Buscar

Amebas - Aula 4

Prévia do material em texto

PROF.A JOYCE FONTELES 
Amebas 
Faculdade Maurício de Nassau 
Disciplina Parasitologia 
AMEBAS 
CARACTERÍSTICAS GERAIS: 
 
• Protozoários de vida livre, comensais ou parasitos. 
 
• Locomovem-se e alimentam-se por meio de 
pseudópodes. 
 
CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA 
 
 Reino: Protista 
 Sub-reino: Protozoa 
 Filo: Sarcomastigophora 
 Subfilo: Sarcodina 
 Superclasse: Rhizopoda 
 Classe: Lobozia 
 Ordem: Aemoebida 
 Família: Entamoebidae 
 
 Gêneros: Entamoeba, Iodamoeba, Endolimax 
 
 
CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA 
 
 Espécies: 
 
 Entamoeba coli, Entamoeba hartmanni, Entamoeba 
gingivalis 
 
 Entamoeba histolytica/ Entamoeba dispar 
 
 Endolimax nana, Iodamoeba bu ̈tschlii 
 
ENTAMOEBA HISTOLYTICA 
HISTÓRICO 
 
• 1875 – Losch examinou fezes de um paciente com 
disenteria (Amoeba coli) 
 
• 1883 – Koch observou cinco casos de disenteria com 
complicações – abscesso hepático (amebas). 
 
• 1903 – Schaudin descreve a E. histolytica e a diferencia de 
E. coli 
 
 
ENTAMOEBA HISTOLYTICA – MORFOLOGIA 
 
MORFOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
CISTO TROFOZOÍTO 
METACISTO PRÉ-CISTO 
ENTAMOEBA HISTOLYTICA – MORFOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TROFOZOÍTO 
 
• Formas vegetativas dinâmicas e pleomórficas 
 
•Possui um núcleo com cromatina organizada 
(roda de carroça). 
 
•Citoplasma diferenciado em ectoplasma, que é 
claro e hialino, e endoplasma, que é granuloso 
 
•Possui vacúolos e emite pseudópodes 
ENTAMOEBA HISTOLYTICA – MORFOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CISTOS 
 
• Podem ser esféricos ou ovais 
 
•Medem de 8 a 20 micrômetros de diâmetro 
 
•Apresentam 1-4 núcleos 
 
•Os corpos cromatóides em forma de charuto 
(extremidades arredondadas). 
 
ENTAMOEBA HISTOLYTICA – MORFOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Fase intermediária entre trofozoíto e cisto. 
 
• Morfologia oval e apresenta um núcleo. 
 
 
PRÉ-CISTO 
METACISTO 
 
Forma tetranucleada que emerge do cisto no intestino delgado 
 
Sofre divisões dando origem aos trofozoítos. 
 
ENTAMOEBA HISTOLYTICA 
Ciclo biológico 
 
 
 
 
ENTAMOEBA HISTOLYTICA 
Ciclo biológico monoxeno 
 
1. Ingestão de cistos presentes na água ou alimentos contaminados. 
 
2. Mediante ação do suco gástrico e das secreções intestinais, forma-se uma 
fenda na parede de cada cisto, por onde é liberada uma forma 
tetranucleada (metacisto), que por divisão binária dá origem a oito 
trofozoítos uninucleados. 
 
3. Esses trofozoítos multiplicam-se por divisão binária e colonizam o 
intestino grosso. 
ENTAMOEBA HISTOLYTICA 
Ciclo biológico monoxeno 
 
4. Muitos desses trofozoítos passam por um processo de encistamento, 
quando inicialmente o parasita diminui de tamanho e se arredonda, 
transformando-se em uma forma denominada de pré-cisto. 
 
5. Em seguida, essa forma dá origem a um cisto uninucleado, quando ao seu 
redor é secretada uma membrana resistente e de natureza lipoproteica, 
chamada parede cística. 
 
6. Após divisões nucleares, esses cistos tornam-se tetranucleados e podem 
ser excretados juntamente com as fezes dos hospedeiros. 
ENTAMOEBA HISTOLYTICA 
Ciclo biológico monoxeno 
 
7. Sob certas circunstâncias, os trofozoítos tornam-se patogênicos e invadem 
a parede intestinal, alimentando-se de células da mucosa e de hemácias. 
 
8. Em casos de infecção crônica podem invadir outros órgãos especialmente o 
fígado e posteriormente, os pulmões, rins, cérebro e pele. 
 
ENTAMOEBA HISTOLYTICA 
Patogenia 
ENTAMOEBA HISTOLYTICA 
PATOGENIA 
 
 Fatores de virulência: 
 
1. Proteínas de adesão – lectinas 
 
 Reconhecem glicoproteínas presentes na membrana das células-
alvo contendo resíduos dos carboidratos galactose (Gal) e N-
acetil-galactosamina (GalNAC) – adesão 
 
 
ENTAMOEBA HISTOLYTICA 
PATOGENIA 
 
 Fatores de virulência: 
 
2. Amebaporos 
 
 Após o contato com a célula do hospedeiro, o parasito libera proteínas, 
chamadas amebaporos 
 
 Penetram na superfície hidrofóbica da membrana plasmática das células-alvo 
e formam canais preenchidos por água 
 
 Lise osmótica 
 
 
ENTAMOEBA HISTOLYTICA 
 
3. Grânulos citoplasmáticos (Lisozima, fosfolipases e cisteína-proteases) 
 
• Cisteína-proteases: 
 
 Papel na invasão dos tecidos (Degradam proteínas da matriz 
extracelular) 
 
 Tem ação lítica sobre anticorpos IgA e IgG. 
 
• A resposta imune inata é o fator mais importante no controle da 
infecção para evitar a invasão tecidual 
 
 
ENTAMOEBA HISTOLYTICA 
 
 Fatores de virulência: 
 
4. Lipofosfoglicanos (LPG) 
 
• Recobrem os trofozoítos 
 
• Funcionam como barreira contra a ativação do complemento 
 
 
 
ENTAMOEBA HISTOLYTICA 
PATOGENIA 
 
• Ameba invade a mucosa do 
intestino grosso e leva à formação 
de úlceras. 
 
• Úlceras em “botão de camisa” ou 
“gargalo de garrafa” 
 
 
 
 
ENTAMOEBA HISTOLYTICA 
Sintomatologia 
ENTAMOEBA HISTOLYTICA 
 
• Aparecimento dos sintomas – pode variar de alguns dias a anos 
 
• A maioria dos indivíduos são assintomáticos (90%) durante todo o 
curso da infecção. 
 
 Cepas polimórficas – diferentes graus de patogenicidade 
 Fatores associados ao hospedeiro 
 
 
 
ENTAMOEBA HISTOLYTICA 
 
• Amebíase intestinal 
 
• Colite amebiana aguda: 
 
• Intensas dores abdominais e fezes com muito muco e sangue, 
náuseas, vômitos, mal-estar e cefaléia (1-2 dias). 
 
• Os indivíduos infectados passam a apresentar múltiplas evacuações 
mucóides e de pequeno volume, podendo-se observar diarréia aquosa 
profusa com presença de sangue, dor abdominal, perda de peso, 
anorexia e febre em 40% dos casos. 
 
 
 
ENTAMOEBA HISTOLYTICA 
 
• Amebíase intestinal 
 
• Colite fulminante: 
 
• Perfuração da parede intestinal 
 
• Grupos de risco: 
 
 Pacientes imunossuprimidos e gestantes 
 Pacientes com diabetes mellitus (DM) e o uso crônico de álcool 
 
 
 
ENTAMOEBA HISTOLYTICA 
Amebíase extraintestinal 
 
• Amebíase hepática: 
 
• Dor ou sensação de peso no hipocôndrio direito e hepatomegalia 
 
• Cerca de 25% dos pacientes apresentam diarreia, náuseas, vômitos e, 
por vezes, icterícia. 
 
• Em casos graves, o indivíduo infectado pode apresentar necrose do 
tecido hepático, podendo evoluir para o óbito. 
 
 
ENTAMOEBA HISTOLYTICA 
Epidemiologia e transmissão 
ENTAMOEBA HISTOLYTICA 
TRANSMISSÃO 
 
• Contaminação fecal da água de consumo humano 
 
• Alimentos com cistos da ameba, os quais são relativamente 
resistente à cloração. 
 
• Contato direto de mãos contaminadas ou objetos sujos 
(creches, orfanatos, asilos, presídios). 
 
• Sexualmente pelo contato oral-anal (praticantes de 
anulinguismo) 
 
ENTAMOEBA HISTOLYTICA 
 
• E. histolytica possui distribuição cosmopolita 
 
• 500 milhões de indivíduos infectados 
 
• Segunda causa de morte entre as doenças parasitárias – 40 mil 
a 100 mil óbitos anuais. 
 
• Maior prevalência em populações de nível socioeconômico mais 
baixo e condições precárias de saneamento básico, resultando 
em altos índices de morbidade. 
ENTAMOEBA HISTOLYTICA 
 
 
 
ENTAMOEBA HISTOLYTICA 
Diagnóstico laboratorial 
ENTAMOEBA HISTOLYTICA 
Exame microscópico: 
 
• Exame direto a fresco – fezes diarreicas 
 
• Curto prazo – 20 a 30 minutos 
 
• São observados trofozoítos com sua motilidadelinear 
característica, com projeções hialinas do ectoplasma formando 
pseudópodes. 
 
• Geralmente observam-se eritrócitos no citoplasma de trofozoítos 
de E. histolytica. 
 
 
ENTAMOEBA HISTOLYTICA 
Exame microscópico: 
 
• Pesquisa de cistos em fezes pastosas: 
 
• Métodos de concentração: flutuação em sulfato de zinco ou 
sedimentação espontânea 
 
 No entanto é incapaz de diferenciar as espécies pertencentes 
ao complexo E. histolytica/E. dispar. 
 
 
ENTAMOEBA HISTOLYTICA 
TRATAMENTO 
 
 Metronidazol, Tinidazol, Ornidazol e Nimorazol ou Nitrimidazina. 
 
 
 
 
ENTAMOEBA HISTOLYTICA 
 
PROFILAXIA 
 
 Higiene individual entre evacuações e refeições 
 Cuidado na manipulação e higienização de alimentos 
 Saneamento básico 
 Controle de vetores mecânicos 
 Educação sanitária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obrigada!!

Continue navegando