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Coccídios São parasitos intracelulares obrigatórios que habitam a mucosa do intestino delgado do homem. Cryptosporidium parvum/hominis Morfologia: os oocistos são esféricos e possuem cerca de 4-6 µm e possuem 4 esporozoítos livres no seu interior (não possuem esporocisto). Transmissão: C. parvum a partir da ingestão de água/alimento contaminada com oocistos e o C. hominis a partir da ingestão de carne mal cozida. Patogenia: Pacientes imunocompetentes: gastroenterite transitória (5-10 evacuações/dia) durante 2 semanas com vômitos e dores abdominais; Pacientes imunodeprimidos: diarreia aquosa (20-30 evacuações/dia) durante 2 semanas ou mais com náuseas, vômitos, dores abdominais, cefaleia e febre. Diagnóstico: exame direto a fresco (microscopia de contraste diferencial – triagem), imunofluorescência indireta, ELISA, Ziehl-Neelsen (col. Permanente) ou mét. da safranina. Fluorocromos (↑S ↓E) Cyclospora cayetanensis Morfologia: os oocistos esporulados (precisam de condições ideias no ambiente) são arredondados e medem cerca de 8-10 µm. Sendo que cada um possui 2 esporocistos com 2 esporozoítos cada. Transmissão: através da ingestão de oocistos esporulados através de água ou alimentos contaminados. Patogenia: Pacientes imunocompetentes: diarreias autolimitadas e infecções moderadas; Pacientes imunodeprimidos: fadiga, náuseas, anorexia, mialgia, perda de peso e diarreia intensa (1-8 evacuações/dia). No intestino delgado pode causa atrofia das microvilosidades causando inflamação local e alterações na mucosa. Diagnóstico: exame direto a fresco (microscopia de contraste diferencial – triagem), imunofluorescência indireta, epifluorescência(autofluorescência – Luz UV), PCR, Ziehl-Neelsen (variabilidade na coloração) melhor método da safranina. Cystoisospora belli Morfologia: oocisto elipsoide. Quando excretados são imaturos, necessitam de ambiente favorável para se transformarem em oocisto maduro com 4 esporozoítos cada. Transmissão: ingestão de água ou alimentos contaminados com oocistos viáveis. Patogenia: Paciente imunocompetente: infecção benigna, cura espontânea; Paciente imunodeprimido: destruição das céls epiteliais, atrofia das microvilosidades causando a síndrome da má absorção e consequentemente fezes esteatorreicas, perda de peso, diarreia e febre. Diagnóstico: exame direto a fresco s/ coloração, epifluorescência na luz UV, Ziehl-Neelsen e safranina, microscopia de fluorescência. DOENÇA TRATAMENTO MEDICAMENTOSO Criptosporidiose Nitazoxanida Ciclosporose Sulfametoxazol-trimetoprim Cistoisosporose Sulfametoxazol-trimetoprim Sarcosystis spp. Transmissão: S. hominis: carne bovina crua S. suihominis: carne suína crua Ingestão de sarcocistos contendo bradizoítos. Patogenia: em pacientes imunodeprimidos causa diarreia grave, grave e perda de peso. Diagnóstico: identificação dos oocistos maduros e esporocistos livres através da coloração de Ziehl-Neelsen ou safranina Malária Plasmodium vivax TJ: anel pequeno com massa de cromatina TM: grande ameboide com vácuolo G: redondo/oval Plasmodium malariae TJ: pequeno, redondo e compacto TM: banda ou faixa equatorial na hemácia G: ~TM com massas de cromatina grande Plasmodium falciparum TJ: pequenos anéis com massas de cromatina delicadas TM: s/ vacuolo G: formato de banana Sistemas de cruzes Nº contados Nº de campos Cruzes 40-60 100 (GE) e 200(ES) +/2 1 1 + 2-20 1 ++ 21-200 1 +++ >200 1 ++++ Diagnóstico: Gota espessa: utilizar método de walker corado com Giemsa e azul de metileno. V: pode aumentar a probabilidade de se encontrar os parasitas; processo de coloração mais rápido. D: pode haver alteração da morfologia das espécies devido a desemoglobinização; processamento relativamente rápido após a colheita. Esfregaço delgado: utiliza-se o Giemsa para corar. V: fixa as hemácias permitindo o estudo da morfologia do parasita; menor perda de parasitos D: não é indicado para parasitemias baixas. Tratamento: P. vivax: cloroquina+primaquina P. malariae: cloroquina P. falciparum: sulfato de quinina+doxiciclina*+primaquina* sulfato de quinina+primaquina *Não utilizar em gestantes, utilizar clindamicina associado ou não com a quinina. MICROSPORÍDEOS Parasitas intracelulares obrigatórios caracterizados pela produção de esporos. A infecção no hospedeiro se dá através da expulsão do túbulo polar, o qual penetra na célula, permitindo a liberação do esporoplasma. As fases seguintes são a reprodução e formação de mais esporos, terminando com a ruptura da célula e a liberação dos esporos. Transmissão: ingestão de esporos ovoides. Localização: Encephalitozoon hellen: ocular, respiratório e geniturinário Encephalitozoon cuniculi: ocular, respiratório e geniturinário Nosema corneum: ocular Pleistophora spp.: muscular Vitaforma córnea:ocular Enterocytozoon bieneusi: intestinal Encephalitozoon instestinalis: intestinal, respiratório e geniturinário, além de disseminação ocular. E. bieneusi: biliar e infecções biliares Trachipleistophora: infecção ocular em aidéticos Patologia: 3-10 episódios de diarreia, sendo as fezes sem muco e sangue. Perda de peso lenta e progressiva, alteração na absorção xilose e gordura. Diagnóstico: exame de amostras fecais com métodos derivados do Chromotrope 2R, mofificadas do tricrômico e Chromotrope a quente. Substância quimiofluorescentes (Calcofluor) Microscopia eletrônica de transmissão: capaz de identificar a espécie do microsporídeo. PROTOZOÁRIOS FLAGELADOS Giardia lamblia Apresenta duas formas: Cistos: formato oval/elipsóide, possui uma delicada membrana e de 2 à 4 núcleos. Além disso, possuem fibrilas que correspondem ao axonema e aos flagelos e corpos escuros em forma de meia-lua. Trofozoítos: formato de pêra, simetria bilateral, possui disco ventral (confere adesão à mucosa), na parte frontal há dois núcleos. Possui 4 flagelos originados de corpos basais situados nos pólos anteriores de 2 núcleos. Ciclo: monoxênico Infecção: ingestão água contaminada com cistos ou por contato direto entre pessoas. Patogenia: quadro gastrointestinal de intensidade variável. Há evidências de que quanto maior o dano as microvilosidades do intestino maior a chance de ocorrer a síndrome de má absorção, que refletem na formação de fezes esteatorreicas. Diagnóstico: EPF é o padrão ouro (baixa sensibilidade devido intermitência na passagem dos cistos); ELISA (alta sensibilidade); BIÓPSIA e PCR. Caso 1 – Fezes liquefeitas: realizar exame direto a fresco ou com colorações permanentes (hematoxilina férrica ou tricrômico). Caso 2 – Fezes pastosas ou formadas: realizar técnica de concentração (indicado Faust e se fezes esteatorreicas -> Ritchie) e corar lâmina com iodo. Tratamento: nitramidazóis (metranidazol e tinidazol), benzimidazóis (albenda e mebendazol) e furazolidona. CILIADOS Balantidium coli Maior protozoário e único patogênico encontrado no cólon (de suínos e do homem). Os trofozoítos fazem movimento rotatório rápido e direcional. A superfície é revestida de cílios e citoplasma possui um núcleo/ macronúcleo, grande e riniforme e outro micronúcleo. Transmissão: ingestão de água ou alimentos contaminados com o cisto. Patogenia: produzem ulcerações que podem perfurar a parede intestinal. Diagnóstico: encontro de trofozoítos e cistos nas fezes líquidas e formadas respectivamente.
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