Riscos Biológicos e Umidade

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Riscos Biológicos e Umidade
Quando se fala de risco biológico, logo se pensa na promoção da 
saúde. Reconhecer os agentes de risco biológico que estão presentes 
nos ambientes de trabalho e atuar na prevenção à saúde laboral é algo de 
extrema importância. Na área de Saúde, Segurança e Higiene Ocupacional, 
saber reconhecer, avaliar, controlar e gerenciar os riscos ambientais é 
sinônimo de garantia de salubridade para os trabalhadores durante sua 
vida laboral. Muitas atividades profissionais podem expor os trabalhadores 
aos agentes biológicos e à umidade. Pode parecer que risco biológico é 
problema somente dos ambientes de trabalho, mas não é! Quantas vezes 
nos expomos a esse tipo de risco durante a vida? Como se fazer para evitar 
as doenças ou o agravamento delas? 
Devem ser evitadas por meio de medidas preventivas e corretivas.
De agora em diante, você terá a oportunidade de aprofundar seus 
conhecimentos sobre os riscos biológicos e umidade.
Definição 
Antes de tratarmos dos agentes de risco biológico, é preciso 
compreender o que é considerado risco biológico.
De acordo com a NR-32 (BRASIL, 2022a), considera-se risco biológico a 
probabilidade da exposição ocupacional a agentes biológicos; consideram-
se agentes biológicos os microrganismos, geneticamente modificados ou 
não, as culturas de células, os parasitas, as toxinas e os príons, que são 
partículas proteicas infecciosas que não possuem ácidos nucléicos. Veja a 
seguir a figura de um fungo, ou seja, um tipo de agente biológico.
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Os agentes de risco podem entrar em contato com o organismo humano 
e provocar inúmeras doenças, muitas delas com potencial de risco elevado, 
outras sem cura. Note a importância do controle da exposição ao risco 
biológico.
Fontes e Efeitos da Exposição
Existem muitas atividades que podem favorecer o contato com os 
agentes de risco. Podem ser citadas atividades relacionadas:
• Às indústrias alimentícias;
• Aos ambientes hospitalares e clínicas de saúde;
• À limpeza pública e coleta de lixo;
• Aos laboratórios de análises clínicas;
• Ao tratamento de água e esgoto;
• Às clínicas veterinárias e pet shops;
Você sabia que os agentes biológicos são os riscos ocupacionais 
mais antigos que se tem registro? 
Curiosidade
Os riscos biológicos são regulamentados pela NR-15, em seu anexo 14, 
que trata das atividades e operações insalubres; e pela NR-32, que trata da 
segurança e saúde no trabalho em serviço de saúde.
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Para conhecer mais a respeito do anexo 14 da NR-15, acesse o link 
ou código QR a seguir:
Quero Saber +
https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-
br/acesso-a-informacao/participacao-social/
conselhos-e-orgaos-colegiados/comissao-
tripartite-partitaria-permanente/arquivos/
normas-regulamentadoras/nr-15-anexo-14.pdf
A NR-32 (BRASIL, 2022ª, p. 1) “tem por finalidade estabelecer as 
diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à 
segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como 
daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em 
geral.” Segundo essa norma regulamentadora, entende-se por serviços de 
saúde qualquer edificação destinada à prestação de assistência à saúde 
da população, e todas as ações de promoção, recuperação, assistência, 
pesquisa e ensino em saúde em qualquer nível de complexidade.
Portanto, para gerenciamento dos agentes biológicos na área da saúde, 
é obrigatório seguir as determinações da NR-32.
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https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-social/conselhos-e-orgaos-colegiados/comissao-tripartite-partitaria-permanente/arquivos/normas-regulamentadoras/nr-15-anexo-14.pdf
Após conhecer alguns exemplos de atividades que podem ter contato 
com os agentes biológicos, é preciso entender como acontece a exposição 
dos trabalhadores aos riscos.
A exposição pode acontecer por meio do contato do homem com o 
agente biológico, seja pela respiração através do ar contaminado; por 
contato com perdigoto disperso no ar; ambientes contaminados em que 
as mãos entram em contato com o agente biológico levando-as à boca, ao 
nariz e aos olhos; por meio de agulhas contaminadas, entre outras formas.
Os microrganismos, quando em contato com o organismo humano, 
podem causar inúmeras doenças.
Existem meios de prevenir as doenças evitando o contato com os agentes 
biológicos. Evitar doenças e a propagação delas nos ambientes de trabalho 
é uma questão de utilidade pública. Refletindo a respeito da gripe e da 
conjuntivite, que são doenças que frequentemente estão presentes causadas 
por agentes biológicos, se você ou um colega de trabalho estiver doente, qual 
é o primeiro procedimento de segurança a ser seguido pela empresa? 
O procedimento será afastar o trabalhador doente para que os demais, 
que estão saudáveis, não adoeçam. 
Você sabe o que é biossegurança?
A biossegurança pode ser definida como “um conjunto de medidas e 
procedimentos técnicos necessários para a manipulação de agentes e 
materiais biológicos capazes de prevenir, reduzir, controlar ou eliminar 
riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, 
animal, vegetal e o meio ambiente” (BRASIL, 2010, p. 11).
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O governo federal, através do Ministério da Saúde, publicou um 
material classificando os riscos dos agentes biológicos prezando 
a biossegurança para as áreas em que o risco biológico se faz 
presente ou constitui uma ameaça potencial. Acesse o link ou 
código QR a seguir e conheça esse material: 
Quero Saber +
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
classificacao_risco_agentes_biologicos_1ed.pdf
Há uma preocupação muito grande dos empregadores, dos setores da 
saúde, da pecuária com os agentes biológicos, pois uma população doente 
traz sérias consequências para as indústrias, municípios e agronegócio.
Quando se aborda o agronegócio, está-se 
tratando das doenças dos animais transmitidas 
ao homem e entre os próprios animais. As 
doenças animais impactam na saúde pública 
e na atividade econômica. Muitas vezes, o 
produtor rural é impedido de vender seus 
produtos devido a uma contaminação de seu 
rebanho ou aviário. Com certeza, você já ouviu 
falar da gripe suína, a atual H1N1, que passou 
para o homem e traz sérias consequências 
relacionadas à saúde de cada um de nós.
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https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/classificacao_risco_agentes_biologicos_1ed.pdf
A gripe H1N1, ou influenza A, é provocada pelo vírus H1N1, um 
subtipo de influenzavirus do tipo A. Ele é resultado da combinação 
de segmentos genéticos do vírus humano da gripe, do vírus da 
gripe aviária e do vírus da gripe suína (daí o nome pelo qual ficou 
conhecida inicialmente), que infectaram porcos simultaneamente 
(VARELLA BRUNA, 2020).
Curiosidade
Ainda tratando do agronegócio, de acordo com a Embrapa (2023), 
alguns agentes biológicos são utilizados para controle biológico de pragas, 
evitando a propagação delas nas plantações. Esses agentes podem ser 
fungos, vírus e bactérias com potencial patogênico sobre insetos-praga 
nativos do Brasil e exóticos.
E você pensando que agentes biológicos era coisa de hospital! Não é! Os 
microrganismos benéficos ou não estão constantemente em contato com 
o ser humano.
Tipos de Agentes Biológicos
Conheça a seguir os tipos de agentes biológicos:
• Bactérias: são seres unicelulares, visíveis ao microscópio e 
com muitas espécies patogênicas para o homem como a cólera, 
difteria e tuberculose.
• Vírus: são agentes filtráveis, visíveis ao microscópio eletrônico, 
se multiplicam e se desenvolvem no interior de células vivas. 
Entre as doenças causadas por vírus (viroses), podem ser 
citadas a herpes, a rubéola, a gripe e a covid.
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• Fungos: são seres vivos uni ou poli celulares que podem 
provocar doenças ao homem, como, por exemplo, as micoses. 
Há fungos benéficos para o homem como o fermento biológico 
e a penicilina, o primeiro antibiótico produzido pelo fungo 
Penicillium.
• Parasita: organismo que sobrevive e se desenvolveàs 
expensas de um hospedeiro, podendo localizar-se no interior 
ou no exterior deste. Pode causar algum dano ao hospedeiro.
• Príons: partículas proteicas infecciosas que não possuem 
ácidos nucléicos.
• Toxinas: substâncias químicas que podem ser absorvidas por 
organismos, que exercem efeitos biológicos adversos no ser 
humano.
Quais são os danos que os agentes biológicos podem causar ao 
organismo humano?
Os agentes biológicos podem causar várias doenças, sendo importante 
avaliar o risco biológico para o dimensionamento da estrutura para a 
contenção e tomada de decisão no controle de risco.
Com o objetivo de efetivar ações relacionadas à biossegurança, o 
Ministério da Saúde disponibiliza a classificação de risco dos agentes 
biológicos com revisão a cada dois anos. A lista revisada do Ministério da 
Saúde inclui preponderantemente agentes biológicos com risco para o 
homem e para a Saúde Pública, entre os quais se encontram alguns com 
potencial zoonótico. 
Confira a seguir a matriz resumida das características da classificação 
do risco. 
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Classe de risco Risco individual Risco à 
coletividade
Profilaxia ou 
terapia eficaz
1 Baixo Baixo Existe
2 Moderado Baixo Existe
3 Elevado Moderado Usualmente existe
4 Alto Alto Ainda não existe
Tabela 1 - Representação resumida das características das classes de risco (1 a 4) dos agentes 
biológicos em relação ao risco individual, coletivo e das condições terapêuticas associados ao 
agente biológico
Fonte: Binsfeld et al. (2010) 
De acordo com Brasil (2017), os agentes biológicos que afetam o homem, 
os animais e as plantas são distribuídos em classes de risco assim definidas: 
• Classe de risco 1 (baixo risco individual e para a comunidade): 
inclui os agentes biológicos conhecidos por não causarem 
doenças no homem ou nos animais adultos sadios. Exemplos: 
Lactobacillus spp. e Bacillus subtilis. 
• Classe de risco 2 (moderado risco individual e limitado 
risco para a comunidade): inclui os agentes biológicos que 
provocam infecções no homem ou nos animais, cujo potencial 
de propagação na comunidade e de disseminação no meio 
ambiente é limitado, e para os quais existem medidas 
profiláticas e terapêuticas conhecidas eficazes. Exemplos: 
Schistosoma mansoni e vírus da rubéola. 
• Classe de risco 3 (alto risco individual e moderado risco para 
a comunidade): inclui os agentes biológicos que possuem 
capacidade de transmissão, em especial por via respiratória, e 
que causam doenças em humanos ou animais potencialmente 
letais, para as quais existem usualmente medidas profiláticas 
e terapêuticas. Representam risco se disseminados na 
comunidade e no meio ambiente, podendo se propagar de 
pessoa a pessoa. Exemplos: Bacillus anthracis e Vírus da 
Imunodeficiência Humana (HIV). 
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• Classe de risco 4 (alto risco individual e para a comunidade): 
inclui os agentes biológicos com grande poder de 
transmissibilidade, em especial por via respiratória, ou de 
transmissão desconhecida. Até o momento, não há nenhuma 
medida profilática ou terapêutica eficaz contra infecções 
ocasionadas por estes. Causam doenças humanas e animais 
de alta gravidade, com alta capacidade de disseminação 
na comunidade e no meio ambiente. Esta classe inclui 
principalmente vírus. Exemplos: vírus Ebola e vírus da varíola.
Para que possam ser consideradas doenças profissionais, o trabalhador 
deve ter se exposto ao agente biológico no ambiente de trabalho.
Medidas preventivas de saúde devem ser instituídas nos locais de 
trabalho e nos locais em que possa haver disseminação de agentes 
biológicos. Acompanhe a seguir medidas de prevenção da gripe.
Lavar
as mãos
Uso de
máscara
VacinaçãoAlimentação 
saudável
Exercício
Cançaso Dores
musculares
Dor de cabeça Rinite
Dor de garganta Tosse
Prevenção
Sintomas
Prevenção
Influenza
Febre Tremores
Sintomas
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As principais vias envolvidas em um processo de contaminação 
biológica são: cutânea ou percutânea (com ou sem lesões por acidente 
com agulhas e vidraria ou na experimentação animal – arranhões e 
mordidas), via respiratória, via conjuntiva e via oral.
A melhor forma de prevenção de doenças causadas por agentes 
biológicos é o isolamento, não ter contato com este tipo de risco!
Reflita
Avaliação
A avaliação do risco biológico acontece de forma qualitativa. O 
gerenciamento do risco é regulamentado pela NR-01, através do Programa 
de Gerenciamento de Risco, e pela NR-07, por meio do Programa de 
Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO).
De acordo com o que estabelece a NR-32 (BRASIL, 2022a), o PGR, além 
do previsto na NR-01, na etapa de identificação de perigos, deve conter: 
Identificação dos agentes biológicos mais prováveis, em função da 
localização geográfica e da característica do serviço de saúde e seus 
setores, considerando:
a) fontes de exposição e reservatórios; 
b) vias de transmissão e de entrada; 
c) transmissibilidade, patogenicidade e virulência do agente; 
d) persistência do agente biológico no ambiente; 
e) estudos epidemiológicos ou dados estatísticos; 
f) outras informações científicas.
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Avaliação do local de trabalho e do trabalhador, considerando:
a) a finalidade e descrição do local de trabalho; 
b) a organização e procedimentos de trabalho; 
c) a possibilidade de exposição; 
d) a descrição das atividades e funções de cada local de trabalho; 
e) as medidas preventivas aplicáveis e seu acompanhamento. 
O Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR deve 
ser reavaliado sempre que se produza uma mudança nas 
condições de trabalho, que possa alterar a exposição aos 
agentes biológicos e quando a análise dos acidentes e 
incidentes assim o determinar. A avaliação de riscos deve 
constituir um processo contínuo e ser revista a cada dois 
anos (BRASIL, 2022a,c).
No PCMSO, além do que está previsto na NR-07, devem 
estar contemplados o reconhecimento, a avaliação dos riscos 
biológicos, o controle da saúde ocupacional dos trabalhadores 
potencialmente expostos e o programa de vacinação.
Atenção
A vacinação dos trabalhadores expostos é uma medida de 
prevenção de doenças, evitando a disseminação dos agentes 
biológicos entre os trabalhadores e a comunidade.
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A avaliação qualitativa consiste na etapa de reconhecimento do risco 
no ambiente de trabalho, conhecer quais são as fontes de exposição, quais 
são as trajetórias do agente de risco, entre outras informações. Trata-se de 
mapear o risco, para poder controlá-lo e gerenciá-lo.
Segundo Ministério da Saúde (BRASIL, 2022c), a avaliação de risco de 
agentes biológicos considera critérios que permitem o reconhecimento, a 
identificação e a probabilidade do dano decorrente destes, estabelecendo 
a sua classificação em classes de risco distintas de acordo com a 
gravidade dos danos. 
A classificação dos agentes biológicos constantes no material 
do Ministério do Trabalho (BRASIL, 2022c), que classifica os riscos 
dos agentes biológicos, teve foco básico nos agentes causadores de 
enfermidades em humanos e nas taxas de morbimortalidade do agravo. 
Por outro lado, a análise de risco deve ser orientada por parâmetros que 
dizem respeito à classificação de risco do agente biológico e ao tipo de 
procedimento realizado. 
A avaliação de risco deve considerar a emergência de novas 
variantes patogênicas, devendo a discussão com os responsáveis 
pela biossegurança nos locais de trabalho levar em consideração as 
modificações das exposições, mudanças genéticas dos agentes biológicos 
e classe de risco.
A avaliação de risco deve ser levada em consideração para todos 
os locais em que possa haver contato dos trabalhadores com o risco 
biológico.
Medidas Preventivas e Corretivas
O trabalhador, ao se expor aos agentes biológicos, deverá se proteger.
Segundo as recomendações da NR-32 (BRASIL, 2022a), as medidas de 
proteção devem ser adotadas a partir do resultado da avaliação de riscos 
ocupacionais, previstas no PGR. Entre as medidas de proteção, podem ser 
citadas:
• Todo local ondeexista possibilidade de exposição ao agente biológico 
deve ter lavatório exclusivo para higiene das mãos provido de água 
corrente, sabonete líquido, toalha descartável e lixeira provida de 
sistema de abertura sem contato manual;
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• Os quartos ou enfermarias destinadas ao isolamento de pacientes 
portadores de doenças infectocontagiosas devem conter lavatório em 
seu interior; 
• O uso de luvas não substitui o processo de lavagem das mãos, o que 
deve ocorrer, no mínimo, antes e depois do uso das mesmas;
• Os trabalhadores com feridas ou lesões nos membros superiores só 
podem iniciar suas atividades após avaliação médica obrigatória com 
emissão de documento de liberação para o trabalho;
• Todos os trabalhadores com possibilidade de exposição a agentes 
biológicos devem utilizar vestimenta de trabalho adequada e em 
condições de conforto;
• Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os 
equipamentos de proteção individual e as vestimentas utilizadas em 
suas atividades laborais;
• O empregador deve providenciar locais apropriados para fornecimento 
de vestimentas limpas e para deposição das usadas;
• A higienização das vestimentas utilizadas nos centros cirúrgicos e 
obstétricos, serviços de tratamento intensivo, unidades de pacientes 
com doenças infectocontagiosas e quando houver contato direto da 
vestimenta com material orgânico, deve ser de responsabilidade do 
empregador;
• Os Equipamentos de Proteção Individual – EPI, descartáveis ou não, 
deverão estar à disposição em número suficiente nos postos de trabalho, 
de forma que seja garantido o imediato fornecimento ou reposição;
• Deve haver sinalização de segurança contra risco biológico nas áreas 
contaminadas;
• Deve haver capacitação dos trabalhadores sobre os riscos, uso correto 
dos EPIs, higiene, normas, procedimentos e descarte de materiais 
contaminados;
• Deve haver um controle sanitário prévio e continuado;
• Identificar os trabalhadores expostos, classificando os grupos 1,2,3 e 4;
• Realizar vigilância médica dos trabalhadores expostos a riscos biológicos;
• Implantar sistemas adequados de água e esgoto;
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• Controlar a saúde dos animais;
• Manter o sistema de ventilação/exaustão em perfeito estado e 
funcionamento, bem como intensificar o número de trocas de ar no 
ambiente;
• Conhecer os possíveis meios de transmissão dos agentes biológicos;
• Manipular e descartar corretamente os perfurocortantes;
• Conhecer a rotina para atendimento de acidentes com material 
biológico, bem como as limitações da profilaxia pós-exposição;
• Eliminar a presença de roedores e formigas nos locais onde há pessoas 
doentes ou agentes biológicos;
• Evitar a agregação de pessoas em lugares fechados;
• Promover campanhas de prevenção de doenças;
• Desenvolver um programa de gerenciamento de resíduos 
contaminados;
• Realizar inspeções regulares de segurança;
• Elaborar ordem de serviço, dando conhecimento ao trabalhador sobre 
os riscos aos quais ele estará exposto e das medidas preventivas que 
devem ser utilizadas;
• Vacinação dos trabalhadores expostos aos agentes biológicos;
• Promoção e vigilância da saúde do trabalhador.
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A avaliação de risco é a etapa que antecede a implantação de medidas 
de controle dos riscos, portanto, se a avaliação não for realizada 
corretamente, os danos à saúde do trabalhador exposto podem ser letais 
ou permanentes.
Ambientes em que há presença de agentes biológicos podem ser 
classificados como insalubres de acordo com o Anexo 14 da NR-15. Nesse 
Anexo, consta a relação das atividades que envolvem agentes biológicos 
cuja insalubridade é caracterizada pela avaliação qualitativa. Confira!
Umidade
A umidade pode, muitas vezes, estar associada ao risco biológico, pois 
a presença de umidade pode favorecer o surgimento de agentes biológicos 
patogênicos.
A NR-15 (BRASIL, 2022b, p. 1), em seu Anexo 10, estabelece que “as 
atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, 
com umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos 
trabalhadores, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de 
inspeção realizada no local de trabalho.”
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De acordo com o entendimento da NR-15, pode-se dizer que a umidade 
é um agente de risco cuja característica é o excesso de água no ambiente 
de trabalho, em forma líquida ou vapor. Podem-se citar como exemplos as 
áreas alagadas, encharcadas ou com umidade excessiva.
Trabalhadores que se expõem a essas condições estão expostos à 
umidade.
Em que situações o trabalhador pode estar exposto à umidade?
• Trabalhos da construção civil;
• Tratamento de água e esgoto;
• Trabalho relativo ao agronegócio;
• Lavação em geral;
• Cozinhas industriais;
• Frigoríficos;
• Lavanderias;
• Pesca;
• Motoboy;
• Ambientes com problemas de infiltração.
O trabalhador que realizar suas atividades em 
ambientes úmidos pode ter contato com mofos e 
bolores, o que gera risco biológico aliado à umidade.
Muitas atividades podem levar o trabalhador a 
essas condições. Por esse motivo, a avaliação de 
risco é muito importante.
Outros fatores podem estar associados à umidade, 
como o calor e o frio.
Quem mora em regiões quentes e úmidas, como nos estados 
do Norte brasileiro, reconhecem os efeitos da umidade e do calor 
associados. Nesse caso, tratamos da umidade relativa do ar. 
É sabido que o suor é uma maneira de regular a temperatura 
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do organismo humano. Quando a umidade relativa do ar está elevada, a 
evaporação do suor se torna mais difícil, e isso significa que se evapora 
menos suor e se transpira mais em forma líquida. Acredito que você já 
tenha percebido essa reação em seu corpo em algum momento durante o 
verão, se você reside em regiões de clima úmido e quente.
 Portanto, a umidade relativa do ar influencia na 
regulação da temperatura corporal do trabalhador.
A umidade relativa do ar também pode estar 
associada ao frio. Se a umidade relativa do ar estiver 
alta, maior será a capacidade de o ar retirar calor do 
nosso corpo, fazendo com que a temperatura interna 
diminua, levando o trabalhador a perder de 25 a 30 vezes 
mais calor do que em condições normais.
Trabalhadores que realizam suas atividades em ambientes 
úmidos podem sofrer danos à saúde e acidentes devido às 
condições de encharcamento. Na Higiene Ocupacional, 
o objetivo é reconhecer os riscos, avaliar as condições de 
trabalho, controlar e gerenciar os agentes de risco, evitando as 
doenças ocupacionais. 
Algumas doenças podem ser causadas ao trabalhador quando ele passa 
muito tempo exposto a ambientes encharcados, como ficar resfriado e 
consequências do frio.
Quando a umidade está associada 
a agentes biológicos, como no caso 
dos trabalhadores da coleta de lixo, 
do saneamento de água e esgoto, da 
construção civil, os agentes biológicos 
podem causar doenças graves, conforme o 
agente com que o trabalhador teve contato.
As formas de exposição se dão através 
da pele e da respiração quando a água 
contaminada por algum agente nocivo entra 
em contato com o corpo, seja pelos poros 
ou pela evaporação da água no ar.
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Medidas de Controle Preventivas e 
Corretivas 
A avaliação de risco deve ser a primeira etapa para atuar na prevenção, 
sendo que se o risco não for reconhecido, ele não será controlado.
Entre as medidas de controle de risco, podem ser citadas:
• Barreiras de contenção, para evitar o contato do trabalhador com a água;
• Alojamento adequado, para proteger o trabalhador das intempéries;
• Iluminação e ventilação adequadas, evitando a propagação dos agentes 
biológicos;
• Exaustores e ar-condicionado, se a ventilação e remoção dos contami-
nantes não for possível de forma natural;
• Verificar possíveis infiltrações e vazamentos, substituindo tubulações 
danificadas;
• Equipamentos de proteção adequados ao ambiente úmido e a agentes 
biológicos, impermeáveis, como botas, luvas e roupas de PVC, proteção 
da cabeça, se necessário;
• Capacitação sobre os riscos,higiene, uso dos EPIs.
O gerenciamento do risco deve constar no PGR – Programa de 
Gerenciamento de Riscos e o controle da saúde do trabalhador devem ser 
monitorados.
Evitar as condições de risco é a melhor prevenção de doenças, porém 
nem sempre isso é possível. Portanto, identificar o risco, proteger o 
trabalhador do agente de risco e monitorar a exposição e as condições de 
saúde são ações essenciais para que o trabalhador não adoeça.
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Hora de Praticar
Você é o Técnico(a) de Segurança do Trabalho de um hospital e 
precisa realizar uma palestra sobre os riscos biológicos durante a 
SIPAT – Semana Interna de Prevenção de Acidentes. O objetivo da 
sua palestra é a biossegurança. 
Você deve sensibilizar os participantes sobre os riscos biológicos 
presentes em ambientes diversos e promover a compreensão das 
medidas de segurança necessárias para prevenir a exposição a 
esses riscos. 
Escreva oito informações importantes sobre biossegurança que 
devem constar no banner para esse momento. Lembre-se de 
que esse banner ficará fixo no local da palestra, como forma de 
visualizar as informações-chave de prevenção de doenças nos 
locais de trabalho.
Obs.: Gabarito com proposta de solução disponível no final do 
book – seção Atenção.
Acesse, na biblioteca, o arquivo Registro de Prática 
e anote suas reflexões e experiências relacionadas a 
esta atividade.
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Atenção
Proposta de Solução do Hora de Praticar
Você poderá incluir imagens e frases indicando cuidado, atenção 
ou perigo, como as apresentadas a seguir (a data da SIPAT e o 
nome do hospital poderão ser incluídos):
1. Lave suas mãos frequentemente com água e sabão.
2. Use gel ou outro antisséptico nas mãos.
3. Mantenha distância de pessoas infectadas ou doentes.
4. Use máscara sempre que estiver doente ou em recintos onde 
haja exposição a agente biológico.
5. Evite colocar as mãos nos olhos.
6. Evite aglomerações.
7. Faça o descarte de materiais contaminados com agentes 
biológicos no local destinado para isso.
Aqui, você teve a oportunidade de conhecer os riscos biológicos, os 
agentes biológicos e sobre a umidade nos ambientes de trabalho. Você 
aprendeu a importância do reconhecimento do risco, da avaliação, da 
implementação de medidas de controle preventivas e corretivas e do 
gerenciamento dos riscos através dos programas de saúde e segurança, 
como o PGR e o PCMSO. Foi possível compreender que os agentes 
biológicos podem causar sérios danos à saúde dos trabalhadores expostos 
e que a umidade pode estar associada ao risco biológico, agravando as 
condições de trabalho. Evitar a disseminação dos agentes biológicos é 
fundamental para a saúde dos trabalhadores e da comunidade, sendo 
necessárias medidas de prevenção de risco, como divulgação sobre os 
riscos biológicos e medidas de controle sanitário.
 
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Referências
ACGIH – American Conference Governmental Industrial Hygienists. TLVs 
e BEIs – Limites de Exposição Ocupacional para Substâncias Químicas 
e Agentes Físicos & Índices Biológicos de Exposição (BEIs). Tradução 
ABHO. São Paulo: ABHO, 2013.
BINSFELD, P. C. et al. Classificação de risco dos agentes biológicos de 
importância para a saúde pública. International Journal of Biosafety and 
Biosecurity, Uberlândia, v. 1, n. 2, 2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos 
Estratégicos. Diretrizes gerais para o trabalho em contenção com 
material biológico. Brasília: Ministério da Saúde, 2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos 
Estratégicos. Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde. 
Classificação de Risco dos Agentes Biológicos. 1. ed. Brasília: Ministério 
da Saúde, 2022c. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/classificacao_risco_agentes_biologicos_1ed.pdf.  Acesso em: 
11 abr. 2024.
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos 
Estratégicos. Departamento do Complexo Industrial e Inovação em 
Saúde. Classificação de Risco dos Agentes Biológicos. 3. ed. Brasília: 
Ministério da Saúde, 2017. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/
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______. Ministério do Trabalho em Emprego. NR 32 – Segurança e Saúde no 
Trabalho em Serviços e Saúde. Portaria MTP n.º 4.219, de 20 de dezembro 
de 2022. Brasília, 2022a. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-
emprego/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-social/conselhos-e-
orgaos-colegiados/comissao-tripartite-partitaria-permanente/arquivos/
normas-regulamentadoras/nr-32-atualizada-2022-2.pdf. Acesso em: 10 
abr. 2024.
_______. Ministério do Trabalho em Emprego. NR 15 – Atividades e 
Operações Insalubres. Portaria MTP n.º 806, de 13 de abril de 2022. 
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