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Administracao_financeira_3aulas

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Escola de Administração/UFRGS
Porto Alegre/RS www.ea.ufrgs.br
Administração Financeira
Aula 1
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Por que estudar finanças?
• Para dar suporte às diversas áreas de uma empresa
• Marketing
• Contabilidade
• Administração
• Analisar custo x benefício nas decisões
• Compreender as implicações financeiras dos planos 
estratégicos
• Entender as implicações de contratos financeiros 
estabelecidos
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Quais os objetivos da Administração Financeira?
1. Maximizar o lucro no longo e médio prazos
2. Manter a empresa em situação de liquidez => $$ 
disponível para cumprir obrigações
3. Identificar produtos e serviços que agreguem valor à 
empresa
4. Maximizar o valor de mercado do capital dos 
proprietários => o preço da ação
5. Obter recursos para expansão => com estudos de 
viabilidade econômica
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Decisões do Adm Financeiro
1. Planejar e gerir investimentos a longo prazo => 
elaborar orçamento de capital
2. Obter os financiamentos para sustentar os 
investimentos a longo prazo => combinar entre capital 
de terceiros e capital próprio => definir estrutura de 
capital 
3. Assegurar recursos para atividades de curto prazo => 
gerenciar o capital de giro
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Áreas de atuação da Adm Financeira
• Finanças Corporativas 
• Trata das atividades financeiras realizadas pelas empresas
• Investimentos
• Analisa a melhor composição para adquirir bens com riscos e 
retornos potenciais
• Instituições Financeiras 
• Engloba bancos e companhias de seguros enquanto 
agenciadores dos recursos de investimento
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Áreas de atuação da Adm Financeira
• Finanças Internacionais 
• Avalia taxas de câmbio e risco político associados às 
atividades de empresas que desejam atuar, ou atuam, fora 
do país => investimentos e requisitos legais 
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Finanças Corporativas (foco da disciplina)
• Questões mais importantes:
• Em quais investimentos aplicar a longo prazo?
• Como obter financiamento a longo prazo para 
pagar os investimentos?
• Como administrar as atividades financeiras 
cotidianas?
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Modalidades de organizações
• Firma individual:
• Propriedade de um único indivíduo
• Criação mais simples, com menos regulamentação
• Duração limitada pela vida do proprietário
• Responsabilidade ilimitada sobre as dívidas
• Lucro tributado como de pessoa física
• O capital próprio é limitado à riqueza do proprietário
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Modalidades de organizações
• Sociedade por Quotas: 
• Propriedade de 2 ou + indivíduos => sócios
• A responsabilidade é restrita ao montante de contribuição do 
sócio para o capital da sociedade
• Repartição dos lucros definida no contrato da sociedade
• Duração limitada por morte ou vontade do sócio
• O lucro é tributado sobre o rendimento do sócio 
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Modalidades de organizações
• Sociedade por Ações:
• Formada por uma ou mais pessoas físicas ou jurídicas 
(acionistas)
• Criada por estatuto => duração, finalidade e n°°°° de ações
• Entidade legalmente separada de seus proprietários
• Possuem muitos dos direitos, obrigações e privilégios de uma 
pessoa física => podem tomar dinheiro emprestado, possuir 
imóveis, processar etc
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Modalidades de organizações
• Sociedade por Ações:
• Toma dinheiro emprestado em seu próprio nome => 
acionistas têm responsabilidade limitada pelas dívidas => é o 
investimento realizado
• Fácil transferência da propriedade
• Para aumentar o capital, pode criar e vender ações
• Precisa recolher impostos => bitributação dos acionistas => 
ao receber os dividendos e ao reapresentá-los como 
rendimentos na declaração de IRPF
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Decisões financeiras básicas
• Investimento? => escolha de alternativas para aplicar 
recursos e dar à empresa capacidade de atingir os seus 
objetivos
• Financiamento? => definir estrutura ideal em termos de 
captar recursos necessários (interno x externo), dada a 
composição do investimento
• Utilização (destinação) do lucro líquido? => definir a 
destinação dos recursos gerados pela empresa
• Para acionistas?
• Reinvestimento?
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Relações de Agency
• Alguém contrata outra pessoa para cuidar dos seus 
interesses => acionistas contratam administradores 
financeiros
• Até que ponto os objetivos dos administradores estão 
alinhados com os objetivos dos acionistas?
• Remuneração
• Controle da empresa
• Questões éticas
• Takeover => mudança da propriedade societária
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Fluxos de caixa de/para a empresa
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Empresa investe 
em ativos
Ativos a curto e 
longo prazos
Mercados 
financeiros
Dívidas a curto 
prazo
Dívidas a longo 
prazo
Ações
Valor total dos Ativos da empresa
(Bens e Direitos)
Valor total 
da Empresa para investidores 
no Mercado Financeiro
(Obrigações)
A empresa emite títulos para levantar caixa
Caixa proveniente das 
operações com os ativos
Governo
Caixa reinvestidoo
Pagto de
dívidas e
dividendos
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Mercado Financeiro
• Reunião de compradores e vendedores de:
• Títulos de dívida
• Ações
• Mercado Primário => venda original do título/ação pelo 
proprietário para um investidor
• Mercado Secundário => venda de título/ação após a 
venda original, com troca de propriedade => realizada 
por um corretor => na bolsa de valores ou mercado de 
balcão (empresas não participantes da bolsa de valores)
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Administração Financeira
Aula 2
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Demonstrações Financeiras
1. Balanço Patrimonial (BP)
2. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 
3. Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC)
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1.Balanço Patrimonial (BP)
• Retrato da empresa em termos de valores contábeis em 
um dado momento (31/12 de cada ano), com 
detalhamento de:
• Ativos (A) => bens e direitos
• Passivos (P) => obrigações
• Patrimônio Líquido (PL) => riqueza efetiva => o capital 
próprio e dos acionistas
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Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Direitos a receber Pagamentos
Bens Patrimônio líquido
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Ativos (lado esquerdo do BP)
• Circulantes (AC) 
• Vida menor do que 1 ano
• A ser convertido em caixa 
• Estoques, contas a receber e caixa ($$)
• Ativo Não circulante (ANC)
• Vida maior do que 1 ano 
• Caminhão, computador => tangível (imobilizados) 
• Marca, patentes => intangível
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ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante 
Permanente Exigível a longo prazo 
Patrimônio Líquido 
Ativo Total Total (Passivo + PL) 
Ativo Não circulante
- Realizável a longo prazo
- Investimentos
- Imobilizado
- Intangível
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Passivos (lado direito do BP)
• Circulantes (PC)
• Vida menor do que 1 ano
• Contas a pagar 
• Exigível a longo prazo(ELP)
• Dívida com mais de 1 ano 
• Empréstimos em 2 anos
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ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante 
Permanente Exigível a longo prazo 
Patrimônio Líquido 
Ativo Total Total (Passivo + PL) 
Empréstimo => sem destinação específico
Financiamento => com destinação específica 
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Patrimônio Líquido (lado esquerdo do BP) 
• PL= Σ ativos - Σ passivos => capital próprio (dos acionistas)
• A lógica: Se uma empresa vender seus ativos e utilizaro 
dinheiro para pagar as dívidas, o valor residual pertence 
aos acionistas
• Ou Seja: Σ ativos = Σ passivos + PL
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ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante 
Permanente Exigível a longo prazo 
Patrimônio Líquido 
Ativo Total Total (Passivo + PL) 
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Capital de Giro Líquido (CGL)
• CGL= Σ AC - Σ PC => capital para atender às necessidades 
imediatas
• Em empresas saudáveis => CGL > 0
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Exemplo (em 1.000 R$)
• Uma empresa tem AC = 100, AP = 500, dívidas a curto 
prazo = 70 e dívidas de longo prazo = 200. 
• Como fica o BP?
• E o CGL?
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ATIVO PASSIVO
Circulante 100 Circulante 70
Permanente 500 Exigível a longo prazo 200
Patrimônio Líquido 330
Ativo Total 600 Total (Passivo + PL) 600 
CGL = AC – PC = 100 – 70 = 30
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Pontos importantes para analisar em um BP
a. Grau de Liquidez dos ativos
b. Uso de Capital próprio x capital de terceiros
c. Valor de mercado x valor de livro (contábil)
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Grau de liquidez
• É a velocidade/facilidade com a qual um ativo pode ser 
convertido em caixa
• Dimensões da liquidez:
• Facilidade de conversão x Perda de valor
• Exemplos:
• Ouro tem liquidez => mantém valor na conversão
• Um prédio não tem tanta liquidez => pode perder valor na 
conversão
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Grau de liquidez no BP
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Ativo Circulante
Caixa
Contas a receber
Estoques
Ativo Permanente
Tangíveis
Intangíveis
D
e
c
r
e
s
c
e
n
t
e
a) Quanto mais líquido o negócio da empresa, menor é a possibilidade 
da sua insolvência
b) Porém os ativos + líquidos são menos rentáveis
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Uso de Capital de terceiros x capital próprio
• Quanto mais dívida como % do ativo, maior o grau de 
endividamento de uma empresa
• A dívida funciona como uma alavanca => utilizá-la pode 
aumentar ganhos ou perdas 
• Aumenta o potencial de remuneração dos acionistas ou
• Aumenta o potencial de insolvência/falência
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Valor de mercado x Valor contábil
• Os valores dos ativos no BP são históricos (contábeis) e 
não de mercado
• Contabiliza-se no BP o valor de aquisição
• Por consequência, o valor do PL apresentado no BP e seu 
valor real não estão relacionados 
• O que interessa, o verdadeiro valor de um ativo, é o 
valor de mercado!
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Exemplo (em 1000 R$)
• Uma empresa possui AP com valor contábil = 700 e valor 
de mercado = 1.000. O CGL contábil = 400, mas se todos 
os AC fossem liquidados, seriam realizados por 600. A 
dívida a longo prazo em valor contábil é igual ao valor de 
mercado e = 500.
• Qual o valor contábil do PL?
• Qual o valor de mercado do PL?
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Exemplo (em 1000 R$)
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Em 1.000 R$ Valor Contábil Valor de Mercado
Ativo
CGL 400 600
AP 700 1.000
1.100 1.600
Passivo
Exigível a longo prazo 500 500
PL 600 1.100
1.100 1.600
PL = ATIVO - PASSIVO
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• Apresenta sínteses financeiras das atividades 
operacionais e não operacionais de uma empresa, 
demonstrando se há lucro ou prejuízo
• Detalha o resultado líquido por meio do confronto das 
receitas, custos e despesas apuradas, gerando dados 
significativos para tomada de decisão
• Elaborado anualmente (obrigação legal) ou mensalmente 
para fins gerenciais (acompanhamento)
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2.Demonstrativo do Resultado (DRE)
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Estrutura do DRE
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• Lucro = Receitas (R) - Despesas (D)
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Outro exemplo de DRE
Demonstração de Resultado (em milhões)
Vendas líquidas 1.509
Custo da mercadoria 
vendida
750
Depreciação 65
Lucro antes de juros e 
impostos
694
Juros pagos 70
Lucro tributável 624
Impostos 212
Lucro líquido 412
Dividendos 103
Adição a lucros retidos 309
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Exemplo 
• Suponha que essa empresa tivesse 200 milhões de ações 
no final do ano. Com base no DRE, qual o lucro por ação?
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Princípios contábeis e o DRE
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Receitas são reconhecidas no DRE na data de venda e não 
na data de pagamento
Para medir as receitas e confeccionar o DRE, utilizar o Regime de competência!
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Princípios contábeis e o DRE
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Despesas são registradas pelo regime de competência
Ou seja, as saídas de caixa podem ter ocorrido em 
momentos diversos do que aquele de registro da despesa
Conclusão:
Os números apresentados no DRE
podem não ser representativos das entradas e saídas de 
caixa 
ocorridos durante o período!
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• Muitas vezes uma empresa pode ter um grande volume 
de vendas com boas margens de lucro apresentados no 
DRE
• Porém, pode ter seus processos de pagamentos e 
recebimentos mal dimensionados, ficando sem 
disponibilidade de dinheiro em caixa em algum momento
• O acompanhamento do fluxo diário de $$ é realizado 
pelo Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC)
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Princípios contábeis e o DRE
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Itens não monetários e o DRE
• São despesas lançadas contra receitas e que não afetam 
diretamente o fluxo de caixa
• Razão pela qual o lucro contábil do DRE difere do fluxo de 
caixa
• Exemplo: Depreciação => é a desvalorização de 
determinados bens do Ativo Permanente, por desgaste 
decorrente do uso durante um certo período
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Itens não monetários
• Exemplo: depreciação de um veículo comprado
• O valor pago pelo veículo sai do caixa quando da sua 
aquisição
• O valor do veículo será depreciado ao longo do 
tempo
• A depreciação é linear, em 5 anos. Ou seja, o bem 
será depreciado em 20% ao ano
• Essa depreciação não é um fluxo de caixa e sim um 
valor contábil de desvalorização do item no tempo. 
A verdadeira saída ocorreu no momento da compra 
do veículo
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Itens não monetários
• Exemplo: depreciação de um veículo adquirido
Valor de aquisição do veículo = R$ 100.000,00
Ano 1: valor do veículo = R$ 80.000,00
depreciar contabilmente R$ 20.000,00
Ano 2: valor do veículo = R$ 60.000,00
depreciar contabilmente R$ 20.000,00
Ano5: valor do veículo= R$ 0,00
depreciar contabilmente R$ 20.000,00
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Contabilmente, o veículo teve a sua vida útil exaurida no ano 5
Na prática, o veículo ainda existe e por isso apresenta um valor residual
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Delimitação dos custos no DRE
• Custos do Produto (gastos para realizar bem ou serviço)
• Custos associados às mercadorias vendidas (no comércio)
• Matéria-prima, mão-de-obra direta e custos gerais de 
produção (na indústria)
• Custos do período (gastos para obter receitas)
• Despesas não relacionadas diretamente às mercadorias 
vendidas ou matérias-primas utilizadas (Aluguel, telefone, 
propaganda, administração) 
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Impostos (no Brasil)
• Os impostos são definidos por legislação tributária em 
alíquotas
• O imposto de renda das pessoas jurídicas (IRPJ) incide à 
alíquota de 15% sobre o lucro tributável apurado no final de 
cada período-base. 
• O adicional de imposto de renda incide à alíquota de 10% 
sobre a parcela do lucro real anual que ultrapassar R$ 
240.000,00.
• São contribuintes com essas alíquotas as pessoas 
jurídicas e as pessoas físicas a elas equiparadas e 
domiciliadas no país
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Impostos (no Brasil)
• Levanta-se o imposto com relação ao períodode 
apuração (trimestral ou anual):
• Formas de apuração do imposto:
• Simples => micro e empresas de pequeno porte
• Lucro real => de fato ocorrido, é a regra geral de cálculo
• Lucro presumido => PJ não obrigadas à apuração do lucro 
real
• Lucro arbitrado => quando o contribuinte deixar de cumprir 
as obrigações relativas à determinação do lucro real ou 
presumido pessoa jurídica deixar de cumprir as obrigações 
acessórias relativas à determinação do lucro real ou 
presumido
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Exemplo de DRE para serviços no Brasil
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• Registra a posição financeira da empresa em um 
determinado período de tempo
• Aponta quais as entradas e saídas de $$ ocorreram em 
um período específico => no caixa, contas bancárias ou 
aplicações financeiras que a empresa possui com 
liquidez imediata
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3. Fluxo de Caixa (FC)
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Fluxo de Caixa
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• Aponta onde os recursos financeiros da empresa foram 
aplicados e qual a origem desses recursos, viabilizando 
uma gestão mais adequada e evitando desvios e erros
• Permite realizar um planejamento financeiro adequado 
=> evita a falta de $$ ou a sobra que deixa de ser 
reinvestida
• Possibilita avaliar o resultado imediato causado por 
movimentação financeira => o saldo atualizado
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Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC)
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Administração Financeira
Aula 3
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1. Indices de liquidez 
• Análise da capacidade de pagar a curto prazo
2. Indices de endividamento 
• Análise da capacidade de saldar obrigações
3. Indices de gestão de ativos 
• Análise do uso dos ativos para gerar vendas
4. Indices de rentabilidade 
• Análise de desempenho de ativos e operações
5. Indices de valor de mercado 
• Análise do preço de mercado das ações
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Indices Financeiros
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Dados a serem utilizados nos cálculos dos indicadores a seguir 
apresentados
BP dos anos 2013 e 2014 da Empresa XXX (em R$ 1.000)
2013 2014 2013 2014
Ativo Passivo
Ativo Circulante Passivo Circulante
Caixa 84 98 Fornecedores 312 344
Contas e Receber 165 188 Títulos a pagar 231 196
Estoques 393 422
Total 642 708 Total 543 540
Ativo Permanente
Dívidas a longo 
prazo
531 457
Instalações e equipamentos (líquido) 2.731 2.880 Patrimônio líquido
Capital social e 
reservas
500 550
Lucros retidos 1.799 2.041
Total 2.299 2.591
TOTAL DO ATIVO 3.373 3.588 TOTAL DO PASSIVO 3.373 3.588
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DADOS PARA EXEMPLO
DRE de 2014 da Empresa XXX (em R$ 1.000)
2014
Vendas 2.311
Custo das mercadorias vendidas 1.344
Depreciação 276
Lucro antes de juros e imposto de renda (LAJI) 691
Juros pagos 141
Lucro tributável 550
Imposto de renda (34%) 187
Lucro líquido 363
Acréscimo a lucros retidos 242
Dividendos 121
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1. Indices de liquidez corrente
A Empresa possui R$ 1,31 de AC para cada R$ 1,00 de PC. Ou o PC é coberto 1,31 
vezes pelo AC.
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Exemplo
• Alto índice de liquidez pode indicar situação positiva 
para empresa ou ineficiência no uso de caixa e outros 
ativos a curto prazo
• O ILC é afetado por diversos tipos de transações. 
• Por exemplo, se uma empresa obtiver empréstimos a longo 
prazo, o efeito a curto prazo seria um aumento do saldo de 
caixa => o ILC aumentaria! Mas a dívida em logo prazo 
permanece....
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Indices de liquidez seca
Avalia a liquidez com mais precisão, excluindo da análise os 
estoques existentes
Por quê?
O estoque é o item menos líquido do AC
A utilização de caixa para a compra de estoques não afeta o ILC, mas 
reduz o ILS.
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Indices de liquidez seca
Considerando que os dados são iguais aos do cálculo do ILC, os 
estoques representam mais da metade do AC!
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Indice de caixa
Estabelece o % de $$ existente para pagar dívidas de curto prazo
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2.Indice de endividamento geral
Avalia a capacidade de uma empresa para saldar as suas obrigações a 
longo prazo (grau de alavancagem financeira). É a alavanca que a 
captação de financiamento produz (ou não) no retorno aos acionistas.
Alavancagem financeira = multiplicar a rentabilidade por meio do 
endividamento
A empresa tem R$ 0,28 de capital de terceiros para cada R$1,00 de ativo
Portanto, existem R$0,72 de capital próprio para cada R$ 0,28 de dívida.
IEG > 70% = grande dependência da empresa para recursos de terceiros
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Cobertura de juros
Mede o quanto a empresa cobre suas obrigações de pagamento de juros
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Cobertura de caixa
Mede de forma mais realista que a CJ o quanto a empresa cobre suas 
obrigações de pagamento de juros, excluindo-se a Depreciação (item
não monetário) do LAJI
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3. Giro de estoque
Aponta quantas vezes o estoque “girou” durante o ano. 
Maior o GE, mais eficientemente está se administrando o estoque
Descreve o quão intensivamente a empresa vende seus produtos
O estoque é mantido por 114 dias em média antes da sua venda = São necessários
114 dias para acabar com o estoque disponível = Tem-se 114 dias de vendas em estoque
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Giro de contas a receber
A empresa cobra o saldo de contas a receber e dá crédito novamente em aproximadamente 
12,3 vezes/ano
Descreve o quão intensivamente a empresa cobra as vendas efetuadas
O Prazo Médio de Recebimento é de 30 dias = 30 dias de vendas não recebidas = Cobra-se 
as vendas a prazo em 30 dias 
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Giro de contas a pagar
A empresa paga o saldo de suas contas em aproximadamente 3,9 vezes/ano
Descreve o quão intensivamente a empresa paga pelos insumos adquiridos
O Prazo Médio de Pagamento é de 94 dias = Paga-se as compras a prazo em 94 dias 
Empresa saudável => GCR > GCP!
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Giro do ativo total
Para cada R$ 1,00 de ativo, a empresa gera R$ 0,64 em vendas
Em um ano, a empresa girou seu ativo em 0,64 vezes
Descreve o quão intensivamente a empresa utiliza seus ativos para 
realizar vendas
A empresa leva 1,56 anos para girar todos os seus ativos
Aumentar o GAT é a mesma coisa que diminuir a intensidade de capital para vender =
Otimizar o uso dos ativos
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4. Margem de lucro
Para cada R$ 1,00 de venda a empresa gerou R$ 0,16 de lucro
Aponta o lucro obtido comparativamente às vendas realizadas
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Retorno do ativo
Para cada R$1,00 de ativos a empresa gerou R$ 0,10 de lucro
Aponta o lucro obtido comparativamente aos ativos existentes
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Retorno do capital próprio
Para cada Real de capital próprio, a empresa gerou R$ 0,14 de lucro 
(em termos contábeis)
Mede o desempenho do investimento dos acionistas durante o ano
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Identidade Du Pont
Dificuldades em termos de uso dos ativos produzirão diminuição do ROA que se traduzirá 
em ROE mais baixo
Permite detalhar o cálculo do ROE e identificar em detalhes 
possíveis maus resultados
Eficiência
Operacional
(ML)
Alavancagem 
financeira
Eficiência
no uso de ativos
(GAT)
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5. Lucro por ação
Dados não necessariamente contidos nos demonstrativos contábeis
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Indice preço/lucro por ação
As ações são vendidas a 8 vezes o seu lucro (12,5% de lucro/ação)
P/L elevados geralmente são vistos como associados
a empresas que possuem ótimas perspectivas de crescimento futuro
Estima a relação entre preço e lucro de uma ação
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Indice preço/valor patrimonial
Compara valor de mercado do investimento em uma empresa a seu custo
Valor inferior a 1 significa que a empresa não conseguiugerar valor
para os seus acionistas
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Crescimento interno e sustentável
ROE E ROA são suportes para avaliar capacidade de crescimento interno 
e sustentável a partir dos seguintes indicadores básicos: 
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Crescimento interno
Para as vendas crescerem:
a) Os ativos precisam crescer
b) O crescimento precisará ser financiado
c) A política de financiamento poderá ser interna (reinvestir o lucro) 
e/ou externa (obter empréstimos ou vender de ações)
Com relação ao financiamento gerado internamente a empresa poderá
crescer no máximo 7,23%
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Crescimento sustentável
A taxa máxima de crescimento possível para a Empresa XXX, mantendo o índice de 
endividamento geral constante e não emitindo novas ações, é de 10,29%.
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Determinantes do crescimento
• A capacidade de uma empresa de sustentar seu crescimento 
depende dos seguintes 4 fatores:
1. Margem de lucro (ML) => > a ML, > a capacidade de gerar 
fundos internamente
2. Giro do ativo total (GAT) => > o GAT, > as vendas, < a 
necessidade de novo ativos
3. Política financeira => > (capital terceiros/capital próprio),
> alavancagem financeira da empresa 
4. Política de dividendos => > a retenção do lucro líquido, > o 
índice de reinvestimento

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