Buscar

Apontamentos sobre alterações na Pensão por Morte

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Apontamentos sobre alterações na Pensão por Morte: carência, requisitos para companheiro/cônjuge, 
tempo de recebimento, valor, etc. 
 
A Lei 13.135, de 17.6.2015, alterou e revogou diversos dispositivos da Lei 8.213/91, prevendo em seu artigo 6o 
a vigência destas alterações a partir de sua publicação, exceto quanto aos artigos 16, I e III e 77, parágrafo 2o, 
da Lei de Planos de Benefícios. 
 
A regra que inaugurou as modificações previdenciárias (Medida Provisória 664), porém, foi também alterada pela 
Lei 13.135/15, que em seu artigo 5o prevê a revisão dos atos anteriores com base na nova legislação. 
 
Primeiramente, imperioso notar que a Lei 13.135/15 derrubou a carência de 24 contribuições mensais prevista 
pela citada MP, restaurando a redação originária dos artigos 25 e 26 da Lei 8.213/91. 
 
Assim, a pensão por morte dispensa carência (artigo 26, I, da Lei 8213), como previsto anteriormente (antes das 
alterações promovidas pela MP 664). 
 
Apesar de parecer que a Lei 13.135/15 estabeleceu carência ao exigir 18 contribuições do segurado quanto à 
pensão do companheiro ou cônjuge (artigo 77, inciso V, alínea 'c') , a lei criou, na verdade, dois requisitos para 
que o segurado deixe uma pensão de prazo maior para estes beneficiários: 
 
1) recolhimento de 18 contribuições; 
2) pelo menos 2 anos de casamento ou união estável. 
 
Caso o número de contribuições seja menor que 18 ou a união tenha menos tempo que dois anos, a pensão será 
concedida, mas por 4 (quatro) meses (artigo 77, inciso V, alínea 'a'). 
 
Não se trata, assim, de carência, pois haverá concessão da pensão, mesmo que não preenchidos os requisitos 
exigidos para o companheiro ou cônjuge. 
 
Entretanto, a pensão pode ser recebida com prazo maior ou mesmo ser vitalícia. 
 
Para identificar o tempo de recebimento, atualmente é necessário avaliar a idade do beneficiário no dia da morte 
segurado. 
 
Dessa forma, nos termos da nova redação do artigo 77, V, 'c', da Lei 8213/91, podemos dizer que a pensão por 
morte possui as seguintes "faixas de recebimento conforme a idade" (aplicáveis apenas para 
companheiros/cônjuges): 
 
3 anos - se o pensionista é menor de 21 anos 
 
6 anos - pensionista de 21 a 26 anos 
 
10 anos - pensionista de 27 a 29 anos 
 
15 anos - pensionista de 30 a 40 anos 
 
20 anos - pensionista de 41 a 43 anos 
 
Vitalícia - pensionista com 44 anos ou mais 
 
Quanto aos demais beneficiários (pai/mãe, filho, etc.), não são aplicáveis estas faixas e a nova legislação previu 
que elas podem ser alteradas após 3 (tres) anos da publicação da lei (parágrafo 2o-B do artigo 77). 
 
Uma outra novidade é que, a qualquer tempo, o companheiro ou cônjuge perde o direito à pensão por morte se 
comprovada a simulação ou fraude no casamento ou união estável (ou na formalização destes) com a finalidade 
de apenas constituir benefício previdenciário. Tudo isso será apurado em processo judicial (artigo 74, parágrafo 
2). 
 
A nova lei, ainda, trouxe duas regras especiais para o cônjuge ou companheiro insertas no artigo 77, parágrafo 
2o, V, 'a' (se inválido ou com deficiência) parágrafo 2o-A (no caso de óbito decorrente de acidente qualquer 
natureza ou de doença profissional ou do trabalho). 
 
Em derradeiro, ressalte-se que apesar da MP 664 ter pretendido alterar para 50% (cinquenta por cento) o valor 
mensal da pensão por morte, a nova lei também restaurou este valor em 100% (cem por cento) do valor da 
aposentadoria que o segurado recebia ou da que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data no 
falecimento (artigo 75 da Lei 8213/91).

Outros materiais