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OS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES E A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO APLICADOS NA GESTÃO LOGÍSTICA: uma abordagem bibliográfica. Danilo G. da Silva ¹ Luciano Alves ² RESUMO: Atualmente com ajuda da informação e da tecnologia, muitas empresas revolucionaram seus processos de decisões e planejamento. Ao longo dos anos as organizações descobriram que a TI poderia proporcionar ótimas melhorias para os controles internos, movimentação de produtos e insumos, qualidades na fabricação e que tais informações poderiam ser vistas a longas distancia. Este artigo visa apresentar uma reflexão, através de uma pesquisa bibliográfica, sobre os sistemas de informações e a tecnologia da informação, analisando suas funcionalidades e aplicações dentro da cadeia logística de um modo geral. Palavras - chaves: Gestão, Logística, Sistemas de informações, Tecnologia da informação. ABSTRACT: Currently with the help of information and technology, many companies have revolutionized their decision making and planning. Over the years, organizations have found that IT could bring great improvements to internal controls, handling of products and supplies, quality manufacturing and that such information could be seen over long distances. This article presents a reflection through a literature review on information systems and information technology to analyze their features and applications within the logistics chain in general. Key-words: Management, Logistics, Information systems, Information technology. ¹ Graduando Tecnologia em Gestão Logística pela Faculdade Integrado Inesul - Londrina - PR email:gomesdelondrina@bol.com.br ² Graduando Tecnologia em Gestão Logística pela Faculdade Integrado Inesul - Londrina - PR email:lucianoalves175@hotmail.com 2 INTRODUÇÃO O rápido crescimento do mercado nacional e internacional gerou enorme demanda, entre clientes e fornecedores na cadeia de suprimentos. Devido a está situação de satisfazer as demandas para ambas às partes; a logística tornou-se eficiente e efetiva na geração de valor para as empresas. Para a maioria, a definição mais comum utilizada na logística é "obter os produtos certos, no lugar certo, no momento certo, ao menor custo possível”. Atualmente as empresas buscam cada vez mais aumentar sua competitividade no mercado, seja pela redução de custos, pelas melhorias dos produtos, tentando diferenciar-se cada vez mais da concorrência; trazendo um impacto positivo sobre todo o planejamento e execução do controle logístico. Com a evolução e aprimoramento dos sistemas de informações e da tecnologia de informação nesses últimos anos, possibilitaram melhorias em todo gerenciamento logístico, beneficiando cada vez mais as organizações. O fato pelos quais, as empresas se destacam pela excelência em logística é adoção continuamente de novas tecnologias e de informações cada vez mais precisas. Sabe - se que as organizações cada vez mais vêm obtendo melhores resultados, agilidade na tomada de decisão, conseguindo realizar o planejamento estratégico e tático, tornado-as mais competitivas. A sobrevivência das empresas atualmente depende de todas estas questões e os sistemas de informações juntamente com a tecnologia da informação, contribuem em muito na gestão logística. Este artigo, trás uma reflexão bibliográfica, demonstrando como os sistemas de informações e a tecnologia da informação; tem grande influência na gestão logística, como também é de suma importância para os movimentos interno de toda a cadeia de suprimentos. 3 1 LOGÍSTICA: SURGIMENTO E CONCEITO Para Novaes (2007), a palavra logística vem do Francês "logistique", que deriva de "loger" (colocar, alojar, habitar). Este termo originalmente significava o transporte, abastecimento e alojamento de tropas. Está relacionada com a palavra "lodge" (que é uma palavra mais antiga em inglês, mas tem a mesma origem latina. Por se tratar de um serviço de apoio, sem o glamour da estratégia bélica e sem o prestigio das batalhas ganhas, os grupos logísticos militares trabalhavam em silencio, na retaguarda. Segundo Paoleschi (2008) após o termino da segunda guerra mundial, no ano de 1945, o mundo necessitava de todos os tipos de produtos possíveis para reiniciar seu crescimento. As indústrias produziam a todo vapor e o método de produção era o trimestral. O autor relata que, compravam-se os insumos, por períodos de três meses e os lotes de produção seguiam a mesma periodicidade; esse sistema durou 14 anos. Em 1959, as empresas Bosch, GE e Westinghouse Electric Company, criaram o sistema de planejamento de materiais, iniciando o ciclo do planejamento, pois o mundo já não absorvia tudo que se oferecia na velocidade da oferta e no volume trimestral. O Council of Supply Chain Management Professionals define a logística como a parte do gerenciamento da cadeia de abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias- primas, materiais semiacabados e produtos acabados, bem como as informações a elas relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS, 2009). Para ching (2008), a partir da década de 70, a logística empresarial passou para o estado de semimaturidade, já que os princípios básicos amplamente definidos estavam proporcionando benefícios às empresas. As funções da logística passaram a ser áreas de interesse à medida que as empresas também começaram a enfrentar o fluxo de mercadorias importadas, todas as atividades envolvidas na movimentação de bens para o lugar certo no momento certo podem ser descritas dentro dos termos gerais, "logística" ou "distribuição". Paralelamente, este interesse sobre o assunto “logística não cessara no futuro, pois haverá cada vez mais uma procura maior pelos executivos, com o intuito 4 de reduzir custos e aumentar a produtividade e este modo de supervisar ou gerenciar esta atividade esta sendo reconhecida como "gestão logística". 2 LOGÍSTICA E SUA IMPORTÂNCIA NAS EMPRESAS Conforme Ballou (2007), a logística empresarial associa estudo e administração dos fluxos de bens e serviços e da informação associada que os põe em movimento; ou seja, sua missão é colocar as mercadorias ou os serviços no lugar e no instante corretos e na condição desejada, ao menor custo possível. O gerenciamento logístico, do ponto de vista sistêmico, conforme Christopher (2007) é o meio pelo qual as necessidades dos clientes são satisfeitas mediante a coordenação dos fluxos de materiais e de informações que se estendem do mercado, passando pela empresa e suas operações, até os fornecedores. O gerenciamento logístico engloba, portanto, os conceitos de fluxo de compras de matérias – primas, operações de produções e transformação, controle de materiais e processos, bem como produtos acabados, compreendendo também todo o gerenciamento de transporte e distribuição de produtos destinados a vendas, desde depósitos intermediários, até a chegada dos produtos aos consumidores finais. (CHING, 2008). “A logística, portanto, deve ser vista como o vinculo entre o mercado e a base de suprimentos”. (CHRISTOPHER, p. 14, 2007). No entanto para Ching (2008), a logística, estuda como prover um nível maior de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e aos consumidores, por meiodo planejamento, organização e controles efetivos para atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos. Isso ira demandar ótima administração para que as empresas se tornem cada vez mais competitivas, tenham sistemas logísticos mais eficientes e eficazes, proporcionando melhor padrão de vida para todos e tornando-se, dessa forma, vital para economia e para a empresa como uma entidade individual. Portanto a logística se torna um composto numero de organizações e indivíduos que se encarregam de levar os produtos ou serviços ao local onde o comprador potencial se encontra em tempo e momento convincentes e ao menor custo possível a esses compradores em condições de transferir a posse. Bowersox e Closs (2007), dizem que, a logística existe para satisfazer ás necessidades do cliente, facilitando as operações relevantes de produção e 5 marketing. O desafio é equilibrar as expectativas de serviços e os gastos de modo a alcançar os objetivos dos negócios. Entende-se que a logística é um assunto vital para competitividade das empresas nos dias atuais, podendo ser um fator determinante do sucesso ou fracasso das empresas. (CHING, 2008). “Todas as empresas devem executar atividades logísticas para atingir seus objetivos empresariais básicos. O nível de importância dado a logística, em sentido estratégico, depende da ênfase dada ao uso proativo dessa competência, para a obtenção de vantagem competitiva.” (BOWERSOX E CLOSS, p. 23, 2007). Para Ching (2008), em virtude de nosso ambiente estar em processo acelerado de constantes mudanças, em razão dos avanços da tecnologia, alterações na economia e em outros fatores, a empresa tem que se adaptar a todo o instante às novas realidades, colocando à prova seu desempenho e procurando sempre superar uma nova ordem das coisas. Com isso a logística está gerando um ambiente competitivo e só sobreviverá quem seguir as regras dos outros. 3 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO: CONCEITOS Um sistema é um conjunto de elementos ou componentes que interagem para atingir objetivos. Os sistemas têm entradas, mecanismos de processamento, saída e feedback – uma saída usada para fazer ajustes na atuação do sistema. Num sistema de informação, a entrada corresponde a dados capturados, e a saída envolve a produção de informações úteis, muitas vezes na forma de relatórios. (BEAL, 2007). Para Bowersox e Closs (2007), os sistemas de informações devem ser capazes de fornecer dados adaptados ás necessidades especificas dos clientes. Tais informações logísticas devem incorporar princípios para atender ás necessidades de informação e apoiar adequadamente o planejamento e as operações da empresa. Os elos de comunicação ligam o fluxo de informações entre subsistemas, arquivos, atividades de entrada e relatórios. Beal (2007) defende que os sistemas de informação têm sido desenvolvidos para aperfeiçoar o fluxo de informações relevante dentro das organizações, desencadeando um processo de conhecimento, tomada de decisão e intervenção na realidade. 6 “O sistema logístico, mesmo o mais primitivo, agrega então um valor de lugar ao produto.” (NOVAES, p.32, 2007). 4 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO: CONCEITOS Para Beal (2007), a tecnologia da informação (TI) serve para referenciar a solução ou conjunto de soluções sistematizadas baseadas no uso de métodos, recursos de informática, de comunicação e de multimídia que visam resolver problemas relativos à geração, armazenamento, veiculação, processamento e reprodução de dados e a subsidiar processos que convertem dados em informação. Pesquisadores que fazem manualmente analises estáticas (processamento) e produzem relatórios (saída) baseados em dados coletados (entradas) em suas pesquisas compõem um sistema de informação manual. Sistemas que fazem uso da tecnologia de informação (hardware, software, recursos de telecomunicações), para tratar dados e informações correspondem a sistemas de informações baseados em TI (também chamados de sistemas baseados em computador). Normalmente, quando o volume de informações a serem tratadas ou a complexidade do processamento começa a crescer muito, os sistemas de informação manuais acabam sendo informatizados. Segundo Bowersox e Closs (2007) a tecnologia de informação esta evoluindo em ritmo extraordinário, em velocidade e capacidade de armazenamento, gerando simultaneamente reduções significantes de custo e espaço físico. A mesma tanto pode ser direcionada a partir da estratégia de negocio quanto ser o ponto de partida para a formulação de uma estratégia corporativa, quando a percepção de uma oportunidade de uso estratégico da TI para alavancar negócios permite que a organização desenvolva uma estratégia corporativa baseada na tecnologia. “Organizações que tem diferentes sistemas internos de informação, podem agora acessar dados dos clientes a respeito de vendas ou uso do produto e podem utilizar essa informação para gerenciar o reabastecimento e alterar seus fornecedores sobre futuras necessidades. (CHRISTOPHER, p.182- 183, 2007)” Nesse novo cenário, a TI começou a assumir um papel muito mais importante nas organizações: o de adicionar valor e qualidade aos processos, produtos e serviços. (BEAL, 2007). 7 5 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO APLICADOS NA GESTÃO LOGÍSTICA Para Bowersox e Closs (2007) os sistemas de informações logísticas combinam equipamentos e software, para gerenciar, controlar e medir as atividades logísticas. O hardware inclui computadores, dispositivos periféricos de entrada e saída e meios de armazenagem de dados. O software inclui sistemas e programas aplicativos usados para o processamento de transações, controle gerencial, analise de decisão e planejamento. “Nenhuma função logística dentro de uma firma poderia operar eficientemente sem as necessárias informações de custo e desempenho. Tais informações são essenciais para correto planejamento e controle logístico”. (BALLOU, p.27, 2007). Conforme Nazário (2008), todo o fluxo de informações é um elemento de grande importância nas operações logísticas. Pedidos de clientes e de ressuprimento, necessidades de estoque, movimentações nos armazéns, documentação de transporte e faturas são algumas das formas mais comuns de informações logísticas. A transferência e o gerenciamento eletrônico de informações proporcionam uma oportunidade de reduzir os custos logísticos mediante sua melhor coordenação. Além disso, permite o aperfeiçoamento do serviço baseando-se principalmente na melhoria da oferta de informações aos clientes. Tradicionalmente a logística concentrou-se no fluxo eficiente de bens ao longo do canal de distribuição. O fluxo de informações muitas vezes foi deixado de lado, pois não era visto como algo importante para os clientes; a velocidade de troca/transferência de informações limitava-se a velocidade do papel. Segundo, Bowersox e Closs (2007), para facilitar o recebimento de pedidos, é possível manter comunicações exclusivas em tempo real entre a empresa cliente e a operação logística do fornecedor. Com essa prontidão logística, um produto ou componente pode ser entregue até em questão de minutos após a colocação do pedido por parte do cliente. Nazário (2008), diz que, os componentes de execução do sistema iniciam, monitoram e definem as atividades necessárias para satisfazer os pedidos de clientes e de ressuprimento. A comunicação entre a logística visa, como uma missão, àsatisfação do cliente, ela deve ser conduzida sem medir esforços dentro do sistema logístico. Essa 8 integração torna mais fácil para as empresas encontrarem soluções eficazes e menores custos em seu trabalho logístico, principalmente com o uso da tecnologia de informação disponível atualmente. (CHING, 2008). As operações conforme Bowersox e Closs (2007) incluem as atividades de transações necessárias para gerenciar e processar pedidos, operar instalações de distribuição, programar transporte e coordenar recursos relativos ao suprimento. Esse processo ocorre tanto nos pedidos de clientes quanto nos pedidos de ressuprimento. Esses componentes definem as atividades centrais que orientam a vinculação de recursos e desempenho da empresa, desde o suprimento até a entrega de produtos. Os executivos de logística vêem a tecnologia de informação como uma fonte importante de melhoria de produtividade e competitividade. Os autores destacam que a tecnologia atual é capaz de atender aos mais exigentes requisitos de informação. Se desejado, a informação pode ser obtida em tempo real. Os executivos estão aprendendo a utilizar essa tecnologia de informação para elaborar soluções logísticas únicas e inovadoras. A disponibilidade: Primeiramente, as informações logísticas devem estar disponíveis em tempo hábil e com consistência. A rápida disponibilidade é necessária para dar resposta aos clientes e aperfeiçoar as decisões gerenciais. Tais recursos são essenciais, pois os clientes freqüentemente precisam de rápido acesso a informações sobre os status dos pedidos e do estoque. Precisão: em segundo lugar, as informações logísticas devem refletir com precisão o status atualizado e incorporar atividades periódicas de avaliação, em casos como pedidos de clientes e níveis de estoques. Atualizações em tempo hábil: Em terceiro lugar, as informações logísticas devem ser atualizadas em tempo hábil, a fim de proporcionar feedback rápido de informações aos níveis gerenciais.Tempo de atualização é a diferença entre o momento em que uma atividade ocorre e o momento em que ela se torna visível no sistema de informações. Evidentemente, as atualizações imediatas ou em tempo real são mais oportunas, mas também exigem maiores esforços de manutenção da base de dados. O tempo de resposta depende do status mostrado pelo sistema, assim como 9 níveis de estoque dependem de controles gerenciais, como relatórios diários ou semanais de desempenho. Para o autor, em resumo, as atualizações em tempo hábil diminuem a incerteza e identificam problemas, reduzindo conseqüentemente as necessidades de estoque e aumentando a correção das decisões. Formato Adequado: Finalmente, as telas e os relatórios logísticos devem ser adequadamente formatados, o que significa que informações corretas devem ser apresentadas com as melhores estruturas e ordenação. Informações precisas e em tempo hábil são, atualmente, cruciais para a eficácia do projeto de sistemas logísticos por três razoes básicas. Em primeiro lugar, os clientes consideram que informações sobre status de pedido, disponibilidade de produto, programação de entrega e faturamento são fatores essenciais do serviço ao cliente. Especialmente, o planejamento de necessidades que utiliza informações mais recentes pode proporcionar reduções de estoque á medida que minimiza as incertezas da demanda. O fluxo de informações identifica locais específicos dentro de um sistema logístico em que é preciso atender a algum tipo de necessidade. As informações abrangem as três áreas operacionais. Bowersox e Closs (2007) continuam destacando que o principal objetivo na especificação de necessidades é planejar e executar operações logísticas integradas. Em cada área da logística, existem necessidades diferentes de movimentação segundo o porte dos pedidos, a disponibilidade de estoque e a urgência de atendimento. O objetivo de compartilhamento de informação é resolver essas diferenças; é importante enfatizar que as necessidades de informações seguem caminhos paralelos ao trabalho real executado na distribuição física, no apoio a produção e no suprimento. Segundo Nazário (2008), os sistemas de informações logísticas funcionam como elos que ligam as atividades logísticas em um processo integrado, combinando hardware e software para medir, controlar e gerenciar as operações logísticas. Essas operações tanto ocorrem dentro de uma empresa especifica, como ao longo de toda cadeia de suprimentos. 10 Para Ching (2008), embora essas áreas executem o trabalho real da logística, a informação facilita a coordenação do planejamento e o controle das operações de rotina. Sem informação precisa, o esforço despendido pelo sistema logístico pode ser em vão. Os sistemas especialistas voltados para a logística são utilizados em situações em que o conhecimento especializado tem a possibilidade de aumentar o retorno sobre os ativos da empresa. A vantagem do fluxo rápido de informação esta diretamente direcionada com o equilíbrio dos procedimentos do trabalho. Um dos principais motivos pelos quais os executivos utilizam informação para a obtenção de um controle efetivo das operações logísticas é seu desejo de substituir a imprecisão das projeções por uma resposta mais rápida as necessidades dos clientes. (BOWERSOX E CLOSS, 2007). “Hoje em dia, muitas empresas de ponta no exterior estão introduzindo um elemento adicional as suas atividades logísticas: o valor da informação”. (NOVAES, p.34 2007). Para Bowersox e Closs (2007), as capacitações logísticas de uma empresa são avaliadas pela sua competência no gerenciamento de pedidos. Quanto mais eficiente for o projeto do sistema logístico de uma empresa, mais precisas deverão ser as informações. Sistemas logísticos bem elaborados, baseados no tempo, não têm excesso de estoque para compensar erros operacionais, pois os estoques de segurança são mantidos em um nível mínimo. Segundo Nazário (2008), com tal pratica algumas redes varejistas começam a disponibilizar informações do ponto de venda para seus fornecedores, de modo que estes sejam responsáveis pelo ressuprimento automático dos produtos. Isso reduz consideravelmente o custo com estoque dos varejistas e possibilita aos fabricantes ter melhor previsibilidade da demanda, propiciando uma utilização de recursos mais racionalizada. “Surgem fortes evidencias de que empresas da mesma cadeia de suprimentos cada vez mais irão integrar-se aos meios de sistemas de informação, reduzindo incertezas, duplicações de esforços e, conseqüentemente, o custo com a operação. (NAZARIO, p.296, 2008)” 11 O fluxo de informações torna um sistema logístico dinâmico. Assim a disponibilidade de informação de boa qualidade, em tempo hábil, é fator-chave para as operações logísticas. Os sistemas de informações logísticas são a interligação das atividades logísticas para criar um processo integrado. A combinação de processos estruturados e grande volume de transações impõem enorme ênfase na eficiência do sistema de informações. (BOWERSOX E CLOSS, 2007). Christopher (2007) defende que há muito, as organizações de ponta perceberam que a chave do sucesso em gerenciamento da cadeia de suprimento esta no sistema de informação. 6 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO APLICADA NA GESTÃO LOGÍSTICA Segundo Bowersox E Closs (2007), os Microscomputadores estão influenciando o gerenciamento logístico de três formas. Em primeiro lugar, o custo reduzido e a alta portabilidade proporcionam informações precisas e em tempo hábil ao responsável pelo processo decisório, esteja ele no escritório, no deposito ou no campo. No passado, as pessoas tinham que tomar decisões utilizando informações colhidas há varias horas ou há vários dias atrás. Atualmente, a decisão, seja ela estratégica (por exemplo, sobre os mercados que a empresa deve servir) ou operacional (por exemplo, sobre o produto seguinte a ser relacionado no deposito), pode ser tomada com informações mais recentes. Há inúmeros exemplos logísticos em que informações precisas aumentam o valor agregado pelos membros da cadeia de distribuição, tais como operadores de deposito e transportadora. À medida que a tecnologia de informação prossegue sua trajetória de continua evolução, vão surgindo varias inovações que influenciam as operações logísticas. “As ultimas seções salientam e descrevem tecnologias e suas aplicações, cujas implicações são cruciais para a logística incluem EDI, computadores pessoais, inteligência artificial / sistemas especialistas, comunicação sem fio, código de barras e leitura óptica. (BOWERSOX E CLOSS, p.176-196, 2007)”. Novaes (2007) destaca que, para se conseguir essa façanha de melhorar o nível de serviços e ao mesmo tempo reduzir custos, as empresas lançaram mão, em larga escala, da tecnologia da informação (TI, em inglês). 12 A tecnologia de informação também aumenta significativamente o desempenho logístico em decorrência dos meios de comunicação amplamente disseminados e mais rápidos. A comunicação em tempo real oferece mais flexibilidade e agilidade e, freqüentemente, implica melhorias de serviço com utilização de menos recursos. (BOWERSOX E CLOSS, 2007). Para Beal (2007), com o passar do tempo, organizações de outras áreas passaram a constatar que também precisavam do apoio das tecnologias da informação para produzir e disseminar informações capazes de torná-las mais eficientes e eficazes. “É importante observar que a definição das condições operacionais para um sistema de distribuição física é um processo relativamente complexo, que transcende a mera aplicação de métodos de roteirizarão ou de software especializados”. (NOVAES, p. 324, 2007). Novaes (2007) lembra que hoje se dispõe, no momento um numero razoável de software de roteirizarão, que ajudam as empresas a planejar e programar os serviços de distribuição física. O GPS, combinado com uma base geográfica de dados (GIS) e comunicação por satélite, permite ao despachante localizador o veiculo, na rede viária, a qualquer instante. A internet vem também sendo usada cada vez mais em associação com a roteirizarão de veículos. Por exemplo, permite aos usuários visualizarem informações sobre seus pedidos. Permite também que os clientes submetam seus pedidos eletronicamente. Outra tendência continua o autor, é integrar o planejamento e a execução das atividades de transportes dos clientes com as do operador, de modo a diminuir a ociosidade, reduzir custos e aumentar o nível de serviço. Por isso, a tendência atual dos softwares de roteirizarão é de executarem a programação e o monitoramento na modalidade real time. “A internet, sob muitos aspectos, transformou os meios pelos quais os integrantes da cadeia de suprimento podem conectar – se uns aos outros”. (CHRISTOPHER, p.182-183, 2007). Toda essa evolução tecnológica para Nazário (2008) proporcionou vantagens para as operações logísticas, que passaram a serem mais rápidas, confiáveis, de menor custo e mais eficientes. 13 Outra importante contribuição desse ambiente informatizado foi também a maior disponibilidade de informações sobre os processos e a possibilidade de analisar tais informações utilizando ferramentas quantitativas mais sofisticadas que ate há pouco tempo eram privilegio de algumas poucas organizações de grande porte. Segundo Novaes (2007), a informação sempre foi fundamental para eficiência do gerenciamento logístico, mas, agora, graças à tecnologia, ela proporciona o impulso necessário para uma estratégia logística competitiva. Sendo assim a logística envolve também elementos humanos, materiais (prédios, veículos, equipamentos, computadores), tecnológicos e de informação. “O realinhamento periódico dos objetivos estratégicos de informação e de TI às novas realidades dos ambientes externos e interno é essencial para o sucesso dos planos.” (BEAL, p.96, 2007). CONCLUSÃO Com essa reflexão conclui-se que, o sistema de informações em conjunto com a tecnologia da informação permitiu um desempenho melhor nas atividades logísticas, como também acrescentou mais agilidade na tomada de decisão; em reabastecer as empresas na quantidade e no momento certo. O conjunto de informações e tecnologia trouxe avanços significativos para, aplicativos que auxiliam a gerência na identificação, avaliação e comparação de alternativas operacionais logísticas. Entende - se que as informações corretas e bem alimentadas são cruciais para a excelência em toda cadeia logística, pois informações incorretas podem causar atrasos no processamento de pedidos, controle de estoque e insumos, prejudicando drasticamente o desempenho da logística nas empresas. O sistema de informação baseados em tecnologia da informação, permitiu que as empresas obtivessem mais agilidade e um total controle sobre as informações em tempo real; redução de custos, além de facilitar a coordenação do planejamento, tornando as mesmas mais eficientes e eficazes. Toda essa integração criou se um ambiente favorável para inovações na área logística; ou seja, uma estratégia para manter suas operações e seus negócios mais competitivos no mercado cada vez mais global. 14 REFERÊNCIAS BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. 1ed. - São Paulo: Atlas, 2007. BEAL, Adriana. Gestão Estratégica da Informação: Como transformar a informação em tecnologia da informação em fatores de crescimento e de alto desempenho nas organizações.– São Paulo: Atlas, 2007. BOWERSOX, Donald J. CLOSS, D J. Logística Empresarial: O Processo de Integração da Cadeia de Suprimento. São Paulo: Atlas, 2001. CHRISTOPHER, Martin. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. Criando redes que agregam valor. São Paulo. Thompson Learning, 2007. CHING, Hong Yuh. Gestão de estoques na cadeia Logística Integrada – Supply chain. 3-ed. - São Paulo: Atlas, 2008. NAZÁRIO, Paulo. Tecnologia de informação aplicada à logística. In: Fleury; Wanke; Figueiredo. Logística empresarial: A perspectiva Brasileira. 1 ed. São Paulo: Atlas, 2008. NOVAES, Antônio G. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição: Estratégia, Operação e Avaliação. Rio de Janeiro: Elsevier 2007. PAOLESCHI, Bruno. Logística Industrial Integrada – Do planejamento, Produção, Custo e Qualidade à Satisfação do Cliente. 1. ed. São Paulo: Érica,2008. UEG – Universidade Estadual de Goiás, disponível em Http://www.jatai.ueg.br/oqueelogistica.html. Acesso dia 18/11/2009, às 11h31min.
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