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* * IMPOSTOS: Competência: art. 145, I, § 1º CF/88. Considerando “a viga mestra da arrecadação tributária”, o imposto é tributo que apresenta a seguinte característica fundamental: o contribuinte, ao pagar imposto, não recebe do Estado uma contraprestação imediata e específica em troca do seu pagamento. * * O parágrafo primeiro do dispositivo constitucional determina que os impostos, sempre que possível, terão caráter pessoal e serão calculados de acordo com a capacidade econômica do contribuinte. Na verdade, a grande maioria dos impostos no Brasil não é graduada de acordo com a capacidade econômica do contribuinte e, muito menos, tem caráter pessoal. * * Assim, quando uma pessoa paga Imposto de Renda, por exemplo, não recebe do Estado benefício específico em seu favor. O dinheiro do imposto não se reverte imediatamente em prol do contribuinte, porque se destina, de modo geral, ao bem comum. * * Devemos entender como “sempre” quando a CF fala sempre que possível. A capacidade contributiva é objetiva. Ex: uma pessoa ganha uma Ferrari em um concurso de um shopping, ela não tem dinheiro para pagar o IPVA da Ferrari, mas o fato de a pessoa não ter o dinheiro para pagar o IPVA não o exonera do pagamento do tributo, sob pena de o Fisco se apropriar do bem do contribuinte. Então ele terá que vender o carro, pagar o IPVA e ficar com o restante. * * Conceito: O Código Tributário Nacional, no art. 16, assim define imposto: Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. * * A definição apresentada pelo Código destaca os dois elementos básicos do imposto: é tributo cobrado de modo genérico; b) não obriga o Estado a uma contraprestação específica em favor do contribuinte. * * Pode-se deduzir, portanto, que o imposto é um tributo não-vinculado por excelência, já que o seu fato gerador é uma situação independente de qualquer atividade estatal específica relativa ao contribuinte. Não há portanto, a existência de uma atuação específica que justifique a sua cobrança por parte do Estado, sendo o seu objetivo a pura e simples captação de riqueza para a fazenda pública. * * Este caráter de não ser contraprestacional é ainda mais evidente no art. 167, IV, CF/88, que proíbe, salvo em algumas exceções, a vinculação da receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. * * O imposto pode ser considerado o tributo por excelência, não apenas por representar a mais importante e significativa das três espécies, mas também por ter como característica principal a simples exigência de transferência compulsória de recursos da comunidade para os cofres públicos, a partir da ocorrência de situação prevista em lei. Quanto às outras duas espécies , elas envolvem vantagem econômica ou prestação de retorno para os seus pagadores. * * Pontos comuns: As taxas e contribuições de melhoria caracterizam-se por haver um vínculo entre o fato gerador e determinado serviço ou melhoria de imóvel como decorrente de obra pública realizada. No caso dos impostos, a grande característica é a ausência desse vínculo. Podemos representar este fato da seguinte forma: * * TAXAS: (U, E, DF, M) serviço sociedade R$ (U, E, DF, M) CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA: (U, E, DF, M) melhoria sociedade R$ (U, E, DF, M) * * IMPOSTOS: (U, E, DF, M) benefício sociedade (?) R$ (U, E, DF, M) As taxas e contribuições de melhoria são chamadas tributos vinculados e os impostos, de tributos não-vinculados. A expressão não-vinculada, com que se qualifica o imposto, nada tem a ver com a qualificação da atividade administrativa vinculada da cobrança do tributo, na definição legal do mesmo. * * Quando se diz que o imposto é tributo não-vinculado, o que se está afirmando i que o fato gerador do imposto não se liga à atividade estatal específica relativa ao contribuinte. A natureza jurídica do tributo, ou seja, o fato de ser imposto, taxa ou contribuição de melhoria, é determinada pelo seu fato gerador, sendo irrelevante a destinação da receita e a sua denominação. Art. 4º CTN.
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