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Inadimplemento das Obrigações

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FUNDAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE CAJAZEIRAS – FESC 
FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE CAJAZEIRAS – FAFIC 
BACHARELADO EM CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
ANDERSON LUIZ FERREIRA DE OLIVEIRA 
ANTÔNIO HENRIQUE PEREIRA SILVA 
EDUARDO ALVES FERREIRA 
PALOMA DANIELLE SECUNDO DE SOUSA 
WALESSIA GONÇALVES MARTINS 
 
 
 
 
 
 
 
 
O INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAJAZEIRAS-PB 
2015 
 
ANDERSON LUIZ FERREIRA DE OLIVEIRA 
ANTÔNIO HENRIQUE PEREIRA SILVA 
EDUARDO ALVES FERREIRA 
PALOMA DANIELLE SECUNDO DE SOUSA 
 WALESSIA GONÇALVES MARTINS 
 
 
 
 
 
 
 
 
O INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado ao Curso de Ciências Jurídicas 
e Sociais da Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras 
de Cajazeiras – FAFIC, em cumprimento à exigência 
para obtenção da nota parcial de Direito Civil II. 
 
Professor: Paulino Júnior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAJAZEIRAS-PB 
2015 
 
 
 A obrigação concerne na vontade das partes que pactuam na realização de uma 
determinada atividade a ser executada por ambas, mediante uma prestação e uma 
contraprestação. Por exemplo, um locador aluga seu imóvel aguardando o retorno pecuniário 
do locatário. Daí, podemos observar o princípio da Pacta Sunt Servanda, que estabelece que 
manifestada a vontade entre as partes o contrato deve ser cumprido. Esse princípio não é 
absoluto, visto que são cabíveis medidas como a revisão contratual ou a onerosidade excessiva, 
em que a relação por fato extraordinário e imprevisível torna-se desequilibrada com 
dificuldades de cumprimento por uma das partes. 
 Entretanto ocorrem casos em que há na verdade a falta de cumprimento da obrigação 
devida pela parte, onde por alguma razão a prestação não é realizada. Daí, poderemos observas 
algumas espécies de inadimplemento das obrigações. 
 O inadimplemento absoluto está disposto no art. 389 do CC/02, como há de se extrair 
da própria nomenclatura refere-se a uma obrigação que não foi cumprida e não terá mais 
utilidade de seu cumprimento ao credor, exemplificando, um cantor contratado para que se 
apresente em uma festa de casamento, passado tal evento se torna desnecessária sua 
apresentação posterior, não tendo mais o credor interesse no cumprimento postergado dessa 
apresentação. No artigo citado o legislador acarretou para a resolução desse descumprimento o 
pagamento das perdas e danos mais juros, com a devida correção monetária, bem como os 
honorários advocatícios. Dar-se a correção da moeda ao tempo do fato objetivando que não aja 
o enriquecimento indevido do devedor. Essa modalidade é tida também como o fundamento da 
responsabilidade civil contratual e pressupõe o não cumprimento voluntário da obrigação. 
 O inadimplemento relativo, denominado de mora distingue-se do absoluto em razão da 
utilidade da execução da obrigação para o credor. No absoluto, como vimos no parágrafo 
anterior, caso haja descumprimento da obrigação perde-se o interesse do cumprimento posterior 
desta visto não apresentar mais utilidade ao credor. Já na mora, ainda que não cumprida no 
tempo estabelecido pelas partes ainda há o interesse de que se haja a execução da obrigação 
mesmo que posteriormente. Por exemplo, o pagamento em pecúnia de dívida ainda é 
interessante mesmo que depois de seu vencimento. Ressalte-se que a mora não é prática apenas 
do devedor, ela pode ser expressa pelo credor quando este injustificadamente, se opuser a 
receber a prestação que liberta o devedor da relação existente. Mora é o não cumprimento 
culposo da relação, se não há culpa, não há mora. 
 
 A mora pode ser ex re ou ex persona. Ex re, quando a mora se dá automaticamente sem 
que haja necessidade de ação do credor, ocorre nas prestações com data certa de vencimento, o 
simples não cumprimento nesse dia estipulado faz com que recaia a mora. Ex persona, ocorre 
quando, para que haja a mora o credor pratique algo ato que constituía o devedor nesse instituto, 
como procede-se nas obrigações sem data de vencimento, precisa de uma ação do credor para 
que haja arguição da mora do devedor. 
 Os efeitos da mora do devedor, consubstanciados no art. 399 do CC/02, estabelecem 
que caso haja inadimplemento do devedor, mas que seja diante de impossibilidade da realização 
e sem culpa deste, a obrigação se dar por satisfeita, não lhe recaindo qualquer ônus. Porém não 
é o caso do devedor que tem sua impossibilidade causada durante o atraso obrigacional, aqui o 
devedor estará obrigado a indenizar o credor pela impossibilidade do pagamento, salvo se 
provar a isenção de culpa pelo atraso ou que haveria dano mesmo que adimplente a obrigação 
no tempo certo. 
 Quanto aos efeitos da mora do credor, presente no art. 400 do CC/02, que é aquela 
situação em que há recusa injustificada do credor de receber a prestação devedor acarretará em 
três efeitos: isenta-se o dolo pela responsabilidade de conservação da coisa; ressarcimento do 
credor pelas despesas que eventualmente o devedor tiver para que conserve a coisa; e, o credor 
terá que receber a quantia mais favorável ao devedor, caso haja divergência do valor no dia que 
fora estabelecido para o cumprimento do dia que realmente realizou-se. 
 Caso haja prejuízo obtém-se a responsabilidade civil que apresenta dois tipos: a 
contratual e extracontratual. A contratual advém de um contrato estabelecido entre as partes e 
que o descumprimento acarreta o prejuízo a outra. A extracontratual, advém de um fato que 
gerou dano e há o dever de indenizar, porém não há contrato entre eles. Observe que a 
responsabilidade é decorrente de dano, pois é o dano que acarreta o direito de indenizar. A 
responsabilidade civil contratual e extracontratual são subjetivas, visto que há mora é 
decorrente de culpa, caso o devedor não tenha culpa do inadimplemento não há que se falar em 
responsabilidade. O inadimplemento absoluto, geralmente, também se dá pela culpa do 
devedor. Na contratual, só há necessidade de que se demonstre o não cumprimento do contrato. 
Na extracontratual, aquele que sofreu o dano é que tem que demonstrar a culpa de quem lhe 
tenha dado causa a esse dano. Entretanto, quando se vai para os casos concretos, verifica-se 
ocorrer uma dificuldade de verificação do prejuízo passível de indenização, daí adveio a 
Cláusula Penal. 
 
 A cláusula penal, refere-se a imposição trazida no contrato de uma multa referente ao 
retardamento ou descumprido da obrigação ali pactuada. Essa cláusula atende a mora, daí a 
denominação cláusula penal moratória, onde o devedor fixa as perdas e danos decorrentes do 
retardamento do cumprimento da obrigação; bem como atende ao inadimplemento absoluto, 
daí a expressão cláusula penal compensatória em que há a fixação de perdas e danos do 
descumprimento obrigacional. Portanto, há que observar-se que na moratória dar-se a multa e 
na compensatória, como o próprio nome indica, dar-se a compensação. Havendo essa previsão 
contratual, a lei dispensa que a parte prove a extensão do dano, tanto quanto dispensa até mesmo 
provar que houve dano. 
 Caso haja divergência entre o valor estipulado no contrato e o real valor do prejuízo, a 
princípio só será passível de cobrar a diferença caso haja prévia previsão no contrato. No caso 
da compensatória, o art. 413 do CC/02 estabelece que o juiz poderá reduzir o valor da cláusula 
penal caso apresente valor manifestamente excessivo ou se a prestação tiver sido cumprida em 
parte. 
 Há que se falar ainda das arras, que são um sinal, espécie de adiantamento por parte de 
um dos contratantes para confirmação do acordo.A vantagem desse adiantamento é nitidamente 
perceptível em casos de renúncia, aquele que desistiu perderá o valor das arras como meio de 
compensação dos prejuízos. Se a desistência for de quem tenha dado as arras, não haverá 
possibilidade de cobrá-las de volta, caso a desistência advenha de quem tenha recebido as arras, 
deverá pagar a outra parte o valor das arras dobrado. 
 Os tipos de arras são dois, as confirmatórias e penitenciais. As confirmatórios dizem 
respeito aos contratos em que não há o estabelecimento de cláusula de arrependimento, 
portanto, não se espera que uma das partes venha a desistir, assim, além das arras o contratante 
poderá cobrar indenização suplementar. Nas penitenciais, essa previsão existe, porém o 
arrependimento custará algo que será o valor das arras e nada mais. 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro, volume 2: teoria geral das 
obrigações. 10ª. Ed. São Paulo: Saraiva, 2013. 2013. P. 371 
 
SOBRAL, Cristiano. Inadimplemento das Obrigações. Apostila do CERS para Exame de 
Ordem. 2015. P. 14.

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