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02 - Comportamento Operante

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Comportamento Operante
A importância das consequências do comportamento
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Comportamento operante
“Os homens agem sobre o mundo, modificam-no e, por sua vez, são modificados pelas consequências de suas ações” (Skinner, 1957).
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Comportamento operante
Comportamento Reflexo: não abarca toda a complexidade do comportamento humano;
Importante, especialmente para o entendimento das emoções;
Alguns tipos de comportamento mais complexos que os reflexos produzem consequências no ambiente e são afetados por elas.
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Comportamento Operante
Comportamento operante:
Comportamento que “opera” no meio;
Comportamento que produz consequências ambientais e pode ser afetado por elas;
Comportamento operante é o principal interesse de estudo da Análise do Comportamento.
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Comportamento operante
Eliciar:
Estímulo provoca a resposta reflexa
Emitir:
Resposta tem uma probabilidade de ocorrer, em função das consequências
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Comportamento operante
Relação R  C
Contingência de reforço
Relação de dependência entre eventos
Relação “se...” “...então”
Se determinada resposta ocorrer...então a consequência será produzida
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Comportamento Operante
Exemplos:
Criança vai ao supermercado e faz birra:
Situação A: Mãe dá o brinquedo;
Situação B: Mãe bate;
O que acontece com a probabilidade do comportamento de birra (em uma próxima ida ao supermercado) nas situações A e B?
O brinquedo ou a palmada são consequências da resposta de birra emitida pela criança.
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Comportamento Operante
O importante, nesta análise, é o efeito das consequências sobre a probabilidade da resposta:
Se a resposta se tornar mais provável (frequente), dizemos que as consequências foram reforçadoras;
Se a resposta se tornar menos provável (frequente), dizemos que as consequencias foram aversivas (punitivas).
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Comportamento operante
Parte 1 – O reforço
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Comportamento operante
R C
Resposta do organismo
Modificação ambiental (consequência)
“Birra”
“Brinquedo”
Aumento na probabilidade da resposta
Consequência reforçadora
Depende da história comportamental do indivíduo
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Comportamento operante
Importância da história comportamental na explicação analítico-comportamental:
Por que a criança faz birra?
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Comportamento operante
Barra
Caixa de Skinner
R
Bebedouro (água)
Pressão à barra
C
Gota d`água
A resposta de pressão à barra produz...
...uma consequência especial: gota d’água.
Esta relação produz um efeito: aumento na probabilidade da resposta ser emitida no futuro.
Consequência reforçadora
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Comportamento operante
Novamente:
Por que o rato pressiona a barra?
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Comportamento operante
A explicação estará sempre baseada na história de reforçamento diferencial;
O que fazer para levar o organismo a se comportar da mesma maneira numa situação futura? 
Privar o organismo da conseqüência especial relacionada à resposta; 
O valor reforçador de um estímulo pode não resultar da privação, mas a frequência de respostas sim. 
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Comportamento operante
...a magnitude do efeito reforçador do alimento pode não depender do grau da privação. Mas a freqüência da resposta que resulta do reforço depende do grau de privação no momento em que a resposta for observada. (Skinner, 1953/1999; p.75)
QUE EVENTOS SÃO REFORÇADORES?
Para um estímulo adquirir a função reforçadora é preciso que ele participe de uma história que o estabeleça como estímulo reforçador; 
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Comportamento operante
Não podemos dizer que um estímulo é reforçador a priori;
Ex. masoquista
A única maneira de dizer se um estímulo é reforçador ou não, é através da experimentação;
Se a freqüência da classe de respostas aumentar em função do estímulo, então diz-se que ele tem função reforçadora;
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Comportamento operante
A única maneira de dizer se um dado evento é reforçador ou não para um dado organismo sob dadas condições é fazer um teste direto. Observamos a freqüência de uma resposta selecionada, depois tornamos um evento a ela contingente e observamos qualquer mudança na freqüência. Se houver mudança, classificamos o evento como reforçador para o organismo sob as condições existentes. (Skinner, 1953/1998; p.80)
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Comportamento operante
Dois tipos de estímulos reforçadores:
Estímulos reforçadores positivos:
Estímulos cuja APRESENTAÇÃO aumenta a probabilidade de emissão das respostas;
Ex. Boa nota na prova, beijo da namorada, salário ao final do mês.
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Comportamento operante
Relação analisada: probabilidade de do comportamento de comer da Magali.
Frequência: muito alta, em função da maçã.
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Comportamento operante
Dois tipos de estímulos reforçadores:
Estímulos reforçadores negativos:
Estímulos cuja RETIRADA aumenta a probabilidade de emissão das respostas;
Ex. Chuva, ameaças, nota ruim.
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Comportamento operante
Relação analisada: probabilidade de xingamento do Cebolinha em função do beijo da Mônica.
Consequência: evitar o beijo
Aumento na frequência de respostas de xingar
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Comportamento operante
Ambos são reforçadores e recebem esse nome porque aumentam a probabilidade de ocorrência de um dado comportamento;
Reforço ≠ Agradável.
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Comportamento operante
Reforçadores naturais vs. arbitrários:
Naturais: consequências diretas do comportamento do organismo;
Arbitrários: consequências indiretas do comportamento do organismo.
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Comportamento operante
Comportamento de estudar:
Situação A: aumenta de frequência quando as consequências são: nota, dinheiro, pontos, etc.  reforço arbitrário (situação mais simples de ser identificada);
Situação B: aumenta de frequência quando as consequências são: aprendizado  reforço natural (reforçadores são mais sutis; tendência a explicar o comportamento por meio de variáveis internas).
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Comportamento operante
Implicações do reforço arbitrário:
Deve ser utilizado? Devemos “comprar” o comportamento das pessoas?
O comportamento reforçado arbitrariamente tende a continuar sendo emitido em alta frequência quando as consequências arbitrárias não forem mais produzidas?
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Comportamento operante
Outras propriedades do reforço:
Diminuição da probabilidade de outros comportamentos (além do reforçado):
Pressão à barra de um rato, antes e depois do estabelecimento da relação resposta-reforçador.
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Comportamento operante
Outras propriedades do reforço:
Diminuição na variabilidade na topografia da resposta reforçada.
Respostas passam a ser mais estereotipadas;
Comportamento de dirigir, por exemplo.
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Comportamento operante
Seleção comportamental por meio do reforço:
Método eficaz de seleção de novos comportamentos (aprendizagem);
No caso de contingências de reforço positivo, observam-se poucos sub-produtos.
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Comportamento operante
IMPORTANTE: quando mais contíguo o reforço, maior a probabilidade de seleção comportamental.
Contiguidade: relação temporal, neste caso entre a emissão da resposta e a apresentação da consequência reforçadora.
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Comportamento operante
Ou seja: um reforçador, para ser efetivo, deve ser:
Contingente à resposta, isto é, produzido pela resposta (relação de dependência);
Contíguo à resposta, isto é, ser apresentado próximo temporalmente à emissão da resposta.
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Comportamento operante
A noção de seleção operante é importante porque:
Permite alterar a probabilidade de emissão de um comportamento a partir dos estímulos reforçadores relacionados ao mesmo;
É a partir do condicionamento operante que os “interesses” são produzidos nos indivíduos;
Interesse = probabilidade de respostas
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Comportamento operante
A seleção de “novos operantes” pode ser facilitada;
Observação: “novos” operantes é uma expressão que sugere “tudo ou nada”.
Ou o comportamento faz parte do repertório, ou não;
O comportamento é contínuo: não há nada que possa ser descrito como “nova resposta”  variações de operantes já selecionados.
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Comportamento operante
Um operante não aparece em sua “forma final” no momento de sua seleção;
É selecionado a partir de um processo contínuo e gradual de modelagem;
“Em nenhum ponto emerge algo que seja muito diferente do que o precedeu… Um operante não é algo que surja totalmente desenvolvido no comportamento do organismo. É o resultado de um contínuo processo de modelagem.” (Skinner, 1953/1998; p. 101) 
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Comportamento operante
Modelagem: reforçamento diferencial por aproximações sucessivas.
PROCESSO: reforçamento de aspectos levemente diferentes do comportamento semelhantes à forma final do comportamento a ser modelado.
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Comportamento operante
Barra
Caixa de Skinner
Bebedouro (água)
Resposta 1: aproximar-se da barra: SR+
Resposta 2: erguer-se em direção à barra: SR+
Resposta 3: colocar a pata sobre a barra: SR+
Resposta 4: pressionar a barra: SR+
Resposta “inicial” mais simples
Resposta “final”  mais complexa
Reforçamento diferencial por
aproximações sucessivas
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Comportamento operante
Modelagem é importante pois o comportamento “final” é muito improvável de ser emitido;
Sem a modelagem, ensinar padrões complexos de comportamento pode ser muito difícil ou mesmo impossível.
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Comportamento operante
Por exemplo, resolver uma conta aritmética complicada como:
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Comportamento operante
Aproximações sucessivas;
1+1 = 2 (reforço, comportamento selecionado)
5-2=3 (reforço, comportamento selecionado)
3x3=9 (reforço, comportamento selecionado)
4/2=2 (reforço, comportamento selecionado)
Até que....
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Comportamento operante
Funções da Modelagem:
Selecionar “novas” respostas: explicar e facilitar a seleção de novos padrões de comportamento;
“Saber como fazer alguma coisa”;
Tornar uma resposta mais eficiente;
“Fazer bem alguma coisa”  habilidade.
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Comportamento operante
Contingências de reforço podem selecionar, muitas vezes, padrões de comportamentos considerados “indesejáveis”:
Birra, manha, bagunça, agressividade, dependência…
Isto ocorre por que as contingências no dia a dia não são programadas. Algumas respostas são reforçadas por contingências acidentais.
“Aquilo que denominamos comportamento incômodo é em geral aquele comportamento especialmente eficaz em fazer outra pessoa agir.” (Skinner, 1953-1998; p. 108)
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Comportamento operante
Nem sempre as contingências de reforço são claras para a pessoa controlada por elas;
Ex. Experimento da estimulação elétrica;
Isso significa dizer que o comportamento pode ser controlado por variáveis que o indivíduo ao menos considera.
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Comportamento operante
Não podemos nos livrar deste levantamento simplesmente perguntando a uma pessoa o que a reforça. A resposta pode ter algum valor, mas de modo algum será necessariamente digna de confiança. Uma conexão reforçadora não precisa ser óbvia para o indivíduo reforçado. (Skinner, 1953/1998; p.83)
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Comportamento operante
Algumas considerações importantes:
Estímulos reforçadores variam entre as espécies, o que é reforçador para uma espécie pode não ser para outra;
Ainda considerando a mesma espécie, parece que em última análise o que estabelece o valor reforçador dos estímulos é a história de reforçamento diferencial pela qual o organismo passa.
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Comportamento operante
O estímulo que é reforçador para um indivíduo pode não ter a mesma função em outra situação;
Há, é lógico, amplas diferenças entre indivíduos, quanto aos eventos que se provam reforçadores. As diferenças entre espécies são grandes demais para despertar interesse; evidentemente, o que é reforçador para um cavalo não precisa ser reforçador para um cão ou homem. Entre os membros de uma espécie, as diferenças extensas parecem menos ser devidas a dons hereditários, e podem ser retraçadas devido a circunstâncias na história do indivíduo. (Skinner, 1953/1998; p.83)
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