Ensaios Triaxiais -TRABALHO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA - UNEC
ENSAIOS TRIAXIAIS
Nome: Fernando Rodrigues Silva
Trabalho apresentado ao Centro Universitário de Caratinga, como parte das exigências da disciplina de Geotecnia II do curso de Engenharia Civil, referente ao segundo semestre de 2015.
Caratinga-MG
2015
ENSAIOS TRIAXIAIS
É um tipo de ensaio utilizado para medir as propriedades mecânicas dos solos: resistência ao corte e comportamento tensões-deformações. Esses ensaios são os mais utilizados na atualidade por sua condição de aparelhagem mais refinadas, capazes de garantir uma impermeabilização total da amostra, controle absoluto da drenagem e medida do valor da pressão neutra.
Este ensaio é feito moldando-se um corpo de prova cilíndrico, a partir de uma amostra de solo (figura 1), o qual é colocado dentro de uma câmara de ensaio envolto por uma membrana de borracha como mostra a figura 2. 
Figura 1: Corpo de prova cilíndrico do solo
Figura 2: Corpo de prova dentro de uma câmara de ensaio, submetido às tensões de confinamento e axial
A câmara é cheia de água, à qual se aplica uma pressão, que é chamada pressão de confinamento do ensaio. No ensaio com carga controlada é aplicada uma carga constante no pistão que penetra na câmara, e no ensaio de deformação controlada o pistão é deslocado para baixo com velocidade constante (PINTO, 2000). A pressão confinante atua em todas as direções, inclusive na direção vertical. O corpo de prova fica sob um estado hidrostático de tensões.
Existem alguns tipos de ensaios triaxiais, dentre eles estão: ensaio de compressão não confinada (UC), ensaio consolidado drenado (CD), ensaio consolidado não drenado (CU) e ensaio não consolidado não drenado (UU). Estes ensaios dão condição de se reproduzir em laboratório, com relativa precisão, as condições que os solos estarão sujeitos no projeto e serão solicitados nas obras.
Ensaio de compressão não confinada (UC)
Constitui um caso particular do ensaio não consolidado não drenado (UU), em que não é aplicada qualquer tensão lateral.
Ensaio consolidado drenado (CD)
Após aplicar a pressão confinante, espera-se que a pressão neutra se dissipe (fase de consolidação ou adensamento da amostra) para dar início à compressão axial. Durante a execução do ensaio, a compressão axial é feita lentamente, para permitir a drenagem e a dissipação da pressão neutra.
O ensaio é semelhante ao (CU) com a diferença de que se garante excesso de pressão intersticial nula na fase de corte. Este ensaio permite obter a envolvente em tensões efetivas.
Ensaio consolidado não drenado (CU)
O ensaio é conduzido em duas fases. Numa primeira fase o solo é consolidado para um determinado estado de tensão (isotrópico ou anisotrópico). As válvulas de drenagem estão abertas de modo a permitir a dissipação do excesso de pressão intersticial gerado. Na segunda fase (fase de corte), com as válvulas de drenagem fechadas o corpo de prova é levado à ruptura, por variação das tensões ou das deformações impostas. Nesta fase geram-se variações da pressão intersticial que podem ser medidas através de um transdutor de pressão. Este ensaio permite obter a envolvente em tensões totais e em tensões efetivas.
Ensaio não consolidado não drenado (UU)
No ensaio (UU), a amostra é submetida a uma pressão lateral com as válvulas de drenagem sempre fechadas e aumenta-se, em seguida, a tensão axial até à ruptura. Este ensaio permite obter a resistência não drenada do solo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PINTO, CARLOS DE SOUZA. Curso básico de mecânica dos solos, em 16 aulas. 1ª ed. São Paulo: Oficina de textos, p. 247. 2000.