GERÊNCIA CIENTÍFICA - HARRY BRAVERMANN

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GERÊNCIA CIENTÍFICA
DO QUE TRATA O CAPÍTULO?
DA ABORDAGEM DOS PROCEDIMENTOS E ESTUDOS DESENVOLVIDOS POR FREDERICK WINSLOW TAYLOR PARA O DESENVOLVIMENTO DA TEORIA DA GERÊNCIA CIENTÍFICA.
ESCLARECE BRAVERMAN, QUE OS ECONOMISTAS CLÁSSICOS FORAM OS PRIMEIROS A CUIDAR TEORICAMENTE DOS PROBLEMAS DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO NAS RELAÇÕES CAPITALISTAS DE PRODUÇÃO;
O MOVIMENTO DA GERÊNCIA CIENTÍFICA INICIADO POR TAYLOR FOI ENSEJADO PELO AUMENTO DAS EMPRESAS, O INÍCIO DAS ORGANIZAÇÕES MONOPOLISTAS E APLICAÇÃO DA CIÊNCIA À PRODUÇÃO;
A GERÊNCIA CIENTÍFICA SIGNIFICA UM EMPENHO NO SENTIDO DE APLICAR OS MÉTODOS DA CIÊNCIA AOS PROBLEMAS COMPLEXOS E CRESCENTE DO CONTROLE DO TRABALHO NAS EMPRESAS CAPITALISTAS EM EXPANSÃO.
A GERÊNCIA CIENTÍFICA NÃO INVESTIGA O TRABALHO EM GERAL, MAS A ADAPTAÇÃO DO TRABALHO ÀS NECESSIDADES DO CAPITAL.
ADVERTE, PRIMEIRO O AUTOR, QUE É UM EQUÍVOCO AFIRMAR QUE O TAYLORISMO FOI SUPERADO. ISSO REPRESENTA UMA MÁ INTERPRETAÇÃO DA VERDADEIRA DINÂMICA DO DESENVOLVIMENTO DA GERÊNCIA;
TAYLOR OCUPAVA-SE DOS FUNDAMENTOS DA ORGANIZAÇÃO DOS PROCESSOS DE TRABALHO E DO CONTROLE SOBRE ELE.
O TAYLORISMO DOMINA O MUNDO DA PRODUÇÃO;
O EMPREGO DE MÉTODOS EXPERIMENTAIS NO ESTUDO DO TRABALHO NÃO COMEÇOU COM TAYLOR. 
O AUTOR RECUPERA HISTORICAMENTE OS ESTUDOS SOBRE O TRABALHO E ENFATIZA QUE O QUE TAYLOR FEZ NÃO FOI ALGO NOVO, MAS SINTETIZOU E APRESENTOU IDEIAS COERENTES QUE GERMINARAM E GANHARAM FORÇA NA INGLATERRA E NOS EUA NO SÉC. XIX;
O SEGUNDO ASPECTO DISTINTIVO DO PENSAMENTO DE TAYLOR ERA O SEU CONCEITO DE CONTROLE;
TAYLOR ELEVOU O CONCEITO DE CONTROLE A UM PLANO NOVO QUANDO ASSEVEROU COMO UMA NECESSIDADE ABSOLUTA PARA A GERÊNCIA, IMPOR AO TRABALHADOR A FORMA PELO QUAL O TRABALHO DEVE SER EXECUTADO;
A GERÊNCIA, DIZIA TAYLOR, SÓ PODIA SER UM EMPREENDIMENTO LIMITADO E FRUSTRADO SE DEIXASSE AO TRABALHADOR QUALQUER DECISÃO SOBRE O TRABALHO. “ SEU SISTEMA” ERA UM MEIO PARA QUE A GERÊNCIA EFETUASSE O CONTROLE DO MODO CONCRETO DE EXECUÇÃO DE TODA A ATIVIDADE NO TRABALHO, DESDE À MAIS SIMPLES À MAIS COMPLICADA.
TAYLOR CRIOU UMA LINHA SINGELA DE RACIOCÍNIO E A EXPÔS COM UMA LÓGICA E CLAREZA, FRANQUEZA INGÊNUA E ZELO EVANGÉLICO QUE CONQUISTOU SEGUIDORES ENTRE CAPITALISTAS E ADMINISTRADORES.
SUA OBRA COMEÇOU POR VOLTA DE 1880, SUAS IDÉIAS SE ESPALHARAM TAMBÉM NA ALEMANHAE FRANÇA;
SUA FORMAÇÃO ERA LIMITADA, MAS APRENDEU DE MODO SUPERIOR A PRÁTICA NAS OFICINAS, UMA VEZ QUE TRABALHOU POR 4 ANOS EM DOIS OFÍCIOS, O DE MODELADOR E O DE MAQUINISTA. COM POUCOS MESES DE OFÍCIO, FOI NOMEADO CHEFE DE TURMA;
ERA UM SABICHÃO DE UMA FAMÍLIA ABASTADA DA FILADÉLFIA;
EM SUA CONTITUÍÇÃO PSÍQUICA, ERA UM EXEMPLO EXAGERADO DE PERSONALIDADE OBESESSIVA-COMPULSIVA: DESDE A MOCIDADE ELE CONTAVA OS SEUS PASSOS, MEDIA O TEMPO DE SUAS VÁRIAS ATIVIDADES E ANALISAVA SEUS MOVIMENTOS À PROCURA DE “EFICIÊNCIA”;
APÓS ASSUMIR A CHEFIA, TAYLOR ENTROU EM LUTA COM OS OPERÁRIOS SOB SUAS ORDENS.
DESCREVE O TRABALHO NA OFICINA DE MIDVALE STREET WORKS E DA EXPERIÊNCIA VIVIDA CHEGA A SEGUINTE CONCLUSÃO:
OS TRABALHADORES QUE SÃO CONTROLADOS APENAS PELAS ORDENS E DISCIPLINA GERAIS NÃO SÃO ADEQUADAMENTE CONTROLADOS, PORQUE ELES ESTÃO ATADOS AOS REAIS PROCESSOS DE TRABALHO;
PARA MUDAR ESTA SITUAÇÃO, O CONTROLE SOBRE O PROCESSO DE TRABALHO DEVE PASSAR ÀS MÃOS DA GERÊNCIA;
ELE NÃO RECOMENDAVA CONFIAR NA “INICIATIVA” DOS TRABALHADORES. SENTIA ELE QUE ISTO LEVAVA A ENTREGAR O CONTROLE;
TAYLOR HAVIA COMPREENDIDO NA EXPERIÊNCIA DA OFICINA QUE, EMBORA FOSSE CHEFE, O CONHECIMENTO E A PERÍCIA COMBINADOS DOS OPERÁRIOS, ERAM DEZ VEZES MAIORES QUE OS SEUS PRÓPRIOS. ESTE ERA A ORIGEM DO PROBLEMA E DE ONDE DEVIA PARTIR A GERÊNCIA CIENTÍFICA;
RELATA O EXEMPLO DO SUPERVISIONAMENTO DO FERRO GUSA E, COM ISSO, ILUSTRA O EIXO SOBRE O QUAL GIRA TODA A GERÊNCIA MODERNA: O CONTROLE DO TRABALHO POR MEIO DO CONTROLE DAS DECISÕES QUE SÃO TOMADAS NO CURSO DO TRABALHO;
TAYLOR FIXOU A DISTRIBUIÇÃO DO TEMPO E OS RESULTADOS AO FIM DO DIA ATINGIRA O QUE FORA PLANEJADO COMO DIA-TAREFA;
TAYLOR PASSOU SUA VIDA A EXPOR OS PRINCÍPIOS DO CONTROLE DO TRABALHO E A APLICÁ-LOS DIRETAMENTE A MUITAS OUTRAS TAREFAS: REUNIR MATERIAIS DISPERSOS, EMPILHAR MADEIRA, ETC.
TAYLOR CONTRIBUIU PARA O CONHECIMENTO TÉCNICO DA PRÁTICA NAS OFICINAS. INTERESSAVA-LHE, SOBRETUDO, O CONTROLE DO TRABALHO EM QUALQUE NÍVEL DE TECONOLOGIA;
OS PRINCÍPIOS DA GERÊNCIA CIENTÍFICA
1) PRINCÍPIO, O ADMINISTRADOR ASSUME O CARGO DE REUNIR TODO O CONHECIMENTO TRADICIONAL QUE NO PASSADO FOI POSSUÍDO PELOS TRABALHADORES E AINDA CLASSIFICAR, TABULAR E REDUZIR ESSE CONHECIMENTO A REGRAS, LEIS E FÓRMULAS;
NENHUMA TAREFA É SIMPLES OU TÃO COMPLEXA QUE NÃO POSSA SER ESTUDADA COM O OBJETIVO DE JUNTAR NAS MÃOS DA GERÊNCIA PELO MENOS A INFORMAÇÃO CONHECIDA PELO TRABALHADOR QUE A EXECUTA REGULARMENTE , E PROVAVELMENTE MAIS.
PODE-SE CHAMAR O 1° PRINCÍPIO DE DISSOCIAÇÃO DO PROCESSO DE TRABALHO DAS ESPECIALIDADES DO TRABALHADOR.
2° PRINCÍPIO: TODO TRABALHO CEREBRAL DEVE SER BANIDO DA OFICINA E CENTRADO NO DEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO OU PROJETO. 
ESTA É A CHAVE DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA; SEPARAR CONCEPÇÃO E EXECUÇÃO;
DESTACA O AUTOR QUE O CAPITALISTA APRENDE COM ESTE PRINCÍPIO A TIRAR VANTAGEM DESSE ASPECTO DA FORÇA DE TRABALHO HUMANA, E A QUEBRAR A UNIDADE DO PROCESSO DE TRABALHO;
ESTE PODERIA SER CHAMADO O PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DE CONCEPÇÃO E EXECUÇÃO;
NA VISÃO DE BRAVERMAN, A PRIMEIRA IMPLICAÇÃO DESTE PRINCÍPIO É QUE A “CIÊNCIA DO TRABALHO” DE TAYLOR NUNCA DEVE SER DESENVOLVIDA PELO TRABALHADOR, MAS SEMPRE PELA GERÊNCIA;
TAYLOR COMPREENDEU QUE A POSSE DO CONHECIMENTO DE UM OFÍCIO TORNOU O TRABALHADOR O MELHOR PONTO DE PARTIDA PARA O DESENVOLVIMENTO DA CIÊNCIA DO TRABALHO;
O CONTROLE DO TRABALHO PERTENCE ÀQUELES QUE PODEM “ARCAR” COM O ESTUDO DELE A FIM DE CONHECÊ-LO MELHOR DO QUE OS PRÓPRIOS TRABALHADORES CONHECEM, DIZIA TAYLOR.
TERCEIRO PRINCÍPIO
O TRABALHO DE TODO OPERÁRIO DEVE SER PLANEJADO PELA GERÊNCIA PELO MENOS COM UM DIA DE ANTECEDÊNCIA, E CADA HOMEM DEVE RECEBER, NA MAIORIA DOS CASOS, INSTRUÇÕES ESCRITAS COMPLETAS, PORMENORIZANDO A TAREFA QUE DEVE EXECUTAR, ASSIM COMO OS MEIOS A SEREM UTILIZADOS PARA REALIZAR O TRABALHO;
EM SÍNTESE, A GERÊNCIA MODERNA VEIO A EXISTIR COM BASE NESSES PRINCÍPIOS. ERGUEU-SE COMO UM CONSTRUTO TEÓRICO E COMO PRÁTICA SISTEMÁTICA. SEU PAPEL ERA TORNAR CONSCIENTE E SISTEMÁTICA A TENDÊNCIA ANTIGAMENTE INCONSCIENTE DA PRODUÇÃO CAPITALISTA.