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ONHB17 Oficial / Fase 2 ONHB / IFCH - Unicamp Conteúdo Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 12 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 13 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 14 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 15 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 16 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 17 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 18 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 19 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 20 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 21 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 22a / Tarefa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 22b / Tarefa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 1 22c / Tarefa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 Documentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56 018: Me chame pelo meu nome . . . . . . . . . . . 56 019: Angústia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57 020: Carta de Helena Silva Stein para sua irmã Flávia 60 021: Muito antes de Biden, Roosevelt já tinha des- bravado Amazônia . . . . . . . . . . . . . . 62 022: A Volta pra Casa . . . . . . . . . . . . . . . . . 67 023: Efemérides Brasileiras . . . . . . . . . . . . . 70 024: Uma História, 1819-1820 . . . . . . . . . . . 71 025: Folk-lore do Brasil Central . . . . . . . . . . . 72 026: Recibo de pagamento por serviços prestados . 75 027: Descrição fantasiosa de animais da fauna bra- sileira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76 028: Omundo novo e desconhecido, ou descrição de americanos e sulistas . . . . . . . . . . . . . 77 029: Humanae I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79 030: Humanae II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80 2 Introdução A aventura continua... Sejam bem-vindo(a)s à Fase 2 da décima sétima edição da Olimpíada Nacional em História do Brasil! A segunda fase da 17ª Olimpíada inicia dia 12 de maio (segunda-feira) e encerra às 23:59 [horário de Brasília] do dia 17 de maio (sábado). Esta fase é composta por 10 Questões e 1 Tarefa. Lembre-se: em nossa prova, cada questão possui quatro alternativas. Há mais de uma resposta correta, mas cabe a sua equipe escolher qual alternativa considera como a mais adequada e selecioná-la. A prova pode ser salva em “rascunho”, mas não se esqueçam de confirmar as respostas até a data limite, clicando em “entregar a questão”. Após clicar em “entregar a questão” não será mais possível realizar alterações na questão. Bom trabalho a todos! 3 Questões 12 / Questão Documento 018 Peça publicitária p. 56 Me chame pelo meu nome Sobre o documento e o tema que ele trata assinale a alternativa mais pertinente. A. A peça publicitária faz parte de uma campanha sobre capacitismo realizada em referência ao Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. B. A Lei N 13.146/2015 instituiu o Estatuto da Pessoa com Deficiência com objetivo de garantir a essas pessoas condições de igualdade no exercício da cidadania. C. A categorização e exclusão de pessoas com deficiência veio de uma prática eugenista adotada pelo Estado brasileiro que culminou na criação das paraolimpíadas. D. A campanha para erradicar o uso de expressões ofensivas expõe uma das ferramentas na luta contra a exclusão da pessoa com deficiência. 4 13 / Questão Leia o trecho a seguir, retirado do livro Angústia, de Graciliano Ramos, publicado em 1936. Documento 019 Romance p. 57 Angústia A partir do texto, escolha uma das alternativas: A. Ambientada na cidade de Maceió, Alagoas, a trama de Angústia apresenta, por meio de seus personagens, as contradições de uma sociedade em transformação. B. Divergindo dos primeiros romances do autor alagoano, identificados no documento, Angústia não apresenta críticas à sociedade burguesa, tampouco ao conservadorismo. C. Além de associar o casamento a uma série de dispêndios supérfluos, o trecho evidencia os contrastes entre Luís da Silva, o narrador-personagem, e Julião Tavares. D. Enquadrado como subversivo, Graciliano Ramos foi um dos alvos da Lei de Segurança Nacional promulgada em 1935 e estava preso quando Angústia foi publicado. 5 14 / Questão Documento 020 Carta p. 60 Carta de Helena Silva Stein para sua irmã Flávia O evento de que fala a carta: A. Foi a enchente que acometeu Porto Alegre em 1941, deixando milhares de pessoas em situação de flagelo. B. É utilizado por negacionistas como argumento de que desastres ambientais recentes não estão relacionados à emergência climática nem à negligência de autoridades. C. Motivou, na década de 1970, a construção de um muro e de diques para servir de barreira contra novos alagamentos. D. Levou mais de 70 municípios a decretarem situação de calamidade pública e outros 300 à situação de emergência, sendo o maior desastre climático da história do estado. 6 15 / Questão Documento 021 Matéria jornalística p. 62 Muito antes de Biden, Roosevelt já tinha desbravado Amazônia A expedição Roosevelt-Rondon A. forneceu acervos naturais para o American Museum of Natural History de Nova Iorque e para o Museu Nacional, no Rio de Janeiro. B. ocorreu com objetivos de expedição científica e de exploração de um rio com foz desconhecida. C. apresenta elementos do pensamento indigenista, voltado à integração nacional, do marechal Cândido Rondon. D. teve como pano de fundo combater o desmatamento da floresta Amazônica e os conflitos entre indígenas e garimpeiros. Conteúdo adicional LINK: Medo e devastação nos caminhos centenários da expedição Roosevelt-Rondon https://www.nationalgeographicbrasil.com/historia/2020/05/medo-e-devastacao- nos-caminhos-centenarios-da-expedicao-roosevelt-rondon 7 https://www.nationalgeographicbrasil.com/historia/2020/05/medo-e-devastacao-nos-caminhos-centenarios-da-expedicao-roosevelt-rondon https://www.nationalgeographicbrasil.com/historia/2020/05/medo-e-devastacao-nos-caminhos-centenarios-da-expedicao-roosevelt-rondon 16 / Questão Documento 022 Videoclipe p. 67 A Volta pra Casa O videoclipe da canção A Volta pra Casa , de Rincon Sapiência: A. Refere-se à instituição do transporte público gratuito e da lei de vagões de metrô de uso exclusivo de mulheres. B. Expressa a violência no espaço público, relacionada também a questões de gênero e classe social. C. Apresenta os desafios e dificuldades enfrentados pelos trabalhadores no movimento entre a casa, o trabalho, a faculdade e o retorno ao lar. D. Vale-se de uma estética com componentes raciais e anacrônicos. 8 17 / Questão Para responder esta questão, leia o trecho do livro “Efemérides Brasileiras”, do Barão de Rio Branco e em seguida veja a obra de Henry Chamberlain: Documento 023 Trecho de Livro p. 70 Efemérides Brasileiras Documento 024 Gravura p. 71 Uma História, 1819-1820 A partir da leitura dos documentos e de seus conhecimentos prévios, assinale uma alternativa: A. A proibição dos muxarabis em 1809 estava diretamente ligada à instalação da família real portuguesa no Brasil. B. Os muxarabis são elementos arquitetônicos de origem árabe que permitiam e também limitavam a comunicação entre as casas e a rua. C. Os muxarabis são raros no Brasil e não formam o patrimônio nacional dado o sucesso da colonização portuguesa. D. A arquitetura colonial impactava de modo distinto a vivência de mulheres brancas e mulheres negras. 9 18 / Questão Leia o texto “Folk-lore no Brasil Central”, de Henrique Silva, publicado em 1911. Documento 025 Artigo de opinião p. 72 Folk-lore do Brasil Central A partir da leitura do documento e suas pesquisas, é correto afirmar que Henrique Silva A. exalta a cultura e a população de Goiás como produtos da mestiçagem, a partir das discussões intelectuais brasileiras, que buscavam promover o embranquecimento populacional. B. compara Goiás e o interior do Brasil com o faroeste estadunidense, convidandoos pesquisadores e investidores para a região, de modo a desenvolvê-la economicamente. C. nos anos seguintes deu continuidade, na revista Informação Goyana, à publicações em defesa da cultura popular de Goiás. D. busca valorizar as riquezas humanas de Goiás e regiões vizinhas, como sua cultura e história e critica que o local seja ignorado pelos pesquisadores. 10 19 / Questão Documento 026 Recibo p. 75 Recibo de pagamento por serviços prestados A partir do recibo emitido pelo diretor da Empresa de Terras e Colonização de Grão Pará/SC, assinale uma alternativa correta: A. A proclamação da República impactou a atuação de empresas colonizadoras, finalizando suas atividades e a perseguição aos indígenas. B. Os bugreiros, nome atribuído aos caçadores de indígenas, surgiram a partir da extinção da Companhia de Pedestres em 1879. C. Além dos bugreiros, o Estado e as empresas colonizadoras foram responsáveis diretos pela execução de povos indígenas. D. O documento, assinado em 1891, evidencia a existência de expedições com o objetivo de investir contra os indígenas. 11 20 / Questão Os documentos abaixo foram retirados da obra publicada no ano de 1671, “O mundo novo e desconhecido, ou descrição de americanos e sulistas”, na qual seu autor, o holandês Arnoldus Montanus, descreve regiões de todo o continente americano. Observe a gravura e, em seguida, leia o trecho que a acompanha. Documento 027 Gravura p. 76 Descrição fantasiosa de animais da fauna brasileira Documento 028 Excerto de Livro p. 77 O mundo novo e desconhecido, ou descrição de america- nos e sulistas A partir da leitura dos documentos, escolha uma alternativa: A. A representação da fauna brasileira é elaborada a partir de elementos fantásticos que intensificam a sua estranheza aos olhos dos europeus, reforçando a ideia de um território peculiar. B. A disseminação dos relatos de viagem pela imprensa impactou diretamente na criação de um mercado europeu voltado para a comercialização de produtos exóticos. C. A descrição exuberante da natureza era uma forma de demarcar a extensão e a variedade dos territórios ultramarinos, participando de uma tradição de registros ligados à manutenção das lógicas coloniais. D. A popularização de narrativas sobre o Novo Mundo 12 estimulou a expansão náutica europeia uma vez que seus autores precisavam se deslocar da Europa ao estrangeiro para produzir novas obras. 13 21 / Questão Documento 029 Fotografia p. 79 Humanae I Documento 030 Fotografia p. 80 Humanae II A partir do projeto fotográfico em processo denominado Humanae , de autoria de Angélica Dass, assinale a alternativa mais pertinente: A. A abrangência geográfica e a diversidade de pessoas que participam do projeto estão relacionadas à tese da democracia racial brasileira. B. Trata-se da colagem de fotografias de rostos de pessoas diferentes com a indicação do código de classificação da cor Pantone correspondente. C. Pantone é uma das empresas que tentam criar sistemas de identificação e categorização de cores que passam a ser utilizados como referência internacional. D. Ao utilizar os padrões industriais na representação da diversidade da sociedade, a artista problematiza temas como o racismo. Conteúdo adicional LINK: Angélica Dass https://angelicadass.com/pt/foto/humanae/ 14 https://angelicadass.com/pt/foto/humanae/ 22a / Tarefa Nesta tarefa, propomos às equipes o trabalho com um instrumento que é muito importante para os historiadores: analisar e compreender imagens, observando seus detalhes e tirando conclusões a partir deles. Esta tarefa é composta por TRÊS partes, ou seja, 3 imagens: 22a = Óleo sobre Tela: “Embarque da família real para o Brasil”, S/D, atribuída a Nicolas-Luis-Albert Delerive (1755-1818). 22b = Gravura (Charge): ”O voto às mulheres: quadros de futuro”, 1917. 22c = Fotografia: ”Festa da Uva”, 1932, de Giacomo Geremia. Em cada uma destas imagens, as equipes encontrarão “números”. A tarefa consiste em associar estes números às frases que preparamos e que aparecerão ao lado de cada parte destacada na imagem. São frases que descrevem aspectos da imagem. Cada número deve ser associado a uma única frase (indicada por uma letra). Entretanto, as equipes encontrarão mais frases do que números, ou seja, há frases que não serão associadas a nenhum número. Para visualizar detalhes da imagem você pode utilizar o zoom (as lupas estão ao lado esquerdo das imagens). Ao clicar o cursor sobre o número escolhido, abrirá uma página com todas as frases. Escolha a mais pertinente e clique sobre ela. Deste modo, você associou o número à frase. Faça isso para todos os números de cada imagem. ATENÇÃO: Ao clicar sobre uma frase ela é salva AUTOMATICAMENTE EM RASCUNHO e mesmo que você saia da página da Olimpíada e retorne depois, o rascunho estará salvo e disponível, podendo ser alterado. Após ter associado todos os números às frases NESTA imagem, o botão “Entregar a Questão” ficará disponível, assim não esqueça de confirmar esta parte de sua tarefa, clicando no botão “Entregar a Questão”. O envio da tarefa 22 ocorre SEPARADAMENTE para cada imagem 15 [22a, 22b e 22c], assim quando a equipe clicar em “Entregar a Questão” envia as respostas para uma imagem. Após clicar em “Entregar a Questão” nenhuma alteração poderá ser feita. Por isso, só clique em “Entregar a Questão” após ter certeza de que todos os números na imagem estão associados às frases e que sua equipe deseja entregar. Um pouquinho de calma e muita atenção são importantes para o sucesso desta atividade. Bom trabalho a todos. 16 IMAGEM COM AS MIGALHAS Para uma versão em alta resolução acesse o site, para cada migalha abaixo você encontra imagens com mais detalhes abaixo. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 141516 17 18 19 20 MIGALHAS [migalha 1 ] 17 [migalha 2 ] [migalha 3 ] 18 [migalha 4 ] [migalha 5 ] 19 [migalha 6 ] [migalha 7 ] 20 [migalha 8 ] [migalha 9 ] 21 [migalha 10 ] [migalha 11 ] 22 [migalha 12 ] [migalha 13 ] 23 [migalha 14 ] [migalha 15 ] 24 [migalha 16 ] [migalha 17 ] 25 [migalha 18 ] [migalha 19 ] 26 [migalha 20 ] AFIRMAÇÕES [ A ] É possível ver pessoas humildes (mulheres e crianças) em posição suplicante. [ B ] O príncipe regente Dom João conduz sua esposa e filhas em uma carruagem. [ C ] Há embarcações ancoradas no mar. [ D ] Homens agarrados a um mastro auxiliam a içar as velas. [ E ] Militares estão montados e trazem espadas em riste. [ F ] É possível ver um casario de arquitetura diversa e também tendas armadas. [ G ] É possível ver o príncipe regente de Portugal vestindo casaca e portando banda e chapéu armado. [ H ] Trata-se de uma cena urbana retratada à beira de um cais. 27 [ I ] Bois tracionam, com grande esforço, uma carroça com as bagagens. [ J ] Um homem da comitiva real segura a Constituição Portuguesa, para indicar a obediência às leis. [ K ] Pessoas de diferentes posições sociais estão reunidas em conjuntos. [ L ] Mulheres e crianças da Família Real, impedidas de fazer a viagem, ajoelham-se e choram. [ M ] Um veículo puxado por parelhas de cavalos traz a insígnia real. [ N ] Um homem está em reverência de “beija-mão”. [ O ] Há monges (ou frades) católicos com penteado em tonsura. [ P ] Homens usando perucas denotam nobreza e autoridade. [ Q ] Uma das embarcações ostenta um símbolo da monarquia. [ R ] Uma fortificação ao fundo, com bandeira hasteada, é possivelmente uma representação da Torre de Belém. [ S ] Carregadores são vistos embarcando baús abertos contendo os livros da Biblioteca Real. [ T ] Cavalos tracionam, com grande esforço, um meio de transporte. [ U ] Na cena é possível visualizar dois cachorros. [ V ] Três homens estão com a mão esquerda por dentro do casaco. [ W ] Trata-se de uma cena à beira de um cais retratando a chegada da Família Real ao Brasil. 28 [ X ] Guardas uniformizados e armados estão enfileirados. [ Y ] Há coches com teto (tejadilho) levantado e figuras masculinas e femininas em seu entorno.[ Z ] O céu nublado e escurecido confere dramaticidade à cena. 29 22b / Tarefa Nesta tarefa, propomos às equipes o trabalho com um instrumento que é muito importante para os historiadores: analisar e compreender imagens, observando seus detalhes e tirando conclusões a partir deles. Esta tarefa é composta por TRÊS partes, ou seja, 3 imagens: 22a = Óleo sobre Tela: “Embarque da família real para o Brasil”, S/D, atribuída a Nicolas-Luis-Albert Delerive (1755-1818). 22b = Gravura (Charge): ”O voto às mulheres: quadros de futuro”, 1917. 22c = Fotografia: ”Festa da Uva”, 1932, de Giacomo Geremia. Em cada uma destas imagens, as equipes encontrarão “números”. A tarefa consiste em associar estes números às frases que preparamos e que aparecerão ao lado de cada parte destacada na imagem. São frases que descrevem aspectos da imagem. Cada número deve ser associado a uma única frase (indicada por uma letra). Entretanto, as equipes encontrarão mais frases do que números, ou seja, há frases que não serão associadas a nenhum número. Para visualizar detalhes da imagem você pode utilizar o zoom (as lupas estão ao lado esquerdo das imagens). Ao clicar o cursor sobre o número escolhido, abrirá uma página com todas as frases. Escolha a mais pertinente e clique sobre ela. Deste modo, você associou o número à frase. Faça isso para todos os números de cada imagem. ATENÇÃO: Ao clicar sobre uma frase ela é salva AUTOMATICAMENTE EM RASCUNHO e mesmo que você saia da página da Olimpíada e retorne depois, o rascunho estará salvo e disponível, podendo ser alterado. Após ter associado todos os números às frases NESTA imagem, o botão “Entregar a Questão” ficará disponível, assim não esqueça de confirmar esta parte de sua tarefa, clicando no botão “Entregar a Questão”. O envio da tarefa 22 ocorre SEPARADAMENTE para cada imagem 30 [22a, 22b e 22c], assim quando a equipe clicar em “Entregar a Questão” envia as respostas para uma imagem. Após clicar em “Entregar a Questão” nenhuma alteração poderá ser feita. Por isso, só clique em “Entregar a Questão” após ter certeza de que todos os números na imagem estão associados às frases e que sua equipe deseja entregar. Um pouquinho de calma e muita atenção são importantes para o sucesso desta atividade. Bom trabalho a todos. 31 IMAGEM COM AS MIGALHAS Para uma versão em alta resolução acesse o site, para cada migalha abaixo você encontra imagens com mais detalhes abaixo. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 MIGALHAS [migalha 1 ] 32 33 [migalha 2 ] [migalha 3 ] 34 [migalha 4 ] [migalha 5 ] 35 [migalha 6 ] [migalha 7 ] 36 [migalha 8 ] [migalha 9 ] 37 [migalha 10 ] [migalha 11 ] 38 [migalha 12 ] [migalha 13 ] 39 [migalha 14 ] AFIRMAÇÕES [ A ] A senhora lê um jornal chamado “O Sufragista”. [ B ] Dois homens interagem no canto da imagem, um mostrando ao outro a cena. [ C ] Com o auxílio de um espelho, um homem cuida de sua aparência. [ D ] O texto sob a charge expressa apoio ao voto das mulheres. [ E ] A vestimenta da personagem feminina em evidência é composta por acessórios neutros, sem marcação de gênero (como paletó, monóculo, chapéu, bengala e pasta). [ F ] Acessórios tradicionalmente masculinos (como paletó, monóculo, chapéu, bengala e pasta) compõem a vestimenta da personagem feminina em evidência. 40 [ G ] Sentados em suas respectivas poltronas, um casal de idosos realiza, cada qual, uma atividade: enquanto o homem tricota, a mulher fuma e lê um jornal. [ H ] O texto sob a charge expressa uma crítica ao voto feminino e às suas possíveis consequências. [ I ] Ambas as mulheres adultas estão fumando: a mais velha um cachimbo e a mais jovem um cigarro. [ J ] O título da charge remete a um futuro com papeis sociais “invertidos” caso ocorra o sufrágio feminino. [ K ] A assinatura do cartunista e a data de produção da charge indicam se tratar. [ L ] No primeiro plano, uma mulher fuma enquanto segura uma bengala e uma pasta. [ M ] Uma menina brinca com uma bola de futebol. [ N ] O título da charge remete a um futuro com papéis sociais invertidos caso não seja autorizado o sufrágio feminino. [O ] Trata-se de uma charge publicada em um periódico, em 1917. [ P ] Sentados em suas respectivas poltronas, um casal de idosos realiza suas atividades; ela lê e usa sapatos femininos; ele toma sopa e usa uma bota masculina. [ Q ] A assinatura do cartunista e a data de produção indicam o ano de 1917. [ R ] Trata-se de um cartão postal impresso em 1917 como brinde de uma loja de roupas para toda a família. [ S ] Um menino brinca com uma boneca. [ T ] Ao fundo, um homem de avental carrega e alimenta um bebê. 41 22c / Tarefa Nesta tarefa, propomos às equipes o trabalho com um instrumento que é muito importante para os historiadores: analisar e compreender imagens, observando seus detalhes e tirando conclusões a partir deles. Esta tarefa é composta por TRÊS partes, ou seja, 3 imagens: 22a = Óleo sobre Tela: “Embarque da família real para o Brasil”, S/D, atribuída a Nicolas-Luis-Albert Delerive (1755-1818). 22b = Gravura (Charge): ”O voto às mulheres: quadros de futuro”, 1917. 22c = Fotografia: ”Festa da Uva”, 1932, de Giacomo Geremia. Em cada uma destas imagens, as equipes encontrarão “números”. A tarefa consiste em associar estes números às frases que preparamos e que aparecerão ao lado de cada parte destacada na imagem. São frases que descrevem aspectos da imagem. Cada número deve ser associado a uma única frase (indicada por uma letra). Entretanto, as equipes encontrarão mais frases do que números, ou seja, há frases que não serão associadas a nenhum número. Para visualizar detalhes da imagem você pode utilizar o zoom (as lupas estão ao lado esquerdo das imagens). Ao clicar o cursor sobre o número escolhido, abrirá uma página com todas as frases. Escolha a mais pertinente e clique sobre ela. Deste modo, você associou o número à frase. Faça isso para todos os números de cada imagem. ATENÇÃO: Ao clicar sobre uma frase ela é salva AUTOMATICAMENTE EM RASCUNHO e mesmo que você saia da página da Olimpíada e retorne depois, o rascunho estará salvo e disponível, podendo ser alterado. Após ter associado todos os números às frases NESTA imagem, o botão “Entregar a Questão” ficará disponível, assim não esqueça de confirmar esta parte de sua tarefa, clicando no botão “Entregar a Questão”. O envio da tarefa 22 ocorre SEPARADAMENTE para cada imagem 42 [22a, 22b e 22c], assim quando a equipe clicar em “Entregar a Questão” envia as respostas para uma imagem. Após clicar em “Entregar a Questão” nenhuma alteração poderá ser feita. Por isso, só clique em “Entregar a Questão” após ter certeza de que todos os números na imagem estão associados às frases e que sua equipe deseja entregar. Um pouquinho de calma e muita atenção são importantes para o sucesso desta atividade. Bom trabalho a todos. 43 IMAGEM COM AS MIGALHAS Para uma versão em alta resolução acesse o site, para cada migalha abaixo você encontra imagens com mais detalhes abaixo. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 MIGALHAS [migalha 1 ] 44 [migalha 2 ] [migalha 3 ] 45 [migalha 4 ] [migalha 5 ] 46 [migalha 6 ] [migalha 7 ] 47 [migalha 8 ] [migalha 9 ] 48 [migalha 10 ] [migalha 11 ] 49 [migalha 12 ] [migalha 13 ] 50 [migalha 14 ] [migalha 15 ] 51 [migalha 16 ] [migalha 17 ] 52 [migalha 18 ] [migalha 19 ] 53 AFIRMAÇÕES [ A ] A imigração que define essa localidade é reafirmada pela bandeira do Reino da Itália. [ B ] Há um local para lazer, marcado por um conhecido brinquedo. [ C ] Componentes de uma banda militar, com instrumentos musicais, observam o que se passa mais abaixo. [ D ] Pessoas com guarda-chuvas e sombrinhas protegem-se do sol. [ E ] O trabalho de um fotógrafo conta com o auxílio de um tripé. [ F ] É possível ver árvores e arbustos com bancos ao redor e também pessoas sentadas. [ G ] Componentes de uma banda militar, com instrumentos musicais, executam uma música para a plateia.[ H ] Um prédio comercial anuncia produtos em promoção. [ I ] Uma platibanda está decorada com o principal símbolo da maçonaria. [ J ] Num espaço coberto, autoridades estão de frente para a multidão de espectadores. [ K ] Um letreiro identifica que o evento é uma festa promovida pela União do Vale dos Agricultores, em 1932. [ L ] Pessoas com guarda-chuvas e sombrinhas protegem-se da garoa. [ M ] Uma estátua com uma figura feminina segura a chama da liberdade. [N ] O público aglomerado é formado por uma maioria de homens. 54 [ O ] Uma platibanda está decorada com uma representação religiosa. [ P ] Em meio à multidão, é possível visualizar meios de transporte. [ Q ] A imigração que define essa localidade é reafirmada pelo estandarte oficial da Alemanha. [ R ] Homens vestidos com paletó e gravata reforçam a importância da solenidade. [ S ] É possível observar prédios de arquitetura religiosa e comercial. [ T ] Uma construção ao fundo traz um letreiro, possivelmente com a palavra INDÚSTRIA. [ U ] Um letreiro identifica que o evento é uma festa de produto agrícola em 1932. [ V ] Mulheres usam vestidos folclóricos. [ W ] A imagem traz um evento ocorrendo em área urbana com a participação de um grande número de pessoas. [ X ] É possível ver crianças de diferentes idades que se divertem em um parque, marcado por um conhecido brinquedo. [ Y ] Uma das autoridades está fazendo a saudação fascista. 55 Documentos Documento 018 Me chame pelo meu nome Ficha técnica TIPO DE DOCUMENTO: Peça publicitária ORIGEM: Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em parceria com a Prefeitura de Curitiba. Disponível em: https://www.curitiba.pr.gov.br/noticias/campanha-de-curitiba-reforca-importancia-de-combater- capacitismo-e-aumentar-a-inclusao/66451. Acesso em: 24 fev. de 2025. CRÉDITOS: Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em parceria com a Prefeitura de Curitiba PALAVRAS-CHAVE: capacitismo, pessoas com deficiência 56 Documento 019 Angústia Alguns dias depois Marina me chamou para mostrar os objetos que tinha comprado. Não era quase nada: calças de seda, camisas de seda e outras ninharias. — Que é do resto? — Que resto? perguntou espantada. É só isto. Veja se as camisas estão bem-feitas, diga se as cores lhe agradam. — Muito boas, murmurei. — Mas você nem está olhando. — Para quê? Não entendo. O que vejo é que falta quase tudo. — Que se há de fazer? É a carestia. Em todo o caso julgo que você aprova… Que remédio! Havia de brigar com ela, dizer-lhe que tivesse juízo, explicar que sou pobre, não posso comprar camisas de seda, pó de arroz caro, seis pares de meias de uma vez? Seis pares de meias, que desperdício! Se ela suasse no veio da máquina ou aguentasse as enxaquecas do chefe na repartição, não faria semelhante loucura. Mas não despropositei, como o coração me pedia. — Está bem. Vamos comprar o resto. Faça economia, ouviu? Os cobres estão escassos. Sangrei mais quinhentos mil-réis. Depois sangrei duzentos, adquiri móveis em leilão e vesti-me de novo, porque as minhas camisas estavam esfiapadas e o paletó se cobria de nódoas . Marina aplaudia a transformação que se ia operando no meu exterior: — Precisa é mandar consertar essa gola. O corpo está bom. Os pés não prestam, com esses sapatos indecentes. Dê por visto um pavão. Ofereci a seu Ivo os meus sapatos cambados e reformei os pés. O dinheiro sumia-se, essas alterações chupavam-me as reservas acumuladas com paciência. Eu vivia preocupado, fazendo cálculos na rua. E ainda não havia comprado uma 57 lembrança para Marina. Liquidei a minha conta no banco, estudei cuidadosamente uma vitrina de joias, escolhi um relógio-pulseira e um anel. Saí da joalharia com vinte mil-réis na carteira, algumas pratas e níqueis. Mais nada. Apenas confiança no futuro, apesar dos encontrões que tenho suportado. (...) Ia cheio de satisfação maluca. Não tirava a mão do bolso, apalpava as caixinhas, sentia através do papel de seda a macieza do veludo. Na alvura do braço roliço a fita do relógio faria uma cinta negra; a pedrinha branca faiscaria no dedo miúdo. — Moisés me emprestará cinquenta mil-réis até o mês vindouro. Ao chegar à rua do Macena recebi um choque tremendo. Foi a decepção maior que já experimentei. À janela da minha casa, caído para fora, vermelho, papudo, Julião Tavares pregava os olhos emMarina, que, da casa vizinha, se derretia para ele, tão embebida que não percebeu a minha chegada. Empurrei a porta brutalmente, o coração estalando de raiva, e fiquei em pé diante de Julião Tavares, sentindo um desejo enorme de apertar-lhe as goelas. O homem perturbou-se, sorriu amarelo, esgueirou-se para o sofá, onde se abateu. — Tem negócio comigo? A cólera engasgava-me. Julião Tavares começou a falar e pouco a pouco serenou, mas não compreendi o que ele disse. Canalha. Meses atrás se entalara num processo de defloramento , de que se tinha livrado graças ao dinheiro do pai. Com o olho guloso em cima das mulheres bonitas, estava mesmo precisando uma surra. E um cachorro daquele fazia versos, era poeta. Aprumava-se, as palavras corriam-lhe facilmente, mas continuei a ignorar o que significavam. — Tem negócio comigo? repeti sem pensar que o tipo já havia provavelmente dado resposta. A loquacidade de Julião Tavares aborrecia-me. Uma voz líquida e oleosa que escorria sem parar. A minha cólera 58 esfriava, o suor colava-me a camisa ao corpo. A roupa do intruso era bem-feita, os sapatos brilhavam. Baixei a cabeça. Os meus sapatos novos estavammal engraxados, cobertos de poeira. Pés de pavão. Julião Tavares falou sobre a política do país. A enxurrada cobria-se de nódoas de gordura, que se alastravam. Ia lá discutir com aquele bandido? Ficha técnica TIPO DE DOCUMENTO: Romance ORIGEM: RAMOS, Graciliano. Angústia. ed. 95. Rio de Janeiro: Record, 2023, pp. 95-97. CRÉDITOS: Graciliano Ramos. GLOSSÁRIO: Nódoa: mancha. Cambado: torto, acalcado, que foi pisado com força. Defloramento : Fazer (mulher virgem) ”perder” a virgindade; Desvirginar. O artigo 267, do Código Penal de 1890, definia tal crime como o ato de “deflorar uma mulher de menor idade, empregando sedução, engano ou fraude”. PALAVRAS-CHAVE: brasil republicano, literatura 59 Documento 020 Carta de Helena Silva Stein para sua irmã Flávia Porto Alegre, 26 de maio de 1941 Flavinha querida, saudades! Respondo com carinho tua querida cartinha de 28 do mês passado e que só me veio às mãos ontem. Imagina! Quase um mês! Como se foram de enchente? Aqui em Porto Alegre foi um assunto muito sério! As águas atingiram a Rua da Praia. A zona que mais sofreu foi Navegantes, São João e Menino Deus. Foi até Floresta e Passo da Mangueira. Tia Maria saiu de casa. Nós quase que saímos, pois faltou uns quatro metros para chegar aqui em casa! Zilá e Carlos passaram várias semanas aqui, flagelados. A água lá foi um bom pedaço acima do assoalho. Este estragou-se completamente, ficando todo abaulado . A cidade esteve vários dias às escuras, sem água, sem leite, sem jornal, foi mesmo de assustar! A coitada da Belmira perdeu tudo, tudo... os móveis abriram-se todos, estragaram-se completamente. Os trens pararam e o telégrafo interrompeu. Estávamos simplesmente isolados do interior. Cinemas, colégios, Faculdade de Medicina e Direito ficaram cheios de flagelados e o governo sustentando todo o pessoal. Flagelados, 17.000! O professorado todo dando comida e cuidando deles. No Pão dos Pobres foi até ao segundo andar, quase cobriu a Igreja de Santo Antônio. Os meninos saíram e o prejuízo foi calculado em 5mil contos! Dizem que em São Jerônimo foi uma coisa horrorosa! Cachoeira do Sul, a não ser as lavouras, a cidade não sofreu nada, mas o arroz, perderam todo. Ficha técnica 60 TIPO DE DOCUMENTO: Carta ORIGEM: Carta de Helena Silva Stein (então com 16 anos) à sua irmã Flávia, residente no Rio de Janeiro - RJ.In.: MACHADO, Simone. ’Foi assustador’: carta de 83 anos detalha estragos da grande enchente de 1941 no Rio Grande do Sul. BBC Brasil [site], 18/5/2024. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c2898rxg1j9o.Acesso em 24 fev. de 2025. CRÉDITOS: Helena Silva Stein GLOSSÁRIO: Abaulado : que tem forma convexa, como a da tampa de um baú. Pão dos Pobres : A Fundação O Pão dos Pobres de Santo Antônio foi criada em 1895 para amparar as viúvas e os filhos das vítimas da Revolução Federalista. Atualmente, atende a 1,4 mil crianças, adolescentes e jovens. PALAVRAS-CHAVE: brasil republicano, história das cidades 61 Documento 021 Muito antes de Biden, Roosevelt já tinha desbravado Amazônia Quando o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pousar emManaus no domingo (17/11/2024), ele ganhará o status de primeiro presidente do país a visitar a Amazônia no exercício do cargo. Mas um outro famoso ex-presidente americano, Theodore Roosevelt, já pisou por lá, e de formamuito mais radical: fez uma expedição de 136 dias para desbravar um rio então desconhecido. Quando foi convidado a visitar a Amazônia, em 1913, Roosevelt, então com 55 anos, já não era mais presidente. Um ano antes, ele até tentara voltar à Casa Branca, sem sucesso: após dois mandatos consecutivos, de 1901 a 1909, perdeu a eleição de 1912 para o democrata WoodrowWilson (...) O convite para desbravar a Floresta Amazônica partiu de Lauro Müller, então ministro das Relações Exteriores do governo Hermes da Fonseca. Ele sugeriu que Roosevelt fosse acompanhado por um ex-colega da Escola Militar, Cândido Rondon. O coronel topou, mas impôs uma condição: não queria ser guia turístico de uma caçada esportiva e, sim, o líder de uma expedição científica. Enquanto Roosevelt coletaria espécies da flora e da fauna brasileiras para o acervo do Museu de História Natural de Nova York, Rondon investigaria a foz de um rio que, não por acaso, era chamado como rio da Dúvida – ninguém sabia ao certo onde ele desaguava. A expedição científica Roosevelt-Rondon (ou Rondon-Roosevelt, como preferem alguns) teve início em 12 de dezembro de 1913 e chegou ao fim em 27 de abril de 1914. Na comitiva de 22 homens, Roosevelt levou, além do filho, Kermit, de 25 anos, dois cientistas do Museu de História Natural, George K. Cherrie e Leo E. Miller, e um padre, John A. Zahm. A certa altura, Zahm chegou a ser convidado por 62 Roosevelt a voltar para casa. Motivo? Queria ser carregado numa padiola por indígenas do povo pareci. Já Rondon levou, entre os 18 homens de sua confiança, ummédico, um cozinheiro e um mateiro indígena. Além de três cachorros: Trigueiro, Cartucho e Lobo. A expedição foi repleta de perigos. A começar pelo rio. Descoberto em 1909 pelo próprio Rondon, tem 679 quilômetros de extensão e percorre três estados: nasce em Rondônia, atravessa o Mato Grosso e desemboca no Amazonas. Lá, torna-se afluente do Aripuanã. Quatro canoas foram tragadas por redemoinhos, levando boa parte dos mantimentos. Num deles, o remador Antônio Simplício da Silva, depois de fazer umamanobra arriscada a pedido de Kermit, morreu. Famintos e exaustos, os membros da expedição tiveram que talhar novas embarcações em troncos de tatajuba . ”A expedição precisava de gente que soubesse fazer canoa porque, mais cedo ou mais tarde, eles iam precisar”, explica o jornalista Pedro Libânio (...). ”Os expedicionários americanos cogitaram a hipótese de trazer canoas canadenses para o Brasil. Já imaginou? Não iam durar nem umminuto”. Em outro trecho da expedição, brasileiros e americanos, impedidos de seguir viagem pelo rio caudaloso, foram obrigados a arrastar as canoas floresta adentro. Para piorar, o cardápio da comitiva se resumia, por vezes, a apenas dois pratos: carne de macaco ou sopa de tartaruga. ”Roosevelt demonstrou menosprezo pelo homem da Amazônia ao afirmar que, por mais fortes e diligentes que fossem, os caboclos ribeirinhos não se comparavam aos hábeis lenhadores do Hemisfério Norte”, relata o historiador João Klug, (...) ”Para Roosevelt, a floresta tropical era uma espécie de barbárie que precisava de um choque civilizacional. A fauna brasileira era vista como inferior e não como diferente. Os jacarés eram animais horrendos que precisavam ser abatidos a todo custo”. 63 Três mortos e ataque de flechas A expedição teve ao menos três baixas: morreram, além de Simplício da Silva, o sargento Manoel Vicente da Paixão, por assassinato, e o soldado Júlio de Lima, que desertou. Paixão, o cozinheiro da tropa, suspeitou que Lima estivesse roubando comida. Acuado, Limamatou Paixão com um tiro de espingarda. ”O episódio ilustra bem o choque de mentalidades entre Rondon, um humanista, e Roosevelt, um pragmático. Enquanto Roosevelt queria executar o assassino, Rondon declarou que não havia pena de morte no Brasil. Por essa razão, o criminoso deveria ser julgado”, cita o cineasta Joel Pizzini (...) Enquanto os dois discutiam em francês – a única língua que ambos dominavam –, Lima correu para o mato e nunca mais foi visto. Suspeita-se que tenha sido atacado por indígenas ou devorado por onças. ”Questões levantadas por Rondon, como a convivência pacífica com os povos originários e o desenvolvimento autossustentável da Amazônia, seguem atuais”. O roteirista Igor Miguel Pereira (...) aponta outro episódio tenso: o dia em que a expedição foi alvo de flechas. ”Rondon, um descendente de indígenas, defendia o diálogo. Já Roosevelt, um autêntico caubói, buscava o confronto”, compara. ”Outro aspecto interessante é o contraste das visões de mundo. Para Roosevelt, a floresta era um desafio a ser vencido; para Rondon, ummeio de sobrevivência. Na Amazônia, Roosevelt descobriu que mosquitos e formigas podem ser bemmais desafiadores do que leões e rinocerontes. Entre um apuro e outro, Roosevelt ainda encontrou tempo para praticar seu passatempo favorito: a caça. Abateu onças, veados e jacarés. E também para contemplar a natureza. Ficou encantado, por exemplo, com a cachoeira de Utiariti, de 85 metros de altura. ”Não há na América do Norte, com exceção do Niágara, outra que se possa comparar em volume e beleza”, escreveu no seu diário. 64 Ao final, 30 quilos mais magro Em 27 de março de 1914, o ex-presidente americano se feriu numa pedra. Sua perna infeccionou e ele teve que ser operado às pressas, na casa de um seringueiro. Desesperado, chegou a suplicar a Rondon que seguisse viagem e o deixasse para trás. ”Em vários aspectos, o verdadeiro herói da expedição foi o médico José Antônio Cajazeiras. Se não fosse ele, Roosevelt teria morrido. Fez duas operações em condições bastante precárias”, elogia o jornalista americano Larry Rohter (...) Não bastasse, o ex-presidente americano ainda contraiu malária e sofreu com furúnculos pelo corpo. Nos últimos dias, não conseguia mais sentar e teve que ser conduzido de bruços sobre umamaca. Resultado: chegou a Manaus, a última parada da expedição, 30 quilos mais magro. Para não pegar malária, Rondon tomava, antes de cada refeição, uma dose de quinina . Naquele ano, quando lançou Nas selvas do Brasil (Through the Brazilian wilderness, no original), Roosevelt se referiu à Floresta Amazônica como ”natureza infernal”. Morreu no dia 6 de janeiro de 1919, de ataque cardíaco. Tinha 60 anos. Roosevelt dedicou o livro a Rondon: ”brilhante” e ”intrépido” foram alguns dos adjetivos usados. Comparou os mosquitos a ”pragas noturnas”, descreveu o tamanduá-bandeira como ”gigante comedor de formigas” e denominou as piranhas de ”os peixes mais ferozes do universo”. ”Das muitas imagens que analisei no Museu de História Natural, não vi nenhuma do Roosevelt dentro d’água. Seria medo de piranhas?”, indaga o historiador Sérgio Luiz Augusto de Andrade de Almeida (...) ”De todos os animais da fauna brasileira, nenhum incomodou mais o ex-presidente do que os mosquitos. Em várias imagens, aparece usando um chapéu de caçador com uma rede cobrindo o rosto. Dizia que os insetos eram o verdadeiro perigo da selva”. (...) Terminada a expedição, o rio da Dúvida foi rebatizado de Roosevelt. É tão caudaloso que, em 2018, Bruno Barreto tentou transformá-lo em locação, mas não conseguiu. O jeito foi rodar 65 O hóspede americano em outros cenários, como a Chapada dos Guimarães (MT). Na minissérie, Aidan Quinninterpreta Roosevelt e Chico Diaz, Rondon. ”Ninguémmorreu, mas chegamos perto várias vezes”, brincou o ator americano, por ocasião das filmagens. Um pequeno afluente tambémmudou de nome. Virou Kermit, em homenagem ao filho do ex-presidente. ”Nem Rondon, o maior conhecedor de rios da Amazônia, encontrou, antes ou depois, um rio tão difícil de ser explorado”, analisa o sociólogo José Augusto Drummond (...) ”Bem, se o objetivo de Roosevelt era experimentar nossa natureza selvagem, acho que ele foi plenamente alcançado”. Ficha técnica TIPO DE DOCUMENTO: Matéria jornalística ORIGEM: Adaptado de: BERNARDO, André. Muito antes de Biden, Roosevelt já tinha desbravado Amazônia. Portal Deutsche Welle, 16/11/2024. Disponível em: https://www.dw.com/pt-br/muito-antes-de-biden-roosevelt-j%C3%A1-tinha-desbravado- amaz%C3%B4nia/a-70797453. Acesso em: 20 jan. 2025. CRÉDITOS: André Bernardo, Deutsche Welle GLOSSÁRIO: Padiola : cama de lona portátil em que se transportam doentes ou feridos; maca. Mateiro : indivíduo que, por sua grande vivência em matas cerradas, trabalha como guia para outras pessoas. Tatajuba : árvore pertencente à família ‘Moraceae’, nativa das Guianas e do Brasil. Quinina : alcalóide com propriedades antitérmicas, antimaláricas e analgésicas, extraída da casca da planta Quina. PALAVRAS-CHAVE: brasil republicano, territórios, história da ciência 66 Documento 022 A Volta pra Casa Rincon Sapiência Conhecido também comoManicongo, certo? Eis aqui mais uma canção dedicada a toda classe trabalhadora Tão cansativa como a rotina de trabalho É aquele longo trajeto de ir e vir Vamo nessa! Trabalhadora voltando pra casa Perguntando pra Deus: ”por que não tenho asas?” Pra voar pelos ares e voltar para o lar A real, ônibus cheio dói só de pensar Na bolsa um livro novo, não tem condição Leitura na multidão, frustração Nove horas o trabalho é bemmais suave Que as duas horas balançando na condução O dia inteiro dando duro Uma volta cansativa, ainda desce bem no ponto mais escuro A violência subindo de nível Do receio da solidão A sensação da mulher é horrível Ela caminha, semblante preocupado Escuridão, o bar da rua se encontra fechado Quanto vale uma vida? Pensa no seu pivete Na bolsa tem a Bíblia, também tem canivete Faça o bem que o bem vai te merecer Mas ela sabe que o pior pode acontecer Namadrugada pelo bairro impera o sono Holofote quebrado, matagal, abandono Se ela atrasa, seu dinheiro será descontado E a firma, ao menos, oferece o ônibus fretado E a sua mente, quente, como brasa Só vai relaxar quando entrar dentro de casa 67 É hora de voltar pra casa Trabalhador só quer chegar bem Infelizmente não tem asas E precisa das ruas, e das linhas do trem A condução está tão cara Conforto é algo que não tem Mas o trabalhador encara essa rotina Sem nunca depender de ninguém Da casa pro trampo, do trampo pra faculdade O corpo exausto, apesar da pouca idade Sem novidade, a mesmice na rota Tentando ser um bom funcionário com boas notas Trabalhar, estudar, nem sempre se encaixa Nemmesmo no fim da aula o aluno relaxa Pensa na volta, no clima lá fora Ometrô não funciona por 24 horas Logo vem namente os lençóis E o busão vai parando nos pontos e nos faróis É feroz esse desafio Manhã, tarde ou noite, é raro um busão vazio Ele se adianta, violência espanta Sua família ansiosa o espera pra janta A madruga é tensa quando um estouro canta Amãe já pensa coisas, dá um nó na garganta Ow, perigo em todos os lados Quanto mais dinheiro, vivemmais isolados A violência na cidade tem se espalhado Se isola mais ainda quem tem um carro blindado Andando com cuidado, os passos apertados Receio de sofrer abuso de um homem fardado Chegando em casa, ele se sente mais aliviado É recebido com o calor de um abraço apertado, ow É hora de voltar pra casa Trabalhador, só quer chegar bem Infelizmente não tem asas E precisa da ruas e das linhas do trem 68 A condução está tão cara Conforto é algo o que não tem Mas o trabalhador encara essa rotina Sem nunca depender de ninguém Ficha técnica TIPO DE DOCUMENTO: Videoclipe ORIGEM: Música: ”A Volta pra Casa” Composição, Interpretação e Produção Musical: Rincon Sapiência Arranjo de Cordas, Coprodução e Direção Musical: William Magalhães Selo: Boia Fria Produções CRÉDITOS: Composição, Interpretação e Produção Musical: Rincon Sapiência Arranjo de Cordas, Coprodução e Direção Musical: William Magalhães Selo: Boia Fria Produções PALAVRAS-CHAVE: brasil republicano, história da música 69 Documento 023 Efemérides Brasileiras “1809 – O Rio de Janeiro dos tempos coloniais tinha o aspecto de uma cidade do Oriente. As casas de um emais andares apresentavammuxarabis, isto é, rótulas em sacada (em francês moucharabi, segundo Maspero). Um edital, desta data, do intendente-geral de polícia, Paulo Viana, ordenou a remoção dos muxarabis dentro do prazo de oito dias, devendo ser substituídos por grades de ferro ou balaústres demadeira.” Ficha técnica TIPO DE DOCUMENTO: Trecho de Livro ORIGEM: Obras do Barão do Rio Branco VI: efemérides brasileiras. / Rodolfo Garcia, organizador – Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2012 [1891]. 968 p. Disponível em: https://funag.gov.br/loja/download/975- Obras_do_Barao_do_Rio_Branco_VI_Efemerides_Brasileiras.pdf. Acesso em: 25 fev. de 2025. CRÉDITOS: Barão do Rio Branco PALAVRAS-CHAVE: memorialismo, história das cidades 70 Documento 024 Uma História, 1819-1820 Ficha técnica TIPO DE DOCUMENTO: Gravura ORIGEM: Henry Chamberlain, Uma História. Vistas e costumes da cidade e arredores do Rio de Janeiro em 1819-1820. Segundo desenhos feitos pelo Tte. Chamberlain, da artilharia real durante os anos de 1819 a 1820 com descrições ; tradução e prefácio de Rubens Borba de Moraes. Rio de Janeiro: Livraria Kosmos, 1943, p. 100. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/227375. Acesso em: 22 jan. 2025. CRÉDITOS: Henry Chamberlain PALAVRAS-CHAVE: história das cidades, brasil imperial 71 Documento 025 Folk-lore do Brasil Central [...] Goyaz é como disse o mallogrado André Rebouças: - um Egypto que tem dois Nilos (o Tocantins e o Araguaya), mas que não tem desertos de areia, que é todo elle fertil, que tem ouro e diamantes, crystaes de rocha ao infinito, soberbas montanhas e planaltos de 1.000 a 2.000 metros de altitude, cobertos de gramineas campesinas e de odoriferas florestas povoadas das mais ricas madeiras do mundo. O nosso Far-West temmais de um ponto de analogia e semelhança com o dos Estados Unidos da America: traz no seio a virtualidade de um alto destino social e humano no irradiar da futura civilisação sul-americana. Mas a tapuirama que povoava o nosso, ao tempo da descoberta, não teve o seu Fenimore Cooper , nem os cowboys goyanos e mato-grossenses ainda nemmereceram as vistas e solicitudes de um Roosevelt nosso - historiador e geographo a um tempo, e que nos desse a conhecer a conquista desse oeste, onde se encontraram as três raças distinctas que amalgamadas e fundidas ao sol do sertão, produziram um typo inteiramente novo - o mestiço, que, por transformação physiologica, será o brasileiro d’amanhã, arbitro na extensão continental da Sul America. La é que o senhor Euclydes Cunha, com rara felicidade, encontraria o typo do véro sertanejo que não esse depauperado jagunço, pária da zona estreita da Bahia visinha do littoral e em contacto com o elemento estrangeiro, que nos vae desirracionalisando pelo cosmopolitismo crescente. Os nossos historiadores, que por ahi vivem eternamente a fazer sediças prelecções sobre a descoberta do littoral, a investigar quando as armadas vieram efectivamente, a explicar uma porção de pontos obscuros da vida de boçaes 72 donatarios das capitanias, esses, ou seja por ignorancia ou má vontade, ainda não tentaram o estudo dos motins políticos, das luctas de todo genero travadas no interior do Brasil, desde a dispersão do nucleo colonial dos campos de Itapiranga até a Independencia, como, por exemplo, o famozo 30 de maio, que em Cuyabá foi o exterminio completo, radical, da gente de baixo, como lá eram conhecidosos portugueses. Tal acontecimento teve mais consequencias e influiu mais na vida do Brasil central que a lucta entre paulistas e emboaras nas margens do Rio das Mortes, longamente celebrado pelo romancista Bernardo Guimarães. O norte de Goyaz esteve por muito tempo em armal, politicamente separado do sul, com a séde de um governo republicano a villa de Cavalcante. Episodio historico tão natural como esse na nossa vida política, nem sequer solicitou a penna dos publicistas que se têm occupado ás vezes dos mais insignificantes motins e rebelliões praieiras que se deram em outras provincias, sempre em foco, em todos os tempos. [...] Si, como disse um escriptor, “mais do que em suas superstições e festas, que são o seu lado excepcional, devemos estudar o povo no seu trabalho, que é a sua feição normal” - certo que foi lavrando as minas auriferas e diamantiferas, no interior do nosso paiz que a raça africana importada nos tempos coloniaes trabalhou mais, cantando, e, portanto, foi lá que ella mais cantou, e lá é que devemos procurar de preferência seus cantares, as suas superstições; e igualmente será nas zonas mais intensivamente pastoris e ganadeiras nossas, que se estendem de Minas até Goyaz e Matto Grosso, que havemos de estudar, em flagrante, a raça mestiça nos seus typos de vaqueiros, vestidos de couro, que pastoreiam o gado e conduzem as boiadas destinadas ao consumo nas cidades littoraneas. [...] A poesia lyrica, repassada de sentimentalismo, pode ser alli 73 melhor apreciada que ao norte ou sul do Brasil, pois somente na tradicional viola mineira de Queluz magico instrumento musical que excede ao cavaquinho nortistas e á guitarra serra do Rio Grande do Sul, é que reside o encanto inegualavel, a denguice indizivel dos ponteados, dos batuques e caterêos de Minas, oeste de S. Paulo, Goyaz e Matta Grosso [...] Comomuito bem observou Affonso Avinos, nos sertões goyanos a musica popular se irmana no seio do povo com os proprios hymnos e as cerimonias da egreja. Ficha técnica TIPO DE DOCUMENTO: Artigo de opinião ORIGEM: Adaptado de: SILVA, Henrique. “Folk-lore do Brasil Central”. Almanaque Brasileiro Garnier, n.º 13, ano IX, 1911, p. 412-416. Disponível em: https://hemeroteca-pdf.bn.gov.br/348449/per348449_1911_00013.pdf. Acesso em 26 fev. 2025. CRÉDITOS: Henrique Silva GLOSSÁRIO: Goyaz: Goiás. Malogrado: que não teve êxito. Odoríferas: que liberam odor. Far-West: Oeste distante, referência ao Oeste estadunidense. Fenimore Cooper : Político e escritor estadunidense do século XIX. Amalgamadas: misturadas. Depauperado: pobre. Cosmopolitismo: do contato com vários povos e nações. Sediças: rebeliões. Prelecções: explorações. Boçaes: ignorante. Emboaras: emboabas. Ganadeiras: guardadoras de gado. Irmana: une. PALAVRAS-CHAVE: brasil republicano, folclore, cultura popular 74 Documento 026 Recibo de pagamento por serviços prestados Transcrição “Rs12$500 Recebi do Sr. Diretor da Colônia Grão Pará a quantia de doze mil e quinhentos reis, proveniente do meu trabalho de 5 dias como camarada na expedição contra os bugres para a proteger os colonos. Orleans do Sul, 22 abril 1891. A rogo de Generoso Leandro Demetrio Paschoal Limorie Ficha técnica TIPO DE DOCUMENTO: Recibo ORIGEM: Arquivo do Centro de Documentação Histórica Plínio Benício (CEDOHI), Orleans/SC. BÖGER, Valdirene Borigon; GHIZZO, Idemar. Povos indígenas: registros dos povos Xoclengs em Orleans e região Sul Catarinense. Catálogo de exposição. Orleans: Gráfica do Lelo, 2024, p. 09. CRÉDITOS: Arquivo do Centro de Documentação Histórica Plínio Benício (CEDOHI) GLOSSÁRIO: Colônia Grão Pará : fundada em 1882 pela família imperial, foi um dos primeiros povoamentos do sul de Santa Catarina destinados a imigração. PALAVRAS-CHAVE: mundos do trabalho, indígenas 75 Documento 027 Descrição fantasiosa de animais da fauna brasileira Ficha técnica TIPO DE DOCUMENTO: Gravura ORIGEM: MONTANUS, Arnoldus. [Descrição fantasiosa de animais da fauna brasileira]. Amsterdã, 1671. Gravura em Metal, 31,4 x 20. Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin. Disponível em: https://www.brasilianaiconografica.art.br/obras/23727/descricao-fantasiosa-de- animais-da-fauna-brasileira. Acesso em: 6 fev. 2025. CRÉDITOS: Arnoldus Montanus PALAVRAS-CHAVE: brasil colônia, fauna 76 Documento 028 O mundo novo e desconhecido, ou descrição de americanos e sulistas Nessa ilha há também todos os tipos de macacos e símios, entre os quais há ummuito notável, chamado The Zimme Cayon , todo peludo, com uma longa barba branca, rosto de homem velho, orelhas calvas, olhos pretos e cauda longa, que eles enrolam em um galho e, assim, pendurados, balançam-se de uma árvore para outra; são muito ferozes e também elusivos , se forem feridos por uma flecha, atacam o inimigo sem o menor medo; Quando sobem nas árvores, enchem a boca e as mãos de pedras para atirar nos viajantes e, se algum deles for ferido, todos os outros que estiverem por perto o ajudam e tapam o ferimento com folhas e coisas do gênero; os jovens se penduram nas costas de suas mães, que corremmuito rápido com eles e pulam de uma árvore para outra. Juan Ardenois relata que os Coyons jogam certos jogos com os nativos por dinheiro e gastam o que ganham em bares. Joseph de Acosta nos conta que um desses tipos de criaturas, ao ser enviado a uma taverna para tomar vinho, não se separava de seu dinheiro antes de encher o pote, que ele defendia dos meninos que se ofereciam para tomá-lo, atirando-lhes pedras; e, embora gostasse muito de vinho, sempre o levava para casa sem provar. Não é menos maravilhoso o que Peter Martyr relata sobre uma dessas criaturas, a saber, que ao ver um sujeito pronto para disparar uma arma contra uma delas, antes que ele pudesse atirar, a mesma pulou da árvore e agarrou uma criança, segurando-a como um escudo diante de si. (Texto adaptado, itálicos e nomes próprios mantidos do 77 original). Ficha técnica TIPO DE DOCUMENTO: Excerto de Livro ORIGEM: Adaptado de: MONTANUS, Arnoldus. De nieuwe en onbekende weereld, of, Beschryving van America en ’t zuid-land : vervaetende d’oorsprong der Americaenen en zuid-landers, gedenkwaerdige togten derwaerds, gelegendheid der vaste kusten, eilanden, steden, sterkten, dorpen, tempels, bergen, fonteinen, stroomen, huisen, de natuur van beesten, boomen, planten en vreemde gewasschen, Gods-dienst en zeden, wonderlijke voorvallen, vereeuwde en nieuwe oorloogen : verciert met af-beeldsels na ’t leven in America gemaekt. [O mundo novo e desconhecido, ou descrição de americanos e sulistas, passeios memoráveis pelo mundo, validade das ilhas continentais, cidades, fortalezas, aldeias, templos, fontes de Berger, riachos, casas, a natureza dos animais, árvores, plantas e cultivo Colheitas, Deus]. Amsterdam: Jacob Meurs, 1671. Disponível em: http://archive.org/details/denieuweenonbeke00mont. Acesso em: 5 fev. 2025. CRÉDITOS: Arnoldus Montanus GLOSSÁRIO: Elusivo: que tende a esgueirar-se ou esquivar-se habilmente. PALAVRAS-CHAVE: brasil colônia, fauna 78 Documento 029 Humanae I ©Humanae por Angélica Dass, 2012-Trabalho em curso. Ficha técnica TIPO DE DOCUMENTO: Fotografia OBSERVAÇÃO: Agradecemos Angélica Dass por gentilmente ceder a imagem para uso na ONHB. A ONHB tem autorização para a utilização em sua prova e não se responsabiliza pelo uso indevido da obra, cabendo a quem pretende reproduzir o material entrar em contato com o detentor de direitos legais sobre o documento. ORIGEM: Humanae. Angélica Dass. Cedido pela autora. CRÉDITOS: Angélica Dass PALAVRAS-CHAVE: fotografia, pesquisa sociológica 79 Documento 030 Humanae II ©Humanae por Angélica Dass, 2012-Trabalho em curso. Ficha técnica TIPO DE DOCUMENTO: Fotografia OBSERVAÇÃO: Agradecemos Angélica Dass por gentilmente ceder a imagem para uso na ONHB. A ONHB tem autorização para a utilização em sua prova e não se responsabiliza pelo uso indevido da obra, cabendo a quem pretende reproduzir o material entrar em contato com o detentor de direitos legais sobre o documento. ORIGEM: Humanae. Angélica Dass. Disponívelem: https://angelicadass.com/pt/. Acesso em: 24 fev. de 2025. CRÉDITOS: Angélica Dass PALAVRAS-CHAVE: pesquisa sociológica, fotografia 80 Introdução Questões 12 / Questão 13 / Questão 14 / Questão 15 / Questão 16 / Questão 17 / Questão 18 / Questão 19 / Questão 20 / Questão 21 / Questão 22a / Tarefa 22b / Tarefa 22c / Tarefa Documentos 018: Me chame pelo meu nome 019: Angústia 020: Carta de Helena Silva Stein para sua irmã Flávia 021: Muito antes de Biden, Roosevelt já tinha desbravado Amazônia 022: A Volta pra Casa 023: Efemérides Brasileiras 024: Uma História, 1819-1820 025: Folk-lore do Brasil Central 026: Recibo de pagamento por serviços prestados 027: Descrição fantasiosa de animais da fauna brasileira 028: O mundo novo e desconhecido, ou descrição de americanos e sulistas 029: Humanae I 030: Humanae II