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CHG Geografia _________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ SEE-AC Coordenação de Ensino Médio CHG Geografia 45 *MÓDULO 1* Geopolítica – Ordem mundial E o mundo nunca mais foi o mesmo 6 de junho de 1944. Nessa data, conhecida como Dia D, tropas aliadas invadiram a Normandia, na França ocupada pelos nazistas alemães. Tradicionalmente, é celebrado como o início da vitória aliada contra a Alemanha hitlerista. Mas isso de acordo com a visão predominante nos países ocidentais. Hoje, acredita-se que o regime de Hitler já estava condenado desde o ano anterior, quando as tropas alemãs foram derrotadas pelo Exército soviético na Batalha de StaIingrado. Depois desse revés, os alemães foram sendo cada vez mais acuados pela contraofensiva dos soviéticos, que avançaram em direção a Berlim. Depois do Dia D, a futura divisão da Europa foi combinada durante a Conferência de Yalta, de 4 a 11 de fevereiro de 1945, com a participação do líder soviético, Josef Stalin, do primeiro-ministro britânico, Winston Churchill, e do presidente norte-americano, Franklin Delano Roosevelt. Quando os nazistas foram finalmente derrotados, em 30 de abril de 1945, a Alemanha e a Europa foram divididas em duas áreas de influência. A partir da Alemanha Oriental, seguindo pela Tchecoslováquia, Hungria e Romênia, os países do Leste Europeu se alinharam com a União Soviética, adotando governos comunistas e economia planificada. A Iugoslávia também se tornou comunista, mas manteve certa independência em relação à União Soviética. Os demais países europeus, com exceção das ditaduras fascistas de Portugal e Espanha (que adotaram uma posição neutra), tornaram-se democracias liberais capitalistas. O Japão, que se rendeu aos Estados Unidos em 2 de setembro de 1945, após os ataques nucleares de Hiroshima (6 de agosto) e Nagasaki (9 de agosto), tornou-se também um aliado dos países capitalistas ocidentais. A nova divisão foi oficializada com a criação, em 4 de abril de 1949, da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), e, em 14 de maio de 1955, do Pacto de Varsóvia — a primeira reunindo os países capitalistas e o segundo, os comunistas. O fim da Segunda Guerra marcou o início do período da Guerra Fria, que duraria até a dissolução da União Soviética, em 1991. Em maio de 1949, a União Soviética demonstrou ter armas nucleares. Por medo da destruição mútua, os Estados Unidos e a União Soviética, as duas superpotências que emergiram da Segunda Guerra, evitaram um confronto aberto. Mas adotaram posições antagônicas em conflitos travados em países periféricos, como nas guerras da Coreia (1950-1953), Vietnã (1955- 1975) e Afeganistão (1979-1989). Os resultados da Segunda Guerra são vistos até hoje. A Alemanha é o país mais rico da Europa e o Japão, o mais rico da Ásia, mas ambos são política e militarmente fracos. Países do antigo bloco comunista, como a Polônia e a Romênia, enviam migrantes para países ocidentais. A Iugoslávia, ao fim do regime comunista, fragmentou-se após guerra civil. A atual Rússia capitalista mantém pretensões imperiais sobre os antigos territórios soviéticos. Milícias afegãs armadas pelos Estados Unidos contra os russos formaram a AI Qaeda. Na América Latina, ressentimento com o apoio norte- -americano a regimes anticomunistas ainda é foco de tensão política. O continente redesenhado O mapa político da Europa em três momentos 1938 1955 2009 INFOGRÁFICOS EDITORA MOL CHG Geografia _________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ SEE-AC Coordenação de Ensino Médio CHG Geografia 46 A Segunda Guerra Mundial redefiniu fronteiras, tem forte presença na cultura popular e marca o debate ideológico ainda hoje. Após a Segunda Guerra, a Europa foi repartida entre a União Soviética e os Estados Unidos, França e Inglaterra. Os países capitalistas se organizaram militarmente na OTAN, enquanto os comunistas criaram o Pacto de Varsóvia. A OTAN continua ativa, mas o Pacto de Varsóvia dissolveu-se com o fim da União Soviética. Outros órgãos criados com o objetivo de reconstruir o mundo no pós-guerra e manter a paz permanecem: a ONU e organismos financeiros como o FMI e o Banco Mundial. O FMI concede empréstimos a países arrasados pela guerra ou pobres, mas, em troca, exige a adoção de políticas consideradas por alguns como conservadoras. O fim do regime soviético, em 1991, significou redemocratização e liberdade de expressão, mas também instabilidade para alguns países do bloco. A Iugoslávia esfacelou-se após guerra civil. A Polônia tornou-se adversária da Rússia, o mesmo ocorrendo com a Ucrânia e a Geórgia. A própria Rússia passou por um período conturbado, que culminou com a eleição do presidente Vladimir Putin, ex-diretor da KGB, em 1999. Seu governo autoritário (2000-2008) foi marcado por forte repressão aos rebeldes da República da Chechênia. A economia de mercado ganhou força, mesmo em países do antigo bloco comunista. Ao sair de cena o regime marxista puro, os conflitos passaram a ser menos político-ideológicos e mais ligados a religião ou nacionalismo. O mundo conta atualmente com uma única superpotência: os Estados Unidos, que em 2003 atacaram o Iraque, ignorando unilateralmente uma decisão da ONU que rejeitava a ação militar. Acredita-se que o desenvolvimento da China, e também do Brasil, da Rússia e da Índia (que formam um grupo de países emergentes conhecidos como BRICs), possa criar no futuro um mundo multipolar, em que os Estados Unidos não serão mais a única superpotência. *ATENÇÃO, ESTUDANTE!* Para complementar o estudo deste Módulo, utilize seu LIVRO DIDÁTICO. *********** ATIVIDADES *********** Texto para as questões de 1 a 4. A guerra pop A Segunda Guerra Mundial não sai da cabeça das pessoas, 65 anos depois do seu fim Em abril de 2010, a produtora alemã Constantin Films pediu ao site YouTube que tirasse do ar todas asparódias de seu filme A Queda, por considerar que seus direitos autorais estavam sendo violados. O filme narra os últimos dias de Adolf Hitler, em 1945, com base nos relatos de Traudl Junge, ex- -secretária do líder nazista, e nas investigações do jornalista alemão Joachim Fest. A cena das paródias, invariavelmente, mostrava Hitler tendo um ataque de fúria ao ser informado de que o Exército Vermelho estava às portas de Berlim. A brincadeira consistiu em colocar legendas engraçadas para “traduzir” a fala de Hitler em alemão, fazendo o ditador surtar com assunto qualquer, como por causa de uma banda musical ruim ou um professor chato. A piada foi repetida em diversas línguas, inclusive em português. Os vídeos foram removidos, mas outros acabaram sendo postados depois no YouTube. A Liga Antidifamação, ONG norte-americana dedicada a combater o antissemitismo, queixou-se de que esse tipo de vídeo contribui para banalizar a figura de Hitler, tornando-a cômica e inofensiva. Mas brincadeira como essa não é fácil de controlar. Afinal, a Segunda Guerra Mundial é pop e continua rendendo boas histórias e discussões. Existe até mesmo a “Lei de Godwin”, formulada pelo advogado norte-americano Michael Godwin em 1990. Segundo ele, se uma discussão se prolonga por muito tempo, a probabilidade de surgir alguma comparação com os nazistas ou com Hitler se aproxima de 100%. Filmes sobre a Segunda Guerra já foram mais comuns nos anos 50 e 60, mas continuam a ser produzidos em bom número. Além de A Queda (2004), tivemos nos últimos anos O Pianista (2002), Cartas de Iwo Jima (2006) e Bastardos Inglórios (2009), para citar RIA NOVOSTI / AFP Brad Pitt em cena de Bastardos Inglórios, dirigido por Quentin Tarantino: a Segunda Guerra Mundial continua rendendo boas histórias a Hollywood CHG Geografia _________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ SEE-AC Coordenação de Ensino Médio CHG Geografia 47 alguns campeões de bilheteria. Mesmo filmes que exploram temas sem relação com a Segunda Guerra podem se inspirar nela de algum modo, como os uniformes “nazistas” dos oficiais do Império na série Guerra nas Estrelas. A música também costuma inspirar-se na Segunda Guerra. Em 1973, o poema A Rosa de Hiroshima, de Vinicius de Moraes, foi musicado pela banda Secos e Molhados, de Ney Matogrosso. Lá fora, a guerra foi abordada por grupos como Rolling Stones (Sympathy for the Devil), Iron Maiden (Aces High) e Pink Floyd (The Wall). Mas foi o movimento punk que a tornou um tema constante. Em 1977, os Sex Pistols lançaram Belsen Was a Gas, polêmica canção sobre o campo de concentração na Alemanha onde morreu Anne Frank, garota alemã de origem judaica. A banda inglesa Joy Division (1977-1980) tirou seu nome de uma “divisão” de prostitutas que atendia a soldados nazistas. Na área de videogames, todos os anos são lançados novos títulos sobre o tema. Em 2009, por exemplo, vieram Wolfenstein, Company of Heroes – Tales of Valor e Battlefield 1943. Na internet, uma pesquisa rápida no Google revela 26 milhões de ocorrências para “World War II” (Segunda Guerra Mundial), contra 6 milhões para “Vietnam War” (Guerra do Vietnã) e 5,5 milhões para “Iraq War” (Guerra do Iraque). Como se vê, 65 anos depois de seu fim, a Segunda Guerra está longe de sair do imaginário popular. Superinteressante, jul. 2010. .1. (AED-SP) A produtora alemã Constantin Films pediu ao YouTube que removesse seus vídeos. Ela conseguiu seu objetivo? ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ .2. (AED-SP) Por que a divulgação de vídeos no YouTube satirizando Adolf Hitler foi considerada uma forma de banalização da figura do ditador nazista? ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ .3. (AED-SP) Além do cinema, o texto cita outras formas de manifestação artística que costumam se inspirar na Segunda Guerra Mundial. Dê um exemplo. ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ .4. (AED-SP) “A Segunda Guerra Mundial é pop.” Assinale o que for fiel ao significado da frase: I. O conflito entrou para o imaginário popular de forma nem sempre adequada. II. A guerra foi incorporada de diversas formas, em especial na música e no cinema. III. As conquistas militares do Exército alemão ganharam simpatia popular no mundo todo. É correto o que se afirma em (A) I, apenas. (B) I e II, apenas. (C) I e III, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III. .5. (INEP-MEC) A Rosa de Hiroshima Pensem nas crianças Mudas telepáticas Pensem nas meninas Cegas inexatas Pensem nas mulheres Rotas alteradas Pensem nas feridas Como rosas cálidas Mas oh não se esqueçam Da rosa da rosa Da rosa de Hiroshima A rosa hereditária A rosa radioativa Estúpida e inválida A rosa com cirrose A antirrosa atômica Sem cor sem perfume Sem rosa sem nada. (Vinicius de Moraes) Sobre o poema de Vinicius de Moraes, diz-se: I. O poeta assume uma postura humanista e pacifista, de oposição à guerra. II. O poema sugere que se consiga superar e esquecer o episódio atômico para que a vida recupere sua dimensão poética. III. Há trechos ligados aos efeitos das bombas atômicas: “rosa radioativa”, “rosa com cirrose”. É correto o que se afirma em (A) I, apenas. (B) I e II, apenas. (C) I e III, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III. CHG Geografia _________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ SEE-AC Coordenação de Ensino Médio CHG Geografia 48 .6. (ENEM-MEC) A nova des-ordem geográfica mundial: uma proposta de regionalização Fonte: LÉVY et al. (1992), atualizado. O espaço mundial sob a “nova des-ordem” é um emaranhado de zonas, redes e “aglomerados”, espaços hegemônicos e contra-hegemônicos que se cruzam de forma complexa na face da Terra. Fica clara, de saída, a polêmica que envolve uma nova regionalização mundial. Como regionalizar um espaço tão heterogêneo e, em parte, fluido, como é o espaço mundial contemporâneo? HAESBAERT, R.; PORTO-GONÇALVES, C. W. A nova des-ordem mundial. São Paulo: UNESP, 2006. O mapa procura representar a lógica espacial do mundo contemporâneo pós-União Soviética, no contexto de avanço da globalização e do neoliberalismo, quando a divisão entre países socialistas e capitalistas se desfez e as categorias de “primeiro” e “terceiro” mundo perderam sua validade explicativa. Considerando esse objetivo interpretativo, tal distribuição espacial aponta para (A) a estagnação dos Estados com forte identidade cultural. (B) o alcance da racionalidade anticapitalista. (C) a influência das grandes potências econômicas. (D) a dissolução de blocos políticos regionais. (E) o alargamento da força econômica dos países islâmicos. .7. (ENEM-MEC) A bandeira da Europa não é apenas o símbolo da União Europeia, mas também da unidade e da identidade da Europa em sentido mais lato. O círculo de estrelas douradas representa a solidariedade e a harmonia entre os povos da Europa. Disponível em: http://europa.eu/index_pt.htm. Acesso em: 29/4/2010 (adaptado). A que se pode atribuir a contradição intrínseca entre o que propõe a bandeira da Europa e o cotidiano vivenciado pelas nações integrantes da União Europeia? (A) Ao contexto da década de 1930, no qual a bandeira foi forjada e em que se pretendia a fraternidade entre os povos traumatizados pela Primeira Guerra Mundial. (B) Ao fato de que o ideal de equilíbrio implícito na bandeira nem sempre se coaduna com os conflitos e rivalidades regionais tradicionais. (C) Ao fato de que Alemanha e Itália ainda são vistas com desconfiança por Inglaterra e França mesmo após décadas do final da Segunda Guerra Mundial. (D) Ao fato de que a bandeira foi concebida por portugueses e espanhóis, que possuem uma convivência mais harmônica do que as demais nações europeias. (E) Ao fato de que a bandeira representa as aspirações religiosas dos países de vocação católica, contrapondo-se ao cotidiano das nações protestantes. .8. (ENEM-MEC) Disponível em: www.culturabrasil.org.br. Acesso em: 28/4/2010. A foto revela um momento da Guerra do Vietnã (1965- 1975), conflito militar cuja cobertura jornalística utilizou, em grande escala, a fotografia e a televisão. Um dos papéis exercidos pelos meios de comunicação na cobertura dessa guerra, evidenciado pela foto, foi CHG Geografia _________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ SEE-AC Coordenação de Ensino Médio CHG Geografia 49 (A) demonstrar as diferenças culturais existentes entre norte-americanos e vietnamitas. (B) defender a necessidade de intervenções armadas em países comunistas. (C) denunciar os abusos cometidos pela intervenção militar norte-americana. (D) divulgar valores que questionavam as ações do governo vietnamita. (E) revelar a superioridade militar dos Estados Unidos da América. .9. (ENEM-MEC) A América se tornara a maior força política e financeira do mundo capitalista. Havia se transformado de país devedor em país que emprestava dinheiro. Era agora uma nação credora. HUBERMAN, L. História da riqueza do homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1962. Em 1948, os EUA lançavam o Plano Marshall, que consistiu no empréstimo de 17 bilhões de dólares para que os países europeus reconstruíssem suas economias. Um dos resultados desse plano, para os EUA, foi (A) o aumento dos investimentos europeus em indústrias sediadas nos EUA. (B) a redução da demanda dos países europeus por produtos e insumos agrícolas. (C) o crescimento da compra de máquinas e veículos estadunidenses pelos europeus. (D) o declínio dos empréstimos estadunidenses aos países da América Latina e da Ásia. (E) a criação de organismos que visavam regulamentar todas as operações de crédito. .10. (ENEM-MEC) A lei não nasce da natureza, junto das fontes frequentadas pelos primeiros pastores; a lei nasce das batalhas reais, das vitórias, dos massacres, das conquistas que têm sua data e seus heróis de horror: a lei nasce das cidades incendiadas, das terras devastadas; ela nasce com os famosos inocentes que agonizam no dia que está amanhecendo. FOUCAULT, M. Aula de 14 de janeiro de 1976. In: Em defesa da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 1999. O filósofo Michel Foucault (séc. XX) inova ao pensar a política e a lei em relação ao poder e à organização social. Com base na reflexão de Foucault, a finalidade das leis na organização das sociedades modernas é (A) combater ações violentas na guerra entre as nações. (B) coagir e servir para refrear a agressividade humana. (C) criar limites entre a guerra e a paz praticadas entre os indivíduos de uma mesma nação. (D) estabelecer princípios éticos que regulamentam as ações bélicas entre países inimigos. (E) organizar as relações de poder na sociedade e entre os Estados. .11. (ENEM-MEC) Do ponto de vista geopolítico, a Guerra Fria dividiu a Europa em dois blocos. Essa divisão propiciou a formação de alianças antagônicas de caráter militar, como a OTAN, que aglutinava os países do bloco ocidental, e o Pacto de Varsóvia, que concentrava os do bloco oriental. É importante destacar que, na formação da OTAN, estão presentes, além dos países do oeste europeu, os EUA e o Canadá. Essa divisão histórica atingiu igualmente os âmbitos político e econômico que se refletia pela opção entre os modelos capitalista e socialista. Essa divisão europeia ficou conhecida como (A) Cortina de Ferro. (B) Muro de Berlim. (C) União Europeia. (D) Convenção de Ramsar. (E) Conferência de Estocolmo. .12. (ENEM-MEC) Em conflitos regionais e na guerra entre nações, tem sido observada a ocorrência de sequestros, execuções sumárias, torturas e outras violações de direitos. Em 10 de dezembro de 1948, a Assembleia Geral das Nações Unidas adotou a Declaração Universal dos Direitos do Homem, que, em seuartigo 5.º, afirma: Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes. Assim, entre nações que assinaram essa Declaração, é coerente esperar que (A) a Constituição de cada país deva se sobrepor aos Direitos Universais do Homem, apenas enquanto houver conflito. (B) a soberania dos Estados esteja em conformidade com os Direitos Universais do Homem, até mesmo em situações de conflito. (C) a violação dos direitos humanos por uma nação autorize a mesma violação pela nação adversária. (D) sejam estabelecidos limites de tolerância, para além dos quais a violação aos direitos humanos seria permitida. (E) a autodefesa nacional legitime a supressão dos Direitos Universais do Homem. .13. (ENEM-MEC) O fim da Guerra Fria e da bipolaridade, entre as décadas de 1980 e 1990, gerou expectativas de que seria instaurada uma ordem internacional marcada pela redução de conflitos e pela multipolaridade. O panorama estratégico do mundo pós-Guerra Fria apresenta CHG Geografia _________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ SEE-AC Coordenação de Ensino Médio CHG Geografia 50 (A) o aumento de conflitos internos associados ao nacionalismo, às disputas étnicas, ao extremismo religioso e ao fortalecimento de ameaças como o terrorismo, o tráfico de drogas e o crime organizado. (B) o fim da corrida armamentista e a redução dos gastos militares das grandes potências, o que se traduziu em maior estabilidade nos continentes europeu e asiático, que tinham sido palco da Guerra Fria. (C) o desengajamento das grandes potências, pois as intervenções militares em regiões assoladas por conflitos passaram a ser realizadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), com maior envolvimento de países emergentes. (D) a plena vigência do Tratado de Não Proliferação, que afastou a possibilidade de um conflito nuclear como ameaça global, devido à crescente consciência política internacional acerca desse perigo. (E) a condição dos EUA como única superpotência, mas que se submetem às decisões da ONU no que concerne às ações militares. .14. (INEP-MEC) Observe a foto e o infográfico a seguir: estadao.com, 3/3/2010. A foto mostra uma reunião do Conselho de Segurança da ONU e o infográfico exibe a posição dos países-membros em relação a uma proposta de sanções contra o Irã, por causa de seu programa nuclear. Assinale a afirmação incorreta. (A) O Conselho de Segurança é formado por 15 membros. (B) Dez países participam de forma rotativa. (C) Somente cinco países têm o poder de veto. (D) Há um consenso sobre a questão entre os dez membros rotativos. (E) É preciso que nove dos 15 países do Conselho digam “sim” para a decisão valer. .15. (UNESP, adaptada) Leia com atenção os itens a seguir: I. Em 1945, criou-se um sistema multilateral de discussões e negociações com 50 países, depois ampliado com o ingresso de nações que obtiveram independência na África e na Ásia. II. As duas superpotências que emergiram após a Segunda Guerra. III. Comandando Estados abrigados em suas áreas de influência, as superpotências disputam a hegemonia mundial. Os itens referem-se, respectivamente, a: (A) I. Organização das Nações Unidas (ONU); II. Inglaterra e França; III. Doutrina Monroe. (B) I. Organização das Nações Unidas (ONU); II. Estados Unidos e União Soviética; III. Guerra Fria. (C) I. Organização dos Estados Americanos (OEA); II. Reino Unido e Japão; III. Plano Marshall. (D) I. União Europeia; II. Canadá e EUA; III. Doutrina Truman. (E) I. Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN); II. Alemanha e França; III. Conferência de Potsdam. ________________________________________________ *Anotações* CHG Geografia _________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ SEE-AC Coordenação de Ensino Médio CHG Geografia 51 *MÓDULO 2* Geopolítica – Globalização Mundo pequeno Chamamos de globalização ao processo pelo qual economias e sociedades locais passam a participar e se tornar dependentes da economia e cultura internacionais. Isso se dá por meio de fluxos de tecnologia, informações, pessoas e capital. Por exemplo, hoje é possível comprar no Brasil, em uma loja que emprega imigrantes bolivianos, um aparelho de MP3 feito na China com tecnologia norte-americana, numa empresa de propriedade coreana. O primeiro passo para a globalização foi o comércio internacional mercantilista, entre os séculos XVI e XVIII. O capital acumulado com a venda de bens manufaturados a potências coloniais desindustrializadas (Espanha e Portugal) permitiu uma Revolução Industrial na Inglaterra. A globalização atual tem como causa avanços tecnológicos que possibilitam fluxos muito mais rápidos de produtos, pessoas e informações — como a internet, os telefones celulares e o transporte marítimo e aéreo intercontinental. Mas também tem causas políticas, como a adesão ao capitalismo pelos antigos países do bloco soviético e pela China, bem como a pressão contra barreiras alfandegárias e o nacionalismo econômico, liderada por países exportadores e órgãos internacionais como o FMI e o Banco Mundial. A globalização trouxe resultados desiguais em diferentes regiões do mundo. Enquanto alguns países conseguem se beneficiar das facilidades do comércio e do fluxo de capitais, tornando-se exportadores de tecnologia ou produtos baratos, outros acabam à margem, incapazes de competir internacionalmente. O Brasil tem conseguido exportar principalmente produtos agrícolas e insumos industriais, como o aço, mas esses produtos são commodities, isto é, são materiais de baixo valor agregado,com preços determinados pelo mercado internacional — diferentemente de carros, aviões ou produtos eletrônicos, que têm seu preço determinado não só pelo valor da concorrência, mas também pela qualidade ou pela inovação embutida. Como consequência da globalização, países que anteriormente tinham um setor industrial voltado para o mercado doméstico podem se ver desindustrializados, incapazes de concorrer com produtos estrangeiros mais baratos e de melhor qualidade. Isso, em parte, ocorreu na Argentina, e um dos “vilões” foi justamente o Brasil, que consegue exportar produtos industriais mais baratos para o vizinho, como carros e geladeiras. O próprio Brasil hoje importa muitos produtos que, antes da abertura econômica dos anos 90, eram produzidos localmente, como computadores. Mas isso tem como contrapartida positiva o fato de o preço, em geral, cair para os consumidores e a tecnologia ser mais atualizada, facilitando a rápida popularização das inovações. Outro fator importante na globalização é a migração de trabalhadores. Em países desenvolvidos, a mão de obra tornou-se muito cara. Por isso, várias empresas instalam suas fábricas em países mais pobres, tirando proveito do menor custo de produção e de legislações trabalhistas e ambientais mais frouxas. Isso é particularmente notável na China, que desenvolve pouca tecnologia própria, mas é o país onde é feita grande parte dos componentes eletrônicos atuais. Diante da concorrência internacional, países com melhor grau de escolaridade acabam ocupando a posição de produtores de inovação, que é facilmente comercializável e rende maiores benefícios que uma indústria poluente, não criativa e dependente de mão de obra mais barata. Sair da posição de exportador de commodities, isto é, produtos sem valor agregado, e tornar-se uma potência criativa é um dos maiores desafios do Brasil nos próximos anos. WU NIU / AFP A China desenvolve pouca tecnologia própria, mas produz boa parte dos componentes eletrônicos atuais Globalização é a tendência de maior integração e interdependência econômica entre os países. Ela tem raízes muito antigas, mas tornou-se particularmente acentuada a partir da segunda metade do século XX. Globalização também significa maior fluxo de pessoas e informações. CHG Geografia _________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ SEE-AC Coordenação de Ensino Médio CHG Geografia 52 As origens da globalização remontam ao comércio mercantilista da época das grandes navegações e às três Revoluções Industriais. A Terceira Revolução Industrial está em curso. As novas tecnologias aceleraram imensamente a globalização. Elas estão presentes nos meios de transporte e nas telecomunicações, especialmente na internet. Alguns pontos positivos da globalização: a disponibilidade de informações, a diminuição da tensão política entre países com relações comerciais importantes e o barateamento de produtos. Um ponto negativo é que o processo não ocorre de forma simétrica entre países. Alguns, como a China, a Coreia e o Brasil, conseguem aproveitar a oportunidade para enriquecer com o comércio internacional. Outros, como quase todos os países da África, ficam à margem dessa economia integrada. Críticos de esquerda consideram a globalização uma nova forma de colonialismo dos ricos. A indústria vem migrando para países de mão de obra mais barata, deprimindo salários ou causando desemprego em outros países. As nações mais ricas continuam detendo a tecnologia de produção. A tendência, agilizada por tecnologias que substituem mão de obra humana, é que os empregos migrem da indústria e da agricultura para o setor de serviços e comércio. Como o setor terciário exige maior qualificação, muitas pessoas acabam em subempregos ou desempregadas. A educação passa a ter um papel crucial na empregabilidade. O sentimento antiglobalização nasce tanto de crises econômicas, como as citadas acima, quanto do temor de ter a cultura local engolida pela cultura global, em grande parte influenciada pelos Estados Unidos. *ATENÇÃO, ESTUDANTE!* Para complementar o estudo deste Módulo, utilize seu LIVRO DIDÁTICO. ________________________________________________ *Anotações* *********** ATIVIDADES *********** Texto para as questões de 1 a 4. Globalização gastronômica As grandes navegações nos séculos XV e XVI mudaram definitivamente o cardápio da humanidade Nos séculos XV e XVI, os aventureiros europeus tinham um ótimo motivo para arriscar a vida no mar: muito dinheiro. As novas rotas comerciais, abertas com as viagens de descobrimento em direção ao Sudeste Asiático e às Américas, garantiam fortunas com a venda de especiarias, condimentos que melhoravam o gosto da comida e garantiam sua preservação. O que os exploradores e comerciantes não sabiam é que, além de cravo, noz-moscada, pimenta e gengibre, eles encontrariam uma série de outros sabores. Por sua vez, os moradores dessas novas regiões não conheciam muitas das comidas trazidas nas embarcações. Começava assim uma verdadeira revolução gastronômica. “Pela primeira vez, todos os povos da Terra entravam em contato, abrindo um intercâmbio generalizado dos gêneros de todos os continentes”, afirma Henrique Carneiro, professor de História da USP, no livro Comida e Sociedade — Uma História da Alimentação. Especiarias diversas: ao viajar ao redor do mundo, os europeus promoveram um intercâmbio entre os diversos tipos de alimento que encontraram nos locais em que estiveram DAVID FORMAN / AFP Vaivém de sabores A origem e o destino de alguns dos principais alimentos PIMENTÃO Originário da América, foi levado para a Espanha. Dali chegou à Hungria, onde passou a ser usado como matéria-prima para a páprica. Também fez sucesso na Tailândia, na Coreia, na Índia e em vários países africanos. BATATA Era consumida nos Andes e na região onde hoje ficam o Equador e o Peru. Foi plantada na Galícia, na Península Ibérica, e na Itália. Depois se difundiu no resto da Europa e na Ásia. TOMATE Assim como a mandioca, o abacaxi e o mamão, o tomate partiu das Américas e acabou na Ásia, após passar pela Europa. Esses alimentos faziam tanto sucesso no Oriente que acabaram usados como moeda. CHG Geografia _________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ SEE-AC Coordenação de Ensino Médio CHG Geografia 53 MILHO Veio da América Central e foi cultivado em Portugal. Logo estava nas mesas do sul da França e do norte da Itália, onde foi usado para fazer fubá. Depois se tornou comum na culinária oriental. ABACATE Ao lado do cacau e do feijão, é um alimento da América Central que conquistou o gosto europeu. O cacau, que entre os astecas era consumido com pimenta, passou a ser acompanhado de açúcar. LARANJA Muitas frutas de sabor e aroma exóticos para o paladar dos europeus foram descobertas na Ásia. É o caso da laranja e da manga, que, da Península Ibérica, acabaram introduzidas no resto do continente e nas Américas. UVA Ao lado do trigo e do azeite, tinha grande valor na região do Mediterrâneo. Tornou-se alimento simbólico para o cristianismo e se alastrou pelo mundo. ESPECIARIAS A noz-moscada, o cravo e o gengibre eram comprados na Indonésia. A pimenta-do-reino vinha do sul da Índia e a canela, do Ceilão, atual Sri Lanka. Os produtos eram reunidos em Goa, de onde seguiam para Portugal. Viagem & Turismo, jan. 2010 (com adaptações). .1. (AED-SP) Levando em consideração o texto, quando começou a globalização? ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ .2. (AED-SP) Essa primeira globalização atingiu apenas países ocidentais? ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ .3. (AED-SP) Culturas podem integrar ingredientes estrangeiros a ponto de parecerem seus, mas também há alimentos que carregam consigo elementos culturais. Cite um exemplo de cada um extraído do texto. ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ .4. (AED-SP) No texto, a frase que melhor se associa ao fenômeno da globalização é: (A) “Nos séculos XV e XVI, os aventureiros europeus tinham um ótimo motivo para arriscar a vida no mar: muito dinheiro.” (B) “As novas rotas comerciais, abertas com as viagens de descobrimento em direção ao Sudeste Asiático e às Américas,...” (C) “O que os exploradores e comerciantes não sabiam é que, além de cravo, noz-moscada, pimenta e gengibre, eles encontrariam uma série de outros sabores.” (D) “‘Pela primeira vez, todos os povos da Terra entravam em contato, abrindo um intercâmbio generalizado dos gêneros de todos os continentes’,...” (E) “Por sua vez, os moradores dessas novas regiões não conheciam muitas das comidas trazidas nas embarcações. Começava assim uma verdadeira revolução gastronômica.” .5. (ENEM-MEC) Cadeia agroindustrial integrada ao supermercado SILVA, E. S. O. Circuito espacial de produção e comercialização da produção familiar de tomate no município de São José de Ubá (RJ). In: RIBEIRO, M. A.; MARAFON, G. J. (orgs.). A metrópole e o interior fluminense: simetrias e assimetrias geográficas. Rio de Janeiro: Gramma, 2009 (adaptado). O organograma apresenta os diversos atores que integram uma cadeia agroindustrial e a intensa relação entre os setores primário, secundário e terciário. Nesse sentido, a disposição dos atores na cadeia agroindustrial demonstra (A) a autonomia do setor primário. (B) a importância do setor financeiro. (C) o distanciamento entre campo e cidade. (D) a subordinação da indústria à agricultura. (E) a horizontalidade das relações produtivas. ________________________________________________ *Anotações* CHG Geografia _________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ SEE-AC Coordenação de Ensino Médio CHG Geografia 54 .6. (ENEM-MEC) Estamos testemunhando o reverso da tendência histórica da assalariação do trabalho e socialização da produção, que foi característica predominante na era industrial. A nova organização social e econômica baseada nas tecnologias da informação visa à administração descentralizadora, ao trabalho individualizante e aos mercados personalizados. As novas tecnologias da informação possibilitam, ao mesmo tempo, a descentralização das tarefas e sua coordenação em uma rede interativa de comunicação em tempo real, seja entre continentes, seja entre os andares de um mesmo edifício. CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2006 (adaptado). No contexto descrito, as sociedades vivenciam mudanças constantes nas ferramentas de comunicação que afetam os processos produtivos nas empresas. Na esfera do trabalho, tais mudanças têm provocado (A) o aprofundamento dos vínculos dos operários com as linhas de montagem sob influência dos modelos orientais de gestão. (B) o aumento das formas de teletrabalho como solução de larga escala para o problema do desemprego crônico. (C) o avanço do trabalho flexível e da terceirização como respostas às demandas por inovação e com vistas à mobilidade dos investimentos. (D) a autonomização crescente das máquinas e computadores em substituição ao trabalho dos especialistas técnicos e gestores. (E) o fortalecimento do diálogo entre operários, gerentes, executivos e clientes com a garantia de harmonização das relações de trabalho. .7. (ENEM-MEC) A introdução de novas tecnologias desencadeou uma série de efeitos sociais que afetaram os trabalhadores e sua organização. O uso de novas tecnologias trouxe a diminuição do trabalho necessário que se traduz na economia líquida do tempo de trabalho, uma vez que, com a presença da automação microeletrônica, começou a ocorrer a diminuição dos coletivos operários e uma mudança na organização dos processos de trabalho. Revista Eletrônica de Geografia Y Ciências Sociales. Universidadde Barcelona. N.º 170(9), 1/8/2004. A utilização de novas tecnologias tem causado inúmeras alterações no mundo do trabalho. Essas mudanças são observadas em um modelo de produção caracterizado (A) pelo uso intensivo do trabalho manual para desenvolver produtos autênticos e personalizados. (B) pelo ingresso tardio das mulheres no mercado de trabalho no setor industrial. (C) pela participação ativa das empresas e dos próprios trabalhadores no processo de qualificação laboral. (D) pelo aumento na oferta de vagas para trabalhadores especializados em funções repetitivas. (E) pela manutenção de estoques de larga escala em função da alta produtividade. .8. (ENEM-MEC) Nova Escola, n.º 226, out. 2009. A tirinha mostra que o ser humano, na busca de atender suas necessidades e de se apropriar dos espaços, (A) adotou a acomodação evolucionária como forma de sobrevivência ao se dar conta de suas deficiências impostas pelo meio ambiente. (B) utilizou o conhecimento e a técnica para criar equipamentos que lhe permitiram compensar as suas limitações físicas. (C) levou vantagens em relação aos seres de menor estatura, por possuir um físico bastante desenvolvido, que lhe permitia muita agilidade. (D) dispensou o uso da tecnologia por ter um organismo adaptável aos diferentes tipos de meio ambiente. (E) sofreu desvantagens em relação a outras espécies, por utilizar os recursos naturais como forma de se apropriar dos diferentes espaços. .9. (ENEM-MEC) Os últimos séculos marcam, para a atividade agrícola, com a humanização e a mecanização do espaço geográfico, uma considerável mudança em termos de produtividade: chegou-se, recentemente, à constituição de um meio técnico-científico-informacional, característico não apenas da vida urbana, mas também do mundo rural, tanto nos países avançados como nas regiões mais desenvolvidas dos países pobres. SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2004 (adaptado). A modernização da agricultura está associada ao desenvolvimento científico e tecnológico do processo produtivo em diferentes países. Ao considerar as novas relações tecnológicas no campo, verifica-se que a CHG Geografia _________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ SEE-AC Coordenação de Ensino Médio CHG Geografia 55 (A) introdução de tecnologia equilibrou o desenvolvimento econômico entre o campo e a cidade, refletindo diretamente na humanização do espaço geográfico nos países mais pobres. (B) tecnificação do espaço geográfico marca o modelo produtivo dos países ricos, uma vez que pretendem transferir gradativamente as unidades industriais para o espaço rural. (C) construção de uma infraestrutura científica e tecnológica promoveu um conjunto de relações que geraram novas interações socioespaciais entre o campo e a cidade. (D) aquisição de máquinas e implementos industriais, incorporados ao campo, proporcionou o aumento da produtividade, libertando o campo da subordinação à cidade. (E) incorporação de novos elementos produtivos oriundos da atividade rural resultou em uma relação com a cadeia produtiva industrial, subordinando a cidade ao campo. .10. (ENEM-MEC) Sozinho vai descobrindo o caminho O rádio fez assim com seu avô Rodovia, hidrovia, ferrovia E agora chegando a infovia Para alegria de todo o interior GIL, G. Banda larga cordel. Disponível em: www.uol.vagalume.com.br. Acesso em: 16/4/2010 (fragmento). O trecho da canção faz referência a uma das dinâmicas centrais da globalização, diretamente associada ao processo de (A) evolução da tecnologia da informação. (B) expansão das empresas transnacionais. (C) ampliação dos protecionismos alfandegários. (D) expansão das áreas urbanas do interior. (E) evolução dos fluxos populacionais. .11. (ENEM-MEC) Folha de S. Paulo, 22/11/2003. Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver [ no Universo... Por isso minha aldeia é grande como outra qualquer Porque sou do tamanho do que vejo E não do tamanho da minha altura... (Alberto Caeiro) A tira “Hagar” e o poema de Alberto Caeiro (um dos heterônimos de Fernando Pessoa) expressam, com linguagens diferentes, uma mesma ideia: a de que a compreensão que temos do mundo é condicionada, essencialmente, (A) pelo alcance de cada cultura. (B) pela capacidade visual do observador. (C) pelo senso de humor de cada um. (D) pela idade do observador. (E) pela altura do ponto de observação. .12. (INEP-MEC) A China tem sido o país-símbolo da globalização e vem ocupando enorme espaço na mídia internacional nas últimas décadas. Sobre a realidade desse país de grandes dimensões e história milenar, e sobre a forma como vem criando e reforçando seus vínculos com a rede global, é incorreto afirmar que (A) a abertura econômica não foi acompanhada da democratização política. O episódio do rompimento com a empresa americana Google é um dos melhores exemplos recentes desse fato. (B) a China inventou o “socialismo de mercado”, um regime que desenvolve uma economia capitalista de mercado bastante agressiva, sem abrir mão do controle político e social, de inspiração socialista, instalado no país no decorrer da segunda metade do século XX. (C) a China aproveitou-se do baixíssimo custo de mão de obra para se tornar uma “fábrica global”. A princípio, ocupou espaço no mercado internacional com produtos de baixa tecnologia. Mas, recentemente, vem conseguindo se destacar com produtos bem mais sofisticados tecnologicamente. (D) é grande a dependência chinesa por matérias-primas indispensáveis à sua indústria. Na tentativa de uma solução para esse problema, o país procura agora diversificar seu comércio exterior, buscando parceiros em todo o mundo. (E) a estratégia extremamente inovadora de cuidar melhor do meio ambiente, ao contrário do que ocorre com a grande maioria dos países ricos, vem melhorando muito a imagem da China como país exportador. ________________________________________________ *Anotações* CHG Geografia _________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ SEE-AC Coordenação de Ensino Médio CHG Geografia 56 .13. (UERJ, adaptada) A estrutura desse sistema internacional de circulação alcançou tal grau de complexidade que ultrapassa a compreensão da maioria das pessoas. As fronteiras entre funções diferentes, como as de bancos, corretoras, serviços financeiros, financiamento habitacional, crédito ao consumidor etc., tornaram-se cada vez mais porosas, ao mesmo tempo em que novas transações futuras de mercadorias, de ações, de moedas ou de dívidas surgiram em toda parte, introduzindo o tempo futuro no tempo presente de maneiras estarrecedoras. DAVID HARVEY. Condição pós-moderna. São Paulo: Edições Loyola, 1992 (adaptado). O texto acima faz referência a características de um dos mais importantes aspectos do atual estágio em que se encontra o capitalismo. Dois fatores que contribuem para o fenômeno destacado pelo autor do fragmento estão apontados em uma das alternativas. Indique-a: (A) aumento da especulação financeira – maior eficiência das redes de transportes. (B) controle do Banco Mundial sobre o sistema financeiro – formação da União Monetária Mundial. (C) desregulamentação dos mercados financeiros – disseminação das tecnologias da informação. (D) padronização dos horários de funcionamento dos centros financeiros – surgimento dos bancos globais. (E) protecionismo comercial – formação de blocos regionais. .14. (UNESP) Quanto mais a globalização econômica avança, mais o mundo é marcado pela fragmentação do espaço geográfico por meio de megablocos regionais, como mostra a figura. Em contrapartida, quanto mais abrangente for a integração do bloco, maior a perda de soberania dos Estados participantes. MEGABLOCOS REGIONAIS Os blocos I, II, III e IV, representados na figura, são, respectivamente: (A) Nafta, Comunidade Econômica Europeia, Alca e Mercosul. (B) União Europeia, Apec, Aladi e Alca. (C) CEI, União Europeia, Mercosul e Nafta. (D) Pacto Andino, Comunidade Econômica Europeia, CEI e Nafta. (E) Nafta, Mercosul, União Europeia e CEI. .15. (INEP-MEC) Vivemos num mundo confuso e confusamente percebido. Se desejamos escapar à crença de que esse mundo assim apresentado é verdadeiro, devemos considerar a existência de pelo menos três mundos num só. O primeiro seria o mundo tal como nos fazem vê-lo: a globalização como fábula; o segundo seria o mundo tal como ele é: a globalização como perversidade; e o terceiro, o mundo como ele pode ser: uma outra globalização. SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2004 (adaptado). A imagem da “globalização como fábula” encontra seu principal fundamento no aspecto (A) político, com o triunfo de regimes democráticos em continentes inteiros. (B) socioeconômico, com a redução das desigualdades. (C) sanitário, com êxito na prevenção das pandemias. (D) financeiro, com a intensa circulação de capitais em nível planetário. (E) cultural, com a crescente unificação das crenças religiosas. ________________________________________________ *Anotações* CHG Geografia _________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ SEE-AC Coordenação de Ensino Médio CHG Geografia 57 *MÓDULO 3* Geopolítica – Conflitos contemporâneos Esquerda e direita Durante a Guerra Fria, movimentos políticos violentos ocorreram até mesmo na Europa. Nos anos 1970, a Facção do Exército Vermelho (também chamada Baader- -Meinhof) cometeu vários atentados na Alemanha, enquanto na Itália as Brigadas Vermelhas executaram o primeiro-ministro Aldo Moro, em 1978. Na América Latina, pobreza, racismo, incompetência do Estado, desigualdade social e corrupção fomentam a continuidade de conflitos ideológicos. As FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) chegaram a controlar não apenas territórios remotos, mas favelas em grandes cidades colombianas nos anos 1980. No entanto, o grupo recuou ante a ofensiva do governo de Álvaro Uribe (2002-2010). O Sendero Luminoso, oficialmente denominado Partido Comunista do Peru (PCP), foi fundado em 1980 e segue uma linha parecida. Ambos os movimentos são acusados de violência, inclusive contra indígenas, e tráfico de drogas. Obtêm apoio popular desempenhando funções típicas do Estado, como a distribuição de alimentos e remédios, mas também por meio de intimidação. No México, o Exército Zapatista de Liberação Nacional (EZLN) tem uma estratégia diferente. Surgido em 1994, o movimento se opõe à globalização e ao neoliberalismo e busca encarnar os anseios de autonomia da população maia da região de Chiapas, no sul do país. Apesar de estarem “em guerra declarada” contra o Estado mexicano, os zapatistas utilizam meios não violentos. Em vez de armas, usam a internet para promover sua causa. Seu líder, o subcomandante Marcos, transformou-se em celebridade mundial. O Equador, a Bolívia e a Venezuela — países com governos bolivarianos (movimento socialista iniciado pelo venezuelano Hugo Chávez, inspirado nos ideários de Simón Bolívar) — têm uma relação tensa com a Colômbia, que acusa aqueles países de colaborar com os guerrilheiros das FARC. Internamente, opositores aos governos bolivarianos criticam o que enxergam como populismo e manipulação política da população pobre ou indígena. Cuba é atualmente a única ditadura de partido único na América Latina. O país não tem relações diplomáticas com os Estados Unidos e sofre embargo comercial desde 1962, o que impede cidadãos norte-americanos de comprarem produtos cubanos ou de viajarem para a ilha. O embargo é apontado pelo governo cubano como causa da penúria econômica da população. Ainda em 1962, a instalação de mísseis soviéticos em Cuba quase levou o mundo a uma nova guerra mundial, mas a situação foi resolvida diplomaticamente entre norte-americanos e soviéticos. Desde 1903, tropas norte-americanas ocupam a baía de Guantánamo, onde está instalada a polêmica prisão na qual estão encarcerados afegãos e iraquianos acusados de terrorismo. Na Ásia, a Coreia do Norte — que foi classificada pelo presidente George Bush (2001-2009) como integrante do “Eixo do Mal”, ao lado de Cuba, Líbia, Síria, Irã e Iraque — também tem uma relação complicada com os países vizinhos. Em 2006, a Coreia do Norte realizou um bem- -sucedido teste de bomba nuclear, deixando alarmados os governos doJapão e da Coreia do Sul. Desde então, negociações de desarmamento estão em andamento. A Rússia, por fim, não voltou aos tempos do regime soviético, mas é considerada um país autoritário, promovendo prisões e assassinatos de inimigos políticos, desde a ascensão de Vladimir Putin ao poder, em 1999. O país tem uma relação tensa com os Estados Unidos. Uma das razões é o plano norte-americano de instalação de um escudo antimísseis na Polônia, com o objetivo declarado de conter um possível ataque iraniano. Moscou entende, contudo, que tal projeto visa a neutralizar o arsenal russo. NOTIMEX / AFP Subcomandante Marcos, líder do Exército Zapatista de Liberação Nacional (EZLN): tática de não violência e uso dos meios de comunicação para conquistar a opinião pública Conflitos surgidos na época da Guerra Fria continuam vivos na América Latina, fomentados pela memória de regimes militares pró-americanos e por grupos guerrilheiros fundados para agir em defesa de preceitos pró-soviéticos. Pobreza, desigualdade social, corrupção e ineficiência do governo são alguns fatores que criam oportunidade para a atuação de movimentos radicais, que assumem papéis típicos do Estado. CHG Geografia _________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ SEE-AC Coordenação de Ensino Médio CHG Geografia 58 Diferentemente das FARC e do Sendero Luminoso, o movimento de Chiapas, surgido nos anos 90 no México, é pacífico. Cuba está sob embargo comercial americano desde 1962, e uma parte de seu território, Guantánamo, abriga uma base militar dos Estados Unidos. Os norte-americanos instalaram ali uma prisão, onde mantêm encarcerados suspeitos de terrorismo. Conflitos nacionalistas violentos ainda ocorrem na Europa, com o IRA e o ETA como principais entidades. Os curdos são um povo sem país: eles vivem espalhados pelos territórios da Turquia, do Iraque, do Irã e da Síria, e seu desejo de independência incomoda as autoridades desses países. A Rússia tem enorme influência política sobre as ex- -repúblicas soviéticas e exerce seu poder por formas às vezes agressivas. Conflitos religiosos graves atingem países como a Rússia, a China e, principalmente, a Índia. Muitas vezes, causas religiosas e nacionalistas se misturam nos conflitos. Nenhuma religião está a salvo de conflitos. Na Índia, militantes hindus cometem atentados, depredações e massacres. No Tibete e em Sri Lanka, budistas tomaram parte na violência local. Outros focos recentes de tensão política são a Coreia do Norte, que desenvolve um programa nuclear, e a Polônia, em que a proposta norte- -americana de instalar um escudo antimísseis desagrada à Rússia. *ATENÇÃO, ESTUDANTE!* Para complementar o estudo deste Módulo, utilize seu LIVRO DIDÁTICO. ________________________________________________ *Anotações* *********** ATIVIDADES *********** Texto para as questões de 1 a 4. A saga de Ingrid Betancourt A ex-candidata à Presidência da Colômbia passou seis anos e meio como refém de guerrilheiros Em 2 de junho de 2008, o governo colombiano tinha um importante anúncio a fazer. Era uma boa notícia, mas que causaria surpresa internacional. Após seis anos e meio em cativeiro pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), a senadora Ingrid Betancourt Pulecio estava livre. JACKY NAEGELEN / AFP Ingrid Betancourt participa de evento após ser libertada. Ela fora sequestrada em 2002, quando era candidata à Presidência da Colômbia Ingrid havia sido sequestrada em fevereiro de 2002, quando era candidata à Presidência do país pelo Partido Verde Oxigênio. O governo colombiano havia estabelecido uma zona desmilitarizada no território das FARC, na tentativa de conduzir um acordo de paz, mas as negociações haviam chegado a um impasse. Ingrid queria chegar à cidade de San Vicente de Caguán, onde ocorriam as negociações de paz. Como o governo se recusou a levá-la num helicóptero militar, a senadora e sua equipe tentaram ir por terra. Foram parados por integrantes das FARC num bloqueio de estrada e levados para o cativeiro em regiões inacessíveis. As eleições daquele ano foram ganhas por Álvaro Uribe, com uma plataforma de endurecimento de ações contra os rebeldes. Após anos de negociações sem resultados, as últimas notícias eram alarmantes. Um vídeo obtido em novembro de 2007, após a captura de membros da guerrilha, mostrava Ingrid muito doente e desnutrida. No mesmo ano, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, propôs ser intermediário das negociações, ao lado do presidente francês, Nicolas Sarkozy. A questão interessava à França porque Ingrid, filha de pai francês, tem dupla cidadania. A proposta não foi bem recebida pelo governo colombiano, que acusou Chávez de colaborar com a guerrilha. As FARC são uma guerrilha marxista fundada em 1964. Desde o regime militar pró-americano de Gustavo Rojas, entre 1953 e 1957, formaram-se enclaves em CHG Geografia _________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ SEE-AC Coordenação de Ensino Médio CHG Geografia 59 regiões remotas da Colômbia, controlados por grupos armados. Nos anos 1960, o governo civil colombiano tentou retomar o controle dessas regiões. A partir daí, esses grupos se reorganizaram, fundando os movimentos FARC, ELN e, em 1970, o M-19. Além de promoverem sequestros, assassinatos e extorsões, as FARC são acusadas de se sustentar com o narcotráfico, de usar crianças como soldados e de atacar populações indígenas. O governo Uribe perseguiu implacavelmente a guerrilha, inclusive por meio de ações controversas. Em março de 2008, despachou a força aérea para tomar umabase das FARC no Equador, matando o líder Raul Reyes. A incursão provocou uma crise diplomática: Hugo Chávez enviou tropas à fronteira com a Colômbia, e os dois países estiveram à beira de uma guerra. Em 2009, Uribe, que havia conseguido aprovar uma emenda constitucional para se reeleger presidente em 2006 — a exemplo do que Chávez fizera na Venezuela —, tentou realizar um plebiscito para poder ser reeleito novamente. A proposta foi barrada no Congresso, mas Uribe conseguiu eleger um aliado: seu ex-ministro da Defesa, Juan Manuel Santos, que ficou famoso por liderar a operação militar de 2008. Em julho de 2010, a crise entre a Colômbia e a Venezuela se agravou. Chávez anunciou o rompimento das relações diplomáticas entre os dois países, depois de o governo de Bogotá acusar a Venezuela de abrigar guerrilheiros colombianos em seu território. Veja, 8/9/2010 (adaptado). .1. (AED-SP) Como surgiram as FARC? ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ .2. (AED-SP) As ações do governo de Álvaro Uribe contra as FARC causaram controvérsias. Cite uma delas. ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ .3. (AED-SP) Álvaro Uribe é um adversário do venezuelano Hugo Chávez, acusado de táticas pouco éticas para manter-se no poder. No entanto, um fato político citado no texto os torna similares. Qual? ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ .4. (AED-SP) O conflito entre as FARC e o Estado colombiano pode ser visto como (A) reivindicação de uma nação sem Estado. (B) movimento separatista. (C) tensão político-religiosa. (D) conflito político interno. (E) guerra entre dois Estados nacionais. .5. (ENEM-MEC) No mundo árabe, países governados há décadas por regimes políticos centralizadores contabilizam metade da população com menos de 30 anos; desses, 56% têm acesso à internet. Sentindo-se sem perspectivas de futuro e diante da estagnação da economia, esses jovens incubam vírus sedentos por modernidade e democracia. Em meados de dezembro, um tunisiano de 26 anos, vendedor de frutas, põe fogo no próprio corpo em protesto por trabalho, justiça e liberdade. Uma série de manifestações eclode na Tunísia e, como uma epidemia, o vírus libertário começa a se espalhar pelos países vizinhos, derrubando em seguida o presidente do Egito, Hosni Mubarak. Sites e redes sociais — como o Facebook e o Twitter — ajudaram a mobilizar manifestantes do norte da África a ilhas do Golfo Pérsico. SEQUEIRA, C. D.; VILLAMÉA, L. A epidemia da liberdade. IstoÉ Internacional, 2/3/2011 (adaptado). Considerando os movimentos políticos mencionados no texto, o acesso à internet permitiu aos jovens árabes (A) reforçar a atuação dos regimes políticos existentes. (B) tomar conhecimento dos fatos sem se envolver. (C) manter o distanciamento necessário à sua segurança. (D) disseminar vírus capazes de destruir programas dos computadores. (E) difundir ideias revolucionárias que mobilizaram a população. .6. (ENEM-MEC) A poluição e outras ofensas ambientais ainda não tinham esse nome, mas já eram largamente notadas no século XIX, nas grandes cidades inglesas e continentais. E a própria chegada ao campo das estradas de ferro suscitou protestos. A reação antimaquinista, protagonizada pelos diversos luddismos, antecipa a batalha atual dos ambientalistas. Esse era, então, o combate social contra os miasmas urbanos. SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: EdUSP, 2002 (adaptado). O crescente desenvolvimento técnico-produtivo impõe modificações na paisagem e nos objetos culturais vivenciados pelas sociedades. De acordo com o texto, pode-se dizer que tais movimentos sociais emergiram e se expressaram por meio CHG Geografia _________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ SEE-AC Coordenação de Ensino Médio CHG Geografia 60 (A) das ideologias conservacionistas, com milhares de adeptos no meio urbano. (B) das políticas governamentais de preservação dos objetos naturais e culturais. (C) das teorias sobre a necessidade de harmonização entre técnica e natureza. (D) dos boicotes aos produtos das empresas exploradoras e poluentes. (E) da contestação à degradação do trabalho, das tradições e da natureza. .7. (ENEM-MEC) Na América do Sul, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) lutam, há décadas, para impor um regime de inspiração marxista no país. Hoje, são acusadas de envolvimento com o narcotráfico, o qual supostamente financia suas ações, que incluem ataques diversos, assassinatos e sequestros. Na Ásia, a Al Qaeda, criada por Osama bin Laden, defende o fundamentalismo islâmico e vê nos Estados Unidos da América (EUA) e em Israel inimigos poderosos, os quais deve combater sem trégua. A mais conhecida de suas ações terroristas ocorreu em 2001, quando foram atingidos o Pentágono e as torres do World Trade Center. A partir das informações acima, conclui-se que (A) as ações guerrilheiras e terroristas no mundo contemporâneo usam métodos idênticos para alcançar os mesmos propósitos. (B) o apoio internacional recebido pelas FARC decorre do desconhecimento, pela maioria das nações, das práticas violentas dessa organização. (C) os EUA, mesmo sendo a maior potência do planeta, foram surpreendidos com ataques terroristas que atingiram alvos de grande importância simbólica. (D) as organizações mencionadas identificam-se quanto aos princípios religiosos que defendem. (E) tanto as FARC quanto a Al Qaeda restringem sua atuação à área geográfica em que se localizam, respectivamente, América do Sul e Ásia. .8. (ENEM-MEC) Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou um plano de partilha da Palestina que previa a criação de dois Estados: um judeu e outro palestino. A recusa árabe em aceitar a decisão conduziu ao primeiro conflito entre Israel e países árabes. A segunda guerra (Suez, 1956) decorreu da decisão egípcia de nacionalizar o canal, ato que atingia interesses anglo-franceses e israelenses. Vitorioso, Israel passou a controlar a Península do Sinai. O terceiro
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