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QUESTÕES REI – PROVA 2
As consequências da volta ao ouro devem ser medidas não apenas pelo que ocorreu depois dos $4,86, mas, sobretudo, pelo que ocorreu antes'. De acordo com essa afirmação é importante analisar as políticas econômicas adotadas pela Inglaterra antes da volta ao padrão-ouro. Analise-as e comente quais as consequências dessas políticas sobre a economia inglesa?
Como se pode explicar que, depois de uma década de crescimento (anos 20), a economia norte-americana enfrente a crise de 29? Quais os principais aspectos dessa crise?
Quais as principais características do New Deal e porque ele representa uma ação inovadora do ponto de vista do papel do Estado na economia?
Questões – Segunda prova de R.E.I
Qual o ambiente, situação econômica, social e política pós Primeira Guerra até 1929 na Alemanha?
Como a Alemanha se organiza política e economicamente até conseguir ser uma nação grandiosa na Segunda Guerra?
 A Alemanha, assim como os EUA, vinha crescendo no final do Século XIX, por que a hegemonia mundial não ficou nas mãos da Alemanha?
Como vc diferencia a hegemonia dos EUA com a hegemonia da Inglaterra?
Qual a importância do padrão ouro para as relações econômicas internacionais e para a economia inglesa no Século XIX?
Como a análise das Contas Nacionais inglesas nos permite caracterizar as crises de sua economia pós meados do século XIX?
Analise os fluxos de capitais e endividamento entre Alemanha, EUA, França, Japão e outros países europeus.
Como, apesar do crescimento da economia americana nos anos 20, o país chega á crise de 1929?
Respostas:
No pós-primeira guerra a Alemanha era sem duvida o país mais devastado, ao fim dos conflitos com o tratado de Versalhes, a culpa de toda a guerra recaiu sobre a nação germânica, o que lhe atribuía gigantescas reparações de guerras. Nesse momento, a Alemanha havia sofrido uma derrota que lhe custará território interno e externo, grande divida com empréstimos e reparações, além de ter sido fortemente humilhada. Os anos seguintes foram marcados por hiperinflação que devastou toda a economia, levando a um verdadeiro caos, a população era assolada por altíssimas taxas de desemprego, perda do salário real e um sentimento de humilhação frente aos demais países. Algumas medidas passaram a ser tomadas, dentre elas a troca de moeda, visando eliminar o processo inflacionário, seguido de um pesado ajuste fiscal e renegociação das reparações de guerra. A economia respondeu bem as politicas econômicas, a inflação foi contida e as expectativas dos investidores melhoraram, fazendo com que o país atraísse grande quantia de capitais externos, na sua maioria de natureza especulativa, no entanto, a entrada de capitais externos foi crucial para a recuperada econômica, até que em 1929 veio a grande depressão dos EUA e abalou fortemente a Alemanha, que estava cada vez mais dependente do capital americano.
Não sei.
No tempo precedente a primeira guerra mundial, a Alemanha vinha se destacando fortemente na produção, novas tecnologias permitiram um avanço sem precedentes, que ultrapassava até mesmo o império inglês, no entanto, diferentemente dos EUA a Alemanha se envolveu por inteira na primeira guerra mundial, após o conflito a nação germânica estava devastada fisicamente, a economia totalmente debilitada e humilhada após o tratado de Versalhes. Enquanto os Estados Unidos, viviam um período de grande prosperidade, uma vez que suas industrias se desenvolveram muito no período entre guerra, o seu sistema financeiro também foi beneficiado, já que passou a ser credor de grandes nações, aumentando seu poder financeiro, nesse momento da inicio a sua tomada a dianteira mundial, deixando para trás a Inglaterra que apresentava sérios problemas.
A hegemonia britânica tinha características mais peculiares, visto que o foi o primeiro país a se destacar no processo de industrialização e em vários momentos não teve concorrentes próximos na liderança global. Sendo não apenas preponente nas exportações, mas também assumindo o papel de grande financiadora de outras nações, o centro financeiro do mundo. Outro fator relevante era que nenhuma outra moeda poderia competir com a libra, sendo considerado um dos ativos de menor risco da economia global. Diante desses fatores a Inglaterra tinha facilidade em determinar os rumos da economia global. No entanto, com a exportação de bens de capital e o inicio da etapa concorrencial do capitalismo, nações recém industrializadas passaram a ter oportunidade de competir diretamente com a Inglaterra, os EUA conseguiram destaque nesse momento, ampliando suas exportações e sua área de influencia, com o fim da primeira guerra, o dólar se mostrava como uma moeda bastante valorizada e de baixo risco, enquanto que os capitais abandonavam a cidade de Londres rumo a nova York, atraídos por uma maior rentabilidade sustentada por baixas taxas de risco.
O padrão ouro representava não apenas estabilidade, mas também a hegemonia da economia britânica frente aos demais países, garantindo que a libra ficasse sempre extremamente valorizada e que os investimentos ingleses tivessem altas taxas de retorno acompanhadas de baixas taxas de risco, no entanto a manutenção desse padrão era algo extremamente delicado, visto que demandava um controle direto dos capitais.
Ao longo de todo século XIX a Inglaterra disseminou o capitalismo para todo o mundo, a exportação de bens de capital e principalmente de conhecimento, permitiu que nações até então atrasadas tivessem a oportunidade de produzir e competir diretamente com produtos ingleses, no entanto a hegemonia britânica foi sendo deixada de lado, os EUA e Alemanha conseguia obter uma produção muito elevada e bastante competitiva. No decorrer do século a Inglaterra importava cada vez mais matérias primas e alimentos, enquanto seu volume de exportações crescia a taxas reduzidas, mesmo diante desse cenário era possível obter um balanço de pagamentos superavitário, devido o recebimento de juros e fretes, porém nesse momento a enorme dependência de capitais externos deixava a economia inglesa cada vez mais perto de perder sua supremacia frente aos demais países que aumentavam seu volume de exportações de forma rápida. A crise do fim do século XIX marca a transição do capitalismo concorrencial para o capitalismo monopolista, as jovens economias já consolidadas deram inicio a uma corrida tecnológica, buscando novas economias de escalas, enquanto o império inglês ficava refém de velhas formas de produzir, na tentativa de assegurar suas áreas de influência. Nesse momento a organização mundial era contraditória se por um lado as maiores economias produtivas eram os EUA ea Alemanha, por outro a hegemonia financeira da Inglaterra era ainda indiscutível, visto que tinha a maior capacidade de financiamento tanto de empresas quanto de nações.