do cano em função da distancia r do eixo do cano. O valor de E aumenta ou diminui quando r aumenta? Justificar. Determinar o valor máximo de E e a que distância do eixo do cano esse campo máximo ocorre para ρ = 1,1 x 10-3 C/m3 (um valor típico) V=π×r2×h h = 0.5 V=π×0,052×0,05 V=3,927×10-4cm3 ∂ = 1,1×10-33,927×10-4=>2,80 Kg/cm3 ∂ × π × r2 × Leo = E×2×π×r×L 2,48×109=E×3,14×10-1 E=2,48×1093,14×10-1=>7,91×109C E = 7,91 GC 7 Passo 4 Verificar a possibilidade de uma ruptura dielétrica do ar, considerando a primeira condição, ou seja, o campo calculado no passo anterior poderá produzir uma centelha? Onde? Resposta: Para o ar, ele ocorre para campos elétricos da ordem de 3.106 V/m, então o campo calculado pode produzir centelha. Em qualquer ponto. Etapa 2 Potencial Elétrico. Capacitância. Definição de potencial elétrico e conseguir calcular esse potencial a partir do campo elétrico. Essa etapa também é importante para estudar a energia armazenada num capacitor, considerando situações cotidianas. Para realizá-la, devem ser seguidos os passos descritos. Passo 1 Determinar uma expressão para o potencial elétrico em função da distância R a partir do eixo do Canon. (O potencial é zero na parede do Canon, que está ligado a terra). V = K. Q / r Passo 2 Calcular a diferença de potencial elétrico entre o eixo do cano e a parede interna para uma densidade volumétrica de cargas típica, P=1,1x10-³ C/m³. U=k.q/d = 9.109 n.m2/c2 1,1.10-3 c/m3 / 0,5 m U= 19,8 .106 V Passo 3 Calcular a energia armazenada num operário, considerando que o homem poder ser modelado por uma capacitância efetiva de 200pF e cada operário possui um potencial elétrico de 7,0 kV em relação a Terra, que foi tomada como potencial zero. 8 F=C/V 200pF=Q/7000 Q=1,4.10-6 C C=Q/V C=1,4.10-6/7000 C=2.10-10F Passo 4 Verificar a possibilidade de uma explosão de uma explosão, considerando a segunda condição, ou seja, a energia da centelha resultante do passo anterior ultrapassou 150 mJ, fazendo com que o pó explodisse? W=Q.V W=1,1.10-3. 19,8 . 106 W= 21.103 J > 150.10-3 J Portanto a energia resultante ultrapassou, fazendo com que o pó tenha potencial de explosão. Bibliografia WWW.processos.eng.br/Portugues/PDFs/explosoesl.pdf HTTPS://doc.google.com/file/d/0Bx50NPmVz1UwLWptYXV2NDdRT2c/edit HTTPS://docs.google.com/file/d/0Bx50NPmVz1UwUGcyMUExS3FlRnM/edit HTTPS://docs.google.com/file/d/0Bx50NPmVz1UwNkVMM0NNeTlmOHc/edit HTTPS://docs.google.com/file/d/0Bx50NPmVz1UwU0cU13dFlsVIE/edit 9 ETAPA 3 Aula-tema: Corrente e Resistência. Circuitos. Essa atividade é importante para discutir as cargas em movimento, isto é, corrente elétrica e relacionar com resistência elétrica. Essa etapa também é importante para compreender os cálculos envolvidos em um circuito elétrico como potência e energia. Para realizá-la, devem ser seguidos os passos descritos. PASSOS Passo 1 (Equipe) Determinar a expressão para a corrente i (o fluxo das cargas elétricas associadas ao pó) em uma seção reta do cano. Calcular o valor de i para as condições da fábrica: raio do cano R = 5,0 cm., velocidade v = 2,0 m/s e densidade de cargas r = 1,1 x 10-3 C/m3 i= R= 0,5 m V= 2,0 m/s P= 1,1 . 10-3 C/m3 i= q/t i= 1,1 . 10-3 C/m3/ 2,0 m/s i= 5,5 . 10-4 A Passo 2 (Equipe) Determinar a taxa (potência) com a qual a energia pode ter sido transferida do pó para uma centelha quando o pó deixou o cano. Considerar que quando o pó saiu do cano e entrou no silo, o potencial elétrico do pó mudou e o valor absoluto dessa variação foi pelo menos igual a diferença de potencial calculada no passo 2 na etapa 2. Pot= E/t Pot= 39.106/2 Pot= 19.106 W Passo 3 (Equipe) Calcular a energia transferida para a centelha se uma centelha ocorreu no momento em que o pó deixou o tubo e durou 0,20 s (uma estimativa razoável). t= 0,20s P= E/t P= 39 . 106 /0,20 P= 195 . 106 W Passo 4 (Equipe) Calcular qual deve ser a resistência entre a pulseira e a terra para que seu corpo chegue ao nível seguro de potencial de 100 V em 0,3 s, ou seja, um tempo menor que o que você levaria 10 para tocar no silo. Se você usar uma pulseira condutora em contato com a terra seu potencial não aumentará tanto quando você se levantar, além disso, a descarga será mais rápida, pois a resistência da ligação a terra será menor que a dos sapatos. Suponha que no momento que você se levanta o potencial do seu corpo é de 1,4 kV e que a capacitância entre seu corpo e a cadeira é de 10 pF. V= R. I I= Q/t C= Q/V 100= R. 4,6 . 10-8 I= 1,4 . 10-8/0,3 10pF = Q/1,4 . 103 R= 2,17 . 109Ω I= 4,6 . 10-8A Q= 1,4 . 10-8 C ETAPA 4 Aula-tema: Campos Magnéticos. Essa atividade é importante para compreender o campo magnético terrestre e atuação dele numa determinada região. Nessa atividade também definir as medidas de segurança na instalação de uma fábrica de pó. Para realizá-la, devem ser seguidos os passos descritos.PASSOS Passo 1 (Aluno) Pesquisar sobre o campo magnético terrestre, como ele é produzido e como esse campo varia de acordo com a localidade. Pesquisar também qual é o valor do campo magnético na sua região. Sites sugeridos para pesquisa • O campo magnético da Terra. Disponível em: <https://docs.google.com/file/d/0Bx50NPmVz1UwLWptYXV2NDdRT2c/edit>. Acesso em: 20 abr. 2012. Passo 2 (Equipe) Calcular o valor força elétrica que age sobre uma carga elétrica que se move no cano de acordo com as condições apresentadas no passo 1 da etapa 3 e no passo anterior dessa etapa. F= K.q/d2 F= 9.109. 1,1.10-3/0,52 F= 39.106N Passo 3 (Equipe) Analisar as condições que foram discutidas nesse desafio para que ocorresse a explosão na fábrica e sugerir as medidas de segurança que deveriam ter sido adotadas para que não tivesse ocorrido. Conclusão Diante dos cálculos realizados foi constatado que duas condições para que uma explosão ocorresse foram satisfeitas: (1° condição) o módulo do campo elétrico ultrapassou 3,0 x 106 N/C, produzindo uma ruptura dielétrica do ar; (2° condição) a energia da centelha resultante ultrapassou 150 mJ, fazendo com que o pó explodisse. Passo 4 (Equipe) Elaborar um relatório intitulado “Relatório: Medidas de Segurança quanto aos fenômenos eletromagnéticos em uma Fábrica que envolve Nuvem de Pó” com o conteúdo 11 desenvolvido nos passos anteriores desta etapa e entregar ao professor na data agendada, de acordo com a padronização definida. MEDIDAS PREVENTIVAS O Ministério do Trabalho e Emprego sancionou em 2001 a Portaria que estabelece indicações básicas para se evitar acidentes também provenientes da explosão por pó de produtos agrícolas. [...] 1.15 – Silos e Armazéns 1.15.1 – Os silos devem ser adequadamente dimensionados e construídos em solo com resistência compatível às cargas de trabalho. [...] 1.15.4 – É obrigatória a prevenção dos riscos de explosões, incêndios, acidentes mecânicos, asfixia e dos decorrentes da exposição a agentes químicos, físicos e biológicos em todas as fases da operação do silo. 1.15.5 – A escolha do modo de operação dos silos deve levar em consideração os riscos à saúde e segurança dos trabalhadores e ao meio ambiente. 1.15.6 – É obrigatória a utilização segura de todas as máquinas e equipamentos envolvidos no processo de operação dos silos. [...] 1.15.10 – Antes da entrada de trabalhadores na fase de abertura dos silos deve ser medida a concentração de oxigênio e o limite de explosividade relacionado ao tipo de material estocado. [...] 1.15.12 – Devem ser avaliados permanentemente os riscos de combustão espontânea e explosão através do controle dos seguintes parâmetros: a) quantidade e tipo do pó em suspensão; b) tamanho das partículas; c) umidade e temperatura ambientes; d) grau de umidade do produto armazenado; e) concentração de oxigênio; f) variação da temperatura em função da fermentação do material ensilado; g) formação de gases e vapores inflamáveis [...] 1.15.13 – Devem ser adotadas medidas para prevenção de explosões derivadas da combustão acelerada de poeiras decorrentes da movimentação de grãos. [...] 1.15.15 – Os elevadores e sistemas de alimentação dos silos devem ser projetados e operados de forma a evitar o acúmulo de poeiras, em especial nos pontos onde seja possível a geração de centelhas por eletricidade estática. 1.15.16 – Todas as instalações elétricas e de iluminação no interior dos silos devem ser antideflagrantes. 1.15.17 – Serviços de manutenção por processos de soldagem, operações de corte ou que gerem eletricidade estática devem ser realizados exclusivamente nos períodos em que os silos estejam vazios e livres de poeiras e contaminantes. 1.15.18 – Nos intervalos de operação dos silos o empregador rural ou assemelhado deve providenciar adequada limpeza dos silos para remoção de poeiras. 1.15.19 – Os silos devem possuir sistema de ventilação capaz de evitar acúmulo de gases e poeiras. (BRASIL, Ministério do Trabalho e Emprego, 2001). 12
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