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Amebíase: Causas e Sintomas

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Rose Anne | Medicina 
1 
 
Amebíase 
• Doença causada por protozoários → 
Ameba; 
• Parasita unicelular; 
• Principal agente etiológico: Entamoeba 
histolytica/dispar 
Estruturas: 
• Cisto → mecanismo de resistência; veículo 
de transmissão; 
• Trofozoíto → forma de patogenicidade. 
(ativa) 
Epidemiologia 
• Mais de 10% da população mundial está 
infectada por E. díspar e E. histolytica 
(cosmopolita) 
• Prevalência alta em países em 
desenvolvimento 
• 90% dos infectados podem eliminar o 
parasito durante 12 meses 
• Sua ocorrência está associada com 
condições inadequadas de saneamento 
básico, deficiência de higiene 
pessoal/ambiental e determinadas práticas 
sexuais 
• Ingestão do cisto. 
Obs: quando ingerido, o trofozoíto não resiste 
ao pH do estômago. 
A doença só se manifesta se o hospedeiro tiver 
alguma deficiência nutricional, da resposta 
imunológica ou parasitemia (qtde de parasitas) 
Morfologia 
Trofozoíto: 
 
Mais comum em fezes diarreicas. 
• Pleomórfico (não possui forma definida → 
formato ameboide) 
• Movimenta-se através de pseudópodes → 
alta atividade do citoesqueleto → bastante 
desenvolvido 
• Os pseudópodes conferem a capacidade 
de fagocitar hemácias (entamoeba 
patogênica) 
• Divisão binária (reprodução assexuada) → 
sem variabilidade genética 
• Núcleo com endossoma central → 
cariossoma 
• Citoplasma bastante granuloso 
• Alimenta-se por fagocitose (ingestão de 
partículas sólidas) e pinocitose (ingestão de 
partículas líquidas) 
• Não possui mitocôndria, complexo de golgi 
e retículo endoplasmático 
• Possui centríolos e microtúbulos 
Cisto: 
• Encontrado mais comumente em fezes 
formadas. 
• Consegue sobreviver fora do organismo 
hospedeiro em condições favoráveis 
• Presença de uma parede de glicoproteínas 
e de quitina, conferindo resistência 
 Rose Anne | Medicina 
2 
 
 
Entamoeba histolytica/dispar 
 
• Cistos esféricos ou ovais 
• Possui até 4 núcleos 
• Possível presença de corpos cromatoides 
→ forma de charuto → alusão aos 
centríolos → massas de ribossomas → 
envolvidos na síntese de proteínas 
• Mitossoma ou crípton → semelhante à 
mitocôndria 
• Encontramos também no citoplasma dos 
cistos regiões que coram de castanho pelo 
lugol → vacúolos de glicogênio 
Principal diferença: o cisto da E. histolytica é 
menor que o cisto da E. coli 
Entamoeba díspar 
Não se da para diferenciar os cistos da E. díspar 
e E. histolytica. 
Possuem as mesmas características. 
Agente etiológico 
Entamoeba histolytica (maior patogenicidade) 
• Presença de Lipofosfoglicano → 
componente da membrana plasmática do 
trofozoíto 
• Lipofosfoglicano está em maior qtde na E. 
hystolitica quando comparado a E. coli e 
Endolimax nana 
• Entamoeba díspar não causa doença 
Endolimax nana 
Cisto 
• Menor em comparação a Entamoeba coli 
• Formato circular 
• Núcleo não é tão evidente 
• Mais comum em idosos 
• Parasita comensal 
 
Entamoeba coli 
 
• Cistos maiores; 
• Mais de 4 núcleos; 
• Cromatina nuclear grosseira; 
• Parasita comensal; 
• Núcleo mais evidente; 
• Diferenciação de 2 membranas. 
 Rose Anne | Medicina 
3 
 
. 
Os Trofozoítos das amebas não são 
diferenciados no exame parasitológico de fezes. 
→ apenas com técnicas bioquímicas e 
moleculares 
Diferenciação morfológica 
• Tamanho do trofozoíto e do cisto 
• Estrutura e número de núcleos no cisto 
• Numero e formas de inclusões 
citoplasmáticas 
→ Trofozoítos – vacúolos 
→ Cistos – corpos cromatoides 
Trofozoítos 
→ Intestino, ulceras e fezes diarreicas 
Cistos 
→ Fezes normais (sobrevivência de até 
30 dias em ambiente úmido) 
→ É o cisto que vai estar presente no 
laudo do exame de diagnóstico 
 
 
Cistos: fezes formadas 
Trofozoítos: fezes diarreicas 
Obs: Iodo é componente do corante lugol e 
possui a capacidade de paralisar o parasita, 
podendo causar a morte desse parasita 
→ Não há demonstração da 
movimentação do parasita 
Obs2: Corante tricrômio nos trofozoítos utilizado 
para evidenciar regiões proteicas, 
principalmente com presença de colágeno. 
Ciclo biológico 
E. histolytica 
Observar ciclos não-patogênicos com 
trofozoítos invasivos maiores. 
Ciclo monoxênico 
 Rose Anne | Medicina 
4 
 
Obs: Cisto 
• Resistente ao pH do estômago 
• Desencistamento no intestino delgado 
 
 
• Ingestão de água ou alimentos 
contaminados com fezes contendo o 
cisto 
• No estômago, o cisto resiste ao pH 
• No intestino delgado (maior oferta de 
nutrientes), ocorre o desencistamento 
(consumindo os núcleos do cisto), 
desenvolvendo a forma trofozoítica 
• No intestino também ocorre a divisão 
binária (reprodução assexuada) do 
trofozoíto 
• Em condições que desfavorecem o seu 
crescimento e multiplicação, o parasita 
sofre um encistamento 
• O trofozoíto também pode atingir as 
regiões do fígado, pulmões e cérebro 
• No fígado, pode gerar resposta 
inflamatória gerando abscessos 
Abscessos: evolução de um granuloma com a 
participação de neutrófilos e eosinófilos 
Obs: cães e gatos não são responsáveis pela 
manutenção do ciclo, uma vez que não liberam 
a forma infectante da entamoeba. 
Modo de transmissão 
• Ingestão de alimentos ou água 
contaminados por fezes contendo cistos 
amebianos maduros; 
• Raramente contato oral-fecal (coprofagia); 
• Falta de higiene; 
• Determinadas práticas sexuais; 
• Portadores assintomáticos → é um 
veículo de transmissão; 
• Transmissão mecânica (por meio de 
moscas, baratas que carreiam o cisto); 
Período de incubação: 2-4 semanas, podendo 
variar dias, meses ou anos. 
Período de transmissibilidade: anos. 
Patogenia e virulência 
Localização da E. histolytica 
1. Localização primária → intestino grosso 
Localizações secundárias 
2. Úlcera perineal 
3. Abscesso esplênico (hematogênico) 
5. Abscesso cerebral 
6. Abscesso pulmonar 
 Rose Anne | Medicina 
5 
 
7. Abscesso hepático 
8. Abscesso hepático (contiguidade) 
9. Úlcera cutânea (contiguidade) 
 
Aspectos clínicos – Patogenia 
Descrição: 
• Infecção causada por um parasito que se 
apresenta sobre duas formas: cisto 
(imóvel e infectante) e trofozoíto (móvel 
e reprodutiva); 
• Esse parasito pode atuar como comensal 
ou provocar a invasão de tecidos; 
• Causa uma diarreia pastosa durante 4 a 5 
dias acompanhada de constipação; 
• Desconforto abdominal; 
• Vômitos 
Em alguns casos, o trofozoíto pode se 
alimentar de hemácias, causando anemia 
Complicações clinicas 
Duas formas sintomáticas invasivas 
Amebíase intestinal: 
Caracterizada por 
• Colite ulcerativa → lesão na qual o 
trofozoíto se multiplica no interior do 
intestino gerando um processo 
inflamatório 
• Disenteria amebiana → necrose crônica 
com destruição da mucosa, resultando 
má absorção 
• Amebomas → lesões semelhantes a 
tumores 
→ Atividade citolítica 
→ Proliferação intensa dos 
trofozoítos (depósito de amebas) 
→ Localizados na parede do intestino 
grosso, abscesso hepático, 
pulmonar ou cerebral (encefalite 
granulomatosa) 
→ Explosão neutrofílica 
Amebíase extraintestinal → manifestação 
sistêmica 
• Amebíase hepática → geralmente 
grave, levando a quadros de 
hepatomegalia, icterícia e 
esplenomegalia; 
• Abscesso amebiano; 
• Abscesso pleuropulmonar; 
• Abscesso cerebral (crises convulsivas e 
confusão mental); 
• Explosão neutrofílica. 
Quadro clínico: 
• Disenteria amebiana; 
• Varia de forma branda caracterizada por 
desconforto abdominal leve ou 
moderado com sangue e/ou muco nas 
dejeções 
• Em casos graves, as formas trofozoíticas 
se disseminam pela corrente sanguínea 
provocando abscesso no fígado (maior 
frequência), pulmões ou cérebro 
• Quando não diagnosticadas a tempo, 
podem levar o paciente a óbito. 
Diagnóstico 
• Clínico (observação de sintomas, 
anamnese, exame físico); 
• Laboratorial (técnica de MIF – 
centrifugação – fezes formadas) 
 Rose Anne | Medicina 
6 
 
• Exame deFaust (para fezes diarreicas – 
trofozoítos) → centrifugação 3x das 
fezes em água destilada e visualização 
em microscopia óptica 
• Presença de trofozoíto (fezes diarreicas) 
ou cistos (fezes formadas) do parasito 
nas fezes 
• Exame parasitológico de fezes 
• Imunológico (ELISA) 
• Anticorpos séricos podem ser dosados 
(IgG – infecções hepáticas e IgE – 
infecções intestinais) 
No hemograma: 
• Neutrofilia associada a uma eosinofilia 
• Leucopenia 
Tratamento 
OMS: somente devem ser tratados os casos 
diagnosticados de amebíase patogênica. 
Eliminação dos trofozoítos: 
Secnidazol: forma intestinal mais branda 
• Adultos: 2g em dose única 
• Crianças: 30 mg/kg/dia, VO, não 
ultrapassando o máximo de 2g/dia 
Obs: deve ser evitado no 1º trimestre da 
gravidez e durante a amamentação. 
Evitar álcool, anticoagulantes e dissulfiram. 
Metronidazol: 
• Adulto: 500 mg/kg/dia, 3 vezes/dia, 
durante 5 dias 
• Criança: 35 mg/kg/dia, divididas em 3 
tomadas durante 5 dias 
Formas graves: amebíase intestinal sintomática 
ou extraintestinal 
Tinidazol: forma extraintestinal 
• Adulto: 2g (dose máxima), VO, após 
uma das refeições, durante 2 dias para 
formas intestinais 
• Crianças: a dosagem recomendada é de 
50 mg/kg/dia 
No tratamento do abscesso hepático, além da 
medicação especifica, pode ser necessária 
também a aspiração do abscesso. 
Teclozam: 
• Crianças: >8 anos: 15 mg/kg/dia 
• Adultos: 500 mg (12 em 12h até 1500mg) 
ou >12 anos: 100 mg (8 em 8h) 
Nitazoxanida: 
Não possui efetividade sobre a forma evolutiva 
da entamoeba 
• 500 mg, 12 em 12 horas em 3 dias 
Erradicação dos cistos: 
• Iodoquinol 
• Paramomicina 
• Furoato de Diloxanida 
Os pacientes assintomáticos também devem 
ser tratados com os medicamentos de 
erradicação dos cistos. 
Medidas de controle: 
Surtos devem ser notificados! 
Gerais: 
• Impedir a contaminação fecal da água e 
alimentos por meio de medidas de 
saneamento 
• Educação em saúde 
• Destino adequado das fezes 
• Controle dos indivíduos que manipulam 
alimentos 
Específicos: 
• Lavar as mãos após o uso do sanitário 
• Lavar cuidadosamente os vegetais com 
água potável e deixando-os imersos em 
hipoclorito de sódio a 2,5% durante meia 
hora para eliminar os cistos

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