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REVOLUÇÃO BURGESA NO BRASIL
										Iury Portela
	A Rev.. Burguesa no Brasil, para Florestan Fernandes, deu-se em decorrência de alguns fatores:
Independência: A independência do Brasil gerou uma TRANSFERÊNCIA no monopólio político, social e econômico exercido por Portugal a Aristocracia Rural brasileira. Chamo aqui de transferência, tendo em vista que não houve uma democratização do poder político, econômico e social, pois continuou concentrado na mão das minorias que, através do erguimento do Estado Brasileiro, asseguraram seus mais variados interesses, promovendo diversas ideologias, principalmente, a ideologia do trabalho por meio da qual há uma exploração que, em suma, desencadeia o acúmulo de capital(terras, empresas, bens pessoais como carro, jóias). Além disso, a independência propiciou, também, o fim da ordem escravocrata do Brasil, tornando a ordem econômica pautada nas relações capitalistas (empresário –trabalhador, por exemplo), levando a um processo de urbanização um tanto quanto desvinculado dos interesses dos aristocratas rurais gerando atividades comerciais, notabilidade aos cargos públicos, uma especialização da econômica interna, uma interação com a economia mundial. Assim, a independência gerou um relação dialética entre as dominações patrimonialista e estamental cuja ferramenta seria a Constituição e o Pater(no nosso caso o presidente) que assegurariam, através de inúmeras ideologias, a concentração do poder na mão de poucos que, até então, seriam apenas os fazendeiros que se aburguesaram. 
O “Fazendeiro” e o “Imigrante” como personagens centrais: A nova ordem econômica, a capitalista, levou ao aburguesamento dos fazendeiros que articulam mudanças nos mais variados setores socioeconômicos, bem como nas nomenclaturas que lhes cabem, porém mantêm um único setor inalterado, o agrário. 			No que diz respeito ao imigrante, foi ele o responsável por uma dinamização, expansão da ordem capitalista, promovendo, inicialmente, a ideia de um acúmulo de riquezas como sendo algo possível a todos e uma ideia de se buscar o acúmulo o mais rápido possível, concorrendo, assim, para que o Brasil não tivesse projetos tão duradouros. Entretanto, aos poucos, os imigrantes passaram a naturalizar alguns dos traços da ordem agrária, no sentido, que passaram a acumular mais e mais riquezas sem dar espaço ou diminuindo as possibilidades de qualquer um ascender economicamente, compactuando, de certa forma, com os “homens de negócios agrários”, restringindo ainda mais o acesso ao poder.
Mudança da relação entre o capital internacional e a organização interna: As economias centrais, com a independência brasileira, trataram logo de estabelecer uma nova forma de dependência do Brasil, fazendo com que passássemos a depender economicamente das demandas do mercado internacional, promovendo uma expansão na produção que se voltaria às necessidades externas, ou seja, implantou-se o NEOCOLONIALISMO. Além disso, houve uma especialização, tendo em vista que internamente nos reconhecemos como país agrário. Ou seja, houve uma manutenção da ordem feudal na ordem moderna do capitalismo, já que economicamente o homem de negócios agrário obedece aos mandos externos e manda internamente para atender os interesses do mundo. Assim, fica claro o lócus de periferia avançada que ocupamos, havendo sempre uma dialética, pois para cada “Brasil” há uma “Inglaterra”, mas um Brasil que tenta conciliar os interesses das classes dominantes internas com os interesses da economia externa.
Expansão e Universalização da Ordem Social Competitiva: Apesar das modernizações, a ordem social arcaica dual(ricos e pobres) permaneceu, porém, por ter brechas, permitiu um nascimento das atuais classes médias que intentam tomar o lugar das classes dominantes através de competições de ordem econômica, mas as disparidades nos quesitos privilégios e armas são tão grandes que torna a expansão da ordem competitiva um processo muito lento. 
Assim, pode-se verificar que há sim uma Rev. Burguesa no país, mas de uma forma peculiar, já que a classe burguesa emerge por uma mudança de nomenclatura, pois foram os Latifundiários que ao investir em “bolsas de valores”, por exemplo, ficaram mais ricos e puderam se tornar a nossa burguesia e, em decorrência dos antigos fazendeiros serem a nossa burguesia majoritariamente é que a nossa ordem social competitiva é tão pequena e lenta, já que há a manutenção dos privilégios, da concentração de riquezas através do Estado brasileiro que assegura tais condições, pois os membros do Estado nada mais são que os homens de negócios agrários que sempre mantêm as desigualdades nas quais o Estado surgiu.
CAPITALISMO DEPENDENTE
A sociedade de classes brasileira é mantenedora da polarização social dual, já que, de modo geral, divide-se em ricos e pobres, existindo entre eles uma classe média.
 Entretanto os ricos não se reconhecem como classe social, mas sim como algo mais acima, quase divinos, mas sem ter consciência da sua posição perante o a conjuntura econômica mundial, fazendo com que haja uma eternização da dependência com o mercado externo.
A classe média, por sua vez, não se vê como sendo algo entre rico e pobre, mas sim como sendo ricos ou pobres.
Já os pobres se reconhecem como tais, mas não reconhecem a super- exploração que sofrem, logo não têm consciência do seu importante papel na sociedade nos mais diversos aspectos.
Assim, a sociedade brasileira, por não romper com as tradições advindas da colonização, é a expressão que o “novo faz o velho e o velho faz o novo”. Além disso, os trabalhadores sempre foram mantidos, ao máximo, longes do poder e para isso o recurso utilizado seria a violência e o ocultamento da realidade, já que é passada a ideia de que todos somos iguais perante o Estado, já que se prega a ideia de meritocracia.
	ETAPAS DO CAPITALISMO:
Capitalismo Moderno:
Associação da Burguesia com os Latifundiários Agrários.
Início de um processo urbano-industrial.
Aperfeiçoamento de ferramentas agrárias
Consolidação da burguesia no poder
Dependência do mercado externo
2.Capitalismo Competitivo:
Desenvolvimento econômico regulado pelos países centrais
Início de uma ordem competitiva
Consolidação do processo urbano-industrial
Expansão de mercado
Capitalismo Monopolista:
 Implantação de multinacionais como única forma de diminuir as desigualdades sociais no Brasil, bem como única forma de acabar com os problemas econômicos brasileiros.
Breve Histórico:
- Crise de 1929 – Brasil deixa de exportar muito café para os EUA e sofre prejuízos enormes, já que havia um estoque de café.
- 2ªGM – Países Centrais devastados por conta da guerra. Com isso, o Brasil vê uma possibilidade de exportar mais e mais produtos.
- JK através do seu Plano de Metas permitiu que algumas multinacionais aqui se instalassem e em alguns setores.
- Pós Gov. Militares: Profundo liberalismo que permitiu a implantação de multinacionais nos mais variados setores.
CRÍTICAS: A vinda das multinacionais só fez com que aumentássemos a dependência do capital e mercado externo e promoveu um aprofundamento das desigualdades sociais aqui existentes.
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