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Aula 4 de Direito Tributário - UGF

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Direito Tributário e Finanças Públicas
Prof. Leonardo Pessoa
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AULAS
Aula 01: Apresentação da Disciplina. Conteúdo Programático. Forma de avaliação. Bibliografia básica. Introdução ao Direito Tributário
Aula 02: O Estado e o Poder de Tributar
Aula 03: Tributos: conceito, natureza, espécies. Função dos Tributos
Aula 04: Princípios Jurídicos da Tributação
Aula 05: Princípios Constitucionais da Tributação
Aula 06: Obrigação Tributária: conceito e espécies. Natureza Jurídica
Aula 07: Fato Gerador da Obrigação Tributária
Aula 08: Sujeito Ativo e Passivo da Obrigação Tributária. Responsabilidade
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Princípios Jurídicos da Tributação
“O poder de tributar decorre diretamente da Constituição e é inerente a toda pessoa jurídica de direito público. Todavia, no regime federativo adotado pela CF de 1988 gozam de autonomia política e capacidade para legislar não só o poder central mas também as entidades periféricas. Assim, o próprio texto constitucional reparte parcela do poder de tributar entre os entes políticos, atribuindo a cada um deles competência tributária para criar determinados tributos (competência tributária legislativa)” (Luiz Emygdio)
“Competência tributária é a aptidão para criar tributos” (Luciano Amaro)
“Essa atribuição de impostos a cada uma das entidades políticas, de forma privativa, estabelecida na Carta Política, denomina-se discriminação constitucional de rendas tributárias.” (Kiyoshi Harada)
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Princípios Jurídicos da Tributação
Características da Competência Tributária
Indelegabilidade — (art. 7° do CTN)
Irrenunciabilidade — (art. 8º do CTN)
Incaducabilidade — (art. 8°, do CTN)
Capacidade tributária ativa - (art. 7°, § 3°, do CTN)
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Princípios Jurídicos da Tributação
Classificação doutrinária da Competência Tributária
Competência comum — taxas e contribuições de melhoria (arts. 145, II e III da CRFB c/c arts. 77 e 81 do CTN)
Competência cumulativa – A União , nos territórios e o Distrito Federal cumulam a competência para instituir impostos em sua base territorial (art. 147 da CRFB)
Competência privativa — Impostos instituídos pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios (arts. 153, 155 e 156 da CRFB)
Competência especial — contribuições especiais e empréstimo compulsório da União. (arts. 148 e 149 da CRFB)
Competência residual — União pode instituir novos impostos (art. 154, I, da CRFB) e novas contribuições sociais (art. 195, § 4°, da CRFB)
Competência extraordinária — Na iminência ou no caso de guerra, a União poderá instituir o Imposto Extraordinário de Guerra (art. 154,II da CRFB c/c 76 do CTN)
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Princípios Jurídicos da Tributação
BITRIBUTAÇÃO E BIS IN IDEM X INVASÃO DE COMPETÊNCIA
Bitributação: ocorre quanto duas entidades federadas, ambas com competência constitucional para o exercício do poder impositivo, decretam , contemporaneamente, imposto idêntico ao mesmo contribuinte, com fundamento no mesmo fato gerador. Assim, a bitributação exige identidade de impostos concorrentes, que não mais existem no nosso sistema tributário desde a EC 18/65. Entretanto, o art. 145, § 2º da CF, ao vedar que as taxas tenham base de cálculo própria de impostos, está vedando a bitributação.
Bis in Idem: é a exigência por uma única entidade tributante, do mesmo contribuinte, de dois ou mais tributos, com base no mesmo fato gerador e através de normas jurídicas distintas. Exemplificando: O Município cobra IPTU e uma taxa sobre o valor do mesmo imóvel, que seria inconstitucional porque feriria a norma do artigo 145, § 2º da CF, considerando que a base de cálculo do IPTU é o valor venal do imóvel (CTN, art. 33). Assim, o artigo 154, I, da CF visa a evitar não só a bitributação, como também o bis in idem.
Invasão de Competência: o desrespeito ao princípio da exclusividade da competência tributária acarreta a inconstitucionalidade do ato praticado pela entidade infratora por invasão da esfera de competência exclusiva do ente beneficiado pela Constituição.
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JURISPRUDÊNCIA
“CONTRIBUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA. MUNICÍPIO DE DUQUE DE CAXIAS. LEI MUNICIPAL 1.715/03. A CIP INSTITUÍDA INCIDE SOBRE O MESMO FATO GERADOR DO ICMS, QUE É O CONSUMO DE ENERGIA, JÁ TRIBUTADO PELO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. BITRIBUTAÇÃO. INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE SUSCITADO, SUBMETENDO-SE A QUESTÃO PREJUDICIAL AO E. ÓRGÃO ESPECIAL.” (0025652-78.2005.8.19.0021 (2007.001.63937)- APELACAO - 1ª Ementa. DES. ANDRE ANDRADE - Julgamento: 26/03/2008 - SETIMA CAMARA CIVEL) 
“APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO - ITCMD. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NÃO INCIDÊNCIA DE IMPOSTO CUMULADA COM PEDIDO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO. ESCRITURA DE DOAÇÃO NÃO RESGITRADA NO CARTÓRIO IMOBILIÁRIO. TRANSMISSÃO DO BEM NÃO APERFEIÇOADA. TRIBUTO, TODAVIA, RECOLHIDO. IMÓVEL QUE FOI OBJETO DE SOBREPARTILHA POSTERIORMENTE. NOVO RECOLHIMENTO DO TRIBUTO. OCORRÊNCIA DE BIS IN IDEM. RESTITUIÇÃO DEVIDA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS ARBITRADOS COM FUNDAMENTO NO § 3º, DO ART. 20, DO CPC. SUCUMBÊNCIA DO ENTE PÚBLICO. REGRA APLICÁVEL DO § 4º, DO REFERIDO ARTIGO. PEDIDO DE FIXAÇÃO EM VALOR. CABIMENTO. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO” (TJPR. Apelação n. 0601394-3. 12/01/2010 )
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EXERCÍCIO
A competência residual tributária é exercida:(Auditor de Contas Públicas – TCE – PB/2006)
 pela União e Estados, que podem instituir impostos e taxas, que não sejam cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição Federal.
 pelos Municípios, que podem criar tributos de seu peculiar interesse, observando os princípios constitucionais da anterioridade e da irretroatividade.
 pelos Estados, que podem instituir contribuições que não tenham fato gerador e base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição Federal.
 pela União, que, através de lei complementar, pode instituir impostos que não sejam cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição Federal.
 pelos Estados e Distrito Federal, que podem instituir impostos e contribuições sociais, que não sejam cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição Federal. 
ART. 154,I CF
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EXERCÍCIO
A Constituição Federal atribui à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios competências tributárias privativas, vedando que um ente político invada a competência do outro, exceto, em relação: (Agente Fiscal de Rendas – SP/2006)
 à União que, no exercício de sua competência residual, poderá invadir as competências tributárias dos entes políticos, para instituir impostos cumulativos, com fato gerador e base de cálculo já relacionados na Constituição Federal.
 para instituir impostos cumulativos, com fato gerador e base de cálculo já relacionados na Constituição Federal.
 à União que, na iminência ou no caso de guerra externa, poderá instituir impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária.
 à União, que pode instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
 aos Estados-membros, que podem conceder parcelamento, isenções e anistia de tributos municipais.
ART. 154,II CF
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EXERCÍCIO
Considerados os temas competência tributária e capacidade tributária ativa, marque com V a assertiva verdadeira e com F a falsa, assinalando ao final a opção correspondente: (Procurador da Fazenda Nacional/2004)
( ) A competência tributária é delegável.
( ) A capacidade tributária ativa é indelegável.
( ) A União é quem detém a competência tributária no que toca às contribuições sociais para o financiamento da Seguridade Social.
( ) Lei complementar pode delegar a qualquer pessoa jurídica de direito público a competência tributária.
 V,F,V,V.
 F,V,F,V.
 F,F,V,F.
 V,V,V,F.
 F,V,F,F.
ART. 7º CTN e ART. 149 CF
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