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O ajuste fiscal do governo Dilma Rousseff- 2015 São Paulo 2015 O ajuste fiscal do governo Dilma Rousseff- 2015 Reprodução autorizada, desde que cite a fonte. Autor: Enio Amorim Estudante de Ciências Econômicas e Ciência Política Blog: http://enioamorim.webnode.com; Twitter: Enio Amorim; Linkedin: Enio Amorim; E-mail: enio_dp@hotmail.com Facebook: Enio Amorim São Paulo 2015 Introdução O Ajuste Fiscal, iniciado em 2015, tinha metas de crescimento; arrecadação e reformas, principalmente em infraestrutura. O país está com sua dívida pública alta; inflação acima do limite estabelecido pelas autoridades monetárias e PIB baixo, já em recessão. Contudo o que era para ser um plano um projeto para colocar o Brasil, novamente, na rota de crescimento acabou virando em dor de cabeça, conflitos partidários para atender á interesses particulares e brigas por poderes. Resultado. O Brasil está paralisado economicamente enquanto que as pessoas (Deputados, Senadores e Governadores) que são pagas por nós, através de nossos impostos, estão brigando entre si para assumir um poder, a Presidência da República. Esse artigo/trabalho foi elaborado com o objetivo não de julgar ou de favorecer esse ou aquele partido, mas sim para informar um pouquinho da real situação do Brasil ou talvez, para algumas pessoas, conhecer algumas questões polêmicas. O ajuste fiscal da presidenta Dilma Rousseff Afinal os que são os tais ajustes fiscais? Segundo o jornal El País, trata-se do nome dado ao esforço do governo para equilibrar as contas do Estado brasileiro para então voltar a crescer e fechar o ano no azul. Em outras palavras, receitas menos despesas. O argumento do governo, é que depois de anos de política expansionista e de aumento de despesa, o governo não consegue mais gastar mais do que recebe. Argumenta-se que se der certo, o ajuste fiscal, no médio prazo, o país voltará a crescer de maneira correta, contudo para 2015, as perspectivas de analistas que o encolhimento da economia será de 3,6%, o pior dos últimos 20 anos. Voltar a crescer com taxas superiores ao desempenho de década de 2000 exige muito mais do que ajuste fiscal. Diversos especialistas veem alertando para a necessidade desse alinhamento. A favor O ajuste é realmente necessário para livrar o Brasil do caos econômicos, mas não assegura, obrigatoriamente, a volta ao vigor econômico demonstrados nos anos anteriores. De acordo com o ex-ministro da fazenda Maílson da Nóbrega, é preciso acabar com a visão equivocada de que querer determinar os lucros dos investidores e que o ajuste fiscal é uma política neoliberal. Tentar impulsionar o Produto Interno Bruto, o PIB a qualquer custo, como ocorreu no 1º mandato da presidenta Dilma Rousseff, é preciso focar no crescimento do PIB, pois focar em um crescimento mais robusto ou firme significa, segundo o ex-ministro, crescer sem pressão inflacionária ou sem déficit em conta corrente (somatória de todas as transações: balança comercial, frete, royalties, financeiros, serviços governamentais, transações unilaterais, entre outras). De acordo com o ex-ministro, a única forma é aumentar a produtividade, criando um ambiente para negócios favoráveis para os investimentos e investidores. Isso sem a liderança da presidenta significa irresponsabilidade política, afirma Maílson. Segundo Maílson, essa cultura política é um grande obstáculo para a correção dos erros cometidos, mesmo a oposição, erra com ao tomar suas decisões e atitudes numa tentativa de se opor ao governo. De acordo com o ex-ministro, o que o Partido Social Democrático e Social, o PSDB está fazendo agora (2015) é o mesmo que o Partido dos Trabalhadores, o PT, fazia quando era oposição, ou seja, votando contra projetos que estão na essência do partido, como por exemplo: fator previdenciário. O Fator Previdenciário foi um programa criado no governo Fernando Henrique Cardoso. Segundo o ex-ministro, o ajuste é importante e essencial para a economia brasileira, pois, caso contrário, o Brasil será rebaixado a categoria junk, palavra em Inglês, que em Português significa lixo. Com o rebaixamento a essa categoria será mais caro tomar empréstimos e os devedores serão considerados duvidosos. Segundo o professor da Unicamp Eduardo Fagnani, a necessidade de Ajuste Fiscal passou a ser obrigatória. Contra Segundo o jornal O Globo, a Fundação Perseu Abramo, FPA, fundação pertencente ao PT, divulgou um boletim no dia 21 de janeiro de 2015 criticando a presidenta Dilma Rousseff pelas medidas adotadas em seu início de segundo mandado. O boletim chama a política econômica, adotada pela presidenta, de conservadora. A Perseu Abramo é uma fundação criada pelo PT em 1996 para promover estudos e debates. A entidade recebe pelo menos 20% da verba do fundo partidário dirigido ao PT. Afirma o jornal O Globo. “ O problema, é que diante da continuidade de um mundo em crise e da desaceleração abrupta do mercado interno (último motor que ainda funciona), a possibilidade desses ajustes aprofundarem as tendências recessivas da economia não é desprezível”, afirma o texto, segundo a FPA. De acordo com O Globo, o boletim não é assinado, o jornal procurou a assessoria da FPA, e segundo a assessoria da fundação, o boletim foi escrito pelo economista Guilherme Mello, que trabalha na Fundação e que é doutor pela Unicamp. De acordo com a análise elaborada pela entidade, o conjunto de medidas adotadas pelo governo Dilma indica uma clara inflexão nas estratégias política econômica. A escolha de Joaquim Levy, de perfil liberal, para chefiar o Ministério da Fazenda, incomodou algumas alas do PT, contudo integrantes do próprio partido afirmam que tais medidas ou arrochos foi feito pelo ex- presidente Lula em seu primeiro mandato, quando Lula colocou na fazenda Antônio Palocci. De acordo com Alberto Cantalice, vice-presidente do PT, o partido é democrático, logo há várias opiniões, e que a escolha de Levy é devido ele ser um especialista em finanças públicas. Segundo o jornal, a FPA, fala que o Ajuste Fiscal é um equívoco como melhor resposta ao atual momento do Brasil. O presidente da Perseu Abramo, Marcio Pochmann, disse que o ”boletim não é contra o Brasil. É a favor do Brasil”. Segundo os autores, o manifesto (boletim) tem o objetivo de retirar o país da barbeiragem econômica que está em andamento. E segundo o senador do PT, Lindbergh Farias, afirmou a pouco tempo, que o ex-presidente Lula falou “ tomar remédio amargo, tudo bem, mas a pergunta é se vai sarar”. Por outro lado, os que são contra, de acordo com o jornal El País, dentro do governo fala-se que o governo se descontrolou nos anos anteriores e concedeu subsídios e benefícios não sustentáveis. Até mesmo dentro do PT e apoiadores do governo afirmam que ajuste ataca somente os mais pobres, os quais irão pagar a conta dos erros do governo. Apoiadores do governo pedem que seja implantada políticas de austeridades, também, para os afortunados. Segundo Fagnani, a recomposição da capacidade de investimento do Brasil criaria condições para indução do crescimento sem aplicar remédios, como está sendo os atuais ajustes. Em outras palavras, as autoridades políticas e econômicas deveriam redesenhar ou planejar os modeloseconômicos de forma não ser obrigatória aplicar ajustes fiscais. De acordo com Fagnani, não há crescimento e ajuste fiscal possível com elevação de juros básicos na economia. Discutindo o Ajuste Fiscal No primeiro mandato de ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi feito um superávit (economia para pagar juros) de 3%, contudo afirma Fagnani, do que adianta fazer um superávit nessa proporção tendo de pagar juros de 6%. De acordo com Fagnani, Joaquin Levy, na época secretário do tesouro do primeiro mandato de Lula elaborou uma meta chamada: Programa de déficit nominal zero, o qual propunha um superávit nominal de 7% do PIB por um período de dez anos, no entanto, Dilma Rousseff, na época Ministra da Casa Civil, não gostou do plano. Há observações que os Ajustes Fiscais são mais viáveis e menos dolorosos em momentos de bonança e com gradualismo nominal, Afirma Fagnani. A política monetária deve procurar a estabilidade nominal (valor histórico), mas também o valor real (valor descontada a inflação), sem provocar a volatilidade. Segundo Fagnani, o Ajuste Fiscal não resume em corte de gastos e despesas. Ele também poderia buscar uma alternativa de mecanismos de financiamento do Estado. Pois, de acordo com Fagnani, existem espaços no sistema tributário brasileiro que são semelhantes aos praticado em países capitalistas. Da mesma forma, deveria haver um amplo esforço no sentido de uma revisão nos gatos tributários, um conjunto de esforços para pessoas físicas, setores econômicos específicos, de acordo com Fagnani. Seguindo no mesmo raciocínio de Fagnani, o autor Salvador demonstrou. Veja a tabela abaixo adaptada. Figura 1 Adaptado por Enio Amorim Essa demonstração elaborada por Salvador acarretou em um comprometimento em 23,06% da arrecadação tributária Federal. Para crescer é necessário reduzir a dívida pública, ter uma política de juros eficiente, pois, caso contrário, é a população, principalmente a de renda mais baixa quem irá sentir os impactos dos ajustes ou melhor “aperto do cinto”. Fazer um ajuste e achar que ele é compatível com a realidade do Brasil não é um exercício consistente. A crise é vista como uma oportunidade para promover mudanças históricas, afirma Fagnani. No longo prazo, o arrocho, conhecido como aperto do cinto, ou melhor, ajuste fiscal, tem o objetivo de criar um modelo que irá contra o trabalhador, isto é, menos direitos trabalhistas, menor proteção social, menores salários e sem poder de barganha (seria algo próximo a poder de pechincha por parte do trabalhador), de acordo com Fagnani, (houve adaptação no final, para melhor entendimento). Os economistas liberais (conceito que é contra a intervenção do Estado na economia, defende o livre mercado, livre concorrência) falam que o baixo desemprego seria o vilão do controle da inflação. E qual a saída? Simples, frear a economia e demitir mesmo. Se os salários sobem hoje em larga escala, deve-se ao baixo desemprego. O argumento é que há baixo desemprego e que o atual nível do emprego é incompatível com a inflação. Segundo Fagnani, a proposta desses gênios foi criticada pelo Economista, professor da USP e ex-ministro da fazenda, Antônio Delfim Netto. Delfim chama atenção que o Brasil estava vivendo um “processo civilizatório” de Ano De Até De Até 2010-2014 184,00R$ 263,00R$ 3,6 4,7 Renúncia fiscal em bilhão % PIB inclusão social e controle da inflação. Pois a empregada doméstica virou manicure ou foi trabalhar em um Call Center, agora ela toma seu banho com sabonete Dove, segundo Delfim, a proposta desses gênios é fazer com essa ex-empregada doméstica retorne ao que ela era antes e aumentar ainda mais os juros. Em outras palavras, retornar como era antes, uma regressão social. Segundo Fagnani, esse cenário não é compatível com o Brasil, pois o aumento do desemprego, o rebaixamento dos salários e a perda do poder de compra do brasileiro já aparecem nas estatísticas oficiais. A renda média real (renda descontada a inflação) do trabalhador recuou 6,9% de outubro de 2014 até outubro de 2015 (falando em 12 meses) e 5,1% em 2015, segundo dados do IBGE. Para se ter uma noção desses números na vida do trabalhador, de 2002 até 2014 mais de 25 milhões de empregos formais foram criados, a taxa de desemprego chegou em 4,9% em setembro de 2014, o salário real cresceu 70%, a renda das famílias foi ampliada devido aos programas de transferências de renda, programas de combate a pobreza extrema e a renda per capita chegou em quase 60% entre 2004 e 2010, segundo Fagnani. Segundo Fagnani, os gastos federais com educação dobraram de R$21,2 para 45,5 bilhões entre 2000 e 2010, os gastos do governo com saúde cresceram mais de 60 % em termos reais (descontada a inflação), o programa do governo Minha casa, Minha vida alcançou 1,3 milhões de moradias em 2013. Ou seja, esse conjunto de políticas econômicas e sociais, voltadas para as classes menos favorecidas, contribuíram para a melhoria dos indicadores de pobreza extrema, distribuição de renda e consumo das famílias. Resultado, em 2011 o Brasil atingiu seu menor nível de desigualdade social. Algumas ações feitas pelo governo Emendas parlamentares: O governo irá congelar 35% dos gastos previsto com emendas parlamentares (que são projetos ou obras que deputados e senadores aprovam verbas). Orçamento dos ministérios: Alteração Os gastos com investimentos, custeios de obras e restos a pagar e obras do PAC, tudo isso foi limitado em R$75 bilhões Prazo Já em vigor Impacto em 2015 Fontes do governo afirmam que se o aperto for mesmo mantido nos próximos meses o corte será de R$58 bilhões Impacto ao trabalhador A redução nas obras do PAC pode afetar programas como: minha casa, minha vida e subsídios para financiamento de eletrodomésticos e imóveis Fonte: jornal Estadão (adaptado) Benefícios sociais: Fonte: jornal Estadão PIS/Cofins e Cide Combustível Alteração Aumento das alíquotas do PIS/Cofins sobre combustível será de R$0,22 para a gasolina e R$0,15 sobre o diesel. Prazo Em vigor desde fevereiro de 2015. Impacto em 2015 R$ 12,2 bilhões Impacto ao consumidor A Petrobrás passará a alta dos combustíveis ao consumidor. Fonte: jornal Estadão (adaptado) Benefícios trabalhistas: Alteração Aperto na fiscalização combate ao trabalho informal. Prazo Em vigor Impacto em 2015 R$ 10 bilhões. Essa quantia para: FGTS, FAT e para Previdência Social Impacto ao trabalhador Esse programa aumentará ainda mais o rigor na concessão de benefícios trabalhistas. Fonte: jornal Estadão (adaptado) IPI de automóveis: Alteração Volta da alíquota para veículos. Prazo Em vigor Impacto em 2015 R$ 5 bilhões Impacto ao consumidor O repasse ao preço do veículo para o consumidor depende da política de cada montadora Fonte: jornal Estadão (adaptado) Imposto de Renda: Segundo a EBC (Agência Brasil), o governo federal publicou por meio do Diário Oficial, data 22 de julho de 2015, a lei que estabelece o reajuste escalonado na tabelado Imposto de Renda. Segundo a agência, o governo que já havia definido de forma escalonado, isto é, por faixa de renda por meio de Medida Provisória, a MP. Tal MP foi aprovada pelo Congresso e virou lei. Confira a tabela na próxima página. Nova Tabela de Imposto de Renda 2015: Base de cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a deduzir do IRPF (R$) Até 1.903,98 Isento zero De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80 De 2.826,66 até 3.751,05 15 354,80 De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13 Acima de 4.664,68 27,5 869,36 Fonte: Receita Federal Benefício ao exportador: Fonte: jornal Estadão (adaptado) PIS/Cofins de importação: Alteração Restabelecimento da carga tributária original, antes da exclusão do ICMS Prazo Em vigor desde junho de 2015 Impacto em 2015 R$ 694 milhões Impacto ao comsumidor Produtos ou insumos (composição que vai no produto) importados deverão ficar mais caros Fonte: jornal Estadão (adaptado) IPI de cosmético: Alteração Igualamento entre atacadista e industrial Prazo Em vigor desde junho de 2015 Impacto em 2015 R$ 381,4 milhões Impacto ao consumidor Cosméticos e insumos importados deverão ficar mais caros Fonte: jornal Estadão (adaptado) Os cortes no número de ministério afeta as pessoas? Sim. Com esse corte é possível que empregos em algumas administrações de ministérios, encarregados de investimentos em infraestruturas, sejam afetados. Como por exemplo, expansão de programas como Minha casa, Minha vida. Empresários x Governo Segundo o jornal El País do Brasil, segue analisando no Congresso proposta que retira benefícios das empresas para tentar manter empregos. Empresas que pagavam 1% e 2% sobre receitas brutas terão o percentual reajustado, consequentemente, já ameçam demissões. E os Bancos? Como estão nessa crise? De acordo com o jornal El País do Brasil, mesmo em meio a crise seguem com seus desempenhos bons. Detalhando alguns temas Juros e dívida pública federal: Segundo o Tesouro Nacional, a dívida pública federal (DPF), até 31 de dezembro de 2014, correspondia em R$ 571,8 bilhões; e os Juros R$131,5 bilhões. Entretanto, até outubro de 2015, a dívida aumentou para R$ 2,646 trilhões, por outro lado ouve redução de 3,22% em relação ao valor de outubro de 2015. De acordo a Auditoria Cidadã, em 2014 o governo federal gastou R$ 978 bilhões com juros e amortizações da dívida, isso representa 45,11% de todo o orçamento do ano. Segundo a entidade Contas Aberta, os gastos do governo com juros são altos e deve permanecer alto em 2015. Só até setembro de 2015 os juros e encargos da dívida são de R$ 277,3 bilhões. Esse valor é próximo aos gastos sociais do governo dos últimos 15 anos. De acordo com o economista e especialista em contas pública, Fábio Giambiagi, as despesas com juros tendem a elevar para o em torno de 7% do PIB nos próximo três anos. Somente em 2015 os gastos com juros estão em 8% do PIB. Veja na próximo página um gráfico feito pela Auditoria Cidadã em 2014. Previdência Social Dívida: Segundo o Tesouro Nacional, em 2014 a dívida era de R$ 56,7 bilhões; em relação ao PIB esse número chega a 1%. Entretanto, em 2015, esse valor passou para R$ 72,8 bilhões; em relação ao PIB chega a 1,2%. Resultado da Seguridade Social - Despesas realizadas Fonte: NPS, STN, SIAFE e Siga Brasil Segundo Maria Lúcia Fatorelli, conforme a tabela acima, a cada ano, de 2010 a 2013, sobraram, respectivamente, 55, 76, 83, 78 bilhões, porém esses valores acabaram indo para o cumprimento da meta de Superávit Fiscal, a fim de garantir o pagamento da dívida pública. Resultado da Seguridade Social- Receitas Fonte: Auditoria Cidadã De acordo com Fatorelli, o Regime de Previdência dos Servidores, o RPPS, a forma do cálculo por parte do governo é muito equivocada com relação ao suposto “ déficit”. De acordo com Fatorelli, o governo deixa de considerar as contribuições históricas dos atuais aposentados, pois sofreram desvios para cobrir outros setores. Outro fator importante aponta Fatorelli, o Estado nas últimas décadas o número de servidores ativos no Poder Executivo era praticamente o mesmo que em 1991, caso tivesse sido recolocado servidores ativos, por meio de concursos, o déficit não existiria. De acordo com Fatorelli, ao contrário do que diz a mídia, os gastos com servidores federais estão caindo pesadamente: em todos os poderes. O gastos com servidores em 2013 foi de apenas 31,1% . Então por que insistem no tal déficit? Segundo Fatorelli, a distorção é para atender ao interesse do setor financeiro privado, o qual deseja ver o enfraquecimento da Previdência Social para que os trabalhadores entrem em massa nos fundos de investimentos. Esse fundos estão de acordo com as regras do mercado financeiro, pior, esses fundos não tem nenhuma garantia. Ou seja, os trabalhadores, ao depositar suas economias nesses fundos correm o risco de perdem tudo. Quanto pesam as renúncias Segundo, o ministério da fazenda as desonerações tributárias e renúncias fiscais contribuíram para o desequilíbrio fiscal: Fonte: Receita Federal, elaborado pelo Ministério da Fazenda Os gastos que permancem Transferência sociais em % do PIB: Fonte: Receita Federal, elaborado pelo Ministério da Fazenda Commodities Primeiramente a definição de commodities: Produto cada vez menos industrializado, durabilidade e preços definidos. Por exemplo, minérios de ferro, petróleo, café, soja, entre outros. Ciclo que permitiu o Brasil ter bom´s de crescimento acompanhado de distribuição de renda e programas sociais. O que ocorreu para chegarmos a esse ponto? O Brasil navegou por esse oceano de crescimento interno, puxado principalmente pela China, porém esqueceu um fator importante, fazer reformas em geral, por exemplo: infraestruturas e transporte. Resultado, a festa acabou e as nossas autoridades não conseguiram manter os mesmo padrão que havia nos tempos de festas. Claro, sem reformas é impossível manter tudo com era antes. Confira abaixo alguns dos principais gráficos do período das commodities. PIB do Brasil anual em % desse período: Fonte: IBGE (adaptado) PIB X Renda per capita: Fonte:brasil.gov (adaptado) Índice de Commodities (CRB): Fonte: Receita Federal, elaborado pelo Ministério da Fazenda Agenda do crescimento Segundo o governo federal e o Mistério da Fazenda, a retomada do cresimento do Brasil está focada e três pontos: Infraestrutura, agenda tributária e competitividade. Competitividade: - Aumento da participação do país no comércio global; - Facilitação do comércio e financiamento; - Abertura de mercado; - Educação & inovação. Infraestrutura: - Concessões Rodoviárias: aeroportos, portos e ferrovias; - Logística e armazenamento; - Renovação dasconcessões das distribuidoras de energia; - Ampliação da participação do setor privado; Agenda tributária: - Reforma do PIS-COFINS; - Apoia á reforma do ICMS; - BNDES dinamizando o mercado de capital; Conclusão O ano de 2015 finalizou e, infelizmente, praticamente nada foi feito. O Brasil está mergulhado uma enorme crise política que, lamentavelmente, atinge diretamente a economia. O pior, quem acaba pagando as consequência são eu, você, nós em forma de desemprego, perda do poder de comprar, empresários adiando seus planos de investimentos, o comércio fraco, entre outras consequências. Quando iremos sair dessa situação incômoda ninguém sabe. Porém uma coisa é certa, enquanto não houver uma conciliação de nossas autoridades em busca de uma agenda comum, infelizmente, iremos sair dessa situação, mas irá demorar. Fontes consultadas Eduardo Fagnani: professor do Instituto de Economia da Unicamp; pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e do Trabalho (CESIT/IE- UNICAMP). Jornal El País do Brasil. Portal G1 (Fundação Perseu Abramo). Agência Brasil (retirado do site Bloomberg). Ministério da Fazenda. Jornal Estado de São Paulo, Estadão. Maria Lúcia Fatorelli: coordenadora Nacional da Auditoria Cidadã da Dívida. Membro da Comissão de Auditoria Oficial da Dívida Equatoriana, nomeada pelo Presidente Rafael Correa mendiante Decreto 472/2007. Assessora da CPI da Dívida Pública realizada na Câmara dos Deputados Federais em 2009/2010. Jornal O GLOBO. Receita Federal. Tesouro Nacional. Institito Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE. Brasil.gov. EBC (Agência Brasil)
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