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Resumo, história do direito Capitanias Hereditárias ESTRUTURA ADMINISTRATIVA/JUDICIÁRIA: Capitão Donatário (concentrava a administração, atuava como 2ª instância); Ouvidor da Comarca (tratava sobre assuntos criminais e cíveis, atuava como 2ª instância. Era eleito pelo Capitão donatário); Juízes Ordinários (atuava como 1ª instância. Tratava sobre assuntos comuns, em que eram aplicados os forais; eram escolhidos pela comunidade, entre os homens bons da comarca, não eram letrados, e não recebiam pelo cargo – porém, adquiriam prestígio); Meirinhos e outros oficiais de justiça. INEFICÁCIA DAS LEIS RÉGIAS: Leis alienígenas, que desconsideravam os costumes locais; Amplo poder dos donatários, favorecendo a aplicação das leis régias de acordo com os seus interesses. CARTAS DE FORAIS: Regulava os direitos e deveres que o Capitão-donatário passava a ter em virtude da Carta de Doação recebida; Concedia ao Capitão Donatário a autoridade administrativa e jurídica da região e a competência de delegar outras as outras autoridades. Estabeleciam tributos e taxas a serem cobrados. CARTAS DE DOAÇÃO DE TERRAS: Determinava a concessão de propriedade territorial ao Capitão donatário, proibindo a venda dessas terras, sendo somente permitida a transferência territorial pela hereditariedade. Determinava a jurisdição em que a capitania iria se reger. FRACASSO DAS CAPITANIAS: Difícil adaptação às condições climáticas e a um tipo de vida diferente do da Europa; alto custo do investimento, que não trazia um retorno imediato; falta de recursos humanos para desenvolver os lotes; ataques de tribos indígenas e de corsários; disputas internas e dificuldades na aplicação da Justiça; falta de comunicação e de articulação entre as diversas capitanias pelas enormes distâncias entre si, e entre elas e a metrópole; ausência de uma autoridade central que amparasse localmente as capitanias. Governo Geral (XVI) ESTRUTURA ADMINISTRATIVA/JUDICIÁRIA: Adoção do modelo de Municípios (com câmaras municipais), fim do poder dos donatários, adoção das Ordenações do Reino ADM Governador Geral Ouvidor Geral (organização judiciária) Provedor Mor da Fazenda (organização da cobrança de impostos e provimento de cargos) Capitão Mor da Costa (atribuições de defesa) JUD Ouvidor Geral + Governador Geral (2ª instância) Ouvidor da Comarca (rebaixado à 1ª instância, porém continua com mais poderes que o Juiz Ordinário) Juiz Ordinário (deveria presidir a câmara municipal) + Juiz de Fora (nomeados pelo rei dentre os bacharéis letrados, tinham a finalidade de serem o suporte do rei nas localidades, garantindo a aplicação das Ordenações gerais do Reino) – 1ª instância REGIMENTO DOS GOVERNADORES REAIS: Determinava a defesa dos interesses da Metrópole (Zelar pela defesa e fazenda da Coroa, centralizar a administração da colônia, arrecadar retamente os impostos, melhor explorar as riquezas da terra e aplicar as leis portuguesas). Governo Geral (XVII) – Após as Ordenações Filipinas ESTRUTURA ADMINISTRATIVA/JUDICIÁRIA: Casa de Suplicação (em Lisboa, 3ª instância, constituindo suas decisões assentos que deveriam ser acolhidos pelas instâncias inferiores como jurisprudência vinculante) Mesa da Consciência e Ordens (CIVIS, resolvia os casos jurídicos e administrativos que contavam com foro privilegiado, passando a, posteriormente, julgar as causas eclesiásticas que envolviam os clérigos do reino) Desembargo do Paço (CRIMINAIS, julgava as apelações criminais onde a pena imputada fosse a pena de morte, podendo ser agraciada, ou não, com a concessão da clemência real. Posteriormente foi composto por desembargadores) Tribunais de relação (na Bahia, atuava como 2ª instância, composto por desembargadores, que possuíam algumas prerrogativas, como isenções fiscais, imunidade jurídica, admissão em Ordens Religiosas e Militares) Juízes de Fora (em 1ª instância, prevaleciam sobre os Ouvidores da Comarca por possuírem respaldo da coroa) Ouvidor da Comarca (1ª instância) Corregedores (em 1ª instância, nomeados pelo rei, com função primordialmente investigatória e recursal, julgavam casos em que os próprios juízes estavam envolvidos) Juízes Ordinários (1ª instância) Provedores (1ª instância, colocados acima dos juízes de órfãos para o cuidado geral dos órfãos, instituições de caridade e legitimação de testamentos) Juízes de Órfãos (1ª instância, com a função de serem guardiões dos órfãos e das heranças, solucionavam as questões sucessórias a eles ligadas). Juízes de Vintena (1ª instância, Juiz de Paz para os lugares com mais de 20 famílias, decidiam verbalmente pequenas causas cíveis, sem direito a apelação ou agravo, nomeado por um ano pela Câmara Municipal) CRITÉRIOS PARA O EXERCÍCIO DA MAGISTRATURA Condições para o acesso ao cargo: Ser pessoa de média condição financeira; Não ser descendente de comerciantes, de cristãos-novos ou de "impuros de sangue“; Ser graduado na Universidade de Coimbra (preferência pelo direito civil ou canônico); Ter exercido a profissão por dois anos; Ter sido selecionado pelo exame da "leitura dos bacharéis" feito pelo Desembargo do Paço em Lisboa. Acesso à magistratura: Apadrinhamento ou processo de recrutamento. Regras para o exercício do cargo: Dever de circular na Metrópole e na Colônia. Intenção de evitar vínculos com a vida local, mantendo os magistrados equidistantes e leais à Coroa; Casar com licença especial; Proibição de solicitar terras na sua jurisdição e exercer comércio em próprio proveito. Motivos para a Corrupção da Magistratura: Burocracia e relações pessoais; Poder e influência do cargo para obter vantagens. Ordenações do Reino ORDENAÇÕES AFONSINAS: Objetivos: Fortalecer o poder monárquico de Portugal Independência da autoridade de legislação castelhana Influências: Direito Romano Direito Canônico Direito Consuetudinário Livro das Leis e Posturas Direito Muçulmano (com a invasão dos Mouros no Sul de Portugal) Direito Castelhano (lei das siete partidas) Legislação Leonesa (código visigótico) Dificuldades: Aplicação: Grande parte da população e dos magistrados era analfabeta Magistrados aplicavam de acordo com seus interesses Difusão: Cópias morosas e de alto custo Conteúdo: Livro I, contendo questões administrativas, por isso o caráter de redação decretório; Livro II, contendo questões restuais. Releva-se a questão tratada das normas eclesiásticas, que interessavam à coroa, pois se difundia em um período de disputas políticas entre o rei e a igreja. Portanto, era uma forma de disciplinar a igreja e submetê-la, controlando questões antes não abordadas, como, por exemplo, doações de terra; Livro III, contendo questões do processo civil; Livro IV, contendo questões do código civil; Livro V, contendo questões do processo e código penal. ORDENAÇÕES MANUELINAS Estilo de redação: Decretório, pois o rei desejava se reafirmar e destacar seu poder absolutista. Conteúdo: Revisão das Ordenações Afonsinas (presenciando-se a expressão da mudança na mentalidade do período) e a incorporação de leis extravagantes, com conteúdo de Direito Marítimo e Comercial. ORDENAÇÕES FILIPINAS Objetivos: Fortalecimento do poder régio castelhano e do direito romano Estilo de redação: Compilatório Conteúdo: Ordenações Manuelinas e inclusão do Código Sebastiânico. Estrutura judiciária mais complexa (aumento do número de juízes singulares, juntamente com as funções específicas de cada um, assim como os Tribunais de Colegiados de 2º e 3º graus); Influência dos princípios inquisitoriais nas leis penais.
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