Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ATENÇÃO O CONTEÚDO AUDIOVISUAL A SEGUIR É PARA USO EXCLUSIVAMENTE ACADÊMICO E ESTÁ PROTEGIDO PELAS LEIS DE PROPRIEDADE INTELECTUAL, SENDO VEDADA SUA CESSÃO OU OUTRA FORMA DE UTILIZAÇÃO NÃO AUTORIZADA, DO TODO OU DE QUALQUER PARTE PARA QUE SUA PARTICIPAÇÃO NA AULA SEJA COMPUTADA COMO PRESENÇA, É IMPORTANTE QUE COLOQUE SEU NOME COMPLETO E RA SE ISTO NÃO TIVER SIDO FEITO AINDA, FAÇA NESTE MOMENTO EX: JOÃO DA SILVA 2908029 PROTOZOÁRIOS PROFESSORA: ISABELA CURSO FARMÁCIA E BIOQUÍMICA Giardia lamblia Trichomonas vaginalis CLASSIFICAÇÃO DOS PARASITAS DE INTERESSE MÉDICO Helmintos Protozoários Artrópodes “Protozoan” significa “primeiro animal” Encistamento: Cisto: cápsula protetora • Aumentar sobrevida: • Na ausência de alimento, umidade ou oxigênio • Temperatura inadequada • Viver fora de um hospedeiro PROTOZOÁRIOS Seres unicelulares Possuem motilidade Transmissão: Sexual: Trichomonas vaginalis. Fecal-oral: Giardia lamblia, Entamoeba histolytica. Vetores hematófagos: Plasmodium sp., Leishmania sp., Trypanosoma cruzi. Classificação Rizópodes Amebas Flagelados Giardia e Trypanosoma Esporozoário Plasmodium e Toxoplasma Ciliados Paramecium DOENÇAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS Urogenital Trichomonas vaginalis Intestinal Entamoeba hystolytica Giardia lamblia Isospora belli Sangue e Tecidos Toxoplasma gondii Plasmodium sp Trypanosoma sp Leishmanias sp GIARDÍASE GIARDÍASE Espécie: Giardia lamblia (Sinonímias: G. duodenalis e G. intestinalis) Revisão pela Comissão Internacional de Nomenclatura Zoológica Infecção intestinal Transmissão pela água e alimentos contaminados Um dos principais agentes patogênicos responsáveis por surtos de gastroenterites de veiculação hídrica Alta resistência dos cistos (> 2 meses no meio externo) Comum em ambientes coletivos (creches, asilos, orfanatos, etc.) Atinge principalmente crianças FORMAS EVOLUTIVAS Trofozoíto ❑ Formato Piriforme ❑Motilidade semelhante a uma folha caindo ❑Disco ventral, onde se localizam os núcleos (2), corpos medianos, flagelos (04 pares) e um disco ventral, adesivo ❑ Habitat: Intestino delgado - principalmente duodeno e jejuno Trofozoítos da Giardia lamblia Aparência Simetria bilateral http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.nih.go.jp/niid/para/atlas/images/giardia-trph.jpg&imgrefurl=http://www.nih.go.jp/niid/para/atlas/japanese/lambl.html&h=464&w=541&sz=12&tbnid=nbldayruw2QqWM:&tbnh=111&tbnw=130&hl=pt-BR&start=1&prev=/images?q=Giardia+lamblia&svnum=10&hl=pt-BR&lr=&sa=G FORMAS EVOLUTIVAS Cisto ▪ Oval, núcleos (2-4), corpos medianos (2-4) Habitat: íleo e ceco (eliminados nas fezes) No ambiente, os cistos podem se manter viáveis por até 2 meses TROFOZOÍTO CISTO Formas evolutivas TRANSMISSÃO Ingestão de cistos maduros: Águas não tratadas ou cloradas Alimentos contaminados (moscas e baratas) Contato pessoal (mãos contaminadas, locais de aglomeração, etc.) Contato sexual (transmissão oral - fecal) Contato com animais domésticos A OMS considera a giardíase uma zoonose! Ingestão de cistos maduros através de água e alimentos contaminados ou transmissão direta pelas mãos Colonização de trofozoítos na mucosa do intestino delgado (duodeno) Eliminação de cistos nas fezes Encistamento Desencistamento Estímulos para o encistamento: Ação dos sais biliares, influência do pH intestinal e o destacamento da mucosa (ação da resposta imune local) ácido gástrico estimula o desencistamento PATOGENIA - MECANISMOS: MULTIFATORIAIS Alterações no epitélio intestinal sem que haja invasão tissular e celular Provoca diarreias e má absorção intestinal Adere-se às microvilosidades do intestino delgado através de seu disco ventral e impede a absorção de nutrientes – Má absorção Possui proteases que poderiam agir sobre glicoproteínas de superfície e lesar as microvilosidades – Má absorção Desencadeia resposta inflamatória com produção de IgA e IgE que ativa mastócitos e libera histamina – edema – aumento de motilidade – diarreia Estímulo para hipersecreção ativa de cloreto na mucosa intestinal (acúmulo de fluido na luz intestinal) SINTOMAS Diversos quadros clínicos: assintomáticos → diarreia aguda Portador assintomático Eliminam cistos por mais de 6 meses Fase aguda (primoinfecção) Diarreia aquosa, odor fétido, gases com distensão e dor abdominal Muco e sem sangue, esteatorreia Duração de poucos dias (3-4 semanas) – autolimitada SINTOMAS Fase crônica (imunidade) Sintomas podem persistir por muitos anos Episódios de diarreia que podem ser contínuos, intermitentes ou esporádicos Má absorção de gorduras, vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K), vitamina B12, ferro, xilose, lactose, etc. (Síndrome da má absorção) Esteatorreia, mal estar e perda de peso IMUNIDADE Presença de imunidade protetora: ▪ Infecção de natureza autolimitante ▪ Detecção de anticorpos específicos ▪ Maior susceptibilidade em imunossuprimidos ▪ Menor susceptibilidade em indivíduos de área endêmica Resposta humoral (IgM, IgG e IgA secretória) DIAGNÓSTICO CLÍNICO Gastroenterites, diarreia (Esteatorreia), irritabilidade, insônia, náuseas e vômitos, perda do apetite e dor abdominal LABORATORIAL Parasitológico Imunológico DIAGNÓSTICO PARASITOLÓGICO Fezes formadas (cistos) – exame a fresco (método direto), métodos de sedimentação e concentração (HPJ, Faust) Fezes diarreicas (trofozoítos) – exame direto ou esfregaços corados com Hematoxilina Férrica Amostras alternadas (3) - Giardia é eliminada de forma intermitente nas fezes 300 milhões a 14 bilhões de cistos por dia, ocorrendo períodos de interrupção de eliminação de sete a 10 dias Sensibilidade do exame: 1 amostra (50-70%) / 3 amostras (85-90%) Exame do fluido duodenal e biópsia jejunal - Enterotest® - pesquisa de trofozoítos, diarreias crônicas ENTEROTEST ❑ Fio de nylon enrolado numa cápsula gelatinosa com uma extremidade livre. ❑ Cápsula ingerida em jejum. ❑ Após 4 horas (mínimo) o fio é retirado. ❑ O muco aderido ao fio é examinado (trofozoíto). Imunofluorescência direta e indireta e ELISA (detecção de coproantígenos ou anticorpos anti-Giardia) Testes imunocromatográficos (testes rápidos) A técnica Polymerase Chain Reaction (PCR) vem sendo padronizada para a detecção do DNA de G. lamblia nas fezes dos pacientes. DIAGNÓSTICO IMUNOLÓGICOS Coloração: Giemsa TROFOZOÍTOS DA GIARDIA LAMBLIA Coloração: Lugol CISTOS DA GIARDIA LAMBLIA Coloração: Hematoxilina férrica Trofozoítos da Giardia lamblia Preparação corada com hematoxilina férrica material: fluido intestinal (muco) TROFOZOÍTOS DA GIARDIA LAMBLIA Preparação corada com hematoxilina férrica Cistos de Giardia CISTOS DA GIARDIA LAMBLIA TRATAMENTO Plano Nacional de Vigilância e Controle das Enteroparasitoses, elaborado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde – Brasil Drogas de primeira escolha: Tinidazol ou Secnidazol ou Metronidazol Drogas de segunda escolha: Nimorazol ❑ Nitazoxanida A escolha da droga, da posologia e da duração do tratamento estão na dependência da localização e da intensidade da infecção e da idade do paciente PREVENÇÃO E CONTROLE Medidas de higiene pessoal (lavar as mãos) Destino adequado das fezes (fossas sépticas, redes de esgoto) Proteção alimentar Tratamento da água (filtros) Evitar o sexo anal-oral sem proteção Indivíduos que praticam acampamento e caminhadas na natureza devem levar garrafas com água potável Tratamento precoce dos doentes e verificação da fonte de contaminação TRICOMONÍASE TRICOMONÍASE OU TRICOMONOSE Espécie: Trichomonas vaginalis É a mais frequente entre as DSTs não virais Prevalência maior em grupos de baixo nível socioeconômico Maior incidência: mulheres (20 - 30 anos) homens (> 30 anos) Homens: infecção benigna e assintomática Fatores de risco: Idade, atividade sexual, nº de parceiros, outras DSTs e condições socioeconômicas. TRICHOMONAS VAGINALIS Não possui a forma cística Patógeno sensível à dessecação e altas temperaturas O trofozoíto pode viver durante 3 horas na urina e 6 horas no sêmen Em locais de alta umidade sobrevivem mais tempo MORFOLOGIA Os trofozoítos podem ter formato ovoide, arredondado ou piriforme - polimórficos Locomoção: uma membrana ondulante e 4 flagelos livres (anterior) + 1 (posterior) Axóstilo: estrutura rígida, formada por microtúbulos, que se projeta através do seu centro até sua extremidade posterior Grânulos podem ser observados ao longo do axóstilo Núcleo grande e ovoide Habitat: trato geniturinário Crescem pH ligeiramente alcalino ou ácido e se alimentam de bactérias e leucócitos locais. Transmissão: Através da relação sexual (doença venérea) – 95% Via não sexual – 5 % Contaminação através do parto Fômites úmidos ou molhados (esponjas ou toalhas) Duchas ou assentos de vasos sanitários contaminados Calcinha e roupa de cama TRICHOMONAS VAGINALIS Sobrevivem na urina, em esponjas ou toalhas úmidas por algumas horas, assim como na água por até 40 minutos 1 – Trofozoítos na secreção vaginal, próstata, urina ou sêmen do hospedeiro 2 – Colonização e reprodução (divisão binária) 3 – Trofozoítos nas secreções do novo hospedeiro Não possui a forma cística, apenas a trofozoítica Os sintomas aparecem entre 03 e 09 dias após o contato com o parasito. PATOGENIA Condições ideais ao crescimento do patógeno: Aumento do pH vaginal (pH normal: 3,8-4,5; pH ideal > 5,0) Diminuição de Lactobacillus e aumento de bactérias anaeróbias Ações patogênicas: Ativação de intenso processo inflamatório Adesinas – aderência às células epiteliais da mucosa vaginal Enzimática (cisteína-proteinases) – Degrada proteínas de matriz extracelular, citotóxica e hemolítica, com capacidade de degradar IgG, IgM e IgA Auto reveste com proteínas do hospedeiro Mecanismos de adesão citotoxicidade dependente de Ferro PATOGENIA Patogênese decorrente da intensa resposta inflamatória: Problemas relacionados com a gravidez: Rompimento da placenta, parto prematuro, baixo peso ao nascer, feto natimorto e morte neonatal Problemas relacionados com a fertilidade: Infertilidade femininas por oclusão da trompas de falópio (dano nas células ciliadas da mucosa tubária) Transmissão do HIV: Atua como cofator na propagação do vírus Trichomonas e HIV Inflamação intensa durante a infecção pelo Trichomonas Recrutamento de linfócitos CD4 e macrófagos Pontos hemorrágicos na mucosa (alto parasitismo) Aumento da porta de saída: os pontos hemorrágicos e a inflamação podem aumentar o nº de vírus nos fluidos corpóreos → aumenta transmissão Probabilidade e 8x maior de exposição e transmissão de parceiro sexual não infectado PATOGENIA Aumenta a porta de entrada para o vírus HIV RESPOSTA IMUNE Presença de anticorpos protetores (IgG e IgA) Resposta celular ineficiente Degradação de células imunes pelo vacúolo fagocíticos do parasito Mecanismo de escape do parasito: Revestimento com proteínas plasmáticas do hospedeiro, dificultando o reconhecimento do sistema imune SINTOMAS Mulher: Período de incubação: 3 a 20 dias Vaginite e cervicites (secreção vaginal abundante, amarelo-esverdeada, bolhosa, de odor fétido) Prurido e irritação vulvovaginal - Sensações de queimação, prurido e irritação Dor e dificuldade para as relações sexuais Dor ao urinar (disúria) e aumento da frequência miccional (poliúria) SINTOMAS Homem: Infecção normalmente assintomática Uretrite (pouca secreção com discreta ardência miccional) Outras complicações: prostatite e cistite (raros) DIAGNÓSTICO Clínico: Difícil diferenciar de outras DSTs Parasitológico: Exame direto à fresco (exame de rotina usual) Exame de esfregaços fixados e corados Cultura Imunológico: Importante para identificar pacientes assintomáticos: ✓Aglutinação, Imunofluorescência e ELISA COLETA DAS AMOSTRAS Homem: Matinal, antes de urinar, sem uso de medicamento Material: secreção uretral, sêmen, urina, secreção prostática e material subprepucial Mulher: Antes da higiene vaginal, sem tratamento anterior com medicamento oral ou tópico Material: secreção vaginal ou cervical Preservação das amostras: Líquidos de transporte: salina glicosada, solução de Ringer ou solução de Locke → até 24 h Meios de transporte: Stuart e Amies → até 24 h Trofozoíto de T. vaginalis Giemsa Trofozoíto de T. vaginalis Gram Trofozoíto de T. vaginalis Lugol Trichomonas vaginalis em amostra de urina Trichomonas vaginalis em amostra de secreção vaginal TESTE IMUNOLÓGICO Teste imunocromatográfico Importante para pacientes assintomáticos – tratamento precoce e redução do risco de transmissão PROFILAXIA Estratégias semelhantes às recomendadas para o controle de outras DST: Prática do sexo seguro Uso de preservativos Evitar contato com parceiros infectados Tratamento imediato do casal Diagnóstico em pacientes assintomáticos Triagem de mulheres sexualmente ativas TRATAMENTO O tratamento de escolha para infecções por T. vaginalis é o metronidazol Devem ser tratados todos os parceiros sexuais Deve-se evitar a ingestão de álcool (efeito antabuse, devido interação de derivados imidazólicos com álcool, caracterizado por mal-estar, náuseas, tonturas, “gosto metálico na boca”) Durante o tratamento, devem ser suspensas as relações sexuais Manter o tratamento se a paciente menstruar
Compartilhar