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Direito Administrativo II O direito administrativo está alicerçado sobre dois pilares: • Supremacia do interesse público (de todos) sobre o privado (de alguns). • Indisponibilidade do interesse público. “Administrar é aplicar a lei de ofício”. (SEABRA Fagundes). Agentes Públicos São todos aqueles que presentam, corporificam o Estado. Todos que por um vínculo, ainda que temporário gratuito ou permanente, presentam o Estado. Art. 2º da lei 8.429/92 - “Reputa-se agente publico, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vinculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades”. Agentes Políticos: Ocupam as posições mais elevadas do Estado, planejando as vontades deste, vinculado por mandato de caráter temporário. • Executivo • Mandato: Temporário. Servidores Públicos: Representam a grande massa de agentes, sendo verdadeiros profissionais do serviço público, pois trocam um período determinado de trabalho por uma remuneração correspondente. Particulares em Colaboração: Pessoas físicas não integrantes da estrutura da administração pública, porém ligados a ele por um vínculo jurídico, por exemplo, mesários, jurados, concessionários. Servidores Públicos Vínculo jurídico. Estatutários (LEI). • Pluralidade Normativa: Uma lei para cada servidor; • Vinculo Jurídico: Lei. (Servidor Público Federal: Lei 8.112/90); • O servidor irá demanda na Justiça Comum ou na Justiça Federal, depende do caso. Celetistas (art. 22 CR/88). • Unicidade Normativa: Uma só lei reguladora; • Vinculo Jurídico Contrato de Trabalho – CLT; • Demanda na Justiça do Trabalho; • Lei 9.962/00 – Empregado Público Federal. Estatutários (LEI) (Cargo) Celetistas (CLT) (Emprego) 1 Vitaliciedade Justa Causa Estabilidade – Art. 41 CR/88 Avaliação Periódica de Desempenho PAD Processo Administrativo Disciplinar Redução de Custos – Art.169 CR/88 Período de Experiência – 90dias Unicidade Normativa - Contratual Vitaliciedade • Possuem a vitaliciedade: Juízes, membros do MP e membros do Tribunal de Contas. • Adquirida após dois anos. • Só será afastado por decisão judicial condenatória transitada em julgado. I) Juiz, art. 95, I CR/88; II) Promotor de Justiça, art. 128, §5º, “a” CR/88; III) Tribunal de Contas art. 73, §3º CR/88. Estabilidade – Art. 41 CR/88 • Alcançada após 03 anos em cargo efetivo (Necessário se submeter à avaliação periódica de desempenho). • Situações em que se perde a estabilidade: 1. Processo administrativo disciplinar; 2. Decisão judicial condenatória transitada em julgado; 3. Avaliação periódica de desempenho. Obs. A EC 19/98- Baseando-se no princípio da eficiência, acaba com o regime jurídico único. • A ADI (Ação Declaratória de Inconstitucionalidade) 2135-4 – Suspende a EC 19/98 e a partir de 2000, volta o Regime Jurídico Único. (Ellen Gracie). Ocorrendo a represtinação. Temporários: Desempenham uma atividade especial dentro da administração publica decorrente de uma anomalia ou catástrofe, possuindo vínculo por prazo determinado. Art. 37, IX da CR/88 - “A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse publico”. Cargo – Emprego – Função • Não há cargo sem função. • Não há emprego sem função. Art. 37, II da CR/88 - “A investidura em cargo ou emprego publico depende de provação prévia em concurso publico de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou 2 emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração”. Art. 37, V da CR/88 - “As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas as atribuições de direção, chefia e assessoramento”. Atualmente há o entendimento do TJMG, que os profissionais de carreira, deverão preencher no mínimo legal, de 50%, sendo o restante livre nomeação e livre exoneração. Cargo em Comissão Função de Confiança Profissional carreira – Mínimo Legal Servidores de cargo efetivo Livre nomeação Livre nomeação Livre exoneração Livre exoneração Vantagem pessoal Formas de Investidura Art. 3 º lei 8.112/90 - “Cargo publico é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor”. • Cargo: Conjunto de atribuições e deveres inerentes ao servidor publico estatutário. • Cargo: Local na administração publica ocupado pelo servidor publico estatutário, art. 2º da lei 8.112/90 “Para os efeitos desta lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo publico”. • O ingresso na administração publica será mediante concurso publico. • Contudo, no ato da posse será comprovada a aptidão para o exercício do cargo, consoante art. 5º, lei 8.112/90. • Provimento é um fato administrativo quem implica no preenchimento de um cargo. (Fato Administrativo). Art. 8º da lei 8.112/90 - “São formas de provimento de cargo publico: Nomeação, Promoção, Readaptação, Reversão, Aproveitamento, Reintegração e Recondução”. Provimento Originário: Vinculo primário. • Nomeação (Ato Unilateral): 30 dias após a nomeação para a posse; • Posse (Ato Bilateral): 15 dias após a posse para entrar em exercício; • Nomeação sem posse: é nomeação sem efeito; • Posse sem exercício: Acarreta Exoneração. Provimento Derivado (art. 8º lei 8.112/90): Vínculo que decorre de provimento anterior. • Vertical: Promoção. • Horizontal: Readaptação, Retorno, Aproveitamento, Recondução, Reintegração, Reversão. Promoção: Representa a ascensão do servidor ocupante de um cargo para outro mais elevado existente na carreira do concurso prestado. 3 Readaptação (Não precisa de estabilidade): Representa a ocupação do servidor em novo cargo, com vencimento, nível de escolaridade e complexidade compatíveis com o anterior decorrente de enfermidade (psíquica ou física). Aproveitamento: Decorre da utilização do servidor em um cargo, quando o anteriormente por ele ocupado foi extinto, sendo o servidor estável quando da extinção. Recondução: Caracteriza-se de duas maneiras: • Decorrente da reprodução em estágio probatório de uma carreira, sendo, porém estável, na carreira anterior, o que faz ser reconduzido para esta. • Decorrente do retorno do servidor titular ao seu cargo de origem, reconduzindo-o aquele que ocupava anteriormente. Reintegração: (Servidor Estável). Anulação administrativa ou judicial de demissão. Servidor tem o direito à indenização pelo tempo que ficou fora do serviço publico. Reversão: Ocorre quando o servidor que detinha estabilidade quando ativo é acometido de enfermidade que o faz aposentar, sendo, logo, então, recuperada a capacidade laborativa. Prazo em regra de 5 anos, art. 54 da lei 9.784/99 - “O direito da administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em 5 anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé”. Concurso Público Procedimento administrativo que visa o recrutamento de servidores ou empregados, mediante provas ou provas e títulos. • Cargo e Emprego: Necessário o concurso publico. • Função: Não é necessário concurso (cargos em comissão, temporários, profissionais da saúde e risco de endemias, art. 198, parágrafo 4º CF. Prazo de Validade: Até dois anos, renováveis por igual período. A previsão da renovaçãojá esta prevista no edital, art. 37, III CR/88 - “O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período”. Obs. Posição dos Tribunais: O concursado aprovado no numero de vagas previstos no edital possui direito adquirido a nomeação. O aprovado em concurso publico, possui preferência na nomeação sobre o recém aprovado. Art. 37, IV da CR/88 - “Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira”. Abrangência do Concurso – Pessoas Com Necessidades Especiais (PNE) • Lei 8.112/90: Até 20% das vagas. • Principio da Razoabilidade: Quando der um numero fracionado, arredonda-se ao próximo numero inteiro. • Decreto 3.289/99: Estabelece no âmbito federal o mínimo de 5% de vagas destinadas a pessoas com necessidades especiais (Válido esse decreto para outros concursos que não utilizem a lei 8.112/90). SÚMULA 681: “É INCONSTITUCIONAL A VINCULAÇÃO DO REAJUSTE DE VENCIMENTOS DE SERVIDORES ESTADUAIS OU MUNICIPAIS A ÍNDICES FEDERAIS DE CORREÇÃO MONETÁRIA”. 4 SÚMULA 682: “NÃO OFENDE A CONSTITUIÇÃO A CORREÇÃO MONETÁRIA NO PAGAMENTO COM ATRASO DOS VENCIMENTOS DE SERVIDORES PÚBLICOS”. SÚMULA 683: “O LIMITE DE IDADE PARA A INSCRIÇÃO EM CONCURSO PÚBLICO SÓ SE LEGITIMA EM FACE DO ART. 7º, XXX, DA CONSTITUIÇÃO, QUANDO POSSA SER JUSTIFICADO PELA NATUREZA DAS ATRIBUIÇÕES DO CARGO A SER PREENCHIDO”. SÚMULA 684: “É INCONSTITUCIONAL O VETO NÃO MOTIVADO À PARTICIPAÇÃO DE CANDIDATO A CONCURSO PÚBLICO”. SÚMULA 685: “É INCONSTITUCIONAL TODA MODALIDADE DE PROVIMENTO QUE PROPICIE AO SERVIDOR INVESTIR-SE, SEM PRÉVIA APROVAÇÃO EM CONCURSO PÚBLICO DESTINADO AO SEU PROVIMENTO, EM CARGO QUE NÃO INTEGRA A CARREIRA NA QUAL ANTERIORMENTE INVESTIDO”. • Os concursos públicos são abertos aos brasileiros e aos estrangeiros na forma da lei. • Os requisitos do concurso dispostos no edital serão comprovados na posse. Remuneração A remuneração dos servidores públicos é composta por uma parcela física (vencimento) e parcela variável (vantagem pessoal). (vencimento + vantagem pessoal = remuneração). Obs. Existem três tipos de vantagem pessoal, quais sejam: 1. Gratificação; 2. Adicional; 3. Indenização. “Considera-se adicionais a vantagem pessoal oriunda do tempo ou do desempenho de função extraordinária que fogem da rotina burocrática do servidor, já as gratificações decorrem de eventos extraordinários na vida do servidor ou ainda da execução do serviço em condição especial”. (Hely Lopes Meirelles). Regra da Paridade: Os vencimentos do legislativo e judiciário não podem superar o do executivo. • Remuneração e o índice de reajuste necessitam de lei, de iniciativa do chefe do poder. • É vedada a fixação em índices de reajuste, salário mínimo, vinculação de uma carreira a outra. Principio da Isonomia: A data do reajuste e os índices aplicados serão sempre os mesmos para os servidores daquela pessoa federativa. Obs. Não é permitido o acréscimo e composto de vantagens para o recebimento de outras vantagens. Subsídios Parcela única recebida pelos agentes políticos, art. 39, § 4º da CR/88 - “O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI”. 5 Servidores de regime especial recebem subsídio, art. 39, § 3º da CR/88 - “Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir”. E § 4º “O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.” Meia Verdade: O subsídio dos servidores deveria ser visto como parcela única, mas trata-se de uma meia verdade, pois além do subsídio, o servidor faz jus aos Direitos Sociais, previstos no art. 7º CR/88. Teto Constitucional Remuneratório – Art. 37, XI da CR/88 - “A remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos”. • Subsídio (Liquido) recebido pelo Ministro do STF. • Ministros dos Tribunais Superiores recebem 95% subsídio do ministro do STF. Estados e DF • Executivo: Governadores. • Legislativo: Deputados • Judiciário: Desembargadores: Recebem 90,25 % do subsídio do Ministro do STF. Obs. Alteração na constituição estadual ou lei orgânica do DF pode aumentar o subsídio do governador, podendo chegar ao percebido pelos desembargadores, ou seja, o salário do governador pode ser igual ao do desembargador. Municípios • Executivo: Lei de iniciativa da Câmara dos Vereadores. • Legislativo: Vereador Cumulação de Funções - Art. 37, XVI e art. 38, III CR/88. A cumulação é vedada, salvo a compatibilidade de jornada nos seguintes casos: • MP + Professor; • Juiz + Professor; • Vereador + Cargo; • Dois Professores; • Dois Profissionais da Saúde (EC 77/14 – Extensivo aos militares); 6 • Professor + Cargo Técnico Científico. Obs. O teto incide na cumulação de funções de forma individual. Sociedade de Economia Mista e Empresa Publica - Art. 173 CR/88: Empregados públicos, se a estatal não recebe recurso financeiro publico, não se submete ao teto constitucional, caso contrário será limitado ao teto. Sistema Previdenciário • Emenda Constitucional - 20/98. • Emenda Constitucional - 41/03. Essas EC juntamente a outras fizeram a Reforma da Previdência, tornando a previdência contributiva e solidária. • Contributiva: Todos contribuem juntos, União, Estados, DF, Municípios, (ativos, e inativos) pensionistas e aposentados. Dois Sistemas de Regimes Previdenciários Existe reciprocidade entre os regimes, a contribuição de um se aproveita para outro. • RGPS – Regime Geral da Previdência Social (Art. 201 ss CR/88): Empregados, temporários, cargos em comissão. • RPPS – Regime Previdenciário Próprio dos Servidores (Art. 40 CR/88): Estáveis e Vitalícios. O regime previdenciário dos servidores classifica-sepela solidariedade e equilíbrio financeiro e atuarial. Aposentadoria do Servidor: Ato administrativo complexo composto pelo ato da entidade publica e pelo ato de controle da legalidade, pelo Tribunal de Contas. Modalidades de Aposentadoria Compulsória 1. A partir de 70 anos. 2. Proventos proporcionais. Aposentadoria Voluntária: 5 anos em cargo efetivo + 10 anos de exercício. 1. Integral: Homem: 60 anos de idade e 35 anos de contribuição / Mulher: 55 anos de idade e 30 anos de contribuição. 2. Proporcional: Homem: 65 anos de idade / Mulher: 60 anos de idade. Obs. Abono de Permanência: Quando o servidor possui os requisitos para se aposentar, mas continua trabalhando, não faz contribuição que deveria. Invalidez: • Proporcional • Integral: Interesse da administração publica. Cumulação da Aposentadoria – Art. 40, §6º da CR/88 - “Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste artigo”. 7 • É vedada a acumulação, salvo as exceções do art. 37, XVI da CR/88 - “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte. XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI”. • A soma dos proventos não pode extrapolar o limite do art. 37, XI da CR/88. XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como li-mite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o sub-sídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos. Fim da Integralidade • A administração pode limitar os proventos ao valor pago pelo RGPS (Regime geral de Previdência Social), desde que crie regime de previdência complementar. • Os proventos dos aposentados não superarão a remuneração paga aos ativos. Fim da Paridade • Fim da vinculação por índices a abonos recebidos pelos servidores na ativa. Aposentadoria do Professor: Art. 40, § 5º da CR/88 - “Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no § 1º, III, "a", para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio”. • Ensino: Básico, Médio e Fundamental. • Atividade exclusiva de magistério. • Aposentadoria voluntária integral, reduzidos os cinco anos. Aposentadoria Especial : Art. 40, § 4º da CR/88 - “É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: I portadores de deficiência; II que exerçam atividades de risco; III cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física”. • Não tem lei complementar – Omissão legislativa. • Súmula Vinculante: 33 “Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime geral da previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, § 4º, inciso III da Constituição Federal, até a edição de lei complementar específica”. • Em regra, aplica-se a legislação geral. (lei 8.213/91). PRESCRIÇÃO: Ocorre quando a satisfação da pretensão depende da jurisdição e seu titular inobservou o lapso temporal para buscar o feito jurisdicional; o direito existe, mas o instituto jurídico da prescrição não 8 possibilita ser buscado, por exemplo, direito de buscar o recebimento de uma dívida - prazo de 5 anos, depois disso opera-se a prescrição temporal. DECADÊNCIA: Ocorre quando o titular possui determinado direito Potestativo e não o exerce no tempo hábil, operar-se-á a decadência. Perde-se o Direito, por exemplo, Direito Potestativo de ir a uma loja no prazo de 90 dias trocar um produto que foi adquirido e apresentou defeito, passado os 90 dias opera-se a decadência. Responsabilidade dos Servidores Art. 121 da Lei 8112/90 - “O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições”. • Pode ser responsabilizado na esfera penal, cível e administrativa (Vigora a independência das esferas). • Responsabilidade Penal: Tipo + antijurídico + culpável. • Responsabilidade Cível: Conduta subjetiva existe a necessidade de culpa ou dolo. Art. 186 do CCB - “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. • Responsabilidade do Estado é sempre objetiva, art. 37, § 6º da CF/88 - “As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”. • Responsabilidade Administrativa: Decorre de uma conduta antijurídica, sendo apurada via processo administrativo com direito a ampla defesa e contraditório, art. 5º, LV da CF/88 - “Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”. Repercussão de uma Esfera na Outra: Esfera Penal: Art. 386 CPP – Quando houver prova da não participação ou não autoria, vincula a administração publica. Crimes Funcionais: Tipificados no código penal e no estatuto como antijurídico, por exemplo, corrupção. • PPL superiores a 1 ano ou nas hipóteses previstas em lei: O servidor perderá o cargo publico. Crimes Não Funcionais: Crimes comuns ou não especificados no estatuto. • Pena Privativa de Liberdade superior a 4 anos: Perde o cargo publico. • Pena Privativa de Liberdade inferior a 4 anos: Servidor é afastado do cargo público, sua família recebe o auxílio reclusão. Penalidades – Processo Administrativo Disciplinar Demissão, Cassação de Aposentadoria, Destituição de Cargo ou função comissionada, Suspensão de até 2 anos, Advertência de até 180 dias. Obs. O prazo prescricional para instauração do PAD é de 5 anos. Sindicância • Procedimento preparatório de natureza inquisitorial (sem contraditório e ampla defesa) destinado a apurar os fatos e as provas. • Trata-se de um processo administrativo que visa à punição do servidor em advertência ou suspensão de até 30 dias. 9 Processo Administrativo Disciplinar 1º Fase – Instauração • Sindicância: Facultativa. • Publicação: Portaria, onde conste o nome do indiciado,a conduta, o artigo. Nomeação da comissão, constituída por três servidores estáveis. 2º Fase – Inquérito • Servidor citado para instrução – Oitiva de testemunha – Provas documentais – Provas periciais. • Defesa – Citado para em 10 dias apresentar sua defesa. Se existir pluralidade de réus, o prazo para defesa é de 20 dias. Publicação: 15 dias, datada da ultima publicação. Obs. Caso não apresente defesa: ocorrerá à revelia, porém será nomeado um defensor ad hoc (nomeado temporariamente para a defesa) sem exigência de ser advogado, de acordo com a Súmula Vinculante 5 “A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição”. • Relatório: Peça de natureza opinativa em que será relatado os acontecimentos e indicado a autoridade competente para uma decisão tomar. 3º Fase – Decisão • Autoridade Competente 1. Se acolhe o PAD: Não precisa fundamentar sua decisão. 2. Se não acolhe o PAD: Precisa fundamentar sua decisão. 3. Pode solicitar novas diligências: Para sanar suas dúvidas. Obs. Se a conduta tipificada no Estatuto também for crime, o prazo prescricional será o do Crime (Teoria da identidade de prescrições) Obs. Após o PAD, tanto o servidor como o interessado (cônjuge, herdeiro) pode solicitar a revisão do processo. Porém será instruído com novas provas ou fatos. Não existe prazo para essa solicitação, podendo ser pedido a qualquer momento, desde que tenha provas ou fatos novos. Processo Administrativo – Lei 9784/99 • Lei que regulamenta o processo administrativo no âmbito federal. • Aplicado no Poder Judiciário, nas funções atípicas e no Legislativo. Órgão: Unidade ou conjunto de atribuições existentes na administração publica desprovidos de personalidade jurídica. Entidade: Conjunto de atribuições existentes na estrutura da administração publica providas de personalidade jurídica, por exemplo, Autarquia. Autoridade: Agente público ou servidor dotado de Poder de decisão. Autotutela: Prerrogativa que administração pública possui de revogar seus atos válidos (motivo de conveniência e oportunidade), assim como anular os inválidos, art. 53 da lei 9784/99 - “A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos”. Princípios do Processo Administrativo 10 - LIMPE: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade, Eficiência. - Razoabilidade, Proporcionalidade, Motivação, Formalismo, Formalismo Mitigado: Adequação da administração a necessidade do interessado e não a forma como é feito. - Impulsão de Ofício: A requerimento da parte ou por ofício de autoridade. - Gratuidade: É a regra, exceto se houver previsão legal, Súmula Vinculante 21 “É inconstitucional a exigência de depósito de dinheiro ou arrolamento prévios de bens para admissibilidade de recurso administrativo”. Direitos no Processo Administrativo: Art. 3º da lei 9784/99 “O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados: I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações, II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas; III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente; IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei”. • Ser assistido, facultativamente por advogado, exceto exigência legal. • Juntar documento e formular requisitos até o julgamento. • Ter conhecimento dos processos administrativos que a ele dizem respeito. • Ser tratado com respeito. Deveres no Processo Administrativo: Art. 4º da lei 9784/99 “São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo: I - expor os fatos conforme a verdade; II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé; III - não agir de modo temerário; IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos”. • Prestar informações quando houver requerimento. • Proceder com lealdade, urbanidade e boa fé. • Não mentir – Compromisso de dizer a verdade. Legitimados no Processo Administrativo – Art. 9 lei 9784/99 “São legitimados como interessados no processo administrativo: I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses individuais ou no exercício do direito de representação; II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados pela decisão a ser adotada; III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos; IV - as pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou interesses difusos”. • PF ou PJ titular de direito ou por representação. • PF ou PJ que sofreram os efeitos (interessados) do processo administrativo. • Organizações e associações na defesa dos interesses difusos. • Pessoas e associações na defesa dos interesses difusos. Obs. Interesses difusos: Interesses indivisíveis e coletivos. Situação de fato. Fases do processo Administrativo: Instauração, Competência, Instrução, Relatório e Decisão. Art. 6 o da Lei 9784/99 - O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação oral, deve ser formulado por escrito e conter os seguintes dados: 11 I - órgão ou autoridade administrativa a que se dirige; II - identificação do interessado ou de quem o represente; III - domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações; IV - formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos; V - data e assinatura do requerente ou de seu representante. Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas. Art. 7 da lei 9784/99 “Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ou formulários padronizados para assuntos que importem pretensões equivalentes”. Art. 8 da lei 9784/99 “Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento, salvo preceito legal em contrário”. Instauração: Pode acontecer mediante requerimento ou de ofício. Feito pelo formulário próprio disponibilizado pela administração publica. Competência: Conjunto de atribuições que possui o servidor ou órgão para realização de um ato. A competência é irrenunciável. • Delegação : Não necessita de vinculo hierárquico. Necessita de publicação de portaria, com a devida delegação e revogação. Art. 14. “O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial”. • Matérias Indelegáveis : Art. 13 lei 9784/99 “Não podem ser objeto de delegação: I - a edição de atos de caráter normativo; II - a decisão de recursos administrativos; III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade”. • Avocação (art. 15 da Lei 9784/99) : Ocorre quando o Órgão superior chama para si as atribuições do órgão inferior. Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamenteinferior. Impedimento e Suspeição • Impedimento: Exige prova de matéria Objetiva. • Suspeição: De ordem Subjetiva. Motivos de foro intimo, relativos a pessoa. Art. 18. “É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que: I- tenha interesse direto ou indireto na matéria; II - tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau; III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro”. Art. 19. “A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar. Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta grave, para efeitos disciplinares”. Tempo, Forma e Lugar da Realização dos Atos Administrativos • O procedimento sempre ocorrerá em dia útil, preferencialmente na sede de repartição e no seu horário de funcionamento. 12 • O interessado será sempre intimado com 3 dias de antecedência para realização daquele ato, deve ser intimado por algum meio que comprove o recebimento da intimação. Recursos Espécie ou modalidade de impugnação pelo qual o ato administrativo é submetido ao controle. Recurso Hierárquico Próprio : Decorre do poder hierárquico, pelo qual o legitimado no art. 9º da lei 9784/99, no prazo de 10 dias demonstra sua discordância com o ato administrativo, será endereçado para autoridade que proferiu o ato, dando a ela possibilidade de exercer juízo de retratação, caso não seja exercida no prazo de 5 dias, esta autoridade encaminhará ao seu superior. • Prazo: 10 dias. • Retratação: 5 dias • Autoridade superior: 30 dias para julgar • Matéria: Mérito e legalidade. Recurso Hierárquico Impróprio - realizado por vinculação Ex: Autarquia - vinculação ao Ministério das Comunicações OBS: A Empresa Oi toma multa da ANATEL - O Recurso será direcionado ao Ministério das Comunicações. Revisão: Exige novas provas e novos fatos. Pedido de Reconsideração: Não obsta ou impede a prescrição, nem interrompe e nem suspende o prazo administrativo. - A intempestividade do recurso não impede a Anulação. Controle Administrativo "É o conjunto de mecanismos jurídicos e administrativos que possibilitam a revisão ou a reforma da atividade administrativa, por meio dos Órgãos do Poder". José dos Santos Carvalho Filho • Lei 4717/65 – Ação Popular • Vícios que padecem os atos administrativos 1. Vicio de competência 2. Vicio de forma 3. Vicio de motivo 4. Vicio de objeto 5. Vício de finalidade Controle por Natureza: Teoria Check and Balance (Teoria dos Freios e Contrapesos). • Executivo : Controle amplo de mérito (recursos) e legalidade (autotutela). 1. Recurso Hierárquico Próprio 2. Recurso Hierárquico Impróprio 13 3. Revisão 4. Reconsideração • Legislativo 1. Controle político e financeiro 2. Controle Financeiro : Feito pelo Tribunal de contas, art. 70 CF. “A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder”. - Lembrando que o Tribunal de Contas não possui o poder de sustar de ofício um Contrato Administrativo, deve oficiar o Congresso Nacional para que o faça. Não ocorrendo tais providências no prazo de 90 dias pelo Congresso ou o Executivo, o Tribunal de Contas tomará as providências necessárias relativas ao Ato. • Judiciário Controla: Legalidade, Proporcionalidade, Razoabilidade e Moralidade dos atos. Processo Administrativo • Autor: Administração Publica. • A própria pessoa que julga é parte no processo. • Processo gratuito. • Coisa julgada administrativamente: Se torna imutável dentro da administração pública (Fenômeno de Imutabilidade para Administração Publica). • O trânsito em julgado torna o feito imutável Exceções: 1. Recurso Administrativo dotado de Efeito Suspensivo: Não consegue ir ao judiciário. 2. Existe previsão legal que impõe o esgotamento da via administrativa, art. 217, parágrafo 1º CF/88. Obs. Não existindo a obrigatoriedade de esgotamento da esfera administrativa, pode-se provocar diretamente o judiciário. Controle por Momento • Prévio: Ocorre antes do ato (preventivo). • Concomitante: Acontece durante o ato, por exemplo, obras publicas superfaturadas. • Posterior: Acontece depois do ato (repressivo). Controle Judicial: O controle versa sobre a legalidade, moralidade, proporcionalidade, razoabilidade. • Adota-se no Brasil o sistema único Modelo Inglês – Unicidade da jurisdição, ou seja, só o processo judicial faz coisa julgada. 14 • Principio da Inafastabilidade do Judiciário: Qualquer lesão ou ameaça de lesão poderá ser levada ao judiciário, art. 5º XXXV CF. Mecanismos de Controle Habeas Corpus: Art.5º LVIII – Art. 648 e 649 CPP • Ação de conhecimento que visa evitar ou suspender um ato ilegal que viole o direito de ir e vir (Direito de Locomoção). • Pode ser repressivo (para por em liberdade) e preventivo (evitar a prisão ou cárcere). • Autor: Impetrante. • Impetrado: Autoridade, réu. • Paciente: Quem sofre a agressão. Habeas Data: Art. 5º LXXII – Lei 9.507/97 • Ação de Rito Especial em que o interessado busca o conhecimento de informações que lhe diz respeito, e ele as desconhecem, por exemplo, SPC. • Também para retificação ou justificativa para anotação existente em banco de dados de natureza pública (já conhece), por exemplo, opção sexual. • Para a propositura do habeas data é necessário a negativa ou omissão do órgão. • Prazo pra o órgão responder o requerimento administrativo, caso não responda será poderá ser impetrado o habeas data. 1. Conhecimento: 10 dias. 2. Justificativa ou Retificação: 15 dias. Obs. A omissão depois de superada o prazo é lido como negativa. Mandado de Segurança – Art. 5º LXX – Lei 12.016/09 • Proteção de direito líquido e certo, necessitando de prova pré-constituída. • Pode ser: Repressivo com prazo de até 120 dias ou Preventivo (Antes do Ato). • Em regra, não possui custas e honorários. • A pessoa que assinou a negativa será intimada para prestar esclarecimentos. • Possui natureza residual, só é cabível, onde não couber nenhuma ação própria ou recurso. • Pode ser individual ou coletivo Mandato de Segurança Coletivo • Partidos políticos, sindicatos, associações. • Interesse tem que estar prevista no estatuto. 15 • O partido político tem que ter representatividade no Congresso Nacional. • Podem ser impetrados por associações constituídas há pelo menos 01 ano. Obs. Os requisitos de admissibilidade são analisados no momento da impetração. Mandado de Injunção – Art. 5º LXXI CF • Visa combater uma omissão legislativa que impede a pessoa de exercer uma garantia constitucional. • A decisão só faz efeito entre as partes. • Impetrado: Titular da propositura da lei (Competente). Ação Popular – Lei 4.717/65 • Vício no ato administrativo: Competência, forma, objeto, motivo, finalidade. • Ato administrativo ou contrato administrativo que tenha um vício que viole ou prejudique o patrimônio publico, artístico, cultural ou meio ambiente. • Requisito essencial para propor a ação: Cidadão com titulo de eleitor e comprovante de votação. • Réu: Aquele que proferiu o ato ou dele se beneficiou (litisconsórcio passivo). • Natureza da Sentença: Anular o ato (Sentença Declaratória) e restituir ocofre publico (Sentença Condenatória). • O MP não propõe a Ação Popular, ele somente prossegue com a ação. Ação Cível Publica – Lei 7347/85 • Natureza mandamental, obrigação de fazer, obrigação de não fazer ou obrigação de reparar. • Preocupa se o ato causou dano (alguma consequência). Ex: Licença ambiental - causou danos ambientais Legitimados - Ministério Publico, Defensoria Publica, Administração Publica Direta ou Indireta, Associação com mais de 1 ano de constituição. Bens Públicos Caracteriza-se como bens públicos aqueles que não estão na propriedade de agentes privados. Art.98 CCB “São públicos os bens do domínio nacional pertencentes as pessoas jurídicas de direito publico interno, todos os outros são bens particulares, seja qual for a pessoa que pertencem”. • Pode ser bem de qualquer natureza. Pessoas jurídicas de Direito Publico Interno: São titulares dos bens públicos. Art. 41 CCB - “São pessoas jurídicas de direito publico interno: I – A União, II – Os Estados, o Distrito Federal e os Territórios, III – Os Municípios, IV – As Autarquias, V – As demais entidades de caráter publico criadas por lei”. 16 Titularidade dos Bens Bens da União: Art. 20 da CF/88 - “São bens da União: I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; VI - o mar territorial; VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; VIII - os potenciais de energia hidráulica; IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos; XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. § 1º É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração. § 2º A faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei”. Bens do Estado e do Distrito Federal: Art. 26 da CF/88 - “Incluem-se entre os bens dos Estados: I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União; II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros; III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União”. Bens do Município: Todos os outros bens. Característica residual. Classificação quanto a Natureza – Art. 99 do CCB - São “bens públicos: I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado”. • Bens de Uso Comum : Bens que a coletividade usa de maneira irrestrita, por exemplo, praça, rua. • Bens de Uso Especial : Aqueles que a administração publica regula o seu uso, por exemplo, prédio de uma repartição. • Bens de Uso Dominical : Bens sem destinação específica, bens desafetados (bens do senhor), por exemplo, um lote. Obs. Essa classificação afeta o regime jurídico • Bens de Uso Comum e Bens de Uso Especial : Possuem Regime de Direito Público, ou seja, são indisponíveis, não podendo ser vendidos. Necessitam de autorização, permissão e concessão. • Bens Dominicais : Possuem Regime de Direito Privado. São disponíveis, podendo ser vendidos. Podem ser locados. Características dos Bens Públicos • Não Onerabilidade : Não tem ônus, não podem ser dados ou cedidos como garantias (por exemplo, penhor, hipoteca) para satisfação de obrigações. 17 • Indisponibilidade (Disponibilidade Condicionada): A alienação se dá mediante lei, avaliação e citação. • Impenhorabilidade : Não podem sofrer constrição judicial (ser penhorados). • Imprescritibilidade : Não podem ser usucapidos. Art. 183, parágrafo 3º CF/88 - “Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião”. Art. 102 CC “Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião”. Obs. Art. 100 do CCB “Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar”. Obs. Para corrente moderna da doutrina considera a afetação e desafetação como fatos administrativos, atrelados a um evento corriqueiro, não necessitando assim, de uma lei que defina a natureza do bem. Para corrente tradicional a afetação e desafetação se dá por lei. Domínio Eminente: É o poder que o Estado exerce sobre os bens públicos e privados, dentro do território estatal, por exemplo, desapropriação. Domínio Publico: Domínio do Estado sobre os bens de sua titularidade, ou ainda sobre os bens usufruídos direta ou indiretamente pela coletividade, sob o regime de direito público. Bens Públicos: São os bens pertencentes às pessoas Jurídicas de Direito Público Interno. Uso dos Bens Públicos: Todas as naturezas (uso comum, uso especial e dominicais). Autorização: Ocorre por interesse próprio. Ato Administrativo, por exemplo, quermesse. • Unilateral - concedido pela administração • Precário: Pode ser revogado, cessar a qualquer momento sem indenização. • Discricionário: A administração que autoriza ou não. Permissão: Se dá por interesse público. Ato Administrativo, por exemplo, Banca de Jornal. • Unilateral • Precária • Discricionário Concessão: Maior em investimento. Ato administrativo • Discricionário • Bilateral • Contrato Concessão Real de Uso – Decreto Lei 271/67 • Hipótese vinculada a lei • Garantia Real: o próprio bem é a garantia do negócio. Admite transmissão, tem efeito erga omnes (oponível a todos) - publicidade 18 • Direito subjetivo: as circunstância geram efeitos só entre as partes. Concessão Especial para Fins de Moradia Medida Provisória: 2220/01 – Regulamenta o minha casa minha vida. Art. 182 e 183 CF – Da Política Urbana. Lei 10.257/01 – Estatuto das Cidades. • Valeu até junho de 2001 – Tem como requisitos os mesmos que o usucapião especial urbano. • Utilizar para sua moradia ou de sua família por no mínimo5 anos ininterruptos sem possuir outro imóvel em sua propriedade um bem de até 250 metros quadrados. Cessão: ocorre quando a administração cede um bem para o uso de outro órgão daquela estrutura ou ainda, atendido o interesse público, eventualmente, a um outro órgão público ou associação. Terrenos da Marinha Enfiteuse: Contrato realizado para uso de terrenos da marinha. • Particular fica com a posse do domínio útil (superfície). • União: Nu proprietário (despojada do bem). • O particular (enfiteuta) faz um pagamento anual, denominado Foro no valor de 0,6% sobre o valor do domínio útil. • Se o domínio útil for transferido para outro, será feito um pagamento denominado Laudêmio, no valor de 5% sobre o valor do domínio útil. Ilhas • Oceânicas : Em regra são da União 1. Marítimas 2. Continentais: Exceção – Podem ser municipais se lá estiverem instaladas a Sede do Município, exceto se há Unidade de Conservação Federal ou afetadas ao serviço público, por exemplo, aeroporto, será da União. • Fluviais: Em regra do Estado. • Lacustres: Em regra do Estado. • Ilha Costeira : Deriva do próprio relevo do continente. Terras Devolutas • Terras sem propriedade especifica, mesmo que ocupadas. • Bens dominicais • Em regra, pertencem ao Estado. 19 • Exceção: Se destinarem a Segurança Nacional serão da União. Plataforma Continental • 200 metros mar adentro (Profundidade) • Mineral: Bem da União, mas a exploração é cedida a um particular. • Gás – Petróleo: Bem União e exploração também. Terras Acrescidas • Álveo: Rio que seca. • Aluvião: Paulatinamente • Avulsão: Violentamente Fronteira: Extensão de 150km, é domínio da União. • Terras de particulares e bens nessa área estão sujeitos ao uso pela União. Terras Indígenas: Bem da União • É concedido aos índios a exploração da terra na forma de usufruto. • Moradia e subsistência dos índios. • Inclusive manutenção de tradução cultural, bem como exploração econômica. Modalidades de Aquisição dos Bens Públicos Forma Originária : Administração Publica é a primeira proprietária do bem. Bem sem qualquer vício, por exemplo, desapropriação. Forma Derivada : Bem adquirido com uma cadeia de proprietários, por exemplo, forma contratual (compra e venda), herança. Intervenção do Estado sobre a Propriedade Privada • Domínio Eminente : Força que o Estado exerce sobre todos os bens que estejam em seu território. • Direito a Propriedade – Art. 5º XXII CF – Uso, Gozo, Fruição e Reaver. • Função Social da Propriedade: Art. 5º XXIII CF. • Art. 170 da CF/88 - I – Direito a Propriedade e II – Função Social da Propriedade. Propriedade Urbana • Art. 183 CF/88 • Lei 10.257/01 – Estatuto das Cidades • Plano Diretor: Mapeamento Municipal 20 - A função social da propriedade é a adequação da propriedade aos propósitos coletivos. • Art. 182 da CF/88: Competência para executar a desapropriação de um terreno que não cumpre sua função social – Município (Desapropriação Sancionatória). Propriedade Rural • Art. 186 – Função Social. • Desapropriação Sancionatória : Só pode ser feita pela União, para fins de reforma agrária. Indenização Posterior, através de titulo da dívida agrária. Princípios que regulam a Intervenção do Estado na Propriedade Privada • Função social da propriedade • Supremacia do interesse publico sobre o privado Competência para Legislar União, art. 22 I, II e III CF/88 Requisição, art. 5º XXIV CF/88 • Competência Material: Competência para executar (Autonomia Administrativa) – Cada esfera tem competência para executar. • Ato Administrativo: Necessário lei prévia (Princípio da Legalidade). Modalidades de Intervenção do Estado na Propriedade Privada Supressiva: Retira do particular e passa para o poder público. • Desapropriação • Expropriação: Art. 243 CF Restritiva: Particular continua com sua posse de forma restrita (Limita-se a propriedade privada). A propriedade será adequada aos interesses coletivos. • Limitação Administrativa • Requisição • Ocupação temporária • Tombamento • Servidão Administrativa Limitação Administrativa • Acontece por ato administrativo ou pelo legislativo • É geral: Para todos. • Impessoal • Abstrato • Sem indenização, pois é geral e impessoal. 21 • Pode ser negativo: Obrigação de não fazer algo. • Poder de Polícia – Art. 78 CTN Requisição – Art. 5º XXV CF • Auto executável: Não necessita de aquiescência (concordância) do particular. • Acontece por ato administrativo. • Pode ser bens imóveis, móveis ou em serviços. • Decorre de caráter de urgência ou calamidade. • Possui caráter temporário. • Cabível indenização posterior eventual prejuízo ao particular (Necessário que o prejuízo demonstrado e para requer a indenização). Ocupação Temporária – Art. 36 Decreto 3365/41 • Decorre da necessidade para construção de obra pública. • Decorre da desapropriação • Auto executável • Bens imóveis • Possui caráter temporário • Cabível indenização posterior, mediante demonstração de prejuízo. Servidão Administrativa – Art. 40 Decreto 3365/41 • Instituto do direito real (Será averbado na matrícula) – Disposições do Código Civil. • Possui caráter permanente • Obrigação de suportar • Não é auto executável: Necessita de aquiescência (concordância) do particular, que caso não concorde, será proposta uma demanda judicial pelo Estado. • Formalizada por contrato ou por sentença judicial. • Em regra, não cabe indenização; mais caso exista a mesma será prévia. • Art. 35 Decreto 3365/41. Tombamento – Decreto 25/37 • Exige processo administrativo de tombamento, a requerimento da parte, de terceiro ou de ofício. • Tombamento Provisório: Após o recebimento da notificação, já esta iniciado o processo administrativo, o bem passa a possuir os efeitos do tombamento. • Modalidade de intervenção do Estado na propriedade privada que visa à proteção do patrimônio histórico, artístico e cultural, art. 216, parágrafo 1º CF. • Competência Legislativa: Art. 24 CF – (União, Estado, DF) e art. 30 CF (Município). 22 • Competência Material: Art. 23 CF União, Estado, Município. DF. • O tombamento é oriundo de Portugal, pois o patrimônio era escrito no Livro dos Tombos, guardo na Torre do Tombo. • Pode ocorrer de maneira voluntária ou compulsória, mais sempre será ato do Poder Público. Obrigações oriundas do Tombamento • Positiva: Conservar. • Negativa: Não destruir. Direito de Preferência na alienação : é da União, Estados e Municípios – Caso a o direito de preferência não seja respeitado, o contrato de compra e venda será considerado nulo, sendo o proprietário penalizado com multa de 20% no valor do contrato. Obrigação dos Vizinhos: Não podem prejudicar a visão do bem tombado. Em regra, o tombamento não enseja direito a indenização, exceto se o proprietário demonstrar prejuízo decorrente do tombamento. Obs. O imóvel tombado possui isenção de IPTU. Desapropriação • Exige ampla defesa e contraditório, pois se trata de um processo. • Objetivo: visa a transferência do bem particular para o patrimônio público. Obs. Bem em caráter lato sensu (amplo): Móvel, imóvel, ações. • Polêmica: Desapropriação do Bem Público – Acontece em escala vertical, a União pode desapropriar bens do Estado e do Município e o Estado pode desapropriar bens do Município. Modalidades de Desapropriação • Utilidade Pública (Dec. Lei 3365/41): Ligada a Conveniência e Oportunidade. Compete a União, Estado e Município. O pagamento é feita de forma prévia e em dinheiro. (Desapropriação Ordinária). Ex: Construção de uma rodovia • Interesse Público (art. 5º, XXV da CR/88): Ligada a Relevância e Urgência.(Desapropriação Ordinária). Ex: uma inundação e o poder público precisa de imóvel próximo • Necessidade Social (Lei 4132/62): Visa o atendimento das parcelas carentes da comunidade, por exemplo, construção de casas populares, assentamento de colono. Desapropriação para fins de reforma agrária. Competência exclusiva da União. Pagamento é feito através de titulo de crédito rural. (Desapropriação Extraordinária). Expropriação - art. 243 da CR/88 • Plantio de ervas ou plantas psicotrópicas. • Sem indenização. • Terra destinada ao combate do tráfico, cultivo de plantas medicinais e tratamento de dependentes. • Confisco: Toma-se o bem sem qualquer indenização. Desapropriação Sancionatória Urbana - art. 182 e 183 da CR/88 23 • A propriedade descumpre sua função social, vai contra o Plano Diretor; • Competência exclusiva do Município. • A indenização se dá através de pagamento em títulos da dívida municipal. Competência na Desapropriação • Legislativa: Privativa da União, art. 22, II CF. • Declaratória 1. Executivo 2. DNIT: Reforma do sistema viário. 3. Aneel • Executória: Mesmos legitimados da declaratória, somados os concessionários e os permissionários (Mediante previsão contratual). Fases da Desapropriação 1 - Declaratória 1. Decreto Expropriatório. 2. Ato Administrativo 3. Lei de Efeito Concreto Legitimados • Administração Pública Direta • DNIT • ANEEL Efeito: Fixação do Estado da coisa Início da Caducidade • Decreto lei 3365/41: 5 anos • Lei 4132/62: 2 anos. Direito de Penetração: Vistorias e avaliação de bens. 2 – Executiva • Mesmos legitimados que podem declarar • Autarquia, Fundações, Sociedade de Economia Mista e Empresa Publica (Mediante autorização legal). • Concessionários e permissionários (Mediante alteração contratual). 24 Fases da Executiva • Administrativa: Amigável, o proprietário aceita a indenização. • Judicial: Não existe acordo é o expropriante que propõe a ação. O proprietário é o réu, apresentando sua contestação, onde pode discutir o valor da indenização, também pode requerer na contestação, o direito de extensão (Desapropriação de toda área) e ainda alegar nulidade do processo. Desapropriação por Zona: Decorre da valorização oriunda de uma obra pública, recorrente nos imóveis vizinhos aqueles desapropriados. Assim, tal qual na contribuição de melhoria os beneficiados diretos serão afetados pelo interesse coletivo. Desapropriação Indireta – Art. 35 Decreto lei 3365/41 • É inconstitucional • Se o bem é destinado ao interesse público, resolver-se-á a somente em indenização, independente de qualquer nulidade. Retrocessão: O bem é devolvido ao proprietário Tredestinação: Destinação diferente do que descreve o decreto expropriatório. • Quando atende o interesse público: Tredestinação Lícita. • Quando não atende o interesse público, será Tredestinação Ilícita, nesse caso o proprietário tem direito a retrocessão (ter o bem de volta). Serviços Públicos • Critério Subjetivo: o serviço público é a própria existência do órgão ou entidade. • Critério Objetivo: o serviço público seria a atividade. Requisitos • Orgânico: é a atividade prestada pelo órgão público. • Material: é a atividade destinada a atender o interesse coletivo primário (essencial). • Formal: é a atividade prestada em regime de direito público. Obs. O conceito de serviço publico é uma junção dos três requisitos. Conceito: É a atividade prestada pela administração publica, ou por seus delegados, visando atender o interesse coletivo primário e secundário sob regime preferencialmente de direito público. Princípios • Generalidade : o Serviço Público deve ser prestado de maneira ampla, irrestrita em caráter impessoal. 25 • Modicidade : o valor cobrado pelo serviço público deve ser razoável. • Mutabilidade : significa dizer que o serviço público deve ser prestado de maneira adequada e atenta as inovações tecnológicas, não havendo direito adquirido as cláusulas contratuais. • Continuidade : o serviço público deve ser prestado de maneira continua, não podendo ser interrompido. Remuneração Imposto • Natureza geral indivisível, por exemplo, IPVA. • Serviço remunerado via imposto não pode ser interrompido. Taxa • Tem natureza individualizada e divisível, por exemplo, taxa de coleta de resíduos sólidos. • Serviço compulsório, ou seja, a pessoa é obrigada a usar. • Serviço remunerado via taxa não pode ser interrompido. Obs. Cobrança de Taxa de Limpeza Urbana, bem como a taxa de iluminação publica é inconstitucional. Sumula 670 STF O SERVIÇO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA NÃO PODE SER REMUNERADO MEDIANTE TAXA. Tarifa • Não tem natureza de tributo. • Tarifa é preço público cobrado pela prestação de um serviço público. • É facultativo, existe a opção de usar ou não. • É cobrado pelas concessionárias e permissionárias. Exceções do Principio da Continuidade 26 • Inadimplemento : O inadimplemento da tarifa é uma exceção ao Principio da Continuidade, pois caso o pagamento não seja efeito, pode-se suspender o serviço, por exemplo, luz, água, telefone. • Problemas de Ordem Técnica - o serviço pode ser interrompido para reparos técnicos Artigo 6º, II da lei 8987/95 “Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando: I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade”. Classificação Primeira Classificação • Delegáveis : o Estado pode passar a prestação ou execução a um terceiro, por exemplo, transporte público. • Indelegáveis : não pode ser transferido a um terceiro, por exemplo, segurança pública. Segunda Classificação • Universais (Uti universi): são prestados de maneira ampla, irrestrita, por exemplo, iluminação pública. Em regra é remunerado via imposto. • Singulares (Uti singuli): a prestação do serviço é singularizada. Em regra é remunerado via taxa ou tarifa. Terceira Classificação • Serviços Públicos : Incumbe ao Poder Público. Art. 175 da CF/88 “Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. Parágrafo único. A lei disporá sobre: I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão; II - os direitos dos usuários; III - política tarifária; IV - a obrigação de manter serviço adequado”. • Atividade Econômica : Quando o Estado prestar uma atividade econômica será uma exceção. Art. 173 da CF “Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei”. Quarta Classificação • Serviço Público : É sempre positivo, traz um benefício. 27 • Poder de Polícia (Art. 77 e 78 CTN): O exercício do Poder de polícia é sempre negativo, ou seja, existe uma limitação em prol do interesse coletivo. Competência do Serviço Público • Federal - União: Art. 21 CF. • Estadual: Art. 25 CF. • Municipal: Art. 30 CF. Delegação • Negocial (Negócio): Serviço público é prestado por um particular, através de concessão ou permissão. Necessário Licitação (Art. 175 CF). Transferência da Execução. • Legal ou Outorga: A transferência do serviço público é atravésde lei. Administração Pública Indireta (Autarquia, Sociedade de Economia Mista). Transferência da titularidade do serviço. Obs. A grande diferença entre a negocial para a legal, esta na execução do serviço. Na negocial, transfere-se a execução, já na legal transfere-se a titularidade do serviço, através da outorga. Concessão Permissão Concorrência Qualquer modalidade PJ ou Consórcio PJ ou PF Contrato Bilateral - Adesão Contrato Unilateral, Discricionário e Precário Art. 40 da lei 8987/95 “A permissão de serviço público será formalizada mediante contrato de adesão, que observará os termos desta Lei, das demais normas pertinentes e do edital de licitação, inclusive quanto à precariedade e à revogabilidade unilateral do contrato pelo poder concedente. Parágrafo único. Aplica-se às permissões o disposto nesta Lei”. Esse artigo, diz que a permissão é um contrato de Adesão. Visou atenuar a diferença entre os institutos, podendo agora se falar em indenização pela extinção da permissão. Formas de Extinção da Concessão • Término do Contrato: Esgotado o prazo (Término de Contrato). • Falência ou Morte. • Encampação: Retomar para si. A prestação do serviço é retomada pelo Poder Público por motivo de interesse público, sendo assim o particular não cometeu nenhuma falta. 28 1. Por motivo de interesse público. 2. Mediante lei prévia e indenização • Caducidade: o Poder Público retoma para si, devido a alguma falta cometida pelo particular. 1. Notificação para o concessionário / permissionário. 2. Inicia o processo administrativo para apurar a falta. 3. Extingue-se o contrato por Decreto. Obs. Existe uma indenização após o abatimento da multa. • Rescisão: forma de extinção proposta pelo particular. Baseado no Princípio da Continuidade, a rescisão somente ocorre mediante decisão judicial transitada em julgado. • Reversão: forma de extinção, onde os bens afetados a prestação do serviço público ou da obra pública retornam ou são revertidos ao patrimônio público. Obs. Principio do Equilíbrio Econômico Financeiro do Contrato: Equilibra-se o valor do contrato. Responsabilidade Extracontratual do Estado Previsão Normativa: Art. 37, parágrafo 6º da CF/88 “As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”. • Responsabilidade Objetiva do Estado: Necessário somente Nexo Causal + Dano; independe de dolo ou culpa. • Teoria do Risco Administrativo: Administração Pública Direta, Administração Pública Indireta e Administração – Delegatários: Todos possuem responsabilidade Objetiva (haja vista estarem vertidos para a realização do interesse público). Excludentes da Responsabilidade • Culpa exclusiva do terceiro. • Culpa exclusiva da vítima. • Caso fortuito ou força natural. Evolução da Responsabilidade 29 • Até 1824: Prevalecia a teoria da Irresponsabilidade, sendo assim o Estado não era responsável pelos atos praticados por seus agentes. • 1891: Os agentes passam a ser responsabilizados pelos seus atos, de maneira subjetiva, fazendo-se necessário demonstrar dolo e culpa. Obs. O Imperador não é responsabilizado. • 1934 – 1397: Surge a responsabilidade solidária do Estado pelos atos dos agentes (Responsabilidade Subjetiva). • 1946: Surge a Teoria do Risco Administrativo, onde o Estado adquire a responsabilidade objetiva. Estado propõe Ação de Regresso contra o agente que tenha cometido falta (Responsabilidade Subjetiva). Responsabilidade por Omissão Estado possui o dever de agir, mais age de forma diversa ou não age. • Helly Lopes Meirelles: Responsabilidade objetiva. • Celso Antônio Bandeira de Melo: Responsabilidade subjetiva (Posição Majoritária). Teoria da Reserva do Possível (Teoria Alemã): Capacidade do Estado de prestar o serviço é limitado pela sua dotação orçamentária. Responsabilidade por Atos Legislativos • Lei de Efeitos Concretos: Lei que se direciona a um determinado não de pessoas. • Lei Inconstitucional: Mediante declaração do STF. Obs. Pessoa tem que demonstrar prejuízo em virtude da lei. Responsabilidade pelo Judiciário • Regra: Não tem responsabilidade, devido o Principio do Duplo Grau de Jurisdição – Revisão. • Exceções – Art. 133 CPC. 1. Prisão equivocada. 2. Prisão além do tempo necessário • Responsabilidade do Juiz: Subjetiva. 30
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