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Aula 12 - NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família)


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NASF:
Núcleo de Apoio à Saúde da Família
Londrina, 2015.
Profª M.e Camila Louise Baena Ferreira
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eSF
1 NASF = mín 8 eSF/ máx 20 eSF
Núcleo de Apoio à Saúde da Família (modalidades NASF I, II e III)
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NASF 1
 (pelo menos 5 profissões)
Assistente social
Psicólogo
Farmacêutico
Fisioterapeuta
Fonoudiólogo
Educador físico
Nutricionista
Terapeuta ocupacional
Medico ginecologista
Médico psiquiatra
Médico homeopata
Médico acumputurista
Médico pediatra
-Mín: 200 horas semanais
- Entre 20 e 80h/s por profissional
NASF 2 
(municípios de menor porte)
3/4 eSF 
3 desses profissionais
Mínimo 120 horas/semanais
Entre 20 e 40 horas/s por profissional
NASF 3 
1/2 eSF
Mínimo 80 horas/semanais
Entre 20 e 40 horas/s por profissional
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Objetivo NASF
Ampliar a abrangência e o escopo das ações da Atenção Básica, bem como sua resolubilidade
Aspecto fundamental na atuação é o “fazer com” e não o “fazer por”
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Composição dos profissionais do NASF
É definida de acordo com a demanda e especificidades de cada território, no momento em que gestores, equipes de Saúde da Família e o Conselho Municipal de Saúde avaliam, em conjunto, a situação do território e suas necessidades
 Pactuação de apoio - avaliação conjunta da situação inicial do território
 - pactuação do desenvolvimento do processo de trabalho
 e das metas 
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Áreas temáticas prioritárias para o NASF
Atividade física
Práticas integrativas e complementares
Reabilitação
Alimentação e nutrição
Saúde mental
Serviço social
Saúde da criança
Saúde do adolescente e jovem
Saúde da mulher
Assistência farmacêutica
NÃO é porta de entrada!
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Competências comuns eSF
Mapear a área de atuação
Identificar grupos de risco na área de trabalho
Fomentar ações de promoção da saúde
Garantir o atendimento da demanda espontânea da população
Realizar busca ativa
Fazer as notificações compulsórias
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Ferramentas tecnológica NASF
Apoio à gestão
Pactuação do apoio
Apoio à atenção:
Apoio matricial
Clínica ampliada
Projeto Terapêutico Singular (PTS)
Projeto de saúde no território
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Apoio matricial
É uma técnica de atuação que visa a assegurar retaguarda especializada a equipes e profissionais encarregados da atenção a problemas de saúde. 
Duas dimensões:
Apoio assistencial: vai produzir ação clínica direta com os usuários
Suporte técnico-pedagógico: apoio educativo com e para a equipe de referência responsável pelo indivíduo, família ou território, através de discussões teóricas, dentro dos temas que a equipe julgar necessário. 
Possibilidades de ampliação do trabalho: nenhuma equipe de referência, por si só, poderá assegurar uma abordagem integral ao indivíduo e sua família.
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Cuidado! Não confundir com supervisão clínica.
Não se trata de transformar o outro em psicólogo, mas de compartilhar o saber psicológico de tal maneira que ele possa ser utilizado para melhor adequação das intervenções, respeitando as atuações e limitações compatíveis com cada categoria profissional.
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Clínica ampliada
É uma clínica compartilha, que pressupõe, dos diversos profissionais envolvidos, capacidade para o relacionamento interpessoal.
Proposta; evitar uma abordagem clínica que privilegie exclusivamente algum aspecto do conhecimento disciplinar. 
Ampliar a clínica significa ajustar os recortes teóricos de cada profissão às necessidades dos usuários. 
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Projeto Terapêutico Singular
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É um conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas, para um sujeito individual ou coletivo, resultado da discussão conjunta de uma equipe interdisciplinar
Geralmente é utilizado em situações mais complexas, nas quais todas as opiniões são importantes para ajudar na compreensão do sujeito e suas demandas de cuidados e para definir propostas de ações. 
Dividir responsabilidades, propiciar atuação integrada.
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Projeto de saúde no território
 O PST, a partir da identificação de uma área ou população vulnerável ou em risco, elabora um entendimento mais aprofundado da situação, articula os serviços de saúde com outros serviços e políticas sociais, funcionando como agregador de ações locais para a redução das vulnerabilidades num território determinado, de forma a investir na qualidade de vida e na autonomia de sujeitos e comunidades. 
É neste espaço coletivo que a comunidade, outros sujeitos estratégicos, lideranças locais, representantes de associações ou grupos religiosos e membros de políticas ou serviços públicos presentes no território, se apropriam, reformulam, estabelecem responsabilidades e pactuam o projeto de saúde para a comunidade. 
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Programa Saúde na Escola (PSE)
Política intersetorial: Saúde e Educação
Instituído em 2007. 
Público alvo: crianças, adolescentes, jovens e adultos da educação pública brasileira.
Cada nível de ensino prioriza ações diferentes
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Linha de ação/temas:
Avaliação antropométrica 
Verificação da situação vacinal
Saúde Bucal
Saúde Ocular
Saúde Auditiva
Desenvolvimento de Linguagem
Identificação de possíveis sinais relacionados às Doenças Negligenciadas e em Eliminação (hanseníase, tuberculose, malária...)
- Ações de segurança alimentar e promoção da alimentação saudável
Promoção da cultura de paz e Diretos Humanos
Saúde Mental
Saúde e prevenção nas Escolas: educação para a saúde sexual, saúde reprodutiva e prevenção das DST/aids
Saúde e prevenção nas Escolas (SPE): prevenção ao uso de álcool, tabaco, crack e outras drogas
Prevenção de acidentes
Saúde Ambiental
Práticas Corporais e Atividade Física 
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Atividades desenvolvidas pelo psicólogo
Avaliação psicológica
Articulação da rede de serviços/ visitas institucionais
Atendimento em grupo
Atendimento individual (casos mais complexos)
Consultas compartilhadas
Coparticipação em grupos não específicos de saúde mental
(Exemplo: asma, diabetes, tabagismo, dor crônica, gestante, puericultura, ativ. Física, hipertensos, cuidadores, idosos, etc)
Educação permanente
Reuniões de equipe ou UBS
Visita domiciliar
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Desafios
Defasagem entre o aprendizado da graduação e as reais demandas do exercício profissional na APS (o que já vem sendo superado)
1970-1980: iniciou inserção dos psicólogos nos serviços públicos
Pesquisa CFP (2008): atuação dos psicólogos na Atenção Básica
	63% consideram seu exercício profissional ligado às política públicas
	MAS...58% desconheciam a Declaração de Alma-Ata,
	o que evidencia o despreparo na formação para atuação na área
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Principais demandas da psicologia na Atenção Básica:
Profissionais da saúde:
UBS 
Policlínicas 
CAPS
Hospitais 
Profissionais da educação
Creches e escolas 
Profissionais da Assistência Social:
CRAS (Centro de Referência em Assistência Social)
CREAS
Adefil
Secretaria do Idoso
Outras instituições:
Ministério Público
Vara da Infância e Juventude
Demanda espontânea
Transtornos de humor e ansiedade
Transtornos Invasivos do Desenvolvimento (TDAH)
Situações de violência e vulnerabilidades psicossociais
Transtornos de humor e ansiedade
Conflitos familiares/ trabalho
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Estudos sobre a caracterização da atuação do psicólogo, no contexto da atenção primária no Brasil, mostram, de forma geral, uma atuação que não atende as demandas da saúde coletiva em função da transposição do modelo clínico tradicional sem a necessária contextualização que esse cenário requer.
O foco da Psicologia, no contexto da formação, é a clínica, mas esta formação se mantém tradicionalmente distante da evolução dos sistemas públicos de saúde.
Sendo assim, os profissionais de Psicologia enfrentam
o grande desafio de redimensionamento de suas práticas.
efetiva flexibilização das tecnologias para o desenvolvimento de práticas psicológicas condizentes com esse contexto de atuação
o psicólogo deve ser capaz de contribuir para a formulação e a implantação de novas políticas 
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Durante muito tempo, os cursos de Psicologia formaram profissionais apolíticos, e ressalta-se a necessidade da formação de profissionais críticos, e não somente técnicos. 
De fato, quantos cursos de Psicologia têm a questão das políticas públicas como eixo articulador? Quantos têm ao menos disciplinas que abordam as reformas, sanitária e psiquiátrica? 
	Sem tais discussões no processo de formação, os psicólogos tendem a não se ver como parte desse processo. O desenvolvimento de uma posição ética e política é uma das características necessárias para a sustentação do projeto do SUS e de uma atuação consistente na Estratégia de Saúde da Família 
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	O que se evidencia nessas discussões é a falta de conhecimento, por parte dos gestores, dos demais profissionais de saúde, dos próprios psicólogos e de seus representantes, do potencial das contribuições da Psicologia no nível primário de atenção e, sobretudo, dos aspectos essenciais que caracterizam um trabalho nesse nível.
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ESF ou NASF?
Movimentos da categoria dos psicólogos promoveram discussões acerca do papel do profissional de Psicologia na saúde coletiva, debatendo se este deve participar das equipes matriciais de apoio às equipes de saúde da família ou ser incluído nessas equipes e atuar segundo a Estratégia de Saúde da Família, na unidade local de saúde.
EQUIPE MÍNIMA!
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	Argumentos econômicos poderiam ser utilizados para justificar o modelo de apoio matricial, julgando que incluir outros profissionais na equipe mínima de saúde da família representaria um gasto muito grande.
Contudo, nesse sentido, o modelo de matriciamento corre o risco de, na prática, ser mais econômico que efetivo, o que, em última análise, deixa inclusive de ser econômico, uma vez que tudo o que se deixa de promover, prevenir e de tratar, na atenção básica, fatalmente sobrecarrega, em algum momento, os demais níveis de atenção. 
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Soluções?
ampliação do Programa Nacional de Reorientação da Formação em Saúde – Pró-Saúde (Portaria nº 3.019/2007) para os demais cursos de graduação da área da saúde, além dos cursos de Medicina, enfermagem e odontologia (PET saúde: estratégia do Pró Saúde)
Novos currículos nos cursos de graduação
	(incluindo estágios)
Residência em Saúde da Família
CREPOP/ CFP: Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas.
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Referências
	CREPALDI, Maria Aparecida; BOEING, Elisangela. O psicólogo na Atenção Básica: uma incursão pelas Políticas Públicas Brasileiras. Psicologia Ciência e Profissão, v. 30, n. 3, 2010.
	BARBOUR, Flavia Fusco. Possibilidades de atuação do psicólogo na atenção primária à saúde. In: BRUSCATO, Wilse Laura et al (org). Psicologia na Saúde: da atenção primária à alta compexidade, Casa do psicólogo: São Paulo, 2012.
	VIEIRA, Cibeli; OLIVEIRA, Walter de. O papel do psicólogo na Atenção Primária na era NASF: ações, concepções e perspectivas. In: ZURBA, Magda do Canto (org). Psicologia e Saúde Coletiva. Tribo da Ilha: Florianópolis, 2012.

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