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Resumo de CPTE

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1 
 Lisa Chao 
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IS
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RESUMO 
DA SOCIEDADE 
ORIGEM DA SOCIEDADE 
 
 Conclusão de Aristóteles: "o homem é naturalmente um 
animal político" (Ideal de que o homem é um ser social por 
natureza; animais: se agrupam pelo instinto; homem é o único 
que possui razão). 
 Conclusão de Cícero: "a primeira causa da agregação de uns 
homens a outros é menos a sua debilidade do que um certo 
instinto de sociabilidade em todos inato; a espécie humana não 
nasceu para o isolamento e para a vida errante, mas com uma 
disposição que, mesmo na abundância de todos os bens, a leva a 
procurar o apoio comum" (O homem é naturalmente sociável, 
sem motivo de necessidade material) 
 Conclusão de São Tomás de Aquino: o homem só não procura 
a associação em três hipóteses 
o Excellentia naturae (um indivíduo virtuoso, que vive em 
comunhão com a própria divindade – santos eremitas); 
o Corruptio naturae (anomalia mental que causa 
isolamento); 
o Malafortuna (acidente de isolamento – náufrago, por 
exemplo). 
 Conclusão de Raneletti (autor moderno da mesma corrente): 
somente na sociedade o homem pode atingir os fins de sua 
existência, com o desenvolvimento de si intelectualmente, 
moralmente ou tecnicamente. Em qualquer tempo o homem 
sempre é encontrado em estado de convivência, ou seja, o 
homem sem a sociedade não possui realidade de vida. O impulso 
natural não elimina a participação da vontade humana 
(diferentemente dos animais o homem tem noção de que 
necessita de vida social e favorece-a – há vontade humana). 
 
 Conclusão de Thomas Hobbes: o homem naturalmente é uma ameaça. 
Para superar o estado de natureza e se elevar a estado social, existem 
dois princípios. 
 O objetivo maior do homem é alcançar a paz de qualquer 
maneira. 
 O homem deve renunciar o qualquer direito e se delimitar 
a liberdade que for concedida, como a cada homem. 
o O Estado surge como um agente que, por castigo, mantém os 
homens de acordo com essa lei, construído pelo homem para sua 
própria proteção. Mesmo o governante cometendo um ato 
moralmente errado, não deve ser limitado, pois, sua vontade é lei, 
e não se pode violá-la. 
 Conclusão de Locke: "Tendo Deus feito o homem criatura tal 
que, conforme julgava, não seria conveniente para o próprio 
homem ficar só, colocou-o sob fortes obrigações de necessidade, 
conveniência e inclinação para arrastá-lo à sociedade, provendo-o 
igualmente de entendimento e linguagem para que continuasse a 
gozá-la". 
 Conclusão de Montesquieu: o homem se associa pelos motivos 
o O desejo de paz; 
o Necessidades, principalmente na procura de alimentos; 
o A atração natural entre os sexos opostos; 
o Vontade humana devido à consciência de seu estado de 
necessidade 
 Conclusão de Rousseau: o homem é naturalmente bom, que busca sua 
conservação. A vontade humana do contrato surge quando o homem vê 
vantagem na união, observando uma facilidade na proteção de sua 
integridade e de seus bens. Portanto, o contrato busca unir a força e a 
liberdade. A associação dos indivíduos forma um corpo moral e coletivo: o 
Estado. Este age apenas como executor de decisões, sendo o povo o 
soberano. 
o Vontade Geral e Vontade de Todos: "Há, às vezes, diferença 
entre a vontade de todos e a vontade geral: esta atende só ao 
interesse comum, enquanto que a outra olha o interesse privado e 
não é senão uma soma das vontades particulares" – Rousseau. 
o Liberdade e igualdade natural: devem ser garantidos. A 
desigualdade física não tem validade, pois há a igualdade no 
Direito. 
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2 
 Lisa Chao 
A SOCIEDADE E SEUS ELEMENTOS 
CARACTERÍSTICOS (pag 11) 
Não podemos definir uma reunião de indivíduos com uma finalidade como uma 
sociedade. Para isto, devemos identificar os três pilares: 
 Uma finalidade ou valor social; 
o Deterministas: não há possibilidade de existir uma finalidade social. 
O que ocorre é uma sucessão de fatos naturais, que é imutável. 
Portanto, nesta corrente, qualquer manifestação para empreender 
uma mudança social é sem utilidade. O homem deve aprender a se 
adequar ao determinismo, isto é, passivamente deve-se submeter às 
leis e aguardar o fluir natural dos acontecimentos. 
o Voluntaristas/finalistas: a vontade humana e a inteligência 
participam no processo de busca do objeto da finalidade social. 
 Conceito do Papa João XXIII: "bem comum é o conjunto de 
todas as condições de vida social que consintam e 
favoreçam o desenvolvimento integral da pessoa 
humana". Os homens devem favorecer “a ordem jurídica e a 
garantia de possibilidades que consintam e favoreçam o 
desenvolvimento integral da personalidade humana” (Dallari) 
o A sociedade, para atender seus anseios, deve buscar o bem 
comum, com valores que serão compartilhados por todos e que, 
inevitavelmente estarão em um processo condicionado pelo 
tempo e espaço, de modo conjunto e ordenado para atingir a 
harmonia. 
 O exercício da governação deverá visar à preservação da 
comunidade (segurança) e a liberdade dos seus 
membros. Esses dois fatores devem se equilibrar, pois o 
diálogo entre eles se dá à medida que enquanto os indivíduos 
buscam mais segurança, abdicam mais da liberdade e vice-
versa. 
 A liberdade deve ser mediada pelo Estado, pois 
pode provocar desigualdades econômicas e 
sociais. Para tanto, o Estado promulga leis visando ao 
bem comum. Por meio de suas instituições, deverá 
impô-las, de forma que: àqueles que desejarem agir 
segundo lhes faculta a lei, assegurará o Estado o 
direito de fazê-lo e àqueles que desejarem as 
infringir, deverá o Estado coibir-lhes a ação, por 
meios preventivos ou punitivos. 
 O bem comum no final do século XX adquire uma concepção 
social, que consiste na ideia em que o Estado deverá prover 
nas seguintes esferas: 
 a) no plano político, como mantenedor da ordem 
pública, da segurança interna e externa da sociedade; 
 b) no plano jurídico, como responsável pela 
construção do Estado Democrático de Direito, em que 
se consolidam os ideais de Justiça; 
 c) no plano social, como fiscalizador de atividades 
relacionadas à infraestrutura (de estradas, de ferrovias, 
de telecomunicações, de eletricidade) e também como 
provedor de necessidades assistenciais básicas, como 
educação, saúde e previdência; 
 d) no plano econômico, disciplinando a concorrência 
empresarial (visando à verdadeira livre-concorrência), 
protegendo o meio ambiente, defendendo os direitos 
dos consumidores e incentivando a atividade 
econômica em geral, por meio de um sistema tributário 
que não incentive a sonegação, amplie os mercados a 
geração de novas empresas, e com elas, de novos 
postos de trabalho. 
 Manifestações de conjunto ordenadas; 
o Reiteração: Os indivíduos devem se manifestar em conjunto, de 
forma reiterada, buscando o reforço das posições comuns e a 
finalidade social. 
o Ordem: É a forma em que os membros da sociedade agem 
segundos os padrões e normas ético-morais e jurídicos 
estabelecidos. Durkheim traz uma visão científica do comportamento 
humano em sociedade, em que analisa o comportamento e o 
organiza em duas ordens, a ordem da natureza e a ordem humana, 
cada qual regida por suas leis (causalidade e imputação). Kelsen 
aplica esse conceito dizendo que essas espécies seguem princípios 
fundamentais diferentes. 
 Normas jurídicas e normas morais: A norma moral não tem 
caráter impositivo, isto é, se um membro da sociedade a 
3 
 Lisa Chao 
infringir, não poderá ser compelido a reparar sua falta;a 
norma jurídica em caráter cogente, ou seja, é imposta sem a 
concordância do indivíduo, e sua violação implica em 
reparação. 
o Adequação: É a forma em que os membros da sociedade agem de 
acordo com suas aspirações e tendências. 
 “É indispensável que não se impeça a livre manifestação e a 
expansão das tendências e aspirações dos membros da 
sociedade. Os próprios componentes da sociedade é que 
devem orientar suas ações no sentido do que consideram o 
seu bem comum”. (Dallari) 
 Para isto, devem-se seguir nos certames da realidade social, 
que dizem: 
Toda realidade social é influenciada pela natureza, assim 
como a natureza (onde houver sociedade humana) 
também se submete a fatores histórico-sociais. 
 Poder social. 
o Quanto à necessidade: 
 Anarquistas: corrente filosófica que nega a necessidade do 
poder social, e de toda e qualquer autoridade. É doutrina que 
considera o indivíduo como a única realidade, que deve ser 
absolutamente livre, e que qualquer restrição a ele imposta é 
ilegítima. De acordo com o anarquismo, o Estado é ilegítimo. 
Promove o autogoverno. 
 Autoridade: Autoridade é a forma de controle atribuída 
a determinadas posições ou cargos, isto é, uma 
forma de liderança institucionalizada. Não exige 
persuasão para a sua prática, pois o próprio fato de ser 
institucionalizada abdica qualquer argumentação. 
o Weber mapeia as formas legítimas de 
dominação, configurando diferentes tipos de 
autoridades; são elas a dominação carismática 
(possui caráter autoritário e despótico, porém 
revolucionário. As três figuras mais puras da 
dominação carismática são o profeta, o herói 
guerreiro ou demagogo), a dominação tradicional 
(é o poder da tradição, da ordem social em sua 
mais pura forma, das instituições que perduram no 
tempo, sendo a sua forma mais pura o 
patriarcalismo) e a dominação legal-racional (é a 
dominação a qual tem legitimidade fundada em um 
estatuto, que desenvolve uma burocracia e um 
sistema com regras. - Estado moderno). 
 Contratualistas: corrente que afirma que há uma 
necessidade de contrato entre o Estado e a sociedade, 
para que haja uma organização e que o bem comum seja 
atingido. 
o Quanto às dimensões pela tipologia clássica: 
 Aristóteles: o critério do poder se faz a partir do interesse em 
favor daquele que exerce. 
 “O paterno se exerce pelo interesse dos filhos; o 
despótico, pelo interesse do senhor; o político, pelo 
interesse de quem governa e de quem é governado, o 
que ocorre apenas nas formas corretas de Governo, 
pois, nas viciadas, o característico é que o poder seja 
exercido em benefício dos governantes.” (Bobbio) 
o Quanto às dimensões pela tipologia moderna: 
 O poder econômico: se obtém numa relação em que um 
indivíduo possui bens e/ou meios de produção e outro não 
possui. Dessa forma, há uma indução a um determinado 
comportamento naquele que não os possui. (Dicotomia entre 
RICOS X POBRES) 
 “O poder do chefe de uma empresa deriva da 
possibilidade que a posse ou disponibilidade dos meios 
de produção lhe oferece de poder vender a força de 
trabalho a troco de um salário” (Bobbio). 
 O poder ideológico: ocorre em uma relação em que há a 
detenção da sabedoria sobre aqueles que não a possui, 
gerando uma indução na opinião pública. Nesse poder é 
tangível a manipulação. (Dicotomia entre SÁBIOS X 
IGNORANTES) 
 O poder político: ocorre em uma relação em que os 
governantes detêm o monopólio da força física, mediante 
aparato bélico e os governados, que devem agir conforme as 
normas pré-estabelecidas. O poder político visa à resolução 
de conflitos inerentes aos conflitos da sociedade (empregador 
4 
 Lisa Chao 
e trabalhador, por exemplo, nunca terão os mesmos 
interesses). Os governantes são os únicos que podem utilizar 
a força legalmente para resolver esses conflitos. (Dicotomia 
entre GOVERNANTES X GOVERNADOS) 
 Características do poder político: 
o Exclusividade: monopólio bélico do Estado, que 
impede, por exemplo, a formação de grupos 
armados independentes. (Inciso XLIV - constitui 
crime inafiançável e imprescritível a ação de 
grupos armados, civis ou militares, contra a ordem 
constitucional e o Estado Democrático). 
o Universalidade: há a capacidade ERGA OMNES 
do Estado, o qual é privativo a esse agente a 
possibilidade de criação de leis vigentes a todos, 
que devem obrigatoriamente cumpri-las. Sua 
capacidade de decisão sobre o coletivo se refere 
também à distribuição de recursos para a 
sociedade. 
o Inclusividade: a possibilidade de intervir por meio 
do ordenamento jurídico a fim de promover ou não 
uma determinada atividade. Os limites variam de 
acordo com a configuração do Estado. 
 “Um Estado autocrático estende o seu poder 
até à própria esfera religiosa, enquanto que o 
Estado laico para diante dela; um Estado 
coletivista estenderá o próprio poder à esfera 
econômica, enquanto que o Estado liberal 
clássico dela se retrairá.” (Bobbio). 
 A legalidade do poder político: o poder político deve 
se basear na legalidade, excluindo-se da arbitrariedade 
(atos que favorecem interesses particulares e fogem da 
legalidade). Deve-se notar que a discricionariedade 
ocorre quando há uma exceção do todo, porém prevista 
em lei também. A legalidade provém, portanto, algumas 
garantias, como a previsibilidade (segurança jurídica) 
e a isonomia formal, tendo-se que todos são iguais 
perante a lei. 
o Estado de Defesa ou de Emergência: Pode ser 
decretado para garantir em locais restritos e 
determinados a ordem pública ou a paz social, 
ameaçadas por grave e iminente instabilidade 
institucional ou calamidades naturais de grandes 
proporções. 
 Art. 136. O Presidente da República pode, 
ouvidos o Conselho da República e o 
Conselho de Defesa Nacional, decretar estado 
de defesa para preservar ou prontamente 
restabelecer, em locais restritos e 
determinados, a ordem pública ou a paz social 
ameaçadas por grave e iminente instabilidade 
institucional ou atingidas por calamidades de 
grandes proporções na natureza. 
o Estado de exceção: Comoção grave de 
repercussão nacional; Ineficácia de estado de 
defesa decretado anteriormente; Declaração de 
estado de guerra; Resposta a agressão armada 
estrangeira. 
 Art. 137. O Presidente da República pode, 
ouvidos o Conselho da República e o 
Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao 
Congresso Nacional autorização para decretar 
o estado de sítio nos casos de: 
I - comoção grave de repercussão nacional ou 
ocorrência de fatos que comprovem a 
ineficácia de medida tomada durante o estado 
de defesa; 
II - declaração de estado de guerra ou 
resposta à agressão armada estrangeira 
o Intervenção nos estados e municípios: É o ato 
político que consiste na incursão da entidade 
interventora nos negócios da entidade que a 
suporta. É a antítese da autonomia, uma medida 
excepcional que afasta momentaneamente a 
atuação autônoma do estado/município. 
5 
 Lisa Chao 
 Art. 34. A União não intervirá nos Estados 
nem no Distrito Federal, exceto para: 
I - manter a integridade nacional; 
II - repelir invasão estrangeira ou de uma 
unidade da Federação em outra; 
III - pôr termo a grave comprometimento da 
ordem pública; 
V - reorganizar as finanças da unidade da 
Federação que: 
a) suspender o pagamento da dívida fundada 
por mais de dois anos consecutivos, salvo 
motivo de força maior; 
b) deixar de entregar aos Municípios receitas 
tributárias fixadas nesta Constituição dentro 
dos prazos estabelecidos em lei; 
 A legitimidade do poder político:se estreita na 
valoração do poder político pelos indivíduos, de 
maneira que, apesar de haver a possibilidade do uso da 
força para que a sociedade aja de determinada 
maneira, o Estado deve buscar esse comportamento 
de forma consensual e espontâneo. 
o A legitimidade do poder pode enfrentar 
situações em que será contestada ou terá uma 
oposição. A contestação da legitimidade se 
relaciona com um ideal revolucionário, de mudança 
da ordem vigente. Já a oposição visa um ajuste no 
sistema, adepta das políticas reformistas. 
 As elites e o poder político: “1) em toda sociedade 
organizada, as relações entre indivíduos ou grupos que 
a caracterizam são relações de desigualdades; 2) a 
causa principal da desigualdade está na distribuição 
desigual do poder, ou seja, no fato de que o poder 
tende a ficar concentrado nas mãos de um grupo 
restrito de pessoas, 3) entre as várias formas de poder, 
o mais determinante é o poder político; 4) aqueles que 
detêm o poder, especialmente o poder político, ou seja, 
a classe política propriamente dita, são sempre uma 
minoria; 5) uma das causas principais por que uma 
minoria consegue dominar um número bem maior de 
pessoas está no fato de que os membros da classe 
política, sendo poucos e tendo interesses comuns, têm 
ligames entre si e são solidários pelo menos na 
manutenção das regras do jogo, que permitem, ora a 
uns, ora a outros, o exercício alternativo do poder; 6) 
um regime se diferencia de outro na base do modo 
diferente como as Elites surgem, desenvolvem-se e 
decaem, na base da forma diferente como se 
organizam e na base da forma diferente com que 
exercem o poder; 7) o elemento oposto à Elite, ou à 
não-Elite, é a massa, a qual constitui o conjunto das 
pessoas que não têm poder, ou pelo menos não têm 
um poder politicamente relevante, são 
numericamente a maioria, não são organizadas, ou são 
organizadas por aqueles que participam do poder da 
classe dominante e estão portanto a serviço da classe 
dominante.” (Bobbio). 
DO ESTADO 
PERSPECTIVA DO ESTADO (pag 303, Peña de Moraes) 
 As representações da política: a legitimidade democrática ao 
exercício do poder é engendrada no espelhamento de uma parcela da 
população de um grupo ou classe político a governar. Manifesta-se 
através do legislativo (se reflete a vontade das maiores). 
 Os fatos políticos e os atos políticos: 
o Os Atos políticos se relacionam com ações do Estado, são atos 
estatais, como cita Bobbio “ordenar ou proibir alguma coisa com 
efeitos vinculadores para todos os membros de um determinado 
grupo social, o exercício de um domínio exclusivo sobre um 
determinado território, o legislar através de normas válidas erga 
omnes, o tirar e transferir recursos de um setor da sociedade para 
outros”. 
o Os Fatos políticos se relacionam com as demandas de indivíduos 
para com o Estado, pois se o Estado age ou deixa de agir, pode ser 
procurado. Exemplos de fatos políticos são manifestações populares 
e atos terroristas. 
6 
 Lisa Chao 
 A política se manifesta através das instituições (Estado e governo), 
recursos (que lhe afere um poder de influência – bolsa família – e 
autoridade), formulação de decisões vinculatórias e da resolução não 
violenta de conflitos. 
 Conceitos do Estado: 
o Conceito filosófico: assume que o Estado sintetiza a realidade da 
ideia ética. “O Estado seria uma realidade da vida ética, da vontade 
substancial, em que a consciência mesma do indivíduo se eleva à 
comunidade e, portanto, ao racional em si e para si” (Hegel). 
o Conceito sociológico: determina que o Estado se estrita pelo 
monopólio da força física legítima pelo aparato bélico. 
o Conceito jurídico: assume que o Estado é a corporação de um 
povo assentado num território e submetido a um poder 
originário de mando. 
 O poder estatal e as normas: o Estado se manifesta através 
das normas jurídicas, estas que possuem as qualidades de 
imperatividade, generalidade (é a característica relacionada 
ao fato da norma valer para qualquer um, sem distinção de 
qualquer natureza, para os indivíduos, também iguais entre si, 
que se encontram na mesma situação), abstração (aplicáveis 
a todas as situações que se subsumirem à norma, e não 
apenas a um específico caso concreto. Caberá aos 
magistrados identificar e aplicar a regra jurídica equivalente ao 
caso concreto), coercibilidade, atributividade e 
heteronomia. 
 Elementos do Estado: 
o Materiais: 
 Humano 
 O conceito demográfico determina a população, 
como “conjunto de pessoas que se encontram sobre o 
território nacional, mesmo que estrangeiras” (Peña). Se 
conota à expressão numérica dos que permanecem 
no território. 
 O conceito político determina o povo, como 
“composto de pessoas que participam intensamente, 
enquanto membros da sociedade civil, nos processos 
decisórios dos órgãos públicos, providas de capacidade 
eleitoral e capacidade eletiva” (Peña). O povo é aquele 
que exerce a cidadania (a partir da maioridade) e que 
não está ligado estritamente com a nacionalidade, 
pois existem nacionais que não exercem a cidadania 
(perda direitos políticos, por exemplo) e estrangeiros, 
como os portugueses que sequer dependem de 
naturalização, que exercem direitos políticos. 
 O conceito sociológico determina a nação, como 
“complexo de pessoas que têm origem, tradições e 
costumes comuns, [...] que podem estar, ou não, 
estabelecidas no território do mesmo Estado” (Peña). 
Se relaciona com a consciência e solidariedade 
coletiva, com uma identidade de nacionalidade 
relativa a uma nação, que não se estrita a um Estado 
com território ou poder político, como o caso dos 
hebreus. 
 Espacial 
 O território é o espaço físico ou ideal sobre o qual o 
Estado exerce a soberania com exclusividade, isto 
é, o âmbito de validade da norma jurídica no espaço. 
o Formal: 
 O elemento formal do Estado é constituído pelo poder 
político, este que se atribui à soberania (poderes 
constituídos). 
 A soberania: é uma qualidade do poder estatal, em 
que o Estado é capaz de organizar-se e dirigir-se de 
acordo com a sua vontade, reconhecidamente pelo 
Direito e munido da coercibilidade. “A soberania 
designa as competências do Estado, traduzidas pela 
nomeação de magistrados, instituição e majoração de 
tributos, produção de invalidação de normas jurídicas, 
declaração de guerra e celebração de paz e solução de 
conflitos de interesses entre os súditos, em última 
instância” (Penã). 
 O poder político supracitado pode se caracterizar através da 
unidade, indivisibilidade, inalienabilidade e da 
imprescritibilidade. 
 “Unidade, pois não há a possibilidade de exercício de 
mais de um poder político, ao mesmo tempo, sob o 
7 
 Lisa Chao 
mesmo território. Indivisibilidade, pois o poder político 
não admite fracionamento, de molde a assegurá-lo 
como incoercível e incontrastável, sendo a divisão do 
poder político relativa ao seu exercício e não a sua 
essência. Inalienabilidade, pois a titularidade do poder 
político é insuscetível de ser transferida, a qualquer 
título. Imprescritibilidade, pois não há prazo para 
exercício do poder político, sendo qualificado como 
contínuo e permanente” (Peña). 
 Deve-se salientar que o poder estatal se legitima através da 
compreensão dos níveis: a comunidade política, o regime, o 
governo e a autodeterminação do Estado. 
 A comunidade política é o grupo social que abrange os 
diversos setores do trabalho político e suas identidades. 
O regime, por sua vez, é caracterizado pelo conjunto 
axiológico institucional do poder, que podem seraferidos formalmente por princípios monárquico, 
democrático, socialista, fascista, etc. O governo é a 
concretude do poder estruturado nas normas do 
regime. Já o Estado, deve-se analisar se este é 
dependente de outro, periférico ou autodeterminado. 
 A limitação do poder político, isto é, do poder estatal surge 
pelo movimento constitucionalista, na qual “a Constituição é, 
em última instância, a limitação dos poderes do governo nas 
mãos dos governados” (Cooley). 
 As normas constitucionais: são supremas, pois 
apresentam um processo estreito e o faz rígido, 
sendo nascente de outras infraconstitucionais, 
possuindo, inclusive, clausulas pétreas. Caracteriza-se 
por uma superioridade hierárquica, pela natureza de 
sua linguagem aberta e pelo seu conteúdo 
específico, que norteia as decisões fundamentais, os 
pilares do Estado e a definição do ordenamento do 
Estado, de caráter de poder constituído (conceitos 
supracitados no tópico “formal”). 
 São elas os direitos fundamentais, controle de 
constitucionalidade das leis, freios e contrapesos e 
o federalismo. 
o Teleológico: 
 Finalidade 
 Objetiva, surge em função das condições históricas 
peculiares às épocas em que surgiram. Diversas 
correntes procuram explicar os fins objetivos do Estado, 
destacando-se as seguintes: a primeira, denominada 
universalista e defendida pela maioria dos autores, 
desde Platão e Aristóteles, assegura que o Estado, ao 
longo de toda a História da Humanidade, sempre teve 
fins objetivos, isto é, os fins do Estado seriam 
universais; a segunda, surgida no século XIX, 
denominada evolucionista, ou seja, não aceita que o 
Estado tenha um fim objetivo; e a terceira sustenta que 
o Estado tem fins objetivos, mas de natureza particular, 
específica a cada um, e não universais. 
 Subjetiva, surge da convergência entre os fins 
individuais e as relações entre os Estados, e são 
atingidos por intermédio de instituições estaduais que 
surgem e se modificam por influência da vontade de 
governantes e de governados. 
 As decisões políticas fundamentais 
o Forma de governo: república (Brasil) (eletividade do governante, 
temporariedade do governo e responsabilidade do governante) ou 
monarquismo. 
o Forma de Estado: federalista (Brasil) (repartição do poder político-
administrativo entre diversos órgãos estatais, nas diversas esferas 
(como no Brasil, entre União, Estados e Municípios) ou unitária. 
o Sistema político: presidencialista (Brasil) (a divisão de poderes é 
relativamente rígida, a chefia do Executivo é unipessoal, o 
Presidente da República exerce, simultaneamente, as funções de 
Chefe do Estado, do Governo e da Administração Pública) 
parlamentarista ou monarquista. 
o Regime político: democracia (Brasil) representativa (Brasil) 
(plebiscito, referendo e iniciativa popular de leis) ou direta, 
totalitarismo ou autoritarismo. 
o Fins econômicos: capitalismo 
 
8 
 Lisa Chao 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 Lisa Chao 
DO ESTADO 
 Sentido amplo: o sentido amplo do Estado se estrita na condição de 
permanente convivência entre os indivíduos, e a relação de direitos 
civis e políticos. 
 Sentido específico: o sentido específico do Estado se relaciona com 
suas esferas, em que apresenta um governo próprio, uma identidade 
de nação e uma autoridade que monopoliza o uso da força ou da ordem 
jurídica legitimamente. 
 Teorias sobre o conceito do Estado: 
o Estado como força: designa o elemento força/violência como 
determinante, sendo que o Estado passa a ser considerado como 
uma força irresistível, uma entidade institucionalizadora do poder 
(embora delimitada pelo Direito). 
o Estado como ordem jurídica: elemento força subjacente. 
 Ordem jurídica: Conjunto estruturado harmonicamente de 
normas válidas em determinado Estado, produzido pelo Estado, 
que deverá estabelecer a relação entre GOVERNANTES X 
GOVERNADOS. Há uma hierarquia de normas, de maneira que 
todas as leis e atos normativos que integrem o ordenamento 
jurídico venham a retirar o seu fundamento da lei maior. A ordem 
jurídica será determinante para a configuração do poder soberano 
e sua manifestação. 
 Análise monista: o Estado enquanto realidade social apresenta 
uma comunidade jurídica que não pode ser separada de sua 
ordem jurídica. 
 Análise dualista: o Estado e o Direito retratam realidades 
distintas, em que cada uma delas atuaria de forma 
independente. 
 A origem da personalidade jurídica do Estado: o indivíduo terá um 
interesse particular, porém, os interesses e a vontade da sociedade 
política forjam uma vontade coletiva. A personalidade jurídica do 
Estado surge para por em prática. 
 Teorias sobre a noção jurídica do Estado e sua personalização 
o Ficcionista (Savigny, Kelsen): A personalidade jurídica do Estado é 
fruto de uma abstração, da vontade da lei. Visualiza como um 
artifício que a própria lei articularia. 
o Realista (Gierke, Laband, Jellinek): A personalidade jurídica do 
Estado é fruto da vontade do Estado, que possibilita sua 
capacidade jurídica. 
o Consequências da personalização do Estado: a consequência 
objetiva do reconhecimento jurídico do Estado é a possibilidade 
provinda desse reconhecimento que a sociedade pode reivindicar 
quanto ao Estado suas pretensões jurídicas. Quando o Estado 
assume personalidade jurídica, detém direitos e deveres, com os 
meios de provocação do Estado: 
 Iniciativa popular de leis 
 Mandado de injunção 
 Ação direta de inconstitucionalidade por omissão 
 Mandado de segurança 
 Habeas Data 
 Habeas Corpus 
 Ação popular 
DO ESTADO 
ESTADO MODERNO E DEMOCRACIA 
 Estado Moderno: é o resultado prático das revoluções, todas com um 
caráter comum, a delimitação do exercício do poder político. 
o Eventos importantes 
 Revolução Gloriosa 
Trazendo o Bill Of Rights – proibindo a associação direta do 
governo com a Igreja (um monarca católico não poderia governar 
o país), abolindo a censura política, reafirmando o direito exclusivo 
do Parlamento em estabelecer impostos e o direito de livre 
apresentação de petições e garantindo ao parlamento a 
organização e manutenção do exército (impossibilitando 
manobras políticas e institucionais); 
 Revolução Americana (independência) 
Com a Declaração de Independência, trazendo os princípios de 
igualdade, dos direitos naturais do homem, da soberania do povo 
e do direito de revolta da população, pioneiramente, como 
alicerces da fundação da nação. 
 Revolução Francesa 
10 
 Lisa Chao 
Trazendo a Declaração dos Direitos do Homem e do 
Cidadão, com uma visão da lei como “uma expressão da 
vontade geral”, que tem a intenção de promover esta igualdade 
de direitos e proibir “só ações prejudiciais para a sociedade”. 
o Princípios 
 Supremacia do poder popular (pode-se observar um 
deslocamento da titularidade do poder, previamente emanado pelo 
soberano, agora pelo povo). 
 Preservação da liberdade 
 Igualdade formal 
o Declarações de Direitos: o antepassado mais próximo da 
constituição 
 Humanos, representando o resultado prático da pactuação entre 
os Estados soberanos; 
 Fundamentais, representando os direitos humanos 
internalizados. 
 Democracia: 
o Quanto ao conteúdo 
 Formal: é a formação de um Estado formalmente democrático, 
quando o aparato democrático institucional é apenas aparente. 
Em sua concretude, não há a prática de exercício democrático. 
 Material: diferentemente da formal, a democracia material é 
aquela em que se verifica de fato o exercíciodemocrático, não só 
formalmente, mas também na prática, quando o poder político está 
engendrado em fins coletivos (tratar o desigual de forma desigual). 
o Quanto às modalidades 
 Direta: tem nascimento na Grécia Antiga, em que os cidadãos 
participavam diretamente das decisões e debates políticos da 
polis. 
 Semidireta: é uma democracia em que os cidadãos agem em 
conjunto com as autoridades, estas, que são responsáveis por 
discutir, elaborar ou aprovar uma lei e o povo, responsável por 
aprovar ou autorizar ações do Estado através dos seguintes 
mecanismos: 
 Plebiscito (uma aprovação anterior do povo de uma lei ou 
ação do Estado) 
 Referendo (uma aprovação posterior do povo de uma lei ou 
ação do Estado) 
 Iniciativa popular (elaboração de uma lei por parte do povo) 
 Veto popular (o povo pode vetar uma lei aprovada ou uma 
decisão judicial) 
 Recall (revogação de um mandato político pelo povo, 
mediante apresentação de “x” números de assinaturas, 
previamente ditos pela constituição ou por uma lei). 
 Representativa: é a qual o povo elege representantes políticos 
para atuar nas decisões e debates através do mandato. 
 Mandato 
o Particular: um mandato entre partes, de relação estrita, 
como uma procuração. 
o Imperativo: é aquele em que o mandatário deve obedecer 
estritamente às instruções do mandante. Mediante 
desobediência, o mandante pode revogar o mandato do 
mandatário. 
o Político: estabelece a relação entre eleitor-mandatário, 
este que, uma vez diplomado, é independente e autônomo, 
de forma irresponsável politicamente (não estando 
obrigado a reportar aos seus eleitores quanto às suas 
decisões). 
 A representação política: está relacionada com o mandato 
político, em que o mandatário possui mandato para agir em 
nome de alguém num ato jurídico. 
o Os partidos políticos: tratam-se de entes auxiliares do 
Estado, de entidades sociais, dotados de personalidade 
jurídica e situadas no âmbito do Direito público interno. 
 Organização 
 Interna 
Partidos de quadros: mais preocupados com a 
qualidade do que com a quantidade de membros e 
são financiados por grandes contribuintes, não 
necessariamente filiados (ex.: partidos Republicano 
e Democrata nos EUA e o PSDB no Brasil) 
Partidos de massas: nascem para representar as 
massas trabalhadoras, buscam o maior número 
possível de adeptos e são financiados por 
contribuições dos filiados (ex.: o Partido Trabalhista 
inglês e o PT no Brasil) 
11 
 Lisa Chao 
 Externa 
Partido único: sistema próprio do totalitarismo, que 
só admite um partido e não admite divisões políticas. 
Ex.: nazi-fascismo, URSS e Cuba. 
Bipartidarismo: sistema em que dois grandes 
partidos predominam em razão do sistema eleitoral, 
sem proibir a existência de outros. Ex.: Inglaterra e 
EUA. 
Pluripartidarismo: sistema em que mais de dois 
partidos predominam e têm chances de chegar ao 
poder, podendo levar à extrema dispersão e à 
necessidade de imposição de limites, que são as 
“cláusulas de barreira”. Ex.: Brasil e Alemanha. 
 Atuação 
Partidos de vocação universal ou internacional: 
extrapolam os limites dos Estados. Ex.: o antigo PC da 
URSS. 
Partidos nacionais: atuam nos limites do território do 
Estado, sem se restringir a uma região. É o único tipo 
permitido atualmente no Brasil. 
Partidos regionais: atuam em determinadas regiões 
de um Estado. Ex.: os partidos estaduais da República 
Velha. 
Partidos locais: atuam apenas nas cidades. Não 
existem exemplos dignos de nota. 
 Ideologia 
 Esquerda: preocupação com a igualdade real. 
Reivindica justiça social por meio de maior 
intervenção do Estado. Prega a predominância do 
coletivo, mesmo que isso prejudique a liberdade 
individual. A centro-esquerda (social-democracia) 
atua segundo as regras do jogo democrático. A 
extrema-esquerda despreza a democracia liberal e 
aceita métodos violentos e governo totalitário para 
atingir suas finalidades (Ex.: URSS, Cuba, FARCs, 
MST). 
 Direita: valoriza a liberdade individual e a igualdade 
formal (perante a lei). Condena a intervenção do 
Estado na economia e na sociedade. As 
desigualdades sociais seriam naturais e o progresso 
do indivíduo deve depender do próprio esforço. A 
centro-direita (direita liberal) aceita as regras do jogo 
democrático. A extrema-direita despreza a 
democracia e prega superioridade de um grupo 
sobre outros (nacionalismo xenófobo, racismo etc.), 
usando milícias e métodos violentos para a 
imposição da ideologia (Ex.: nazi-fascismo, Ku Klux 
Klan). 
 Os sistemas eleitorais 
o Majoritário: o eleitor vota diretamente na pessoa do 
candidato, sendo eleito o mais votado (em primeiro ou 
segundo turno no caso de prefeitos e governadores). 
o Proporcional: A eleição depende de um cálculo, chamado 
quociente eleitoral, baseado nos votos válidos no 
candidato e no partido. A partir dele, são preenchidas as 
cadeiras disponíveis, proporcionalmente. 
o Distrital: nesse tipo de votação, o Estado seria dividido em 
vários distritos, e cada distrito elegeria um deputado por 
maioria simples (50% dos votos mais um). Assim, o 
candidato mais votado é eleito. 
CONSTITUCIONALISMO 
 Movimento: 
o Político 
 Limite do poder 
o Jurídico 
 Formalização do direito em substituição dos costumes 
 Princípios 
o Supremacia do indivíduo: representa a migração do teocentrismo 
para o antropocentrismo, em que se estabelecem os direitos 
fundamentais, da primeira dimensão, em que se engendram os 
direitos civis e políticos. 
o Limitação do poder: é um antídoto contra o arbítrio e o 
absolutismo, com a tripartição do poder. 
o Racionalização do poder: é trazida pelo império da lei, em que não 
há injustiça. 
12 
 Lisa Chao 
 Dogmas do Estado Moderno 
o Garantias individuais 
o Separação dos poderes 
 Poder constituinte 
o Titular: povo 
o Exercício 
 Revolucionário, emergindo constituições outorgadas pela 
classe dirigente. 
 Democrático, emergindo constituições promulgadas. 
 Poderes constituídos: representa o efeito prático da expressão do poder 
constituinte. 
 A constituição 
o Material: revela o modo de ser da realidade política, não 
distinguindo a norma constitucional com as outras, em que a 
sociedade indica a agenda. Prescreve no presente, no ser (flexível). 
o Formal: as decisões políticas fundamentais do Estado são 
deduzidas à forma escrita. Prescreve no futuro, no dever ser (rígida) 
 Estado Constitucional 
o Império da lei 
o Limitação do exercício do poder 
o Formalização da Constituição (emanação de um poder 
constituinte) 
DO ESTADO 
PERSPECTIVA DO ESTADO (pag 303, Peña de Moraes) 
 Formas de governo 
o Monarquia: o monarca é vitalício, adquire seu cargo 
hereditariamente e possui função de chefe de Estado e não 
possui responsabilidade política. “Marcada pela vitaliciedade do 
poder, que é confiado a uma pessoa física, no caso monarca ou rei, 
que está no cargo não pelo consenso da coletividade, mas por razões 
históricas tradicionais, por esse motivo o monarca está desvinculado 
de partidos ou coligações políticas. (Hereditariedade, vitaliciedade e 
irresponsabilidade política do monarca)”. 
o República: adota o sufrágio universal, é fundamentado na 
igualdade formal das pessoas, em que os detentores do poder 
político exercem-no em caráter eletivo, representativo (via de 
regra), transitório e com responsabilidade. “Caracterizada pela 
temporalidade do poder e seu exercício é atribuído ao povo. Outra 
característica marcante é que ninguém ocupa o maior cargo de uma 
República se nãofor através de eleições, portanto está 
intrinsecamente ligada a um partido ou a uma coligação de partidos 
políticos. (Eletividade, temporalidade e responsabilidade política dos 
governantes)”. 
 
 
 Funções típicas e atípicas: 
 
Funções Legislativo Executivo Judiciário 
Típicas 
Legislar 
Chefias 
Aplicar o direito 
positivo em 
caso concreto. 
Estado 
Fiscalizar 
 
Governo 
 
 
Administração 
pública 
 
Atípicas 
 
Processar e julgar 
(art. 51, I – quem 
autoriza: câmara dos 
deputados; art. 52, I 
– senado federal, 
quem julga). 
 
Legislar (através 
de MP’s – art. 62, 
Decreto 
Autônomo e Lei 
delegada). 
Legislar através 
dos seus 
regimentos 
internos. 
Administração dos 
seus órgãos 
internos. 
 
Contencioso 
administrativo 
(julgamento na 
esfera 
administrativa). 
 
Administração 
dos seus 
órgãos 
internos. 
13 
 Lisa Chao 
 
14 
 Lisa Chao 
 Sistemas de governo 
o Presidencialismo: o presidente assume o cargo, devendo se 
reportar quanto aos seus atos políticos (responsabilidade), 
sendo chefe de Estado e chefe de Governo. “Esse tipo de sistema 
de governo só é utilizado em república. Nele, o Presidente da 
República é chefe de estado e também chefe de governo, portanto 
tem plena responsabilidade política e muitas atribuições. O mesmo é 
eleito pelo povo de maneira direta ou indireta. Neste sistema o 
indivíduo é eleito diretamente pelo povo. Há a necessidade de uma 
base de apoio de quórum mínimo de maioria absoluta para poder 
político.” 
o Parlamentarismo: o Primeiro ministro possui responsabilidade 
política, pois é chefe de governo. O monarca ou o presidente 
assume cargo de chefia do Estado, apenas, não possuindo tal 
responsabilidade. “Esse sistema é usado tanto em monarquias 
quanto em repúblicas. Nele, o chefe do Estado, seja ele rei ou 
presidente, não é o chefe do governo e por isso não tem 
responsabilidades políticas. Ao invés dele, o chefe de governo é o 
Primeiro Ministro, o qual é indicado pelo Parlamento. A aprovação do 
Primeiro Ministro e do seu Conselho de ministros pela Câmara dos 
Deputados se faz pela aprovação de um plano de governo a eles 
apresentado. A Câmara ficará encarregada de empenhar-se pelo 
cumprimento desse plano perante o povo. A responsabilidade política 
do modelo monárquico é o parlamento.” 
 
CONCEITOS 
 Poder 
o Relação interpessoal: para que o poder seja exercido deve haver um 
agente induzido a se comportar de uma forma e vice-versa. 
 Poder atual: concretização de uma ação influenciada por uma 
cadeia de agentes 
 Poder potencial: mensura-se de acordo com a influência que um 
agente pode exercer sobre outro conforme seus recursos 
 Política 
o Conceito clássico: estudo das relações do Estado/Governo e seus 
desdobramentos 
o Conceito moderno: atividades relacionadas ao Estado 
 Sujeito: atuação como ordenar/restringir determinados grupos, 
ocupar territórios (soberania) 
 Objeto: conquista, manutenção, defesa, a destruição do poder 
estatal (ações dentro da esfera do Estado, para/com o Estado) 
 Legalidade, legitimidade e legitimação 
o “Nem tudo que é ilegal é ilegítimo” 
o Legalidade: 
 Ideal legalista: Fundamento de validade das condutas do 
indivíduo sobre o coletivo 
 Ideologia legalista surge no positivismo 
 Positivismo: direito imposto pela vontade do ser humano, 
exercido de forma objetiva, sendo baseado em fatos reais e 
científicos, eliminando qualquer hipótese do envolvimento 
divino nas ações humanas. 
 Legalidade em si: Acatamento a uma ordem normativa oficial (não 
envolve justiça). Muitas vezes é utilizado como argumento que se 
esconde na autoridade da lei estatal para ter validade, quando na 
verdade há interesses que não podem ser expostos, devido à 
ausência de consenso. 
o Legitimidade: rompe com a ideologia de legalidade, se relaciona com 
o conteúdo da forma. 
o Temos na legitimação: processo pelo qual se buscará que uma 
norma ou ordem oficial, independentemente de seu conteúdo, seja 
aceita pela população sobre a qual incide, e, em consequência, seja 
cumprida sem o recurso à força armada. Busca-se o cumprimento, 
primeiro pelo consenso (legitimação) e segundo pela força. 
 “dominação não se apoiaria tão-somente na força, na violência e 
na coação, mas, sobretudo, no consenso acerca da crença nos 
valores que embasam as imposições e as determinações advindas 
dos governantes” – Weber. 
 Democracia 
o Democracia antiga: 
 Exercício direto do poder pelo povo (decisões políticas tomadas 
em assembleias na praça pública) 
15 
 Lisa Chao 
 Alto grau de participação dos cidadãos 
 Conceito restrito de cidadania (exclusão das mulheres, escravos 
etc.) 
 Liberdade política x limitação da liberdade individual (liberdade dos 
antigos x liberdade dos modernos) 
 Isagoria (igual direito à palavra nas assembleias), isonomia 
(igualdade perante a lei) e isotimia (igualdade no acesso aos 
cargos públicos) 
 Cargos públicos preenchidos preferencialmente por sorteio e 
exercidos por tempo limitado 
 “O governo favorece a maioria em vez de poucos – por isso é 
chamado de democracia. Se consultarmos a lei, veremos que ela 
garante justiça igual para todos em suas diferenças; quanto à 
condição social, o avanço na vida pública depende da reputação 
de capacidade” – Péricles. 
o Democracia moderna: 
 Supremacia da vontade popular: eleições livres e periódicas, 
sufrágio universal, prestação de contas, transparência, outras 
formas de participação popular como plebiscito, referendo, 
iniciativa popular, orçamento participativo etc. 
 Preservação da liberdade: limitação do poder, liberdade de 
imprensa e outras liberdades públicas, oposição livre, respeito às 
minorias etc. 
 Igualdade de direitos: garantia de acesso livre e igualitário aos 
direitos políticos, civis e sociais. 
o Democracia como técnica: “regras de procedimento para a 
formação de decisões coletivas”, segundo Bobbio, nas quais um 
opositor não é visto como um inimigo, mas sim como alguém que 
pode transitar até a minha própria posição. 
o Democracia como valor: Segundo Bobbio, um conjunto de fins e 
meios em busca da igualdade jurídica, social e econômica. 
 Constituição: 
o Concepções jusnaturalistas: a constituição denota a superioridade 
dos direitos naturais, mormente os direitos fundamentais dos homens; 
o Concepções positivistas: a constituição é uma lei dotada de 
superioridade hierárquica, não se perquirindo de eventual posição 
axiológica dentro do ordenamento jurídico. Principais defensores: 
Laband, Jellinek, Carré de Malberg e Kelsen; 
o Concepções historicistas: a constituição expressa, na verdade, o 
desenvolvimento histórico-jurídico de um povo, lastreando-se 
principalmente em seus costumes. Principais defensores: Burke, De 
Maistre e Gierke; 
o Concepções sociológicas: a constituição é documento que organiza 
e disciplina os fatores reais de poder, bem como suas interações 
recíprocas. Principais defensores: Lassalle, Sismondi e von Stein; 
o Concepções marxistas: a constituição é uma superestrutura jurídica 
predisposta a ser um instrumento de dominação ideológica da uma 
classe sobre outra. Principais defensores: Marx, Lênin; 
o Concepções institucionalistas: a constituição expressa a 
organização da sociedade, demonstrando suas idiossincrasias ou 
suas aspirações institucionais ou políticas. Principais defensores: 
Hauriou, Renard, Burdeau, Santi Romano e Mortati; 
o Concepção decisionista: a constituição revela uma decisão política 
fundamental assumida pelo poder constituinte, queacolhe em si 
mesma, outras decisões. Principal defensor: Carl Schmitt; 
o Concepções decorrentes da filosofia dos valores: a constituição é 
uma ordem de valores; estes, por seu turno, teriam existência anterior 
à própria constituição; a constituição, assim, é um acolhimento jurídico 
de valores sociais. Principais defensores: Maunz e Bachof; 
o Concepções estruturalistas: a constituição descortina estruturas 
sociais historicamente situadas, sendo ponto de equilíbrio dessas 
estruturas. Principais defensores: Spagna Musso e José Afonso da 
Silva. 
o A constituição se enquadra na disciplina normativa do poder 
(Estado, forma de governo, aquisição e exercício do poder, 
estabelecimento de órgãos do poder, limites de atuação do poder, 
direitos fundamentais do homem, garantias fundamentais do homem, 
formação dos poderes públicos e distribuição de competência). 
 Estado Moderno: 
o “[...] O Estado moderno de tipo europeu, para lá das características 
globais de qualquer Estado, apresenta, porém, características muito 
próprias: - Estado nacional: o Estado tende a corresponder a uma 
nação ou comunidade histórica de cultura; o factor de unificação 
16 
 Lisa Chao 
política deixa, assim, de ser a religião, a raça, a ocupação bélica ou a 
vizinhança para passar a ser uma afinidade de índole nova; - 
Secularização ou laicidade: porque – por influxo do Cristianismo e 
ao contrário do que sucede com o Estado islâmico – o temporal e o 
espiritual se afirmam esferas distintas e a comunidade já não tem por 
base a religião, o poder político não prossegue fins religiosos e os 
sacerdotes deixam de ser agentes do seu exercício; - Soberania: ou 
poder supremo e aparentemente ilimitado, dando ao Estado não só 
capacidade para vencer as resistências internas à sua acção como 
para afirmar a sua independência em relação aos outros Estados 
(pois trata-se agora de Estado que, ao invés dos anteriores, tem de 
coexistir com outros Estados)” (MIRANDA, 2005, p. 32-33, grifos do 
autor). 
o Sociedade moderna: ciência moderna, autonomização do direito e 
moralidade (esferas normativas), subsistemas sociais do Estado, 
nascimento do conceito do indivíduo. 
o Estado estamental: transição entre o Estado medieval e Estado 
moderno (existência de classes). 
o Estado absoluto: poder ilimitado ao rei em todas as esferas, poder 
divino. 
o Estado policial: lei prevalece sobre o costume, busca do interesse 
público sem limitação normativa. 
o Estado liberal de direito: 
 Institucionalizou-se após a Revolução Francesa 
 Não intervenção do Estado na economia 
 Vigência do princípio da igualdade formal (igualdade jurídica com a 
aristocracia visando à abolição das discriminações) 
 Adoção da Teoria da Divisão dos Poderes de Montesquieu 
 Supremacia da Constituição como norma limitadora do poder 
governamental 
 Garantia de direitos individuais fundamentais 
 Características dos direitos fundamentais: 
o Historicidade: os direitos são criados em um contexto 
histórico, e quando colocados na Constituição se tornam 
Direitos Fundamentais; 
o Imprescritibilidade: os Direitos Fundamentais não 
prescrevem, ou seja, não se perdem com o decurso do 
tempo. São permanentes; 
o Irrenunciabilidade: os Direitos Fundamentais não podem 
ser renunciados de maneira alguma; 
o Inviolabilidade: os direitos de outrem não podem ser 
desrespeitados por nenhuma autoridade ou lei 
infraconstitucional, sob a pena de responsabilização civil, 
penal ou administrativa; 
o Universalidade: os Direitos Fundamentais são dirigidos a 
todo ser humano em geral sem restrições, independente 
de sua raça, credo, nacionalidade ou convicção política; 
o Concorrência: podem ser exercidos vários Direitos 
Fundamentais ao mesmo tempo; 
o Efetividade: o Poder Público deve atuar para garantis a 
efetivação dos Direitos e Garantias Fundamentais, usando 
quando necessários meios coercitivos; 
o Interdependência: não pode se chocar com os Direitos 
Fundamentais, as previsões constitucionais e 
infraconstitucionais, devendo se relacionar para atingir 
seus objetivos; 
o Complementaridade: os Direitos Fundamentais devem 
ser interpretados de forma conjunta, com o objetivo de sua 
realização absoluta. 
 Gerações dos direitos fundamentais: 
o Primeira geração: Direitos da Liberdade, liberdades estas 
religiosas, políticas, civis clássicas como o direito à vida, à 
segurança, à propriedade, à igualdade formal (perante a 
lei), as liberdades de expressão coletiva, etc. Ação limitada 
do Estado. 
o Segunda geração: direitos sociais, culturais, econômicos 
e os direitos coletivos (os Direitos da Igualdade, no qual 
estão à proteção do trabalho contra o desemprego, direito 
à educação contra o analfabetismo, direito à saúde, 
cultura, etc.). Exigem conduta positiva do Estado, 
buscando bem-estar social. 
17 
 Lisa Chao 
o Terceira geração: visão bastante humanizada e universal, 
que busca para além dos interesses do indivíduo, 
abordando as temáticas do desenvolvimento, da paz, do 
meio ambiente, comunicação e do patrimônio comum da 
humanidade (direito a um meio ambiente equilibrado, uma 
saudável qualidade de vida, progresso, etc.). 
o Quarta geração: nasce a partir da globalização política da 
normatividade e do desenvolvimento tecnológico. Definida 
pelos Direitos da Responsabilidade (promoção e 
manutenção da paz, à democracia, à informação, à 
autodeterminação dos povos, promoção da ética da vida 
defendida pela bioética, direitos difusos, ao direito ao 
pluralismo etc.). A pesquisa genética é um exemplo que 
atinge esses direitos (controle na manipulação do genótipo 
dos seres). 
 A Declaração Universal dos Direitos do Homem (ONU-1948) 
diz que os direitos são proclamados, ou seja, eles pré-
existem a todas as instituições políticas e sociais, não 
podendo ser retirados ou restringidos pelas instituições 
governamentais, que por outro lado devem proteger tais 
direitos de qualquer ofensa. 
 Diferença entre direitos fundamentais, direitos do homem e 
garantias fundamentais: 
o Direitos do homem: direitos naturais (jus naturalismo) 
surgem a partir do nascimento do indivíduo. 
o Direitos fundamentais: direitos do homem jurídico-
institucionalizadamente garantidos, em uma ordem jurídica 
concreta existem prerrogativas fundamentais do cidadão, a 
livre expressão (art. 5º, inciso IX), a intimidade e a honra 
(art. 5º, inciso X) e a propriedade e defesa do consumidor. 
 Perspectivas dos direitos fundamentais: plano 
jurídico-objetivo (normas de competência para o 
poder público, o impedindo a interferência sobre os 
direitos do indivíduo) e plano jurídico-subjetivo (o 
poder de exercer os direitos fundamentais de forma 
positiva e de cobrar o Estado a opressão sobre atos 
que coibiriam a integridade dos direitos fundamentais – 
liberdade negativa) 
o Garantias fundamentais: enunciados com função de 
proteção, reparação ou reingresso em eventual direito 
fundamental violado. São remédios jurídicos, tais como o 
direito de resposta (art. 5º, inciso V), a indenização 
prevista, o Hábeas Corpus e Hábeas Data. 
 Cabimento do Hábeas Corpus: 
 Ameaça, sem justa causa, à liberdade de 
locomoção; 
 Prisão por tempo superior estabelecido em lei ou 
sentença; 
 Cárcere privado; 
 Prisão em flagrante sem a apresentação da nota de 
culpa; 
 Prisão sem ordem escrita de autoridade competente; 
 Prisão preventiva sem suporte legal; 
 Coação determinada por autoridade incompetente; 
 Negativa de fiança em crime afiançável; 
 Cessação do motivo determinante da coação; 
 Nulidade absoluta do processo; Falta de comunicação da prisão em flagrante do Juiz 
competente para relaxá-la. 
 Hábeas Data: É uma ação gratuita garantida 
constitucionalmente que assegura a qualquer cidadão o 
livre acesso às informações existentes em registros ou 
bancos de dados governamentais ou de caráter público, 
relativas à sua pessoa, a fim de protegê-lo, por 
exemplo, contra o uso abusivo destas informações 
adquiridas de forma fraudulenta e ilícita. Além disso, é 
uma garantia constitucional dos direito à intimidade, à 
privacidade, à honra e à imagem. Fundamentação no 
Art. 5º, LXXII e LXXVII, da CF. 
o Estado social de direito: busca, em nível constitucional, direitos e 
garantias destinadas a amparar os componentes da comunidade 
estatal em situação de vulnerabilidade. O Estado intervém no meio 
18 
 Lisa Chao 
social-econômico, de modo a aparar os excessos da desigualdade 
social. 
 Categorias do Estado social de direito: 
 Estado social conservador: protege-se o capital de forma 
direta e de maneira indireta busca amparar o trabalhador, 
através de normas constitucionais. 
 Estado social de concretização da igualdade e da justiça 
social: o Estado, de modo mais firme e participativo, oferece 
tutela ao hipossuficiente, se afastando da neutralidade 
estatal. 
 Estado social que altera e transforma o status quo da 
sociedade capitalista: o Estado abre caminho à 
implantação do socialismo, em que, além de tutelar 
rigorosamente os trabalhadores, busca uma mudança 
institucional do perfil do Estado. É o qual propõe a 
transformação do regime político-econômico com a 
apropriação dos meios de produção pelo Estado, priorizando 
a estatização empresarial ampla. 
 Estado social das ditaduras: Estado de conteúdo 
totalitário e antidemocrático, renegando os direitos básicos 
de liberdade. 
 Estado democrático de direito: é um Estado que vê 
necessidade de liberdades para o exercício correto do poder 
democrático e que o define como necessário para garantir a 
existência e a persistência das liberdades fundamentais. 
Busca a inclusão do povo nos mecanismos de controle 
político, mas não foge do baseamento da legalidade. É nele 
onde surge a quarta geração dos direitos fundamentais. 
 
Politica http://pt.scribd.com/doc/94480807/Resumo-do-verbete-Politica#scribd 
Legalidade e legitimidade http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=3080 
http://jus.com.br/artigos/3814/legalidade-e-legitimidade 
Democracia 
http://www.usp.br/fau/docentes/depprojeto/c_deak/CD/4verb/democr/index.html 
http://professormarum.blogspot.com.br/2010/08/resumo-19-democracia.html 
Constituição http://escola.mpu.mp.br/dicionario/tiki-
index.php?page=Constitui%C3%A7%C3%A3o 
Estado moderno 
http://www.ambito-
juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10476&revista_cader
no=9 
 https://projetoaletheia.files.wordpress.com/2014/08/conceito-de-estado-
moderno.pdf 
Estado liberal/social/democrático de direito http://jus.com.br/artigos/9241/estados-
liberal-social-e-democratico-de-direito/1 
Direitos fundamentais: http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/2627/Direitos-
Fundamentais 
Constituicionalismo http://brasocentrico.blogspot.com.br/2010/11/conceito-de-
constitucionalismo.html

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