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TRABALHO- ARTIGO. O ajuste fiscal irá salvar o Brasil

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O ajuste fiscal do governo Dilma Rousseff- 2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2015 
 
 
O ajuste fiscal do governo Dilma Rousseff- 2015 
 
Reprodução autorizada, desde que cite a fonte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Autor: Enio Amorim 
Estudante de Ciências Econômicas e Ciência Política 
Blog: http://enioamorim.webnode.com; 
Twitter: Enio Amorim; 
Linkedin: Enio Amorim; 
E-mail: enio_dp@hotmail.com 
Facebook: Enio Amorim 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2015 
 
Introdução 
 
O Ajuste Fiscal, iniciado em 2015, tinha metas de crescimento; arrecadação e 
reformas, principalmente em infraestrutura. O país está com sua dívida pública 
alta; inflação acima do limite estabelecido pelas autoridades monetárias e PIB 
baixo, já em recessão. 
Contudo o que era para ser um plano um projeto para colocar o Brasil, 
novamente, na rota de crescimento acabou virando em dor de cabeça, conflitos 
partidários para atender á interesses particulares e brigas por poderes. 
Resultado. O Brasil está paralisado economicamente enquanto que as pessoas 
(Deputados, Senadores e Governadores) que são pagas por nós, através de 
nossos impostos, estão brigando entre si para assumir um poder, a Presidência 
da República. 
Esse artigo/trabalho foi elaborado com o objetivo não de julgar ou de favorecer 
esse ou aquele partido, mas sim para informar um pouquinho da real situação 
do Brasil ou talvez, para algumas pessoas, conhecer algumas questões 
polêmicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O ajuste fiscal da presidenta Dilma Rousseff 
 
 Afinal os que são os tais ajustes fiscais? 
Segundo o jornal El País, trata-se do nome dado ao esforço do governo para 
equilibrar as contas do Estado brasileiro para então voltar a crescer e fechar o 
ano no azul. 
Em outras palavras, receitas menos despesas. 
O argumento do governo, é que depois de anos de política expansionista e de 
aumento de despesa, o governo não consegue mais gastar mais do que 
recebe. Argumenta-se que se der certo, o ajuste fiscal, no médio prazo, o país 
voltará a crescer de maneira correta, contudo para 2015, as perspectivas de 
analistas que o encolhimento da economia será de 3,6%, o pior dos últimos 20 
anos. 
Voltar a crescer com taxas superiores ao desempenho de década de 2000 
exige muito mais do que ajuste fiscal. 
Diversos especialistas veem alertando para a necessidade desse alinhamento. 
 
 A favor 
O ajuste é realmente necessário para livrar o Brasil do caos econômicos, mas 
não assegura, obrigatoriamente, a volta ao vigor econômico demonstrados nos 
anos anteriores. 
De acordo com o ex-ministro da fazenda Maílson da Nóbrega, é preciso acabar 
com a visão equivocada de que querer determinar os lucros dos investidores e 
que o ajuste fiscal é uma política neoliberal. 
Tentar impulsionar o Produto Interno Bruto, o PIB a qualquer custo, como 
ocorreu no 1º mandato da presidenta Dilma Rousseff, é preciso focar no 
crescimento do PIB, pois focar em um crescimento mais robusto ou firme 
significa, segundo o ex-ministro, crescer sem pressão inflacionária ou sem 
déficit em conta corrente (somatória de todas as transações: balança 
comercial, frete, royalties, financeiros, serviços governamentais, transações 
unilaterais, entre outras). 
 
De acordo com o ex-ministro, a única forma é aumentar a produtividade, 
criando um ambiente para negócios favoráveis para os investimentos e 
investidores. Isso sem a liderança da presidenta significa irresponsabilidade 
política, afirma Maílson. 
Segundo Maílson, essa cultura política é um grande obstáculo para a correção 
dos erros cometidos, mesmo a oposição, erra com ao tomar suas decisões e 
atitudes numa tentativa de se opor ao governo. De acordo com o ex-ministro, o 
que o Partido Social Democrático e Social, o PSDB está fazendo agora (2015) 
é o mesmo que o Partido dos Trabalhadores, o PT, fazia quando era oposição, 
ou seja, votando contra projetos que estão na essência do partido, como por 
exemplo: fator previdenciário. O Fator Previdenciário foi um programa criado no 
governo Fernando Henrique Cardoso. 
Segundo o ex-ministro, o ajuste é importante e essencial para a economia 
brasileira, pois, caso contrário, o Brasil será rebaixado a categoria junk, palavra 
em Inglês, que em Português significa lixo. Com o rebaixamento a essa 
categoria será mais caro tomar empréstimos e os devedores serão 
considerados duvidosos. 
Segundo o professor da Unicamp Eduardo Fagnani, a necessidade de Ajuste 
Fiscal passou a ser obrigatória. 
 
 Contra 
 
Segundo o jornal O Globo, a Fundação Perseu Abramo, FPA, fundação 
pertencente ao PT, divulgou um boletim no dia 21 de janeiro de 2015 criticando 
a presidenta Dilma Rousseff pelas medidas adotadas em seu início de segundo 
mandado. O boletim chama a política econômica, adotada pela presidenta, de 
conservadora. 
A Perseu Abramo é uma fundação criada pelo PT em 1996 para promover 
estudos e debates. A entidade recebe pelo menos 20% da verba do fundo 
partidário dirigido ao PT. Afirma o jornal O Globo. 
 
“ O problema, é que diante da continuidade de um mundo em crise e da 
desaceleração abrupta do mercado interno (último motor que ainda funciona), a 
possibilidade desses ajustes aprofundarem as tendências recessivas da 
economia não é desprezível”, afirma o texto, segundo a FPA. 
 
De acordo com O Globo, o boletim não é assinado, o jornal procurou a 
assessoria da FPA, e segundo a assessoria da fundação, o boletim foi escrito 
pelo economista Guilherme Mello, que trabalha na Fundação e que é doutor 
pela Unicamp. 
De acordo com a análise elaborada pela entidade, o conjunto de medidas 
adotadas pelo governo Dilma indica uma clara inflexão nas estratégias política 
econômica. A escolha de Joaquim Levy, de perfil liberal, para chefiar o 
Ministério da Fazenda, incomodou algumas alas do PT, contudo integrantes do 
próprio partido afirmam que tais medidas ou arrochos foi feito pelo ex-
presidente Lula em seu primeiro mandato, quando Lula colocou na fazenda 
Antônio Palocci. 
De acordo com Alberto Cantalice, vice-presidente do PT, o partido é 
democrático, logo há várias opiniões, e que a escolha de Levy é devido ele ser 
um especialista em finanças públicas. 
Segundo o jornal, a FPA, fala que o Ajuste Fiscal é um equívoco como melhor 
resposta ao atual momento do Brasil. O presidente da Perseu Abramo, Marcio 
Pochmann, disse que o ”boletim não é contra o Brasil. É a favor do Brasil”. 
Segundo os autores, o manifesto (boletim) tem o objetivo de retirar o país da 
barbeiragem econômica que está em andamento. E segundo o senador do PT, 
Lindbergh Farias, afirmou a pouco tempo, que o ex-presidente Lula falou “ 
tomar remédio amargo, tudo bem, mas a pergunta é se vai sarar”. 
Por outro lado, os que são contra, de acordo com o jornal El País, dentro do 
governo fala-se que o governo se descontrolou nos anos anteriores e concedeu 
subsídios e benefícios não sustentáveis. Até mesmo dentro do PT e apoiadores 
do governo afirmam que ajuste ataca somente os mais pobres, os quais irão 
pagar a conta dos erros do governo. Apoiadores do governo pedem que seja 
implantada políticas de austeridades, também, para os afortunados. 
Segundo Fagnani, a recomposição da capacidade de investimento do Brasil 
criaria condições para indução do crescimento sem aplicar remédios, como 
está sendo os atuais ajustes. Em outras palavras, as autoridades políticas e 
econômicas deveriam redesenhar ou planejar os modeloseconômicos de 
forma não ser obrigatória aplicar ajustes fiscais. 
De acordo com Fagnani, não há crescimento e ajuste fiscal possível com 
elevação de juros básicos na economia. 
 
 Discutindo o Ajuste Fiscal 
No primeiro mandato de ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi feito um 
superávit (economia para pagar juros) de 3%, contudo afirma Fagnani, do que 
adianta fazer um superávit nessa proporção tendo de pagar juros de 6%. De 
acordo com Fagnani, Joaquin Levy, na época secretário do tesouro do primeiro 
mandato de Lula elaborou uma meta chamada: Programa de déficit nominal 
zero, o qual propunha um superávit nominal de 7% do PIB por um período de 
dez anos, no entanto, Dilma Rousseff, na época Ministra da Casa Civil, não 
gostou do plano. 
Há observações que os Ajustes Fiscais são mais viáveis e menos dolorosos 
em momentos de bonança e com gradualismo nominal, Afirma Fagnani. A 
política monetária deve procurar a estabilidade nominal (valor histórico), mas 
também o valor real (valor descontada a inflação), sem provocar a volatilidade. 
Segundo Fagnani, o Ajuste Fiscal não resume em corte de gastos e despesas. 
Ele também poderia buscar uma alternativa de mecanismos de financiamento 
do Estado. Pois, de acordo com Fagnani, existem espaços no sistema tributário 
brasileiro que são semelhantes aos praticado em países capitalistas. 
Da mesma forma, deveria haver um amplo esforço no sentido de uma revisão 
nos gatos tributários, um conjunto de esforços para pessoas físicas, setores 
econômicos específicos, de acordo com Fagnani. 
Seguindo no mesmo raciocínio de Fagnani, o autor Salvador demonstrou. Veja 
a tabela abaixo adaptada. 
 
 
 Figura 1 Adaptado por Enio Amorim 
Essa demonstração elaborada por Salvador acarretou em um 
comprometimento em 23,06% da arrecadação tributária Federal. 
Para crescer é necessário reduzir a dívida pública, ter uma política de juros 
eficiente, pois, caso contrário, é a população, principalmente a de renda mais 
baixa quem irá sentir os impactos dos ajustes ou melhor “aperto do cinto”. 
Fazer um ajuste e achar que ele é compatível com a realidade do Brasil não é 
um exercício consistente. 
A crise é vista como uma oportunidade para promover mudanças históricas, 
afirma Fagnani. No longo prazo, o arrocho, conhecido como aperto do cinto, ou 
melhor, ajuste fiscal, tem o objetivo de criar um modelo que irá contra o 
trabalhador, isto é, menos direitos trabalhistas, menor proteção social, menores 
salários e sem poder de barganha (seria algo próximo a poder de pechincha 
por parte do trabalhador), de acordo com Fagnani, (houve adaptação no final, 
para melhor entendimento). 
Os economistas liberais (conceito que é contra a intervenção do Estado na 
economia, defende o livre mercado, livre concorrência) falam que o baixo 
desemprego seria o vilão do controle da inflação. E qual a saída? Simples, 
frear a economia e demitir mesmo. Se os salários sobem hoje em larga escala, 
deve-se ao baixo desemprego. O argumento é que há baixo desemprego e que 
o atual nível do emprego é incompatível com a inflação. 
Segundo Fagnani, a proposta desses gênios foi criticada pelo Economista, 
professor da USP e ex-ministro da fazenda, Antônio Delfim Netto. Delfim 
chama atenção que o Brasil estava vivendo um “processo civilizatório” de 
Ano
 De Até De Até
2010-2014 184,00R$ 263,00R$ 3,6 4,7
Renúncia fiscal em bilhão % PIB
inclusão social e controle da inflação. Pois a empregada doméstica virou 
manicure ou foi trabalhar em um Call Center, agora ela toma seu banho com 
sabonete Dove, segundo Delfim, a proposta desses gênios é fazer com essa 
ex-empregada doméstica retorne ao que ela era antes e aumentar ainda mais 
os juros. Em outras palavras, retornar como era antes, uma regressão social. 
Segundo Fagnani, esse cenário não é compatível com o Brasil, pois o aumento 
do desemprego, o rebaixamento dos salários e a perda do poder de compra do 
brasileiro já aparecem nas estatísticas oficiais. A renda média real (renda 
descontada a inflação) do trabalhador recuou 6,9% de outubro de 2014 até 
outubro de 2015 (falando em 12 meses) e 5,1% em 2015, segundo dados do 
IBGE. 
Para se ter uma noção desses números na vida do trabalhador, de 2002 até 
2014 mais de 25 milhões de empregos formais foram criados, a taxa de 
desemprego chegou em 4,9% em setembro de 2014, o salário real cresceu 
70%, a renda das famílias foi ampliada devido aos programas de transferências 
de renda, programas de combate a pobreza extrema e a renda per capita 
chegou em quase 60% entre 2004 e 2010, segundo Fagnani. 
Segundo Fagnani, os gastos federais com educação dobraram de R$21,2 para 
45,5 bilhões entre 2000 e 2010, os gastos do governo com saúde cresceram 
mais de 60 % em termos reais (descontada a inflação), o programa do governo 
Minha casa, Minha vida alcançou 1,3 milhões de moradias em 2013. 
Ou seja, esse conjunto de políticas econômicas e sociais, voltadas para as 
classes menos favorecidas, contribuíram para a melhoria dos indicadores de 
pobreza extrema, distribuição de renda e consumo das famílias. Resultado, em 
2011 o Brasil atingiu seu menor nível de desigualdade social. 
 
 
 
 
 
 Algumas ações feitas pelo governo 
 
Emendas parlamentares: 
O governo irá congelar 35% dos gastos previsto com emendas parlamentares 
(que são projetos ou obras que deputados e senadores aprovam verbas). 
 
 
 
 
 
Orçamento dos ministérios: 
Alteração 
 
Os gastos com 
investimentos, 
custeios de obras 
e restos a pagar 
e obras do PAC, 
tudo isso foi 
limitado em R$75 
bilhões 
Prazo 
 
 
 
 
 
Já em vigor 
 
 
 
 
Impacto em 
2015 
Fontes do 
governo afirmam 
que se o aperto 
for mesmo 
mantido nos 
próximos meses 
o corte será de 
R$58 bilhões 
Impacto ao 
trabalhador 
A redução nas 
obras do PAC 
pode afetar 
programas como: 
minha casa, 
minha vida e 
subsídios para 
financiamento de 
eletrodomésticos 
e imóveis 
Fonte: jornal Estadão (adaptado) 
 
Benefícios sociais: 
 
Fonte: jornal Estadão 
 
 
PIS/Cofins e Cide Combustível 
 Alteração 
 
Aumento das 
alíquotas do 
PIS/Cofins sobre 
combustível será 
de R$0,22 para a 
gasolina e 
R$0,15 sobre o 
diesel. 
Prazo 
 
Em vigor desde 
fevereiro de 
2015. 
 
Impacto em 
2015 
R$ 12,2 bilhões 
Impacto ao 
consumidor 
A Petrobrás 
passará a alta 
dos combustíveis 
ao consumidor. 
Fonte: jornal Estadão (adaptado) 
 
 
 
Benefícios trabalhistas: 
Alteração 
 
Aperto na 
fiscalização 
combate ao 
trabalho informal. 
Prazo 
 
Em vigor 
Impacto em 
2015 
R$ 10 bilhões. 
Essa quantia 
para: FGTS, FAT 
e para 
Previdência 
Social 
Impacto ao 
trabalhador 
Esse programa 
aumentará ainda 
mais o rigor na 
concessão de 
benefícios 
trabalhistas. 
 
Fonte: jornal Estadão (adaptado) 
 
 
 
 
 
 
 
 
IPI de automóveis: 
Alteração 
 
 
Volta da alíquota 
para veículos. 
 
Prazo 
 
 
Em vigor 
Impacto em 
2015 
 
R$ 5 bilhões 
Impacto ao 
consumidor 
O repasse ao 
preço do veículo 
para o 
consumidor 
depende da 
política de cada 
montadora 
Fonte: jornal Estadão (adaptado) 
 
 
 
Imposto de Renda: 
 
 
Segundo a EBC (Agência Brasil), o governo federal publicou por meio do Diário 
Oficial, data 22 de julho de 2015, a lei que estabelece o reajuste escalonado na 
tabelado Imposto de Renda. 
Segundo a agência, o governo que já havia definido de forma escalonado, isto 
é, por faixa de renda por meio de Medida Provisória, a MP. Tal MP foi aprovada 
pelo Congresso e virou lei. Confira a tabela na próxima página. 
 
 
 
 
 
Nova Tabela de Imposto de Renda 2015: 
 
Base de cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a deduzir do IRPF (R$) 
Até 1.903,98 Isento zero 
De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80 
De 2.826,66 até 3.751,05 15 354,80 
De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13 
Acima de 4.664,68 27,5 869,36 
 Fonte: Receita Federal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Benefício ao exportador: 
 
Fonte: jornal Estadão (adaptado) 
 
PIS/Cofins de importação: 
Alteração 
 
 
Restabelecimento 
da carga tributária 
original, antes da 
exclusão do ICMS 
Prazo 
 
 
Em vigor desde 
junho de 2015 
Impacto em 2015 
 
 
R$ 694 milhões 
Impacto ao 
comsumidor 
Produtos ou 
insumos 
(composição que 
vai no produto) 
importados 
deverão ficar mais 
caros 
Fonte: jornal Estadão (adaptado) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IPI de cosmético: 
Alteração 
 
 
Igualamento entre 
atacadista e 
industrial 
Prazo 
 
 
Em vigor desde 
junho de 2015 
Impacto em 2015 
 
 
R$ 381,4 milhões 
Impacto ao 
consumidor 
Cosméticos e 
insumos 
importados 
deverão ficar mais 
caros 
 
Fonte: jornal Estadão (adaptado) 
 
 Os cortes no número de ministério afeta as pessoas? 
Sim. Com esse corte é possível que empregos em algumas administrações de 
ministérios, encarregados de investimentos em infraestruturas, sejam afetados. 
Como por exemplo, expansão de programas como Minha casa, Minha vida. 
 
 Empresários x Governo 
Segundo o jornal El País do Brasil, segue analisando no Congresso proposta 
que retira benefícios das empresas para tentar manter empregos. Empresas 
que pagavam 1% e 2% sobre receitas brutas terão o percentual reajustado, 
consequentemente, já ameçam demissões. 
 
 E os Bancos? Como estão nessa crise? 
 
De acordo com o jornal El País do Brasil, mesmo em meio a crise seguem com 
seus desempenhos bons. 
 
Detalhando alguns temas 
 
Juros e dívida pública federal: 
Segundo o Tesouro Nacional, a dívida pública federal (DPF), até 31 de 
dezembro de 2014, correspondia em R$ 571,8 bilhões; e os Juros R$131,5 
bilhões. Entretanto, até outubro de 2015, a dívida aumentou para R$ 2,646 
trilhões, por outro lado ouve redução de 3,22% em relação ao valor de outubro 
de 2015. 
 
De acordo a Auditoria Cidadã, em 2014 o governo federal gastou R$ 978 
bilhões com juros e amortizações da dívida, isso representa 45,11% de todo o 
orçamento do ano. 
 
Segundo a entidade Contas Aberta, os gastos do governo com juros são altos 
e deve permanecer alto em 2015. Só até setembro de 2015 os juros e 
encargos da dívida são de R$ 277,3 bilhões. Esse valor é próximo aos gastos 
sociais do governo dos últimos 15 anos. De acordo com o economista e 
especialista em contas pública, Fábio Giambiagi, as despesas com juros 
tendem a elevar para o em torno de 7% do PIB nos próximo três anos. 
Somente em 2015 os gastos com juros estão em 8% do PIB. 
 
 
Veja na próximo página um gráfico feito pela Auditoria Cidadã em 2014. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Previdência Social 
Dívida: 
Segundo o Tesouro Nacional, em 2014 a dívida era de R$ 56,7 bilhões; em 
relação ao PIB esse número chega a 1%. Entretanto, em 2015, esse valor 
passou para R$ 72,8 bilhões; em relação ao PIB chega a 1,2%. 
 
 
 
 
 
Resultado da Seguridade Social - Despesas realizadas 
 
Fonte: NPS, STN, SIAFE e Siga Brasil 
 
Segundo Maria Lúcia Fatorelli, conforme a tabela acima, a cada ano, de 2010 a 
2013, sobraram, respectivamente, 55, 76, 83, 78 bilhões, porém esses valores 
acabaram indo para o cumprimento da meta de Superávit Fiscal, a fim de 
garantir o pagamento da dívida pública. 
 
 
 
 
 
 
 
Resultado da Seguridade Social- Receitas 
 
Fonte: Auditoria Cidadã 
 
De acordo com Fatorelli, o Regime de Previdência dos Servidores, o RPPS, a 
forma do cálculo por parte do governo é muito equivocada com relação ao 
suposto “ déficit”. 
 
De acordo com Fatorelli, o governo deixa de considerar as contribuições 
históricas dos atuais aposentados, pois sofreram desvios para cobrir outros 
setores. Outro fator importante aponta Fatorelli, o Estado nas últimas décadas 
o número de servidores ativos no Poder Executivo era praticamente o mesmo 
que em 1991, caso tivesse sido recolocado servidores ativos, por meio de 
concursos, o déficit não existiria. 
 
De acordo com Fatorelli, ao contrário do que diz a mídia, os gastos com 
servidores federais estão caindo pesadamente: em todos os poderes. O gastos 
com servidores em 2013 foi de apenas 31,1% . 
 
Então por que insistem no tal déficit? Segundo Fatorelli, a distorção é para 
atender ao interesse do setor financeiro privado, o qual deseja ver o 
enfraquecimento da Previdência Social para que os trabalhadores entrem em 
massa nos fundos de investimentos. Esse fundos estão de acordo com as 
regras do mercado financeiro, pior, esses fundos não tem nenhuma garantia. 
 
Ou seja, os trabalhadores, ao depositar suas economias nesses fundos correm 
o risco de perdem tudo. 
 
Quanto pesam as renúncias 
 
Segundo, o ministério da fazenda as desonerações tributárias e renúncias 
fiscais contribuíram para o desequilíbrio fiscal: 
 
 
Fonte: Receita Federal, elaborado pelo Ministério da Fazenda 
 
 
 Os gastos que permancem 
 
Transferência sociais em % do PIB: 
 
Fonte: Receita Federal, elaborado pelo Ministério da Fazenda 
 
 
Commodities 
 
Primeiramente a definição de commodities: 
Produto cada vez menos industrializado, durabilidade e preços definidos. Por 
exemplo, minérios de ferro, petróleo, café, soja, entre outros. 
 
Ciclo que permitiu o Brasil ter bom´s de crescimento acompanhado de 
distribuição de renda e programas sociais. 
 
O que ocorreu para chegarmos a esse ponto? O Brasil navegou por esse 
oceano de crescimento interno, puxado principalmente pela China, porém 
esqueceu um fator importante, fazer reformas em geral, por exemplo: 
infraestruturas e transporte. Resultado, a festa acabou e as nossas autoridades 
não conseguiram manter os mesmo padrão que havia nos tempos de festas. 
Claro, sem reformas é impossível manter tudo com era antes. 
 
Confira abaixo alguns dos principais gráficos do período das commodities. 
 
 
PIB do Brasil anual em % desse período: 
 
Fonte: IBGE (adaptado) 
 
 
 
 
 
 
 
 
PIB X Renda per capita: 
 
Fonte:brasil.gov (adaptado) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Índice de Commodities (CRB): 
 
Fonte: Receita Federal, elaborado pelo Ministério da Fazenda 
 
 
Agenda do crescimento 
Segundo o governo federal e o Mistério da Fazenda, a retomada do cresimento 
do Brasil está focada e três pontos: Infraestrutura, agenda tributária e 
competitividade. 
 
Competitividade: 
- Aumento da participação do país no comércio global; 
- Facilitação do comércio e financiamento; 
- Abertura de mercado; 
- Educação & inovação. 
 
 
Infraestrutura: 
- Concessões Rodoviárias: aeroportos, portos e ferrovias; 
- Logística e armazenamento; 
- Renovação dasconcessões das distribuidoras de energia; 
- Ampliação da participação do setor privado; 
 
Agenda tributária: 
- Reforma do PIS-COFINS; 
- Apoia á reforma do ICMS; 
- BNDES dinamizando o mercado de capital; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conclusão 
 
O ano de 2015 finalizou e, infelizmente, praticamente nada foi feito. O Brasil 
está mergulhado uma enorme crise política que, lamentavelmente, atinge 
diretamente a economia. 
O pior, quem acaba pagando as consequência são eu, você, nós em forma de 
desemprego, perda do poder de comprar, empresários adiando seus planos de 
investimentos, o comércio fraco, entre outras consequências. 
Quando iremos sair dessa situação incômoda ninguém sabe. Porém uma coisa 
é certa, enquanto não houver uma conciliação de nossas autoridades em 
busca de uma agenda comum, infelizmente, iremos sair dessa situação, mas 
irá demorar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fontes consultadas 
 
Eduardo Fagnani: professor do Instituto de Economia da Unicamp; 
pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e do Trabalho (CESIT/IE- 
UNICAMP). 
Jornal El País do Brasil. 
Portal G1 (Fundação Perseu Abramo). 
Agência Brasil (retirado do site Bloomberg). 
Ministério da Fazenda. 
Jornal Estado de São Paulo, Estadão. 
Maria Lúcia Fatorelli: coordenadora Nacional da Auditoria Cidadã da Dívida. 
Membro da Comissão de Auditoria Oficial da Dívida Equatoriana, nomeada 
pelo Presidente Rafael Correa mendiante Decreto 472/2007. Assessora da 
CPI da Dívida Pública realizada na Câmara dos Deputados Federais em 
2009/2010. 
Jornal O GLOBO. 
Receita Federal. 
Tesouro Nacional. 
Institito Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE. 
Brasil.gov. 
EBC (Agência Brasil)

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