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Liquido Sinovial

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FACULDADE MAURICIO DE NASSAU
GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA
CATHARINA YASMIN
DRIELE MIRANDA
FRANCISCO MARCELO
HYAGO LUCAS
KARLA SUYANE
LORENA QUEIROZ
NAYANE MARTINS
LIQUIDO SINOVIAL
FORTALEZA/CE 
2015
 ALUNOS:
 CATHARINA YASMIN
 DRIELE MIRANDA
 FRANCISCO MARCELO
 HYAGO LUCAS
 KARLA SUYANE
 LORENA QUEIROZ
 NAYANE MARTINS
LIQUIDO SINOVIAL
	Trabalho apresentado junto ao Curso de Biomedicina da Faculdade Mauricio de Nassau, na disciplina de Fluidos Biológicos, como requisito a nota complementar para Av2, tendo como avaliadora a professora que ministra a cadeira, Ana Lúcia Hanemann.
FORTALEZA/CE 
2015
SUMÁRIO
	INTRODUÇÃO	4
	OBJETIVOS	5
	ANATOMIA E FISIOPATOLOGIA DA MEMBRANA SINOVIAL	6
	PATOLOGIAS DO LIQUIDO SINOVIAL	7
	COLETA DE ESPÉCIMES	9
	EXAMES FISICOS	10
	EXAMES QUIMICOS	11
	EXAME MICROSCÓPICO DO LIQUIDO SINOVIAL	12
	CRISTAIS	13
	CONCLUSÃO	14
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS	15
INTRODUÇÃO
 O líquido sinovial, também conhecido como fluido sinovial, trata-se de um líquido comumente incolor, translúcido e viscoso, que se situa nas cavidades articulares e bainhas dos tendões, sendo delimitados pelas membranas sinoviais, com volume menor que 5 ml, em geral em torno de 1 a 2 ml, altamente viscoso, com ph alcalino = 7,3. contém proteínas e imunoglobulinas, aproximadamente um terço da quantidade do plasma, enquanto que a concentração de glicose é comparável a do plasma.
 Este líquido consiste em um dialisado do plasma sanguíneo, no qual há um elevado teor de ácido hialurônico, produzido pelas células localizadas na camada sinovial. A lubrificação conferida pelo ácido hialurônico auxilia no deslizamento das superfícies articulares que são revestidas por cartilagem hialina, sem pericôndrio. Além disso, o fluido sinovial possui um importante papel no transporte de substâncias entre a cartilagem articular, que é avascular, e o sangue dos capilares da membrana sinovial. Nutrientes e oxigênio passam do sangue para a cartilagem articular, enquanto que o gás carbônico difunde-se em sentido contrário.
 É formado por um infiltrado do plasma da membrana sinovial, cujas células secretam um mucopolissacarídeo contendo ácido hialurônico e pequenas quantidades de proteínas de alto peso molecular (tais como fibrinogênio e globulinas), a qual se soma a esse ultrafiltrado. No liquido sinovial contém mucina, albumina, gordura e sais minerais, servindo para lubrificar as articulações. Como essa filtração plasmática não é seletiva o liquido sinovial normal tem, essencialmente, a mesma composição bioquímica do plasma, apresentando como função o fornecimento de nutriente para as cartilagens e atua como lubrificante das faces articulares móveis. 
 A função do líquido sinovial, entre outras, visa manter a integridade da cartilagem articular, atuando como: 1. lubrificante, impedindo o desgaste das cartilagens pelo atrito constante; 2. amortecedor de choque, diminuindo a força de carga sobre a articulação; 3. meio de nutrição para a cartilagem, função que se processa paralelamente ao massageamento constante a que está submetida a cartilagem articular durante o movimento articular.
OBJETIVO GERAL
 Repassar para turma em forma de seminário todo o processo do liquido sinovial, desde sua composição, aspectos físicos, forma de coleta, avaliação microscópica, exame químico e possíveis cristais encontrado.
 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
2.1.1 Determinação de células correlacionando com prováveis disturbios.
2.1.2 Manusear corretamente vidrarias e equipamentos de uso rotineiro para realização do exame.
2.1.3 Correlacionar alterações patológicas com aspectos físicos e químicos.
ANATOMIA E FISIOPATOLOGIA DA MEMBRANA SINOVIAL
 A membrana sinovial cobre a superfície interna da cavidade articular e seus recessos, as bursas e a bainha tendinosa. Histologicamente, a membrana sinovial é composta por duas camadas: um componente superficial essencialmente celular e uma camada subíntima profunda que contém tecido fibroadiposo. Macroscopicamente, a superfície da membrana sinovial é lisa, com algumas vilosidades e dobras como franjas.
 
A membrana sinovial serve a três funções. 
Secreta líquido para lubrificar a superfície articular; 
Degrada material derivado da articulação;
Participa da regulação do transporte hidroeletrolítico entre o sangue e o líquido sinovial. 
 A análise do líquido sinovial aspirado deve contribuir para o diagnóstico de um amplo espectro de distúrbios afetando a sinóvia. O estudo de rotina do líquido sinovial inclui determinação da cor, viscosidade e quantidade, análise química, identificação do conteúdo de cristais e avaliação microbiológica. A biópsia sinovial é realizada como último recurso, quando sinais clínicos, estudos não-invasivos e análise do líquido sinovial falham em confirmar um diagnóstico. A biópsia pode ser o único modo de identificar distúrbios sinoviais com um componente de deposição inflamatório ou infiltrativo, como na sinovite vilonodular pigmentada (PVNS), amiloidose, sarcoidose, retículo-histiocitose multicêntrica ou em doenças granulomatosas.
PATOLOGIAS DO LIQUIDO SINOVIAL
SINOVITE
 Sinovite é a inflamação da membrana sinovial, uma fina camada de tecido conjuntivo que reveste estruturas como tendões musculares, cápsulas articulares e bolsas sinoviais. Ela produz e absorve o líquido sinovial, um gel viscoso e transparente que lubrifica as estruturas que banha, minorando o atrito entre elas. É como o óleo que lubrifica as peças de uma máquina, para que ela pare de ranger. 
 Quando essa membrana se inflama, o equilíbrio produção/absorção se altera e a articulação se enche de líquido sinovial. Quando isso ocorre no joelho, o paciente costuma dizer que está com “água no joelho”. A sinovite ocorre devido a qualquer fator que provoque inflamação da membrana sinovial e aumente a quantidade de líquido sinovial no interior das articulações. As causas mais comuns são: traumas agudos, uso excessivo ou repetitivo da articulação, infecção, reação humoral ou metabólica. 
BURSITE
 Bursite é a inflamação da bolsa sinovial, uma estrutura cheia de líquido que se localiza entre um tendão e a pele ou entre um tendão e o osso, com função de amortecimento, e auxílio no deslizamento dos tecidos e sua nutrição. A doença pode ser aguda ou crônica. A ocorrência de bursite é mais comum nos ombros, cotovelos e quadril. Mas ela também pode ocorrer nos joelhos, calcanhares e no dedão do pé, além de outras articulações. Em geral, bursite ocorre perto das articulações que realizam movimentos repetitivos.
DERRAME ARTICULAR
 O derrame articular consiste no acúmulo de líquido em uma articulação do corpo, provocado por pancadas, quedas, infecções ou doenças articulares crônicas, como artrite reumatoide ou gota.
 Geralmente, o derrame articular é mais frequente no joelho, devido ao uso excessivo desta articulação para correr ou caminhar, por exemplo, causando inchaço do joelho. Porém, o derrame pode surgir em qualquer articulação do corpo como tornozelo, ombro ou quadril.O derrame articular tem cura e, normalmente, o tratamento é feito com fisioterapia para facilitar a absorção do líquido, reduzindo seus sintomas. Em casa, o paciente pode colocar uma compressa fria por 15 minutos para diminuir o inchaço local. 
TENOSSINOVITE
 A tenossinovite é a inflamação da sinóvia, o revestimento da bainha protetora que cobre os tendões. A causa da inflamação pode ser desconhecida, ou pode ser resultado de:
Doenças inflamatórias
Infecção
Lesão
Esforço excessivo
Distensão
 Os pulsos, mãos e pés são normalmente afetados. No entanto, a condição pode ocorrer em qualquer bainha de tendão do corpo.
 Observação: Um corte infeccionado nas mãos ou pulsos que ocasione tenossinovite pode ser uma emergência que requer cirurgia.
Sintomas de Tenossinovite
Os principais sinais e sintomas de tenossinovite são:
Movimentação limitada de uma articulação
Inchaço articular na área afetada
Dor e sensibilidade ao redor da junta, especialmente na mão, pulso, pé ou tornozelo
Dor ao movimentar uma articulação
Vermelhidão no comprimento do tendão
Febre, inchaço e vermelhidão podem indicar uma infecção, especialmente se uma punção ou corte tiver ocasionado esses sintomas
COLETA DE ESPÉCIMES
 Artrocentese, procedimento comumente realizado, consiste de aspiração do líquido sinovial de uma articulação com propósitos diagnósticos, ou terapêuticos.
 Podem ser realizadas de forma rápida e seguro, em Emergências de hospitais, nas variadas articulações do organismo, incluindo as do joelho, pulso, tornozelo, cotovelo, ombro, as metatarsais e as metacarpais
Procedimento:
Aplicação de solução antisséptica
Isolamento da área estéril.
Anestesia local
Aspiração
 Explique o procedimento ao paciente. Permissão formal deve ser obtida antes de sua realização.
 Paciente deve ser mantido em posição supinada, com os joelhos completamente estendidos ou levemente fletidos com a ajuda de um rolo de toalha.
 Escolha o local mais adequado para abordagem e marque-o com uma caneta para pele.
 Insira a agulha de calibre 18 acoplada a uma seringa (30 ou 60cc), posteriormente, atrás da patela.
 Ao atingir o espaço intra-articular, líquido sinovial começará a fluir. Deve-se retirar o máximo de líquido possível. Posteriormente, a seringa é retirada, limpa-se o excesso de antiséptico da pele do paciente e um curativo é aplicado no local de inserção da agulha. Todas as agulhas devem ser colocadas em dispositivos adequados para maior segurança e o líquido deve ser colocado nos tubos coletores.
 O joelho pode conter até cerca de 70 mL de líquido, o relaxamento do músculo quadríceps facilita a penetração da agulha, para maximizar a descompressão articular, tente aplicar leve pressão sobre a região supra-patelar (“ordenhar”)
 O líquido sinovial normalmente não coagula, mas o proveniente de locais lesionados pode conter fibrinogênio. Costuma-se colher três tubos: um estéril e heparinizado para microbiologia; um heparinizado para hematologia e um não heparinizado para os outros exames.
EXAMES FÍSICOS
Volume - A quantidade de liquido contido nas articulações em geral é pequena. O joelho normalmente contém até 4 mL de líquido. O volume do aspirado geralmente é registrado no prontuário, porém alguns laboratórios também podem incluir o volume em seus relatórios.
 Aspecto - Deve ser cristalino. Quando houver turbidez deve ser relatada por cruzes (+ a ++++); a turbidez pode ser devida a cristais, que serão confirmados no exame citológico, fibrina e hipercelularidade. Aspecto purulento, leitoso e pseudoquiloso são relacionados a infecções bacterianas e outras desordens.
 Cor - Normalmente é incolor. Processos danosos tendem a deixar o líquido sinovial opaco ou amarelado. A coloração esverdeada é típico de Haemophilus influenzae. Quando está vermelho pode indicar traumas, fraturas, tumores, artrites, hemofilia ou traumas de coleta. Assim como o LCR, é possível diferenciar hemorragia de trauma de coleta pela cor que os próximos tubos apresentarem.
	
Viscosidade – O liquido sinovial é bastante viscoso devido à elevada concentração de hialuronato polimerizado. Um teste do fio pode ser utilizado para avaliar o grau de viscosidade do liquido sinovial. Após a remover a agulha ou vedação da seringa, o liquido sinovial é gotejado em um tubo de ensaio. O liquido sinovial normal formará um “fio” de aproximadamente 5 cm de comprimento antes de romper-se. Além disso o liquido pode aderir-se às paredes do tubo de ensaio, ao invés de escorrer para o fundo. Liquidos sinoviais com baixa viscosidade formam fios mais curtos (< 3cm) ou escorrem da seringa pelas paredes do tubo de ensaio, como água. A baixa viscosidade do liquido sinovial indica a presença de processo inflamatório.
Coagulação – A coagulação do liquido sinovial pode ocorrer quando há presença de fibrinogênio. O fibrinogênio pode penetrar na cápsula sinovial quando ocorrem danos na membrana sinovial ou como resultado de uma punção traumática. A presença de coágulos na amostra interfere na realização de contagens de células. A inoculação de parte da amostra em um tubo heparinizado pode impedir a coagulação de liquido sinovial.
Coagulo de mucina – O teste de coagulação de mucina, também conhecido como teste de Ropes, consiste em uma estimativa da integridade do complexo proteína – ácido hialurônico (mucina). O liquido sinovial normal forma um coagulo firme e viscoso após a adição de ácido acético. O procedimento varia de laboratório para laboratório.
EXAMES QUIMICOS
Proteínas – O liquido sinovial contém todas as proteínas encontradas no plasma, exceto algumas proteínas de alto peso molecular. Estas proteínas de alto peso molecular incluem fibrinogênio, beta 2 microglobulina e alfa 2 macroglobulina, que podem estar ausentes ou presentes em quantidades muito pequenas. Os procedimentos mais comuns utilizados para proteínas séricas podem ser empregados para quantificar as proteínas do liquido sinovial. A variação normal de proteínas do liquido sinovial é de 1 a 3 g/dL. Concentrações aumentadas de proteínas no liquido sinovial são observadas em espondilite anquilosante, artrite, artropatias associada à doença de Crohn, gota, psoríase, síndrome de Reiter e colite ulcerativa.
Glicose – Os níveis de glicose do liquido sinovial devem ser interpretados empregando-se os níveis de glicose sérica. Deve ser utilizada uma amostra de jejum, ou de pelo menos 6 a 8 horas pós – prandial. Normalmente, os níveis de glicose do liquido sinovial são de 10 mg/dL inferiores aos níveis séricos. Os distúrbios articulares classificados como infecciosos revelam significativa redução de glicose no liquido sinovial, podendo ser de 20 a 100 mg/dL inferiores aos níveis séricos. Outros grupos de distúrbios articulares apresentam uma redução menor na glicose do liquido sinovial, de 0 a 20 mg/dL.
Ácido úrico – O ácido úrico do liquido sinovial normalmente varia de 6 a 8 mg/dL. A presença de ácido úrico do liquido sinovial é útil para o diagnostico de gota. Em geral, a identificação de cristais é realizada nesta determinação, embora a determinação da concentração de ácido úrico do liquido sinovial possa ser realizada em laboratórios que não possuem microscópio de luz polarizante.
Desidrogenase láctica – A desidrogenase láctica (LDH) pode encontrar-se elevada no liquido sinovial enquanto os níveis séricos permanecem normais. Os níveis de LDH no liquido sinovial geralmente se encontram elevados na AR, na artrite infecciosa e na gota. Os neutrófilos, que se encontram elevados durante a fase aguda desses distúrbios, contribuem para este nível aumentado de LDH.
Fator reumatóide – O fator reumatóide (FR) é um anticorpo dirigido contra imunoglobulinas. O FR encontra-se presente no soro da maioria dos pacientes com AR, ao passo que somente pouco mais da metade desses pacientes apresentará FR no liquido sinovial. Entretanto, se o FR for produzidosomente pelo tecido articular, o FR do liquido sinovial pode ser positivo, enquanto o FR sérico é negativo. Um falso-positivo para FR pode ser decorrente de outras doenças inflamatórias crônicas.
EXAME MICROSCOPICO DO LIQUIDO SINOVIAL
Contagens de células
 As contagens de células do liquido sinovial, assim como contagem celular de todos os fluidos corporais, devem ser realizadas até 1 hora após a coleta. Contagens com hemocitômetro e diferenciais manuais são normalmente realizadas no liquido sinovial. Uma solução salina pode ser utilizada como diluente em liquidos sinoviais com elevado números de células. Uma solução salina hipotônica, um ácido fraco, ou diluente de leucócitos comercializados podem ser utilizados quando há presença de muitas hemácias. Há equipamentos que realizam a contagem automatizada. A citocentrifugação da amostra permite a realização de esfregarços adequados para a coloração com Wright e observação.
Contagem diferencial
 O liquido sinovial normal contém um pequeno número de linfócitos e apenas poucos neutrófilos.
 A contagem de leucócitos em liquido sinovial normal varia de 0 a 150 células por microlitro. A distribuição média dessas células nucleadas consiste em 7% de neutrófilos, 24% de linfócitos, 48% de monócitos, 10% de macrófagos e 4% de células de revestimento sinovial não possui importância diagnostica. Os neutrófilos podem estar vacuolados ou conter bactérias ou cristais. Além disso, as células podem apresentar núcleo picnótico ou cariorréxis. Outras células que podem ser observadas no liquido sinovial incluem plasmócitos, eosinófilos e células de lúpus eritematoso (LE). A presença dessas células ou de números anormais de células normalmente observadas no liquido é indicativo de existência de diversos processos articulares. Uma contagem de eosinófilos superior a 2% foi associada à doença alérgica com artrite, derrames articulares hemorrágicos, doença de Lyme, artrite parasitária, doenças reumatóides e artrite tuberculosa.
 Na artrite séptica, há um número elevado de neutrófilos. Uma predominância de linfócitos pode ser observada nos estágios iniciais da AR. Os neutrófilos presentes nos estágios tardios da AR podem apresentar inclusões contendo complexos imunes, como IgG, IgM, complemento e FR. Esses neutrófilos possuem grânulos citoplasmáticos escuros e, algumas vezes, são denominados células de AR ou ragócitos. Um número elevado de monócitos pode ser observado na artrite associada à doença do soro, em infecções virais e artrite induzida por cristais. Células LE são encontradas no liquido sinovial de aproximadamente 10% dos pacientes com AR. As células LE são neutrófilos que englobaram o núcleo do linfócito alterado por um anticorpo antinuclear. Células “tart”, monócitos que apresentam material nuclear englobado, podem ser confundidas com células LE. Embora não especificas da síndrome de Reiter, células de Reiter pode está presente no liquido sinovial.
 
CRISTAIS
 O exame de liquido sinovial para cristais é um teste de rotina em muitos laboratórios. A analise de cristais é mais comumente realizada para o diagnostico de gota, devido a presença de cristais de urato monossódico (UMS).
 Os cristais de UMS observados no liquido sinovial geralmente são delgados, semelhante a agulhas. Eles polarizam a luz e apresentam birrefrigência negativa (os cristais alinhados ao filtro compensador são amarelos, ao passo que aqueles dispostos perpendicularmente são azuis).
 Cristais de UMS são amarelos quando alinhados ao filtro compensador e azuis quando posicionados perpendicularmente ao filtro compensador.
 Outros cristais que podem ser encontrados no liquido sinovial incluem cristais de pirofosfato de cálcio di-hidratado (CPPD). Cristais de CPPD podem ser observados na pseudogota. Embora os cristais de CPPD podem ser confundidos com cristais de UMS, esses são tipicamente menores em bastão ou rombóides. Cristais de CPPD também polarizam a luz, contudo apresentam birrefrigência positiva.
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
Ádomo Porto Gama (Blog), Função do Liquido Sinovial. Disponível em:
<http://adamogama.blogspot.com.br/2011/08/liquido-sinovial_16.html>
Acesso em: 09 de Novembro de 2015 – 14:30
Capitulo 04 – Doenças Sinoviais, Doenças Sinoviais. Disponível em:
<http://www.bibliomed.com.br/bibliomed/bmbooks/ortopedia/livro2/cap/cap04.htm>
Acesso em: 09 de Novembro de 2015 – 15:30
Grupo Editorial Moreira Jr, Condições fisiológicas do Liquido Sinovial. Disponível em:
<http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?id_materia=1125&fase=imprime>
Acesso em: 09 de Novembro de 2015 – 15:00
Info escola, Liquido Sinovial. Disponível em:
<http://www.infoescola.com/anatomia-humana/liquido-sinovial/>
Acesso em: 09 de Novembro de 2015 – 14:00
Minha Vida – Bursite, Disponível em:
<http://www.minhavida.com.br/saude/temas/bursite>
Acesso em: 10 de Novembro de 2015 – 14:00
Minha Vida – Tenossinovite, Disponível em:
<http://www.minhavida.com.br/saude/temas/tenossinovite>
Acesso em: 10 de Novembro de 2015 – 15:00

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