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LISANDRA TAIS AMORIM - ATIVIDADE AVALIATIVA 2 - PENSÃO POR MORTE

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INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ
ALUNA: LISANDRA TAIS AMORIM
ATIVIDADE AVALIATIVA DE DIREITO DA SEGURIDADE SOCIAL
Josué é segurado empregado do RGPS, possuindo 15 meses de vínculo de emprego com a empresa ALFA, primeiro vínculo previdenciário que possui. É casado com Rosa há 03 anos com quem convive. Após sofrer acidente de carro em 03/07/2019, veio a óbito.
Rosa possuía no dia da morte do seu marido 43 anos e 6 meses de idade, não sendo inválida ou deficiente. Sobre o caso e considerando as regras de pensão por morte, responda de modo fundamentado os itens que se seguem:
a) Rosa terá direito a pensão por morte? Se sim, vitalícia ou temporária por quantos anos?
A pensão por morte é um benefício previdenciário pago pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) aos dependentes de um trabalhador que morreu ou que teve sua morte declarada pela Justiça, como ocorre em casos de desaparecimento. Vale tanto para quem já era aposentado quanto para quem ainda não era.
No final de 2020, foi publicada no Diário Oficial da União a portaria nº 424, alterando a duração do pagamento da pensão por morte. A partir de agora, para se obter o benefício vitalício, ou seja, para toda a vida, os (as) viúvos (as), ou companheiros (as), dos (as) segurados (as) que faleceram devem ter 45 anos de idade ou mais na data da morte. Antes, a idade mínima exigida era 44 anos.
O benefício pode durar quatro meses ou ser variável, vai depender da idade e do tipo de beneficiário.
Para cônjuge, ou companheiro, ou ex-cônjuge divorciado ou separado judicialmente que receba pensão alimentícia, o benefício durará quatro meses, contado a partir da data do óbito, em dois casos:
1. Óbito tenha ocorrido sem que o segurado tivesse completado 18 contribuições;
2. Casamento ou união estável tenha iniciado dois anos antes do falecimento do segurado.
O benefício excederá quatro meses quando:
1. Óbito tenha ocorrido após o segurado ter completado 18 contribuições e o casamento/união estável tiver tido duração de pelo menos dois anos;
2. Óbito tenha decorrido de acidente, independentemente das 18 contribuições ou dois anos de casamento/união estável.
Contudo, se o falecimento decorreu de acidente de qualquer natureza ou de doença ocupacional, o benefício será devido conforme os prazos fixados em razão da idade da pessoa pensionista ou até a cessação da invalidez ou da condição de deficiência, conforme tabela a seguir: 
	Idade do dependente na data do óbito
	Duração máxima do benefício
	Menos de 22 anos
	3 anos
	Entre 22 e 27 anos
	6 anos
	Entre 28 e 30 anos
	10 anos
	Entre 31 e 41 anos
	15 anos
	Entre 42 e 44 anos
	20 anos
	A partir de 45 anos
	Vitalícia
Assim, no caso apresentado, devido a Josué ter falecido de acidente, sua esposa terá direito pelo prazo em decorrência da idade, não necessitando se enquadrar nos requisitos de tempto mínimo de contribuição, nem de tempo mínimo de casamento. Dessa forma, por ter 43 anos e 6 meses, receberá o benefício da pensão por morte por 20 anos. 
b) Pensão por morte possui carência?
A concessão da pensão por morte, a partir da Lei n. 8.213/1991 não depende de número mínimo de contribuições pagas pelo segurado falecido. Basta comprovar a situação de segurado (filiação previdenciária) para ser gerado direito ao benefício.
Para os óbitos anteriores à vigência da Lei n. 8.213/1991, a carência exigida pela legislação vigente era de 12 contribuições mensais.
A MP n. 664/2014 previa, para os óbitos ocorridos a partir de 1.3.2015, a necessidade de cumprimento de um período de carência de 24 meses, salvo nos casos em que o segurado estivesse em gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez.
Essa regra não foi ratificada na transformação em Lei (n. 13.135/2015), a qual fixou a necessidade de 18 contribuições para o cônjuge ou companheiro ter direito à pensão por um prazo maior. Caso contrário, a duração será de apenas 4 meses.
Para a concessão do benefício não se exige carência; nem do falecido, nem do dependente. A regra que prevê número mínimo de contribuições se refere à manutenção (duração) do benefício, e não à sua concessão, e essa regra se aplica apenas a cônjuges ou companheiros.
c) A pensão por morte possui vinculação de prazo com a pensão de alimentos?
	Temos que, de acordo com a redação do §2º do art 76 da Lei 8313, que: O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato que recebia pensão de alimentos concorrerá em igualdade de condições com os dependentes referidos no inciso I do art. 16 desta Lei.
	Nesse sentido, houve equiparação do cônjuge separado de fato, divorciado ou separado judicialmente e dos demais dependentes beneficiários de pensão alimentícia na data do óbito do segurado. Assim, terá direito à pensão por morte, mesmo que o atual companheiro já o tenha solicitado. 
	De acordo com Carlos Alberto Pereira de Castro e João Batista Lazzari (2020, pág. 1200): “Comprovado que o cônjuge divorciado ou separado judicialmente necessita de prestação alimentícia, faz ele jus à pensão previdenciária, em razão de seu caráter assistencial, de manutenção. A dispensa convencionada na separação não pode ser interpretada como renúncia à prestação alimentar, que é irrenunciável (Súmula n. 379 do STF).
	Nessa seara, entende-se que mesmo que o cônjuge separado não esteja recebendo pensão alimentícia ao tempo do falecimento do segurado, ainda pode solicitar a pensão por morte, desde que comprovada a necessidade. 
	Nesse assunto existem alguns julgados a respeito. Segundo o STJ: Desde que comprovada a ulterior necessidade econômica, o cônjuge separado judicialmente, ainda que tenha dispensado a pensão alimentícia, no processo de separação, tem direito à percepção de pensão previdenciária em decorrência do óbito do ex-marido” STJ RESP 177350. Proc. 1998.00.41580-7, SP, 6ª Turma, DJ 15.05.2000, p. 209.107.
	Também temos a Súmula 336 do Superior Tribunal de Justiça: A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica superveniente.
Entende-se assim, que mesmo o cônjuge sobrevivente que contrai novo casamento ou vive em união estável, não perde o direito ao pensionamento recebido em virtude do falecimento de seu ex-marido, exceto se da nova união sobrevier alteração econômica para melhoria da situação financeira. Assim, a pensão por morte não possuirá vinculação de prazo com a pensão alimentícia.
d) Quem mata o segurado pode receber a sua pensão por morte?
Embora o direito previdenciário não adote as regras éticas do direito civil, repulsa ao bom senso e ao próprio senso jurídico que um dependente cometa um crime contra o segurado instituidor da pensão previdenciária e, ao mesmo tempo, receba o benefício da pensão decorrente de sua morte. É invocar a própria torpeza.
A Lei nº 13.846, de 2019 modificou o §7º do art 16 da Lei 8213, que tem a seguinte redação: § 7º Será excluído definitivamente da condição de dependente quem tiver sido condenado criminalmente por sentença com trânsito em julgado, como autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa desse crime, cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os absolutamente incapazes e os inimputáveis. 
Se o dependente for absolutamente incapaz, isso significa que não importam as circunstâncias, o indivíduo definido como "inimputável" não poderá ser penalmente responsabilizado por seus atos na legislação convencional, ficando sujeitos às normas estabelecidas em legislação especial. Se a inimputabilidade for relativa, isso indica que o indivíduo pertencente a certas categorias definidas em lei poderá ou não ser penalmente responsabilizado por seus atos, dependendo da análise individual de cada caso na Justiça, segundo a avaliação da capacidade do acusado, as circunstâncias atenuantes ou agravantes, as peculiaridades do caso e as provas existentes.
Como se trata de crime, se exige a imputabilidade do agente para fins penais. Logo essa regra não se estende ao ato infracional cometido por adolescente, a exemplodo filho menor de 16 anos de idade que mata intencionalmente seu pai.
e) É possível reserva de cota de pensão por morte do filho enquanto corre ação de investigação de paternidade contra o segurado?
O § 3º do artigo 74 da Lei 8.213/91 dispõe que “ajuizada a ação judicial para reconhecimento da condição de dependente, este poderá requerer a sua habilitação provisória ao benefício de pensão por morte, exclusivamente para fins de rateio dos valores com outros dependentes, vedado o pagamento da respectiva cota até o trânsito em julgado da decisão judicial que reconhecer a qualidade de dependente do autor da ação”.
O § 4º do mesmo artigo diz que “julgada improcedente a ação prevista no parágrafo 3º, o valor retido, corrigido pelos índices legais de reajustamento, será pago de forma proporcional aos demais dependentes, de acordo com as suas cotas e o tempo de duração de seus benefícios”.
Diante disso, temos que este artigo criou uma “habilitação provisória” à pensão por morte no Regime Geral de Previdência Social (RGPS), que, paradoxalmente, não acarreta a concessão do benefício a quem o requer. Ao mesmo tempo, importa a suspensão parcial do benefício daquele dependente já habilitado à pensão por morte, isto é, aquele que já vem recebendo anteriormente o benefício por força de decisão administrativa.
Assim, tem direito às parcelas de sua cota-parte da pensão por morte desde a data do óbito do instituidor até a data do requerimento administrativo

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