Relatório Cientifico do Programa Sniffy 2.0

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RELATÓRIO CIENTÍFICO: CONDICIONAMENTO OPERANTE
Manaus-AM
2015
DAYVISON DAS CHAGAS CARDOSO
ISABELA CRISTINA ALMEIDA SOUZA
RELATÓRIO CIENTÍFICO: CONDICIONAMENTO OPERANTE
Relatório das atividades de laboratório da disciplina de Psicologia Experimental, ministrada pela Professora Luciana Sjlender, para obtenção da nota de Grau 2 referente ao segundo período de Psicologia.
Manaus-AM
2015
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	5
METODOLOGIA	7
Sujeito:	7
Ambiente:	7
Procedimento:	8
REGISTRO DO NIVEL OPERANTE	9
Min	9
Pressionar a barra	9
Tocar a barra	9
Farejar	9
Levantar	9
Limpar-se	9
RESULTADOS	11
REGISTRO DE NÍVEL OPERANTE – DESENVOLVIMENTO CONTÍNUO DE CONDICIONAMENTO	14
ANEXO	16
CONCLUSÃO	17
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA	18
RESUMO
Dentre todas as teorias que estudam o comportamento humano e sua aprendizagem, o Behaviorismo sempre teve destaque ao ir além na ênfase da interação com o ambiente. O comportamento dos ratos é estudado pois nos fornece informações similares ao comportamento humano, no quesito modelagem principalmente. A fisiologia de ambos é parecida em algum grau.  Skinner foi o propulsor da explicação do comportamento humano e animal através da observação. E é essa proposta que o simulador Sniffy Virtual Rat abrange ao demonstrar o condicionamento clássico ou resposta emocional condicionada, o CER, ou ainda, a supressão condicionada. A observação é fácil a partir deste, tanto quanto o manuseio e o custo da manutenção com o objetivo de demonstrar como o indivíduo age sobre o seu meio, ou seja, em termos simples: a interação do sujeito com o meio e sua resposta.  Com uma grande contribuição para o aprendizado na formação acadêmica, através desta experiência é possível constatar o poder da modelagem e outros termos behavioristas em termos práticos.
Palavras-chave: Behaviorismo; rato virtual; modelagem; condicionamento operante
INTRODUÇÃO
"O rato virtual - Sniffy Pro, é um programa de computador, acompanhado de um anual de laboratório, que tem como proposta servir de recurso didático aplicado ao ensino introdutório de Análise Experimental do Comportamento, em especial às atividades práticas normalmente desenvolvidas em laboratório de condicionamento operante que empregam ratos como sujeitos e caixas de Skinner como equipamento experimental." (ECKERMAN; TOMANARI, 2003, p. 1569)
O condicionamento operante começou a ser pesquisado há mais de um século. A prática do mesmo é feita através do programa Sniff, desenvolvido em dupla, supervisionado dentro de laboratório pela professora de psicologia experimental Luciana Sjlender. Os resultados são obtidos com o decorrer da atividade sendo todos satisfatórios e seguindo a linha constante do que deveria ser trabalhado. O condicionamento é concluído mostrando as etapas do objetivo da atividade, modelagem e extinção. O pensador pioneiro foi B. F. Skinner (1904-1990) levando a outro nível de pesquisa sua crença na possibilidade de controle e molde do comportamento humano. 
Skinner Sua obra é a expressão mais célebre do behaviorismo, corrente que dominou o pensamento e a prática da psicologia, em escolas e consultórios, até os anos 1950. O behaviorismo restringe seu estudo ao comportamento (behavior, em inglês), tomado como um conjunto de reações dos organismos aos estímulos externos. Seu princípio é que só é possível teorizar e agir sobre o que é cientificamente observável. Com isso, ficam descartados conceitos e categorias centrais para outras correntes teóricas, como consciência, vontade, inteligência, emoção e memória - os estados mentais ou subjetivos. 
A teoria do conexionismo que explica o modo que os organismos estabelecem associações de situações e respostas da aprendizagem humana foi criada por Edward Lee Thorndike. Seguindo essa linha de contexto e historicidade no final do século XIX e no início do século XX, um fisiologista da Rússia chamado Iva Pavlov iniciou seus estudos de fisiologia do sistema gastrointestinal descobrindo o reflexo condicionado. Uma das primeiras abordagens realmente objetivas e científicas no estudo da aprendizagem fornecendo um modelo verificável e explorando de inúmeras maneiras com a metodologia da fisiologia.
O estudo científico proposto por Watson do consumidor e seu comportamento sob condições laboratoriais e foco nas pesquisas. O fato observável sobre os organismos animais, incluindo seres humanos, ajustados em seus ambientes por equipamentos de hábitos e hereditários. 
O sistema de psicologia de Skinner é sob muitos aspectos um reflexo das suas primeiras experiências de vida. Ele considerava a vida um produto de reforços passados e afirmava que a sua própria vida fora tão predeterminada, organizada e ordeira quanto o seu sistema ditava que todas as vidas humanas fossem. Ele acreditava que todos os aspectos da sua experiência pessoal remontavam apenas a fontes ambientais.
Analisando a criação de seus conceitos por teóricos, destaca-se o condicionamento: uma forma de aprendizagem onde há o emparelhamento de estímulo neutro com reflexo eliciador de respostas; o Reforçamento, que são eventos que tornam maior frequência nas reações. E em terceiro, a modelagem, descrita como: “É uma técnica usada para se ensinar um comportamento novo por meio de reforço diferencial de aproximações sucessivas do comportamento-alvo”. (MOREIRA; MEDEIROS, 2007, p.62). Conclui-se então que a modelagem é um processo progessivo de estímulo e resposta direcionado à um determinado objetivo, como o que será relatado a seguir.
METODOLOGIA
Sujeito: 
Sem nenhum comando e pratica previa, o rato virtual exposto pelo programa de computador Sniffy, de cor branca, sexo indefinido, recebeu o nome de Coccoroto. O experimento se deu início em uma quinta-feira, no dia 29 de outubro como proposta de aprendizado prático sobre condicionamento operante na aula de Psicologia Experimental. Após o início do experimento, o rato foi observado por 20 minutos constantes, seccionado em período de 60 segundos.
Ambiente:
Laboratório de informática localizado no segundo andar da Universidade Luterana do Brasil, sede Manaus, de tamanho mediano, climatizada, com computadores atualizados e enfileirados e organizados em quatro filas, onde eram dispostas duas cadeiras para formação de dupla de examinadores por cada computador. Além do ambiente apropriado para o estudo na estrutura física, também foi disponibilizado estrutura acadêmica, o experimento foi acompanhado e orientado pela professora e psicóloga especializada apta à guiar com maestria e excelente docência até a conclusão. Coccoroto teve seu ambiente montado no mundo virtual, simulação da famosa caixa de skinner.
Material e instrumento:
A réplica da caixa de Skinner foi criada pelo programa de experimento na versão 2.0, de coloração acinzentada, portando bebedouro, barra, recipiente para deposito de comida, lâmpada e auto falante. Material e instrumentos necessários para a criação da experiência ser tão real quanto virtual. O computador utilizado foi do próprio laboratório, folhas de registros para cada exercício foram especificadas e preenchidas por canetas esferográficas.
Procedimento:
O total de dias dentro de laboratório foram 4, divididos nas quintas-feiras do mês, com duração aproximada de 2 à 3 horas. Primeiramente, o condicionamento foi iniciado com o treino ao comedouro, garantindo que o sujeito se mantivesse perto do local. Na segunda sessão, o alimento só era liberado se o animal se levantasse próximo ao comedouro, mudando e redefinindo o condicionamento. Na terceira e penúltima semana o alimento só era dado com o pressionar da barra, após o novo condicionamento, foi iniciado a fase de extinção, processo que foi terminado na quarta e última semana. 
Nível operante:
A folha de registro 1, ilustrada abaixo, é a observação sobre o nível operante com a finalidade de comparação para sabermos da intervenção feita no comportamento. É a forma como o sujeitoopera sobre o ambiente antes de qualquer intervenção experimental, ou seja, é como os organismos comportam-se em um determinado ambiente antes de qualquer manipulação deliberada seja feita para modificar seu comportamento (MEDEIROS; MOREIRA, 2007).
Os comportamentos de pressionar barra, foram registrados com o toque de uma ou duas da patas do animal gerando barulho no funcionamento da barra; tocar a barra, foi considerado a aproximação do rato sem o barulho gerado; farejar-se, a aproximação do focinho de algo no ambiente; levantar-se, sempre que Coccoroto se apoiava nas patas traseiras; limpar-se, o esfregar das patas dianteiras na cabeça ou no focinho. Obtendo assim uma linha de base do comportamento do sujeito experimental.
	REGISTRO DO NIVEL OPERANTE
	Min
	Pressionar a barra
	Tocar a barra
	Farejar
	Levantar
	Limpar-se
	01
	
	
	///
	/////
	//////////
	02
	
	
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	/////
	//////////
	03
	
	
	////////
	/////
	///////
	04
	
	
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	////////
	05
	/
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	////
	/
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	06
	
	/
	///////
	
	////////
	07
	
	
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	///
	///
	08
	
	/
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	//
	////////
	09
	
	
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	///
	/////
	10
	/
	
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	///////
	11
	
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	///////
	12
	
	
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	13
	
	
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	//
	////////
	14
	
	/
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	15
	
	
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	16
	
	
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	17
	
	
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	18
	
	
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	/
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	19
	/
	
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	20
	/
	
	//////
	
	//////
	TOTAL
	4
	6
	202
	62
	131
Treino ao comedouro:
“Quando um novo comportamento é aprendido, ele deve ser fortalecido, ou seja, deve ser reforçado continuamente para que sua aprendizagem seja consolidada” (MEDEIROS; MOREIRA, 2007) 
O treino ao comedouro, foi iniciado logo após com o objetivo de fazer o ratinho virtual ir ao lugar certo ao ouvir o barulho da barra sendo pressionada. 
Em primeiro momento, foi preciso acostumar Coccoroto a se aproximar do comedouro, e associando o barulho ao alimento. A barra era acionada com a proximidade do mesmo, mantendo-o perto do local como era planejado. Ao ouvir o ruído, o rato já se direcionava ao local automaticamente. Possibilitando a passagem ao próximo estágio.
Modelagem:
A obtenção da modelagem nesta etapa foi obtida quando Coccoroto aprendeu a pressionar a barra. Inteiramente ligada à forma de aprendizagem, o rato aprendeu uma nova forma de comportamento operante. Em suma, as consequências do ambiente para alguns comportamentos, e não para outros agiu como o reforço diferencial ensinado por Skinner, aumentando também a aproximação sucessiva. 
Extinção:
A consequência específica de comportamento é retirada do ambiente, no caso do Coccoroto, a comida. Com objetivo de diminuir ou extinguir o comportamento operante aprendido até então, o apertar da barra para obtenção de comida, foi retirada a variável que mantinha a frequência de pressão a barra. O oposto que fio produzido na modelagem foi trabalhado, ou seja, o pressionar da barra não liberada mais a comida. A ocorrência foi aumentada, atingindo o ápice e enfim, diminuído.
RESULTADOS
O condicionamento operante nada mais é do que um mecanismo de premiação a uma determinada resposta recebida de um indivíduo até ele ficar condicionado a associar a necessidade à ação. O exemplo trabalhado na pesquisa ainda é o mais conhecido: o rato faminto pressionando a barra para obter alimento. 
Os resultados começaram a ser satisfatórios logo entre 40min e 1 hora durante as sessões, ao dividir o condicionamento em etapas onde primeiramente foi ensinado a proximidade da barra com o alimento, depois o desenvolvido o hábito de levantar nas paredes da caixa e por último o pressionar da barra para liberar o alimento. Já na extinção, onde nenhuma consequência é programada para qualquer uma das respostas, o ratinho virtual demorou bastante tempo usando aproximadamente 2 horas para extinguir o comportamento totalmente, apresentando também certa concentração no movimento de pressionar a barra, aumentando consideravelmente a porcentagem registrada no auxiliar do programa: cumulative record:
O Sniffy foi configurado e inicializado. Foi perceptível que o ratinho repetia inúmeros movimentos, que mesmo que virtual, eram comuns a um rato. Esses movimentos foram observados, tais movimentos: andar para frente ou para trás, coçar o nariz, subir na parte da frente da caixa, ir ao dispensador de comida, cheirar o chão, andar para o lado esquerdo ou lado direito da caixa e ficar em pé na parte de traz da caixa. Estes movimentos repetiram por várias vezes. No segundo estágio foi iniciado a numerar quantas vezes os movimentos se repetiram, durante o tempo cronometrado que foi de 20 minutos conforme descrito na tabela:
	COMPORTAMENTO
	INCIDÊNCIA
	Ir ao dispensador de alimentos
	18 vezes
	Coçar o nariz
	32 vezes
	Ficar em pé na parte da frente
	10 vezes
	Ficar em pé na parte de trás 
	16 vezes
	Andar para frente da caixa
	23 vezes
	Andar para trás da caixa
	18 vezes
	Limpar-se
	30 vezes
O procedimento de aquisição do condicionamento clássico consiste em apresentações repetidas do estímulo condicionado, um pouco antes do estímulo incondicionado. Como consequência desse pareamento repetido de estímulo, o condicionado adquire gradualmente a capacidade de eliciar uma nova resposta aprendida, ou seja, a resposta condicionada. Normalmente, a resposta condicionada se parece com o estímulo incondicionado, no sentido que o estímulo condicionado é formado por certos componentes do estímulo incondicionado. No final do processo, quando a luz ou o som era acionado, o rato estava condicionado a acionar a alavanca atrás da obtenção de alimento.
Na extinção, foi observado o comportamento de Coccoroto ao sair seu estímulo específico, o alimento. Procedimeto foi demorado, exigindo mais tempo e atenção. Por fim, o registro final é ilustrado a seguir:
REGISTRO DE NÍVEL OPERANTE – DESENVOLVIMENTO CONTÍNUO DE CONDICIONAMENTO
Primeiros 20 minutos computados, folha de registro 1 representada por gráfico:
Últimos 20 minutos antes da extinção, folha de registro 4 representada em gráfico:
ANEXO
Condicionamento operante ilustrado:
CONCLUSÃO
Este trabalho teve como objetivo o desenvolvimento prático do condicionamento operante visto anteriormente em sala de aula, mostrando e desenvolvendo o exercício do mesmo. Dividida em 4 aulas com duração de 3 horas, a experiência com o rato virtual Sniffy ao qual está relacionado a caixa de Skinner.
Tivemos a experiência de trabalhar diretamente com a teoria Behaviorista de Skinner, condicionar e modelar Sniffy como era feito em experimentos antigos, a partir daí procurando entender e trabalhar a parte pratica de toda a teoria que nos foi dada nas aulas de Psicologia Experimental A aula que nos foi transmitida em laboratório de informativa serviu de grande ajuda para fixar a teoria Behaviorista e retirar qualquer dúvida a qual ficasse pendente com os acadêmicos de Psicologia.
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
WILSON, Greg; GRAHAM, Jeff; ALLOWAY, Tom. Sniffy, o rato virtual: versão pro 2.0. São Paulo: Thomson Learning, 2006.
ECKERMAN, David Alan; TOMANARI, Gerson Yukio. O Rato Sniffy Vai à Escola.
MOREIRA, Márcio Borges; MEDEIROS, Carlos Augusto de Artmed. São Paulo: Artmed, 2007.