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Sistema Sensorial

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Sistema Sensorial 
O sistema sensorial pode ser somático ou visceral e estes conceitos são embriológicos. 
1. Somático: em sua maioria é consciente, ou seja estímulos que vem do exterior são 
percebidos e mesmo que você não saiba o SNC sabe. Sensação precisa. 
2. Visceral: a maioria é inconsciente e a minoria como, por exemplo, a dor é 
consciente. Sensação imprecisa. Sensações diferentes podem andar em vias 
diferentes ou iguais 
- A dor e temperatura andam na mesma via e se a pessoa perder uma sensação ele irá 
perder a outra. Já os tatos epicrítico (preciso, localizado) e protopático (grosseiro) andam 
em vias diferentes. 
- A via do tato epicrítico é mesma da sensibilidade vibratória e da propriocepção 
inconsciente. 
- As modalidades sensoriais gerais são tato, pressão, sensibilidade vibratória, dor, 
temperatura e propriocepção. 
Mortal, letal e fatal: existe um sistema crânico do pescoço pra cima e um espinhal que é do 
pescoço pra baixo. 
Exemplo: a via de dor e temperatura é uma no crânico e outra no espinhal. 
-Todos os neurônios das vias aferentes em ambos sistemas tem o corpo no gânglio, com 
exceção a via proprioceptiva da região crânica. 
 
Prova: O primeiro neurônio sensitivo da via proprioceptiva do sistema crânico localiza-se 
trato mesencefálico do nervo trigêmeo. 
Prova: (Até se ele morrer) No sistema espinhal só existe um gânglio 
Exemplo: Nervos V e VII. 
No sistema somático pode ter um ou 2 gânglios. Se forem 2 o superior será somático e o 
inferior será visceral 
Exemplo: Nervos IX e X. 
É necessário saber qual o tipo de sensibilidade que a fibra conduz, da onde vem (membro 
superior ou inferior), o trajeto periférico →tudo que tá no SNC para a periferia; vem por um 
nervo. O trajeto central → da periferia para o SNC; caminha por fascículo, funículo, 
leminisco. 
Além de onde acontece a sinapse que vai depender de quantos neurônios tem entre a 
origem da via e o destino dela. A via que tem mais neurônios é a via auditiva e a via com 
menos neurônios é a via vestibular primaria. 
É errado dizer que a consciência se faz no tálamo. A percepção é que que faz no tálamo. 
→Sensibilidade somática: dor, temperatura, tato epicrítico e protopatico, pressão, 
propriocepção consciente e inconsciente e via de sensibilidade vibratória. 
Dor e temperatura andam numa via só: trato paleoespinotalamico e neoespinotalamico → a 
diferença entre eles é o tipo de dor. 
 Sistema neoespinotalamico: dor precisa, localizada. 
 Sistema paleoespinotalamico: dor imprecisa. 
A dor visceral na sua maior parte anda no sistema posterior da via grácil cuneiforme. A via 
de trato protopático e pressão também anda no trato espinotalâmico (anterior). O trato 
espinotalâmico anterior → funículo anterior da medula. O trato espinotalâmico lateral→ 
funículo lateral da medula. 
Os tratos espinocerebelares anterior e posterior localizam-se no funículo lateral da medula. 
Vias do fascículo grácil e cuneiforme: propriocepção consciente, tato epicrítico e 
sensibilidade vibratória. Trato espinocerebelares: Vias de propriocepção inconsciente. 
No sistema crânico, a via trigeminal esta dividida em exterocepção e propriocepção. A via 
trigeminal exteroceptiva que carrega dor e temperatura no sistema crânico. Como no 
sistema crânico somente alguns nervos são sensitivos, somente estes carregam via 
sensorial. A propriocepção consciente no sistema crânico é a via trigeminal proprioceptiva; e 
onde anda a consciente anda também a inconsciente. Tato protopático e pressão no 
sistema crânico caminham pela via trigeminal exteroceptiva. 
A sensibilidade visceral no sistema espinhal é por duas vias principais: a via 
paleoespinotalamica lateral e a via do funículo posterior. 
No sistema crânico, a sensibilidade visceral é pelos nervos: VII, IX e X. 
O axônio que leva a sensibilidade visceral tanto no sist. Crânico como no sist. Espinhal 
anda junto com a sensibilidade somática. Porem a origem e o destino é diferente. 
Se houver uma lesão na via paleoespinotalamica, haverá comprometimento da 
sensibilidade somática e visceral; só não haverá perda importante porque a principal 
sensibilidade visceral anda no leminisco medial no funículo posterior. Mas, se houver uma 
lesão no leminisco medial terá perda de toda sensibilidade visceral . 
Sistema sensorial geral se for consciente tem sinônimo de somestesia → exterocepção 
consciente. 
No sistema espinhal todo primeiro neurônio estará num gânglio da raiz dorsal do nervo 
espinhal. Nesse gânglio terá um neurônio pseudo-bipolar com um prolongamento periférico 
e um central. O prolongamento periférico inerva o receptor e o prolongamento central faz 
sinapse com o 2º neurônio. Se a via tem o 2º neurônio na medula essa conexão se faz na 
medula (via de dor), se a via tem o 2º neurônio no bulbo a conexão estará no bulbo (via 
gracilcuneiforme). 
 A via óptica e olfatória não possuem gânglio, por não serem nervos. 
-Sistema sensorial geral consciente tem com sinônimo somestesia (esterocepção 
consciente). 
 
Sistema Espinhal -> Todo primeiro neurônio se localiza no gânglio do nervo espinhal.Onde 
esse gânglio apresente um neurônio pseudounipolar, com um prolongamento periférico 
inerva o receptor, e o prolongamento central faz sinapse com o segundo neurônio (na 
medula vias da dor, bulbo-grácil e cuneiforme-, ou cerebelo) 
1º neurônio das vias sensoriais gerais viscerais : localiza no gânglio da raiz dorsal 
2º neurônio =Depende da via. 
TODAS AS VIAS OBTÉM DERIVAÇÕES DE INTERMEDIÁRIAS (ex: para ARCO 
REFLEXO). 
Geralmente vias conscientes são cruzadas na medula e 
as vias cerebelares são todas diretas (se sobe pela lateral, chega pela lateral) 
(espinocerebelar cruza, mas depois volta pelo mesmo lado que subiu) 
 
TRATO NEOESPINOTALAMICA (DOR LOCALIZADA/PRECISA E TEMPERATURA): 
Via contralateral 
1° neurônio: gânglio da raiz dorsal 
2 neurônio: coluna posterior da medula. O axônio do 2º neurônio cruza no seu segmento de 
entrada 
3º neurônio: tálamo (núcleo ventral posterolateral) 
4º neurônio: córtex cerebral, giro pós central 
 
TRAJETO:O neurônio sensitivo ,do gânglio, transmite a informação ao segundo neurônio. O 
axônio do segundo neurônio cruza pela comissura branca anterior, sobe pelo funículo lateral 
composto, chega no tálamo, faz sinapse com o terceiro neurônio (radiações talâmicas ‘’se 
agrupam’’ entre os núcleos da base, gerando a cápsula interna , essas radiações sofrem 
DISPERSÃO FORMANDO A CORONA RADIATA no córtex, no giro pós central-
somestesico).Na ponte essa via se junta a via espinotalâmica anterior formando o leminisco 
espinhal. 
Lesão no leminisco espinhal: perda de sensibilidade de dor,tempetura, tato protopático e 
pressão. 
As vias que chegam ao cerebelo normalmente chegam do mesmo lado de sua 
origem(ESPINOCEREBELARES). As vias que vão para o cortex cerebral chegam do lado 
contrário da sua origem,cruzando em algum ponto. 
4 tipos de leminiscos: 
 
Leminisco medial :via grácil e cuneiforme 
Leminisco lateral : via auditiva 
Leminismo espinhal : espinotalâmica anterior e espinotalâmica lateral 
Leminisco trigeminal :duas vias do trigêmio 
 
VIA PALEOESPINOTALÂMICA (DOR DIFUSA E TEMPERATURA) 
 
Projeta-se no córtex de forma difusa, sem ter uma área específica . Sendo sua área 
sensorial o tronco e membros.Uma via homo e contra lateral, não direto ao tálamo. 
 No homúncolo sensitivo tem as proporções de somatotopia (representação do corpo,no 
córtex cerebral). 
 
1º neurônio: gânglio da raiz dorsal 
2ª neurônio: coluna posterior da medula 
3° neurônio: formação reticular 
4º neurônio: tálamo (núcleo intralaminar) 
 
Núcleos do tálamo: 
-ventral postero lateral:passa as vias do sistema espinhas. 
-intralaminares: vias difusas. 
-ventral postero medial: vias da gustação e cranico. 
A substancia cinzenta é formada por laminas (10) de rexed, que unidas, formamam a coluna 
posterior, dando a impressão macroscópia de ser homogênea. 
 
 
 
VIA ESPINOTALAMICA ANTERIOR (TATO PROTOPÁTICO E PRESSÃO): 
via sensorial: mesma que as espinotalâmicas laterais 
 
1° neurônio: gânglio da raiz dorsal 
2º neurônio : coluna posterior medula espinhal ( está situado de 2 á 15 segmentos de 
distância de um neurônio para outro) 
3º neurônio: tálamo 
O terceiro neurônio dessa via esta na formação reticular, o quarto está no tálamo mas 
estará no núcleo rubro, ele entra na corticolateral Não pois esse tipo de transição não 
precisa de uma área cortical específica, ele é difuso, se ele é difuso ele tem que passar no 
núcleo inespecífico do tálamo que é o núcleo intralâminar. No Machadinho diz que é 
consciência e deve ser trocado por percepção. Diz que essa via já é consciente do tálamo e 
a projeção dela é difusa no córtex cerebral. O que ta em amarelo é tudo dessa via que 
diferencia da outra. Somatossensorial é a representação do corpo no córtex cerebral. 
Continua como lemnisco medial, quais são as via que passam por esse lemnisco? Por 
enquanto a neoespinotalâmica, a anterior também passará. Agora a setinha esta em outro 
canto, no núcleo inespecífico do tálamo que é o intralâminar. Alí já é outra coisa falando da 
mesma coisa, o amarelo ta mostrando a formação reticular, só que lá esta mostrando as 
duas a neoespinotalâmica e a paleoespinotalâmica. O que ta faltando aqui? O componente 
homolateral da paleo, pois além de ser cruzada ela é homolateral. Uma parte da via 
paleoespinotalâmica além de passar pelo funículo tronco lateral também passa pela via 
triangular. Na paleo caminha também a sensibilidade visceral. A principal diferença da via 
paleo para a neo que leva dor, o que é dor localizada e dor difusa. 
Agora veremos a via espinotalâmica anterior, ela carrega tato protopático e a sensação de 
pressão. A melhor maneira de aprender é comparar uma via com a outra. Aqui a área 
sensorial é a mesma das outras, a sensação que é diferente. É tato protopático e pressão, 
já a outra é dor e temperatura. O primeiro neurônio ta no mesmo lugar só que agora 
aconteceu uma coisa diferente, na via espinotalâmica lateral pra onde entrou essa sessão, 
vamos supor que isso daqui seja o segmento medular L1, o neurônio que recebeu a 
sensação ta no gânglio da raíz dorsal de L1 e ele vai cruzar na comissura branca de L1 
então essa vias elas cruzam em cada lugar que ela entra, já essa não, vai entrar aqui e vai 
fazer sinapse ou acima ou abaixo, vai fazer sinapse na coluna posterior da medula espinhal 
e vai cruzar acima ou abaixo, a maioria cruza acima em até 15 segmentos acima. Qual a 
importância de saber disso clinicamente? Em caso de um capotamento por exemplo o 
bombeiro vai fazer uma pesquisa no acidentado pra saber se dói ou não e a dor segue pela 
via espinotalâmica. Agora sente, a sensação de tato dele não vai perder no mesmo nível 
que perdeu a sensação de dor pois a fibra que conduz tato vai subir e vai fazer sinapse na 
coluna posterior acima do lugar que ela entrou, ou seja, acima de L1, vamos supor que aqui 
seja o segmento T6, então a sensação de dor vai perder exatamente no metâmero do 
segmento de L1,mas a sensação de tato vai ser muito mais acima pois a fibra vai entrar em 
segmento L1 e não vai fazer sinapse com o neurônio da coluna posterior, vai subir vários 
segmentos e vai fazer sinapse com a coluna posterior do segmento acima de onde ela 
entrou. Tem como ter a sensação de dor e perder a de tato? Sim, pois as vias são 
diferentes. Ela vai subir do mesmo lado e lá em cima ela vai puxar o segundo neurônio e vai 
fazer sinapse com o segundo neurônio, logo ela vai cuidar do segmento do segundo 
neurônio, o maior disso daí é que na via espinotalâmica lateral o cruzamento se faz no 
segmento do gânglio o segundo neurônio esta no mesmo segmento ou mesmo nível do 
primeiro neurônio, já nessa outra o gânglio ta no segmento X e o segundo neurônio está em 
um segmento X acima, podendo ser até 15 segmentos X acima. Então ele tem um trajeto na 
medula antes de encontrar com o segundo neurônio. Moral da história, o segundo neurônio 
da via espinotalâmica anterior não se encontra com o primeiro neurônio dessa via, ou seja, 
eles não se encontram no mesmo segmento. O segundo neurônio ta na coluna posterior de 
vários segmentos acima, cruza no mesmo lugar na comissura branca. Agora o funículo já 
mudou, pois esta via aqui anda no funículo anterior já essa outra é da via espinotalâmica 
anda na anterior e lateral. Vai formar o lemnisco espinhal junto com a paleo e a neo que 
estão na via de dor. O terceiro neurônio estará no tálamo no núcleo ventral posterolateral 
essa via também a percepção e as reações dele já se fazem no tálamo, no Machadinho diz 
que é consciência que eu não concordo ela vai pra cápsula interna no mesmo lugar. Então 
essa via é de tato protopático e pressão. A diferença entre o segmento do primeiro neurônio 
e o segmento do segundo neurônio pode ser de dois a quinze.Vai cruzar na comissura 
branca anterior e vai subir no funículo anterior no trajeto em direção ao tálamo quando 
passar acima da ponte vai juntar com a via espino e neo e vai formar o lemnisco espinhal. 
Como é uma via específica vai fazer sinapse no núcleo talâmico específico e a projeção 
dela vai ser específica para uma área cortical específica, não vai ser difusa. Agora vamos 
ver vias de propriocepção consciente, sensibilidade vibratória e tato epicrítico que anda 
junto. Então nós já vimos as vias sensoriais do sistema espinhal do funículo lateral, as vias 
sensoriais espinhais do funículo anterior, agora veremos as vias do sistema espinhal 
localizados no fascículo posterior grácil e cuneiforme. Pq que o fascículo grácil é medial em 
relação ao cuneiforme? Isso daqui é a medula espinhal, então essa parte da medula 
espinhal recebe fibras da metade superior do tórax e do membro superior e essa parte 
recebe fibras da metade inferior do tórax e abdome e do membro inferior em relação a 
propriocepção consciente, tato epicrítico e sensibilidade vibratória. Então isso vai entrar, 
todo o funículo posterior da medula desse nível da medula pra baixo só vai ter um funículo, 
isso explica pq que só na coluna cervical que se tem fascículo grácil e cuneiforme pra baixo 
não tem septo intermédio posterior pq tudo é fascículo grácil abaixo do nível cervical só tem 
um funículo posterior não possui divisão dele pois tudo que entra nele são fibras que veio 
do terço inferior do tórax e abdome pro membro inferior como aqui passa a entrar fibras do 
membro superior e da porção posterior do tórax o que vai acontecer é que isso vai ficar 
mais pro meio e isso vai ficar mais lateral então junto com as que veio de baixo vai entrar 
fibras da porção superior do tórax e do membro superior por isso que só na medula cervical 
tem septo intermédio posterior e o funículo posterior ta dividido em fascículo grácil e 
cuneiforme dali pra baixo é só grácil. Se o cara tiver uma lesão do funículo posterior abaixo 
da medula cervical teria como ele perder sensibilidade vibratória, o tato epicrítico e a 
propriocepção consciente do membro superior? Jamais pois não tem fibras, abaixo da 
medula cervical não tem fibras que vem da porção superior do tórax e nem do membro 
superior , aqui só tem fascículo grácil a partir do memento que entra as fibras da porção 
superior do tórax e do membro superior essas fibras empurram o fascículo grácil pro meio e 
elas ficam laterais e aparece o septo intermédio posterior o resto vai ser tudoigual. A 
diferença de grácil e cuneiforme vai depender de onde vem a sensibilidade, se vier do 
membro superior, parte superior do tórax vai pelo fascículo cuneiforme ou se vier da porção 
inferior do tórax ou membro inferior vai pelo fascículo grácil. Então a área sensorial é do 
pescoço pra baixo, só que é dividido o grácil capta uma parte e o cuneiforme de outra. A 
origem da área sensorial do grácil é membro inferior e metade inferior do troco do grácil. 
Qual é a área de captação desse tipo de sensibilidade no cuneiforme? A metade superior 
do tronco e membro superior, o resto é igual. O primeiro neurônio do fascículo 
cuneiforme estará nos gânglios da raiz dorsal dos nervos cervicais. O primeiro 
neurônio do fascículo grácil pra baixo. O primeiro neurônio dessas vias estão no 
gânglio já o segundo estará no bulbo. A via grácil cuneiforme não tem neurônio na 
medula. O corpo do neurônio que formam as fibras do fascículo grácil e cuneiforme 
se localizam nos gânglios da raiz dorsal do nervo espinhal. A via grácil cuneiforme 
não é cruzada na medula espinhal, mas depois que faz sinapse com o segundo neurônio 
ela cruza no bulbo do lado contrário pra formar o lemnisco medial. Se uma pessoa tiver uma 
lesão no funículo posterior na medula ele perde a sensibilidade do mesmo lado ou do lado 
contrário? Do mesmo lado já que ainda não ocorreu o cruzamento, só vai perder do lado 
contrário se a lesão for acima do cruzamento. Se ele tiver uma lesão do bulbo acima das 
fibras arqueadas internas que é onde cruza aí sera do lado contrário. Onde vai ta o terceiro 
neurônio? No tálamo, no núcleo ventral póstero lateral... 
 
Vias do sistema espinhal de propriocepção inconsciente com destino ao cerebelo. 
São espinocerebelar: anterior, posterior e cuneocerebelar.Todas as outras chegam do lado 
contrário que entraram. Essas são ipsilaterais na chegada.Tem 3 pedúnculos cerebelares: 
superior, médio e interior.O pedúnculo cerebelar médio é o único que é puro, tem somente 
uma via, apenas fibras aferentes ao cerebelo. 
Superior: predominantemente fibra eferente ao cerebelo 
Inferior: predominantemente fibra aferente ao cerebelo 
 
Trato espinocerebelar posterior 
Sinal do tronco e membros inferiores 
O 2º neurônio está na coluna posterior da medula espinhal no núcleo dorsal ou torácico 
entre C8 e L3. 
1º neurônio no gânglio. 
Vão entrar fibras de propriocepção na medula toda. As fibras que entram na medula e 
encontram a coluna dorsal vão fazer sinapse, onde está o 2º neurônio. O 1º neurônio tá no 
gânglio. 
As fibras que entram abaixo: vão subir e encontrar os núcleos dorsais entre C8 e L3 para 
fazer sinapse. Não há núcleo dorsal em toda a medula. 
As fibras que entram acima: não vão descer. Só existe via espinocerebelar posterior abaixo 
de C8. Acima de C8 é a via cúneocerebelar. As fibras que entram acima de C8 vão subir até 
o bulbo no núcleo cuneiforme acessório, onde está o 2º neurônio. 
Então a via cuneocerebelar é um complemento da espinocerebelar posterior. 
Então 
 2º neurônio da espinocerebelar posterior: no núcleo dorsal da medula (coluna 
posterior entre C8 e L3) 
 2º neurônio da cuneocerebelar: no núcleo cuneiforme acessório no bulbo 
Depois, todos se encontram no pedúnculo cerebelar inferior do mesmo lado. 
A espinocerebelar posterior vai subir no funículo lateral da medula do mesmo lado que 
entrou e vai entrar no pedúnculo cerebelar posterior e vai para o paleocerebelo. 
Cortical: neocerebelo 
espinhal: paleocerebelo 
vestibular: arquecerebelo 
Cúneocerebelar: sinais do membro superior 
Receptor de propriocepção: tendinoso, muscular 
1º neurônio no gânglio da raiz dorsal abaixo de C8 
A propriocepção inconsciente vai para o cerebelo 
Via cúneocerebelar 
Acima de C8, entra pelo plexo braquial.Sobe pelo funículo lateral, mas é ipsilateral e 
contralateral, predominantemente ipsilateral. 
A parte que cruza na medula, antes de entrar no cerebelo, cruza de novo para entrar do 
mesmo lado que entrou na medula, no cerebelo, sendo ipsilateral. 
2º neurônio no núcleo cuneiforme acessório e vai para o cerebelo 
 
Via espinocerebelar anterior 
Sua principal função não é transmitir a informação de órgão tendinoso ou receptor 
neuromuscular. Ela avalia a atividade da via motora que desce para coordenar o ato motor. 
1º neurônio no ramo da raiz dorsal 
2ª neurônio na coluna posterior e na substância cinzenta intermédia da medula 
É ipsilateral (a minoria) e é cruzada (a maioria). A que cruzar na medula, obrigatoriamente 
vai descruzar antes do pedúnculo cerebelar superior para entrar ipsilateral à entrada. A 
ipsilateral vai direto para o pedúnculo cerebelar superior. 
As vias espinocerebelares influenciam o cerebelo do mesmo lado de entrada. As 
espinocorticais é ao contrário. 
Algumas vias têm uma “jornada” que cruza mas descruzam, continuando do mesmo lado. 
 
 
 
 
Sensibilidade visceral 
A maioria das vias somáticas são conscientes 
Das viscerais a maioria é inconsciente 
Geralmente vêm do sistema simpático 
As vísceras pelvicas: sensibilidade visceral vem do sistema parassimpático. Entram pelo 
sistema parassimpático sacral (a minoria), a maioria entra na via simpática 
A via simpática só tem na medula torácica. 
A via parassimpática tem no sistema crânico e na medula sacral. 
Entre os nervos espinhais há nervos comunicantes brancos e cinzentos que ligam o nervo 
espinhal ao SN simpático. 
Trajeto periférico - Geralmente, a sensibilidade visceral: entra por um nervo simpático, vai 
cair num tronco simpático (com gânglio paravertebral). Entre o gânglio paravertebral e o 
nervo simpático (espinhal) tem nervos comunicantes (ramo comunicante branco e cinzento). 
No parassimpático: tem gânglios pré-vertebrais e nervos simpáticos que vão até a viscera. 
Como a fibra vai caminhar? Através do sistema nervoso simpático até entrar no nervo 
espinhal. O trajeto periférico da sensibilidade visceral na maior parte das vezes entra por 
um nervo simpático até alcançar a raiz espinhal. 
Exceção: víscera pélvica em que o axônio chega ao nervo espinhal pelo SN parassimpático 
sacral. O 1º neurônio da sensibilidade visceral do sistema espinhal estará sempre em um 
gânglio da raiz dorsal de um nervo espinhal. 
A maioria das fibras que carregam sensibilidade visceral é geralmente da via 
paleoespinotalâmica. Do gânglio até seu destino final será o trato paleoespinotalamico que 
carrega sensibilidade somática e visceral. 
 
Via paleoespinotalâmica 
Sensibilidade visceral, a mesma da anterior, mas tem diferença no trajeto periférico. 
Existe uma via do funículo posterior que é medial e lateral ao funículo grácil 
Pelo ramo comunicante do gânglio paravertebral a fibra aferente vai entrar no nervo 
espinhal. O corpo do neurônio vai estar no gânglio da raiz dorsal do nervo espinhal, vai 
fazer sinapse com o neurônio da coluna posterior. Uma parte cruza, a outra é direta. O 3º 
neurônio na formação reticular, 4º no tálamo. Dali vai difusamente para o córtex do giro pós-
central. 
No sistema crânico vem pelo 5º, 9º e 7º nervo cranial. Se for pelo 7º, com só 1 gânglio, o 1º 
neurônio vai estar no gânglio geniculado do facial. 
Se for pelo no 9º ou 10º, que tem 2 gânglios, vai estar no gânglio inferior deles o 1º neurônio 
da via. 
Essa via quando está junto com esse nervo, o 2º neurônio vai estar no trato do solitário (tem 
2 funções: localização do 2º neurônio visceral da sensibilidade visceral e o núcleo da 
gustação). 
Toda a sensibilidade visceral que entra por um nervo crânico, passa pelo núcleo do tracto 
solitário. 
 
VIA DO FUNÍCULO POSTERIOR: 
O primeiro neurônio está no gânglio da raiz dorsal do nervo espinal e o segundo está nasubstância cinzenta intermédia medial, não está na coluna posterior. Esta via ascende pelo 
funículo posterior do mesmo lado, podendo passar medialmente ao funículo grácil ou junto 
ao septo intermédio posterior, onde o fascículo grácil passa entre elas. Tem uma parte medial, 
que vem das vísceras pélvicas e abdominais, e uma lateral, que vem das vísceras torácicas. 
A sensibilidade das vísceras torácicas passará junto o septo intermédio posterior, enquanto 
que a sensibilidade das vísceras abdominais e pélvicas passará entre o fascículo grácil e o 
septo mediano posterior. 
O terceiro neurônio, que está no núcleo grácil, cruza para o lado oposto. Assim, as vias 
somáticas do funículo posterior, grácil e cuneiforme, formam o lemnisco medial (conjunto das 
fibras somáticas), responsável por levar a sensibilidade somática e também a principal via de 
dor do funículo posterior. As fibras dessa via fazem sinapse em um núcleo específico do 
tálamo, o núcleo ventral postero lateral do tálamo, sendo sua principal projeção para o córtex 
da insula, diferentemente das fibras do tracto paleoespinotalâmico que fazem sinapse nos 
núcleos da formação reticular, primeiramente, e depois nos núcleos inespecíficos do tálamo, 
onde sua principal projeção é para o giro pós-central. 
VIAS SENSORIAS GERAIS: 
>Sistema crânico 
A única diferença entre as vias somáticas e viscerais, as vias de sensibilidade do sistema 
cranial, é que o trigêmeo só participa das vias somáticas, que também caminham pelo vago, 
facial e glossofaríngeo, ou seja, não há fibras de sensibilidade visceral no trigêmeo, mas há 
fibras para esse tipo de sensibilidade no vago, facial e glossofaríngeo. 
*letal, mortal e fatal. 
VIA SOMÁTICA: nervos V; VII; IX; X. 
VIA VISCERAL: nervos VII, IX; X. 
VIA TRIGEMINAL EXTEROCEPTIVA 
Toda exterocepção que vai pelo sistema cranial caminha apenas por uma via; seja dor, 
temperatura, tato e pressão, exeto a propiocepção . A via da exterpcepção ocorre 
marjoritariamente, 99,9%, pelo trigêmeo, onde os nervos VII, IX e X possuem pequenas 
áreas de inervação exteroceptiva como o pavilhão auricular e o conduto auditivo 
externo.Por isso essa via recebe o nome de trigemial. 
Os primeiros neurônios dessa via estão nos gânglios dos nervos (V, VII, IX e X), enquanto 
os segundos neurônios estão nos núcleos trigeminais. São eles: núcleo sensitivo principal 
do trigêmeo e o núcleo tracto espinhal do trigêmeo. As fibras que vem dos nervos, 
principalmente do trigêmeo, são de uma via não específica para cada sensibilidade, mas os 
núcleos são e, por isso, quando chegam nos segundos neurônios há o direcionamento de 
cada sensação para seu núcleo específico, MAS ISSO É APENAS PARA O TRIGÊMEO, 
os outros nervos da via só se comunicam com o N. tracto espinhal, independente da 
sensação. Lembrando que as vias exteroceptivas não são específicas, mas nos segundos 
neurônios há a diferenciação da sensação. 
*O núcleo do tratomesencefálico é do trigêmeo, mas é específico para a propiocepção que 
não se trata de uma exterocepção.Portanto também é um núcleo e ainda será mencionado 
especificamente. 
 
 
 
 
 
 TATO EPICRÍTICO 
Nervo trigêmeo TATO PROTOPÁTICO E PRESSÃO 
N. tracto espinhal 
 DOR E TEMPERATURA 
 
 
 
 
>A área sensorial da via exteroceptiva é a região da face. 
> O seu tipo de sensibilidade, exteroceptiva (dor, temperatura, tato, pressão) não é 
específica. 
> O seu trajeto periférico é feito pelos nervos: V, VII, IX e X. 
> Quanto a localização do primeiro neurônio: 
 - gânglio trigeminal ou semilunar – para o nervo trigêmio ( V ) 
- gânglio geniculado – para o nervo facial 
-gânglio superior (jugular) –para o nervo glossofaríngeo ( IX )* 
- gânglio superior (jugular) – para o nervo vago (X)* 
* são exemplos de nervos que possuem dois gânglios, superior e inferior. O primeiro será 
para via somática e o segundo para via visceral. 
>Quanto ao segundo neurônio: 
N. sensitivo principal do trigêmeo ( controlateral) 
N. tracto espinhal do trigêmeo ( homolateral) 
> Trajeto central: 
A via trigeminal exteroceptiva forma o lemnisco trigeminal. Sendo a maioria das fibras são 
contro lateral, mas há também homolateral. 
> Quanto ao terceiro neurônio: 
Vai chegar no tálamo, no núcleo postero medial. 
> Área de projeção: 
 
 
- córtex somatosensorial primária 
- giro pós central 
VIA TRIGEMINAL PROPIOCEPTIVA 
Sua área sensorial compreende aos músculos da mastigação; músculos da língua; 
músculos da mímica; músculos extrínseco do olho ( o trajeto da via ainda é desconhecido); 
articulação temporo-mandibular; dentes. 
Na via trigeminal, a propiocepção pode ser consciente e inconsciente, a via é a mesma, 
sendo realizada por um único nervo, o trigêmio. Esta via é a única sensorial em que o 
primeiro neurônio não está em um gânglio, o primeiro neurônio da via está no N. tracto 
mesencefálico do trigêmio. Após chegar no núcleo pode seguir vários caminhos, dentre 
eles: 
- seguir do N. tracto mesencefálico para o núcleo motor do trigêmio, realizando o ato 
reflexo. 
-seguir do N. tracto mesencefálico para os neurônios cerebelares, no caso da propiocepção 
inconsciente. 
-seguir do N. tracto mesencefálico para o núcleo sensitivo principal , anscendendo 
juntamente com o lemnisco trigeminal, propiocepção consciente. 
Essa via também faz sinapse no N. ventral postero medial, assim como a via trigeminal 
exteroceptiva. Por fim chega ao córtex somatossensorial primário. 
VIAS ESPECIAIS 
VIA OLFATÓRIA 
Existe uma mucosa olfatória, relacionada com a olfação, e uma mucosa respiratória, que 
recobre a cavidade nasal. A mucosa olfatória compreende a porção superior da parede 
lateral e do septo nasal, onde há receptores (primeiro neurônio) da olfação. Esta mucosa 
possui neurônios, onde seus axônios atravessam a lâmina crivosa do osso etmóide, 
realizando sinapse com os segundos neurônios, células mitrais, localizados no bulbo 
olfatório. 
As células mitrais podem seguir vários caminhos, dentre eles: 
1- entra na estria olfatória lateral e vai seguir a via olfatória normal, que levar a sensibilidade 
para a área piriforme (arquecórtex), é a área primária da olfação, que compreende ao úncus 
e o giro parahipocampal. 
2-através da estria olfatória medial, área de convergência de comunicação entre os bulbos, 
as células mitral de um bulbo se comunica com outra célula mitral de outro bulbo. 
3- através da estria olfatória intermédia, a sensibilidade olfatória vai para o sistema límbico. 
O sistema nervoso possui áreas mais velhas e mais novas, pela escala filogenética animal. 
Assim, o córtex olfatório foi o primeiro a surgir, ou seja, a sensibilidade olfatória é mais 
importante para os animais. Na proporção em que fomos evoluindo na escala filogenética, a 
sensibilidade olfatória foi substituída pela visual. 
O bulbo olfatório tem células mitrais, que são o segundo neurônio da via olfatória. Além das 
células que formam a via olfatória, existem células auxiliares, que formam o chamado 
glomérulo olfatório- existem células que estimulam, e outras que deprimem a sensibilidade. 
O segundo neurônio, a célula mitral, vai ter vários caminhos. Ou ele vai entrar na estria 
olfatória lateral e vai seguir a via olfatória normal, levando a sensibilidade para a área 
piriforme (ou úncus do giro parahipocampal, que é a área olfatória), ou através da estria 
olfatória medial, a célula mitral de um lado vai se comunicar com a célula mitral do outro, 
então a estria olfatória medial é uma área de convergência que comunica os dois bulbos 
olfatórios. Na estria olfatória intermédia, a sensibilidade vai para o sistema límbico. 
Acompanhandoa escala filogenética, o córtex olfatório é o mais antigo. Está no chamado 
arqui-córtex, na área piriforme, que é a que engloba o giro parahipocampal e o úncus, 
aonde tem a área primária da olfação. 
A via olfatória, até o bulbo olfatório, tem dois neurônios: o receptor e a célula mitral. O 
axônio da célula mitral tem três caminhos: fazer comunicação com o bulbo olfatório do outro 
lado, pela estria olfatória medial; entrar na estria olfatória lateral e ir para a área piriforme; ir 
para a estria olfatória intermédia (na substância perfurada anterior, entre as estrias 
olfatórias lateral e medial), levando a sensibilidade olfatória para o sistema límbico, que é o 
sistema das reações de sobrevivência, tem mecanismos de fuga ou luta. 
Então, resumidamente, o primeiro 
neurônio da via olfatória está na mucosa olfatória (receptor), o segundo está no bulbo 
olfatório. A partir daí, isso pode entrar na estria olfatória lateral e ir para a área primária da 
olfação, ou pode entrar na estria olfatória medial e conectar o bulbo olfatório do outro lado, 
ou entrar na estria olfatória intermédia e ir para o sistema límbico. 
A sensação olfatória propriamente dita vai passar pela mucosa olfatória, bulbo olfatório, 
trato olfatório, estria olfatória lateral, giro parahipocampal e úncus. A outra parte dos axônios 
da célula mitral, que vai para a estria intermédia e para a estria medial, não está 
diretamente envolvida na olfação. 
 
VIA GUSTATIVA 
90% dela está na língua. Na laringe, na faringe, na base da língua e nas paredes do palato 
também tem, só que não na mesma quantidade e distribuição da língua. Os principais 
receptores da gustação estão nas papilas linguais, aonde tem botões gustativos. No botão 
gustativo, está o receptor da gustação, entre outras células (de sustentação, secreção). O 
axônio dessas células que estão no botão gustativo é que é o receptor da gustação. Há 4 
tipos de papilas gustativas: filiformes, circunvaladas, fungiformes e foliáceas. 
A língua tem duas partes: tem um conjunto de papilas circunvaladas que forma o chamado 
V lingual, que separa a língua em 2/3 anteriores e um terço posterior. A sensibilidade 
gustatória da língua se divide em 3 nervos, e o que separa a área desses três nervos é, 
primeiro, o V lingual. Nos 2/3 anteriores da língua, a gustação vai pelo nervo facial, e o terço 
posterior vai pelo glossofaríngeo; as outras áreas, como epiglote, faringe, têm a inervação 
pelo vago. 
Mortal, letal e fatal: a língua não tem só 
sensibilidade gustativa. Ela também tem sensibilidade geral: sente dor, tem tato. O que não 
é gustação na língua anda igual, com uma única exceção: nos 2/3 anteriores, anda pelo 
trigêmeo. No terço posterior da língua, tanto gustação quanto sensibilidade geral (dor, tato, 
temperatura) vai pelo glossofaríngeo, e nas demais áreas (faringe, epiglote, laringe), tudo 
vai pelo vago. 
O primeiro neurônio da via da gustação está nos gânglios dos nervos VII, IX e X. Como o 
VII só tem 1, está em um lugar só, que é o gânglio geniculado; no caso do IX e do X, está 
nos gânglios inferiores de cada um deles. 
Tem um núcleo específico da 
sensibilidade visceral e da gustação, que é o núcleo do trato solitário, onde está o segundo 
neurônio d via gustativa. 
Mortal, letal e fatal: se o nervo facial não vai na língua, como que ele leva a sensibilidade 
gustatória da língua? Tem que ter um ramo que comunica um nervo que vai para a língua 
com ele, que é o nervo corda do tímpano. Ele une o nervo facial ao ramo mandibular do 
nervo trigêmeo (que é misto). A parte do facial que leva a sensibilidade dos 2/3 anteriores 
da língua vem através do nervo mandibular, para o nervo corda do tímpano, indo para o 
facial, e dele até o gânglio geniculado, e dele até o núcleo do trato solitário. Essa via é 
direta (predominantemente) e cruzada. Daí vai para o núcleo ventral póstero-medial do 
tálamo, e do tálamo vai para a área primária da gustação, que é na base do giro pós-
central. 
 
 VIA ÓPTICA 
 
 
O primeiro, o segundo e o terceiro neurônio da via óptica estão na retina. O quarto neurônio 
da via óptica está no corpo geniculado lateral. As estruturas presentes na via óptica são: a 
retina, o nervo óptico, o quiasma óptico, o trato óptico e o corpo geniculado lateral. A partir 
daí, as fibras da via óptica vão se dividir. 
Nem todas as fibras da via óptica estão envolvidas com a sensibilidade visual, existem três 
outros tipos de fibras da via óptica que vão se comunicar com: o hipotálamo dando aqueles 
circuitos circadianos de dia e noite, com núcleos tectais para dar o movimento da pálpebra e 
do globo ocular, ou vai para núcleos pré tectais que vão dar os movimentos dos músculos 
intrínsecos (constritor da pupila e o músculo ciliar do cristalino). O único reflexo que precisa 
ir no córtex para ele acontecer realmente é o do músculo ciliar do cristalino, pois é preciso 
ver primeiro para que depois cristalino se adapte. 
Então quando chega no corpo geniculado lateral, as fibras da via óptica se dividem nessas 
direções: uma parte vai para o hipotálamo, uma parte vai para o tecto (na via óptica 
corresponde ao colículo superior). 
O colículo superior está envolvido com a via óptica e o colículo inferior com a via auditiva, 
mas tem uma diferença brutal. As fibras da via óptica que vão para o colículo superior não 
estão envolvidas com a função de visualização da imagem, a função dela é coordenar os 
movimentos da pálpebra e dos músculos extrínsecos do olho para desviar o olhar para um 
lado e para o outro e focar a mácula onde eu quero. Então se alguém tiver uma lesão no 
colículo superior não irá ficar cego jamais, porém não terá a coordenação do movimento do 
olho. Na via auditiva não, se houver alguma lesão na via auditiva ele terá a alteração da 
audição. 
- Então, se perguntar na prova, o destino das fibras da via óptica a partir do corpo geniculado 
lateral, será: podem ser direcionadas para a visão, ou podem estar indiretamente 
relacionadas com a via visual, quer dizer que pode fazer reflexo de acomodação do olho e de 
entrada de luz (músculos esfíncter da pupila e ciliar), ou vai fazer a coordenação dos 
movimentos do olhar, ou vai informar o hipotálamo e a pineal se é dia ou noite para a 
realização dos ciclos circadianos. 
Mortal letal e fatal: Vai ter um campo central (área) que vai dar a visão binocular, projetando 
os dois campos visuais dos dois olhos. 
As deficiências da via visual podem ser a cegueira total (amaurose), e pode ter hemianopsias 
onde só se vê metade do campo visual, podendo ser homônima ou heterônima. Homônima é 
quando se perde os dois campos do mesmo lado (os dois laterais ou os dois mediais) e 
heterônima é quando se perde o esquerdo de um olho e o direito de outro. Existem também 
as quandratanopsias, onde ao invés de perder metade se perde ¼ do campo visual. 
 
A imagem está mostrando aonde é a lesão e qual o tipo de alteração que tem no campo 
visual. *OBS: vai descrever uma lesão - VAI PERGUNTAR NA PROVA 
Geralmente as lesões posteriores ao corpo geniculado vão dar quadranopsias. As lesões no 
trato óptico vão dar as hemianopsias. 
 
VIA AUDITIVA 
Ninguém tem ouvido aqui, todo mundo tem orelha. Temos a orelha externa, orelha média e a 
orelha interna. O pavilhão auricular é uma parte da orelha externa, pois a orelha externa tem 
o pavilhão auricular e o meato acústico externo. Até a membrana do tímpano é orelha externa, 
da membrana do tímpano até a janela oval é a orelha média ou cavidade timpânica, da janela 
oval para dentro da parte óssea é a orelha interna, a orelha interna tem cóclea e canais 
semicirculares, sendo a cóclea o órgão da audição e os canais semicirculares são um órgãode um tipo de propriocepção especial que é a via vestibular. A parte inicial da onda sonora se 
propaga no meio aéreo, depois vai vibrar a membrana timpânica e vai se propagar no meio 
ósseo e depois com a janela oval e o estribo entrando e saindo, vão fazer com que a onda se 
propague em um meio líquido. Então a audição se propaga no meio aéreo, no meio sólido e 
depois no meio líquido. 
Existem dois músculos dentro da orelha média que é o músculo do martelo e o músculo do 
estribo, cuja função deles é proteger a membrana timpânica, quando o som fica muito alto o 
músculo do martelo e o músculo do estribo afastam o martelo da membrana timpânica e 
afastam o estribo da janela oval e ao invés da membrana timpânica ficar rígida, ela fica flácida, 
então com um barulho alto que põe em risco a lesão dela, vai ocorrer esse mecanismo. 
A orelha média tem uma comunicação com a cavidade nasal pela tuba auditiva. 
O nervo que conduz a audição e os estímulos da área vestibular sai da orelha interna. Vão 
sair da cóclea ou vão sair do canal semicircular, que é o nervo coclear e o nervo vestibular, e 
a junção deles vai formar o VIII par de nervos cranianos que é o nervo vestíbulo coclear. Tem 
uma parte que leva a informação vestibular e tem uma parte que leva a informação coclear 
ou auditiva. 
Na via auditiva, o que interessa é a parte coclear que vem da cóclea. 
Esse nervo vestíbulo coclear nasce separado na orelha interna, depois ele se junta 
temporariamente e passa no canal auditivo interno (meato acústico interno) na porção petrosa 
do osso temporal e vai sair da cavidade timpânica pelo meato acústico externo e vai entrar 
no sistema nervoso no crânio. Esse é o único nervo crânico que não sai do crânio . Todos os 
nervos crânicos ou saem ou entram no crânio, porém o único nervo crânico que não sai nem 
entra no crânio, que está totalmente dentro do crânio é o nervo vestíbulo coclear. 
É importante lembrar que existem gânglios na parte coclear e gânglios na parte vestibular, 
que são os gânglios espiral e o gânglio vestibular. Então, o primeiro neurônio da via auditiva 
está no gânglio espiral, que na verdade não é só um gânglio e sim vários gânglios espirais. 
O segundo neurônio da via auditiva está nos núcleos cocleares dorsal e ventral. E daí para 
frente a localização depende, porque a via auditiva pode fazer sinapse com vários neurônios 
antes de fazer com um que ela faz sempre, que é onde tem sempre um terceiro neurônio que 
é no colículo inferior. Entre o colículo inferior e o núcleo coclear existem várias outras 
sinapses que ela pode fazer: nos núcleos do leminisco medial, nos núcleos do corpo 
trapezoide. Então existem outros núcleos entre o núcleo coclear e o colículo inferior que 
podem ter sinapse na via auditiva. O quarto neurônio está no metatálamo no corpo geniculado 
medial. 
O número de sinapses mínimo da via auditiva é quatro: neurônio 1 - no gânglio espiral, 
neurônio 2 - núcleos cocleares, neurônio 3 - colículo inferior e neurônio 4- corpo geniculado 
medial. Entretanto isso é o mínimo, porque entre o núcleo coclear e o colículo inferior existem 
alguns núcleos onde pode ocorrer sinapses. 
A partir do corpo geniculado medial, ocorre a projeção para o córtex auditivo primário que é 
o giro temporal superior. 
Nas vias auditivas faladas anteriormente dizia-se que eram predominantemente cruzadas ou 
predominantemente diretas, mas na via auditiva não se pode falar isso. A importância clinica 
disso é que ninguém fica surdo por lesão dentro do SNC, devido ao número variável de 
sinapses e não ter um predomínio se é direto ou cruzado. Quando uma pessoa tem surdez 
total, a lesão é no nervo ou é dentro da orelha interna, lesão dentro do SNC ninguém perde 
a audição total. 
O receptor da audição está na cóclea, no órgão de corti. 
A via auditiva pode cruzar no bulbo, pode cruzar na medula, pode cruzar na ponte. Então 
essa via pode cruzar em vários lugares e não há uma predominância se as fibras são diretas 
ou cruzadas. 
VIA VESTIBULAR 
Existe uma via vestibular que é um tipo de propriocepção que não vem de músculo, nem de 
cápsula articular e nem de tendão. Vem dos canais semicirculares da orelha interna, que 
também é um tipo de propriocepção que vai indicar a localização do corpo no espaço. A 
localização do corpo no espaço no SNC depende de três coisas: a visão, a propriocepção 
muscular que é o cerebelo que comanda e a propriocepção vestibular pelo canal semicircular. 
O primeiro neurônio dessa via está nos gânglios vestibulares. Existem vários gânglios 
vestibulares junto aos canais semicirculares. O lugar do segundo neurônio depende, porque 
vai ter via vestibular primária que só vai ter aquele neurônio no gânglio, e vai ter via vestibular 
secundária . 
O impulso que vem do gânglio vestibular pode ir direto para o cerebelo sem nenhuma sinapse 
que é a via vestibular primária. Na via vestibular primária o número de neurônios é UM que 
está no gânglio vestibular. A via vestibular secundária tem o primeiro neurônio no gânglio 
vestibular, o segundo neurônio nos núcleos vestibulares e a partir daí vai para o cerebelo se 
ela for inconsciente. Porém, existem informações conscientes da via vestibular, essas 
informações fazem sinapses dos núcleos vestibulares com o tálamo e córtex cerebral. 
O primeiro neurônio da via vestibular secundária está localizado no gânglio vestibular, o 
segundo neurônio localiza-se nos núcleos vestibulares, o terceiro neurônio vai estar no 
tálamo e o quarto vai estar no córtex se for consciente, se for inconsciente só tem pra 
neurônio, um no gânglio vestibular, o outro no núcleo vestibular e dali ir para o cerebelo.

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