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CENTRO UNIVERSITÁRIO DOM BOSCO PSICOLOGIA EMANOELE XAVIER DAVILA RELATÓRIO EXPERIMENTAL 01 Nível Operante CURITIBA/PR 2020 EMANOELE XAVIER DAVILA RELATÓRIO EXPERIMENTAL 01 Nível Operante Relatório experimental apresentado como requisito parcial para obtenção da aprovação na disciplina de Análise do Comportamento, no Curso de Psicologia do Centro Universitário UniDomBosco. Prof. Amália Beatriz Dias Mascarenhas. CURITIBA/PR 2020 LISTA DE TABELAS Tabela 1. Tabela de Observação de Nível Operante.................................................10 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1. Gráfico de Observação de Nível Operante................................................10 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 6 2. REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................................. 8 3. MÉTODO DE PESQUISA ................................................................................................... 9 3.1. Instrumentos utilizados ...................................... Erro! Indicador não definido. 3.2. Local do experimento ............................................................. Erro! Indicador não definido. 3.3. Procedimentos ................................................... Erro! Indicador não definido. 4. RESULTADOS ..................................................................................................................... 10 4.1. Gráfico dos resultados .................................................................................... 11 5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ............................................................................... 11 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 13 7. REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 14 8. ANEXOS ................................................................................................................................ 15 8.1. Anexo A – Rascunho de Registro de Evento. ................................................. 15 8.2. Anexo B – Folha de Registro de Evento. ........................................................ 16 6 1. INTRODUÇÃO O termo Behaviorismo nasceu no ano de 1913, tendo como seu pioneiro o Norte American John B. Watson (1878-1958), o qual acreditava que a psicologia deveria ser a primeira ciência do comportamento observável, Watson ficou conhecido através de seus experimentos e pesquisas sobre condicionamento, bem como a Experiência do Pequeno Albert. (MOREIRA; MEDEIROS, 2019) Ao longo dos anos, enquanto a abordagem Behaviorista foi ganhando fama, ela também adquiriu novas e diversas vertentes, tais como o Behaviorismo Clássico, Metodológico, Mediacional e Radical, sendo atualmente, o Behaviorismo Radical de Skinner, o mais encontrado. (MOREIRA; MEDEIROS, 2019) Skinner, interessado pela linha de pensamento da psicologia que surgia em seu contexto histórico, baseando-se em Watson, iniciou seus estudos a cerca do comportamento, porém discordando de algumas ideias de Watson, Skinner fundou o Behaviorismo Radical, aceitando a introspecção com o comportamento verbal e acrescentando diversos pontos onde as linhas de pensamento se divergiam. (GUIMARAES, 2003) Skinner marcou profundamente toda a Psicologia americana (e, em consequência, a Psicologia mundial) do século passado e continua ainda hoje a ser amplamente estudado, discutido e a ter suas proposições ampliadas e revisadas. Uma de suas grandes realizações foi a “Caixa de Skinner”, que é tema-alvo pelo qual este relatório se voltará. (SAMPAIO, 2005) A “Caixa de Skinner” foi um instrumento para experiências com animais e foi através deste experimento que o psicólogo pode descrever os tipos de reforços. Essa experiência foi usada na modelagem de comportamentos e foi através da mesma que se pode notar a obtenção de novos comportamentos através do reforço e, ainda, que comportamentos indesejados foram extintos com o não reforçamento do comportamento. O objetivo geral do presente relatório é apresentar as discussões e conclusões a cerca das observações e registros de comportamento do sujeito experimental 3MADomBosco por meio de um experimento online da Caixa de Skinner. 7 Observar o comportamento operante baseado na relação sujeito-ambiente da fundamentação teórica da Análise do Comportamento, fazer a análise e quantificação dos estímulos atribuídos ao sujeito experimental e esclarecer os resultados obtidos pelo comportamento animal no experimento são os objetivos específicos deste relatório. 8 2. REVISÃO DE LITERATURA Um dos temas mais estudados na Psicologia é a aprendizagem, principalmente pelo fato da maior parte do comportamento humano ser aprendido. Além disso, sabe-se atualmente que todas as formas organizadas de vida animal aprendem, o que garante o aperfeiçoamento das experiências e o progresso da espécie (Braghirolli, Bisi, Rizzon & Nicoletto, 2002). Ainda conforme Braghirolli et al. (2002), a aprendizagem é muito complexa para se ter uma definição precisa e abrangente, faz¬-se necessário referir--se às suas consequências sobre a conduta para então caracterizá-la. Assim, a aprendizagem pode ser considerada como “qualquer mudança relativamente permanente no comportamento, e que resulta de experiência ou prática” (Morgan, 1977, citado por Braghirolli et al 2002, p. 120). Um tipo muito comum de aprendizagem é o condicionamento. Ele é responsável por muitos comportamentos e ocorre em grande parte sem que o sujeito esteja consciente do processo (Braghirolli et al., 2002). Existem dois tipos de condicionamento: o clássico e o operante. Eles envolvem a elaboração de associações, possibilitando o aprendizado de que certos eventos ocorrem juntos (Atkinson, Atkinson, Smith, Bem & NolenHoeksema, 2002). Em "The behavior of organisms" Skinner (1938) aprimora a distinção entre operantes e respondentes apresentada em trabalhos anteriores. É ainda uma definição sofrível: operante é todo comportamento para o qual não se identifica um estímulo eliciador, como nos reflexos de Pavlov, e é também o qual vamos colocar como foco no presente relatório. (Skinner, 1935b; 1937) Skinner (1938, p. 20): O tipo de comportamento correlacionado com estímulos eliciadores específicos pode ser denominado de comportamento respondente e uma correlação determinada um respondente. Pretende-se com isso que o termo tenha o sentido de uma relação com um evento prévio. Refiro-me ao comportamento que não está sob esse tipo de controle como operante e a qualquer exemplo específico como um operante. 9 Todos os comportamentos que foram observados e registrados são comportamentos operantes, pois o sujeito realizou propositalmente, operando de forma direta no ambiente. A teoria desenvolvida por Skinner, citada, por outros teóricos do comportamento, considera a importância da análise do comportamento operante do sujeito experimental para que, futuramente, ele possa ser devidamente condicionado. 3. MÉTODO DE PESQUISA O presente método conteve observação sistemática e quantificação dos dados, submetendo o sujeito experimental a condições administradas e pré- determinadas pelo condutor do experimento de acordo com o objetivo da pesquisa,para observação dos resultados produzidos pelas variáveis no sujeito experimental. 3.1. INSTRUMENTOS UTILIZADOS Foram utilizados: O computador da Profª Amália Beatriz para a transmissão do experimento; o software CyberRat; um computador próprio do estudante; uma folha de registros Nível Operante e uma caneta. 3.2. LOCAL DO EXPERIMENTO O experimento ocorreu em uma transmissão em tempo real por meio do computador da orientadora Amália, realizado pela plataforma Microsoft Teams, pela qual os estudantes acompanhavam através de seus computadores e celulares. 3.3. PROCEDIMENTOS O experimento foi realizado no dia 03 de abril de 2020, tendo início as 09h58 e finalizado as 10h28, com duração total de 30 minutos. Foi transmitido ao vivo pela orientadora Amália Beatriz Dias Mascarenhas, através da plataforma Microsoft Teams, utilizando-se do software CyberRat. O sujeito experimental foi nomeado como 3MADomBosco, pesando 290 gramas, sem nenhum treinamento prévio e com privação de água de 23 horas, tendo 0,10 ml de água como reforço. Durante a realização do experimento, os acadêmicos registraram em suas folhas alguns comportamentos de nível operante no sujeito experimental, os quais foram chamados de FAEL, que seriam representados por: Farejar (F); Andar (A); Elevar-se (E); Limpar- se (L) e Resposta de Pressão a Barra (RPB). Os comportamentos foram registrados minuto a minuto. 10 Eis as definições de cada comportamento: a) Farejar (F): este comportamento era sempre considerado quando o sujeito experimental inclinava seu focinho a qualquer região da caixa por mais de 1 segundo; b) Andar (A): era considerado andar quando o sujeito experimental se deslocava de uma extremidade da caixa a outra; c) Elevar-se (E): era demonstrado o comportamento de elevar-se quando o animal elevava seu corpo, ficando em pé apenas sobre as duas patas traseiras, alcançando o focinho na parte de cima da gaiola; d) Limpar-se (L): era demonstrado quando o animal juntava suas patas frente ao focinho e se “acariciava”, ou quando dirigia o focinho a alguma outra parte de seu próprio corpo por mais de 1,5 segundos; e) Resposta de Pressão a Barra (RPB): a RBP nada mais era do que o comportamento do animal de pressionar a alavanca mecânica que jazia dentro da caixa. 4. RESULTADOS De acordo com as regras pré-determinadas do atual experimento, os comportamentos de nível operante foram observados e registrados a cada minuto e transcritos em dados quantitativos na seguinte tabela: FOLHA DE REGISTRO Data: 03/04/2020 Horário do Experimento: das 09h58 às 10h28 Nome do Sujeito Experimental: 3MADomBosco Tempo RPB F A E L 30 minutos 1 130 57 46 25 De acordo com a tabela acima foi concluído que o sujeito experimental 3MADomBosco pressionou a barra 1 (uma) vez, farejou 130 (cento e trinta) vezes, 11 andou 57 (cinquenta e sete) vezes, elevou-se 46 (quarenta e seis) vezes e limpou-se 25 (vinte e cinco) vezes. 4.1. GRÁFICO DOS RESULTADOS Fonte: a autora, 2020. O gráfico acima apresenta a frequência de cada comportamento do sujeito experimental registrado por minuto. 5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Moreira e Medeiros (2019) afirmavam que o experimento da Caixa de Skinner consistia em, por observação direta, testar os efeitos da variabilidade ambiental sobre o comportamento de nível operante do sujeito experimental, os quais foram representados como: farejar (F), andar (A), elevar-se (E), limpar-se (L) e resposta de pressão a barra (RPB). Inicialmente o sujeito experimental se encontrava com 23 horas de privação de água e sem nenhum reforço ou pré-condicionamento. A sede e a falta de estímulos impulsionaram o animal a um comportamento mais exploratório em função da adaptação ao ambiente desconhecido, mantendo uma aleatoriedade em seu comportamento. Porém, é observável que, mesmo sem nenhum condicionamento ou reforço, o sujeito ainda assim demonstra uma resposta de pressão a barra no intervalo do minuto 25, sem ter consciência do reforço positivo que viria a ele. É notável no início do experimento o recuo que o animal apresenta, tendo um declínio inicial em seu comportamento, começando a investigar a caixa aos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Constância dos Comportamentos de Nível Operante Farejar Andar Elevar-se Limpar-se 12 poucos. Após o intervalo de 15 minutos é observável uma maior variabilidade comportamental, diminuindo a ação de andar (A) e aumentando as ações de farejar (F) e de se limpar (L), expondo uma possível ansiedade em relação ao contexto em que se encontra. O comportamento de farejar (F) também foi visto sendo constantemente alto em todo o experimento, dado em questão de seu instinto animal a procura intensa de água e de fuga. Snowdon (1999, p. 366) diz: Muitos problemas da sociedade humana estão frequentemente relacionados a interações entre ambiente e comportamento ou entre genética e comportamento. As áreas da Socioecologia e do Comportamento Animal lidam com a questão das interações comportamentais e do ambiente, tanto do ponto de vista imediato quanto do evolutivo. Um número crescente de cientistas sociais tem recorrido ao Comportamento Animal como uma base teórica para interpretar a sociedade humana e entender possíveis causas de problemas das sociedades. Nesse trecho, Snowdon nos incentiva a entender como os experimentos com animais podem ajudar a compreender de uma melhor forma o comportamento humano. É perceptível avaliar que através dos dados coletados por meio das experiências com animais é possível constituir uma base onde o analista do comportamento poderá se aprofundar utilizando de diversos contextos de nossa cultura e sociedade, tais como em clínicas, escolas, tratamentos psicológicos, organizações, esportes e etc. (MOREIRA; MEDEIROS, 2019). 13 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao final deste relatório pode-se concluir que todos os objetivos foram alcançados, sendo atingidos com êxito através da fundamentação teórica, atividade prática de observação e registro dos comportamentos de nível operante, conseguindo um melhor aprofundamento para entender a proposta inicial de Skinner e nos dando uma boa base para futuras atividades e experimentos. A experiência de confecção do relatório e de realização do experimento foram de grande ajuda e enriquecedoras de certa forma ao esclarecer bem os conceitos de comportamento operante na observação do sujeito experimental, vide que temos o atual tema registrado por agora, facilitando na execução de próximos experimentos onde iremos intervir devidamente no comportamento do sujeito por alterações ambientais, tendo o presente relatório como base para comparações futuras. Em resumo, a observação prática juntamente com a fundamentação teórica proporcionou um ótimo entendimento a teoria de Skinner sobre a adaptação animal ao se encontrar em um ambiente desconhecido, representada pelo comportamento operante. O relatório concluiu-se de modo satisfatório e ajudará como base para experiências futuras. 14 7. REFERÊNCIAS ATKINSON, Rita L. et al; Introdução à Psicologia de Hilgard. 13ª ed. Artes Médicas, Porto Alegre, 2002. BRAGHIROLLI, Elaine Maria. et al; Psicologia Geral. 22° ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2002. GUIMARAES, Rodrigo Pinto. Deixando o preconceito de lado e entendendo o Behaviorismo Radical. Psicol. cienc. prof. [online]. 2003, vol.23, n.3. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414- 98932003000300009&lng=pt&nrm=iso>. (Acesso: 27 abril. 2019). MOREIRA, Marcio B & MEDEIROS, Carlos A; Princípios Básicos de Análise do Comportamento. 2° ed. Porto Alegre: Artmed, 2019. SAMPAIO,Angelo Augusto Silva. Skinner: sobre ciência e comportamento humano. Psicol. cienc. prof. [online]. 2005, vol.25, n.3. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414- 98932005000300004&lng=en&nrm=iso>. (Acesso: 27 abril. 2019). SKINNER, B. F. Ciência e Comportamento Humano; 2ª ed. São Paulo: EDART, 1974. SNOWDON, C. T; O Significado da Pesquisa em Comportamento Animal. Estudos de Psicologia, 4 (2), 1999. 15 8. ANEXOS 8.1. Anexo A – Rascunho de Registro de Evento. 16 8.2. Anexo B – Folha de Registro de Evento. Intervalo de 1 min. RPB FAEL Observações 1 F F E A A F-2 / A-2/ E-1/L-0 2 A F E F E F F A F-4/A-2/E-2/L-0 3 A F A F F E F-3/A-3/E-1/L-0 4 A F A E F A F A F-2/A-4/E-1/L-0 5 F E E A E E E F E F-2/A-1/E-6/L-0 6 F E F A F F F-4/A-1/E-0/L-0 7 F E F E A E F E A F F-4/A-2/E-0/L-0 8 E F A F E E F E F E F-4/A-1/E-5/L-0 9 A F F F A E F F-4/A-2/E-5/L-0 10 F A F E F F-3/A-1/E-1/L-0 11 F E F F A A E F A F A E F-5/A-4/E-1//L-0 12 A F A F A F E F A F-4/A-4/E-1/L-0 13 F E A F F E F E F F F-6/A-1/E-3/L-0 14 F F F A F E F A F-5/A-2/E-1/L-0 15 A A L L L F A F F F-3/A-3/E-0/L-3 16 F F F F F F F-6/A-0/E-0/L-0 17 L L L L L L L F F E F-2//A-0/E-1/L-7 18 F A F L L L L L L F-2/A-1/E-0/L-6 19 F E F F F F F F F-7/A-0/E-1/L-0 20 F A F L L F F A F-4/A-2/E-2/L-0 21 F E A F F E A F-3/A-2/E-2/L-0 22 F E A F E F F E F E F F-6/A-1/E-4/L-0 23 A F L L L A E F F F A F F-5/A-3/E-1/L-3 24 E F F A E F F F F A F F-7/A-2/E-2/L-0 25 X E F A F E F F A F F-5/A-2/E-2/L-0 26 F E F F F F F A F F-7/A-1/E-1/L-0 27 F F F F E E F A F F F-7/A-1//E-1/L-0 28 F F L L L L F A F A F A F-5/A-3/E-0/L-4 29 E A F A F A F A E F F F F-6/A-4/E-2/L-0 30 F F A F A F-3/A-2/E-2/L-0 FOLHA DE REGISTRO - NÍVEL OPERANTE Data: 03/04/2020 Tempo do Exercício: das 10h05 às 10h35 Nome do Rato: 3MADomBosco
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