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1 
 
 
SISTEMA DE INFORMAÇÕES NA LOGÍSTICA 
INTERNACIONAL E SUPLLY CHAIN 
1 
 
 
Sumário 
INTRODUÇÃO ......................................................................................... 2 
A integração entre tecnologia de informação e logística.......................... 3 
Sistemas de TI em Logística ................................................................ 4 
Impacto da TI nas variáveis estratégicas organizacionais ................... 6 
A Logística e os Sistemas de Informação ................................................ 8 
Warehouse Management System (WMS) .......................................... 12 
Transportation Management Systems (TMS) ..................................... 12 
Códigos de barras .............................................................................. 13 
Radio-Frequency Identification (RFID) ............................................... 14 
Electronic Data Interchange (EDI) ...................................................... 14 
Vendor Managed Inventory (VMI) ...................................................... 15 
Enterprise Resource Planning (ERP) ................................................. 16 
Tecnologias de informação aplicadas à logística internacional ............. 16 
A atividade de agenciamento de cargas (freight forwarding) ................. 17 
Tecnologias de informação aplicadas à logística ................................... 19 
Tecnologias de informação utilizadas pelos freight forwarders .............. 21 
Warehouses Management System (WMS) ........................................ 24 
Enterprise Resource Planning (Sistemas Integrados de Gestão) ...... 25 
Empresas Fornecedoras .................................................................... 25 
Sistemas de gestão empresarial ............................................................ 26 
Softwares de apoio à decisão ................................................................ 28 
Softwares voltados para a integração da cadeia de suprimentos .......... 30 
Tendências ............................................................................................ 31 
Considerações Finais ............................................................................ 32 
Referências ............................................................................................ 33 
 
2 
 
 
INTRODUÇÃO 
Nas últimas décadas, o ambiente empresarial foi marcado por mudanças 
relevantes. A globalização tem obrigado as organizações a se preocupar, além 
dos seus custos, com aspectos como clientes, diferenciação de produtos, 
Tecnologia da Informação (TI), inovação e cadeia de suprimentos. Nesse 
sentido, as empresas procuram melhorar o nível de serviço e reduzir custos na 
tentativa de se diferenciar e aumentar a percepção de valor dos seus clientes. 
Para tanto, utilizam, em larga escala, a TI. 
Haley e Krishnam (1995) identificam a Logística como a área empresarial 
que mais se beneficiou da automatização e da redução dos custos permitida pela 
TI. A TI é um recurso imprescindível para o sucesso de iniciativas de logística e 
Supply Chain Management (SCM). Assim, o uso da TI na SCM é um tema de 
destaque, que tem chamado atenção no mundo corporativo (WU et al., 2006). 
É crescente o número de empresas que investem em TI visando aumentar 
a agilidade e eficiência de suas cadeias de suprimentos. Aproximadamente 5,5 
bilhões de dólares foram gastos em TI para SCM em 2003 (SEROPPIAN, 2004), 
sendo que a tendência é que estes investimentos aumentem ainda mais. Cook 
et al. (2002) relatam que, nos Estados Unidos, os investimentos em TI para SCM 
crescem a taxas anuais de 20%. Entretanto, esta não é uma tendência restrita a 
países desenvolvidos. Os investimentos em TI para logística na América Latina 
devem aumentar 12,8% em 2007 (Barbosa, 2007). Apesar do papel relevante da 
TI na SCM, apenas investir em TI não é suficiente para garantir um maior 
desempenho das cadeias. Também são necessárias medidas de gestão que 
visem à integração da logística. 
São diversas as TI disponíveis para a aplicação na logística. Contudo, 
percebe-se a existência de gaps substanciais de experiência e conhecimento 
entre os profissionais de TI e os responsáveis pelos processos logísticos. Muitas 
vezes, os profissionais de logística não têm conhecimento sobre o melhor 
sistema a adotar segundo as características de sua cadeia (GUNASEKARAN; 
NGAI, 2003). Se não forem eliminados, estes gaps impedirão a materialização 
das promessas trazidas pela combinação do conceito de SCM e TI. Assim, esta 
pesquisa procura listar as principais tecnologias de informação aplicadas na 
SCM, além de identificar as mais empregadas no setor de gases industriais. 
3 
 
 
Apesar da literatura apresentar diversos trabalhos sobre a adoção da TI 
na cadeia de suprimentos, ainda há poucos estudos empíricos sobre o impacto 
do uso da TI na SCM em relação às variáveis estratégicas organizacionais 
(GUNASEKARAN; NGAI, 2003). Byrd e Davidson (2003) salientam a falta de 
modelos que mensurem os impactos da TI na gestão das cadeias. Explorando 
esta oportunidade de pesquisa, Feldens (2005) desenvolveu um instrumento 
que, por meio da percepção dos executivos, avalia o impacto da TI na SCM. 
Utilizando o instrumento de Feldens (2005), esta pesquisa se propõe a analisar 
os impactos da TI na gestão da cadeia do setor de gases industriais por meio de 
seis variáveis estratégicas: Integração, Custos de Armazenagem, Custos de 
Movimentação, Velocidade e Competitividade e Coordenação 
Interorganizacional. 
Inicialmente, analisa-se a integração entre a TI e a logística, sendo 
listados os principais sistemas de TI na SCM e o seu impacto nas variáveis 
estratégicas organizacionais. Posteriormente, são expostos os procedimentos 
metodológicos adotados para a realização da pesquisa. Em seguida, é feita uma 
contextualização do mercado estudado. Apresentam-se, então, as análises, 
individuais e comparativas, dos resultados dos estudos de caso múltiplos 
desenvolvidos nesta pesquisa. Enfim, são abordadas as conclusões e sugestões 
para novos trabalhos. 
 
A integração entre tecnologia de informação e 
logística 
A informação sempre foi um elemento importante para as operações 
logísticas, sem o qual nenhum aspecto da cadeia de suprimentos conseguiria 
proporcionar um alto nível de desempenho. Porém, o advento de novas 
tecnologias possibilitou a troca rápida e precisa de informações, permitindo 
melhor oferta de informações aos clientes, redução de estoques, minimização 
de incertezas em torno da demanda e aumento da flexibilidade. 
A TI contribui para tornar a logística mais eficiente na geração de valor 
para as empresas, permitindo que as organizações colaborem de forma segura 
com os integrantes da cadeia de suprimentos, em qualquer lugar e a qualquer 
4 
 
 
instante. Dias et al. (2003) enumeram os seguintes benefícios atingidos pelo uso 
da TI na SCM: (i) compartilhamento de informações instantâneas; (ii) 
compartilhamento de programas que aumentam a eficiência operacional; (iii) 
acompanhamento em tempo real, pelo consumidor, da carga; (iv) 
desenvolvimento de canais de venda globais; (v) redução dos estoques; e (vi) 
maior flexibilidade. Assim, o impacto da TI na SCM é um tema que desperta 
crescente interesse do mundo corporativo (Wu et al., 2005). 
As empresas norte-americanas são cada vez mais dependentes dos 
benefícios trazidos pela TI para aumentar a agilidade e eficiência das cadeias de 
suprimentos (Wu et al., 2005). Tal importância é confirmada pelos altos 
investimentos em softwares para a SCM. Entretanto, os investimentos em TI não 
garantem impactos positivos diretos na operação das cadeias. Trata-se do 
Paradoxo da Produtividade, que não se aplica apenas aos investimentos em 
sistemas aplicados a SCM, mas também às demais áreas empresariais. Wu et 
al. (2005) posicionam-se sobre o paradoxo ao afirmar queos benefícios da TI 
são indiretos e difusos, sendo assim de difícil mensuração. A avaliação dos 
impactos da TI por meio da percepção de executivos, como é feito nesta 
pesquisa, é uma alternativa subjetiva para mensurar benefícios intangíveis. 
 
Sistemas de TI em Logística 
Em termos de TI existem diversas soluções disponíveis para a aplicação 
na logística. Patterson et al. (2003) apontam as principais tecnologias que têm 
sido utilizadas na área: 
 Sistemas legados; 
 Código de barras; ( 
 Smart-labels; 
 Projeto assistido por computador - CAD (Computer Aided Design); 
 Inteligência empresarial - BI (Business Inteligence); 
 Intercâmbio eletrônico de dados - EDI (Eletronic Data Interchange); 
 Rastreamento de frotas; 
 Sistema de automação do controle de qualidade - AQC (Automated 
Quality Control); 
 Sistema de execução da manufatura - MES (Manufacturing Execution 
System); 
5 
 
 
 Sistema de gerenciamento de transportes - TMS (Transportation 
Management System); 
 Sistema de gestão de armazéns - WMS (Warehouse Management 
System); 
 Sistema de gestão de relacionamento com clientes - CRM (Customer 
Relationship Management); 
 Sistema de gestão de desenvolvimento de produtos - PDM (Product 
Development Management); 
 Identificação por radiofreqüência - RF (Radio Frequency); 
 Sistema de planejamento da cadeia de suprimentos - SCP (Supply 
Chain Planning); 
 Sistema de previsão de demanda - DFS (Demand Forecasting System); 
 Sistema de informação baseado na Internet - WIS (Web-based 
Information System); 
 B2B e 
 Sistema integrado de gestão - ERP (Enterprise Resource Management). 
 
A Tabela 1 apresenta a descrição dessas tecnologias e de sua aplicação 
na SCM. 
6 
 
 
 
Impacto da TI nas variáveis estratégicas organizacionais 
São poucos os pesquisadores que estudam os impactos dos 
investimentos de TI na SCM (Gunasekaran; Ngai, 2003) e, em geral, as medidas 
de desempenho adotadas baseiam-se apenas em aspectos econômicos 
(Retorno sobre o Investimentos - ROI, Retorno sobre os Ativos - ROA, Retorno 
sobre Vendas - ROS). Assim, esta forma de observar os investimentos em TI 
tem sido criticada por desconsiderar aspectos relevantes para as organizações 
7 
 
 
(BERGERON et al., 2001). Devido a essas críticas, é crescente a utilização da 
percepção dos executivos como forma de analisar o impacto e o valor da TI 
(TORKZADEH; DOLL, 1999; NEIROTTI; PAOLUCCI, 2007). 
Feldens (2005) apresenta uma revisão da literatura sobre o assunto, além 
de propor um modelo de pesquisa para mensuração dos impactos da TI na 
gestão das cadeias, exposto na Figura 1. Como resultado de sua pesquisa, o 
autor destaca a identificação de seis variáveis impactadas pelo uso da TI na 
SCM, sendo elas: Integração, Custos de Armazenagem, Custos de 
Movimentação, Velocidade, Competitividade e Coordenação 
Interorganizacional. As variáveis são descritas a seguir (FELDENS, 2005). 
Integração: é a extensão da conexão entre as atividades da 
organização e de seus parceiros. Por meio da TI, as empresas 
conseguem simplificar seus processos decisórios, mantendo maior 
intercâmbio de informações entre os parceiros da cadeia e facilitando a 
integração das atividades de planejamento e controle da produção. 
Custos de Armazenamento e de Movimentação: O custo 
logístico total se divide em: custos de estoque e armazenamento; de 
transporte e movimentação; e de instalações (Novaes, 2004). O emprego 
da TI pode reduzir os custos de armazenamento e de movimentação da 
cadeia pelo melhor planejamento destas atividades e pela diminuição de 
processos administrativos com conseqüente redução de papéis, pessoal 
e estoque. 
Competitividade: O uso da TI viabiliza iniciativas que resultam em 
ganhos de vantagem competitiva para a cadeia, como: agilidade, 
velocidade de resposta às novas demandas do mercado, aumento da 
flexibilidade, atendimento personalizado, maior satisfação do cliente e 
atuação em diferentes mercados. 
Velocidade: A TI proporciona a agilização dos processamentos de 
informações e eliminação de atividades redundantes, aumentando assim 
a velocidade dos processos da cadeia. 
Coordenação interorganizacional: Trata-se do planejamento de 
ações integradas entre as organizações, tais como a formação de 
alianças entre os componentes da cadeia. Através da TI, pode-se atingir 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65132008000200007#fig1
8 
 
 
um nível mais elevado de coordenação entre os membros da cadeia, 
facilitando a troca de informações e o planejamento colaborativo. 
 
 
 
Optou-se pelo uso do modelo conceitual de Feldens (2005) para o 
desenvolvimento desta pesquisa, devido à sua multidimensionalidade, ou seja, 
pelo conjunto de dimensões que o compõe e que foram validadas no contexto 
nacional. Outros elementos que suportam a utilização do modelo é que seus 
constructos e escala foram validados e confirmados por técnicas estatísticas 
multivariadas, baseados em equações estruturais. Trata-se, então, de um 
modelo robusto, cuja aplicabilidade em outras cadeias é recomendada pelo autor 
(FELDENS, 2005). 
 
A Logística e os Sistemas de Informação 
A Logística vem sendo um tema bem discutido no cenário mercadológico, 
isso devido a sua enorme capacidade de agregar valor ao produto/serviço. É 
evidente que a logística empresarial surgida após a segunda guerra mundial 
como um “boom”, sofreu transformações. E essas transformações foram 
9 
 
 
importantes para a sua popularização em diversos setores. Muitos acreditam na 
utilização de métodos logísticos como vantagem competitiva, e realmente estão 
corretos, pois as grandes organizações atuantes em todo o mundo e em 
segmentos diversos vêem esses métodos como essenciais para um melhor 
atendimento ao consumidor e a redução de custos da organização, 
possibilitando uma margem de contribuição maior para as mesmas. 
A existência de uma estratégia logística se faz necessária para qualquer 
organização, pois os consumidores estão cada vez mais exigentes. Visando a 
adequação da necessidade do cliente de ter o produto certo, no lugar certo e na 
hora correta a logística ganhou ferramentas, e as mesmas são de grande 
importância no que diz respeito ao atendimento efetivo para o mercado 
consumidor. Essas ferramentas surgiram da necessidade da logística trabalhar 
de maneira otimizada. 
Com isso a tecnologia passou a andar lado a lado com os processos 
logísticos, sendo assim foram desenvolvidos vários sistemas de informação para 
auxiliar na tomada de decisão logística, sendo o principal e mais conhecido o 
WMS, ou Warehouse Management System (Sistema de Gerenciamento de 
Armazéns). Ele é uma parte importante da cadeia de suprimentos, pois é 
responsável direto pelo funcionamento preciso dos estoques, produtividade do 
pessoal e de equipamentos, separação de pedidos, e controle de carregamento 
de veículos e suas rotas. 
Diferentemente do WMS, mas não menos importantes, os TMS’s, ou 
Transportation Management System (Sistemas de Gerenciamento de 
Transportes) atuam diretamente na área de controle de transportes. Sistemas 
como esse são capazes de acompanhar em tempo real a localização exata do 
veículo na rota e enviar comandos, isso graças a utilização de satélites no 
processo. Outro sistema importante na agregação de valor são os ERP’s, ou 
Enterprise Resourch Planning que integram as informações de vários 
departamentos em consonância com a logística, afim de oferecer dados mais 
precisos e otimizar as informações dos departamentos essenciais para a tomada 
de decisão. 
A tecnologia em si foi e continuará sendo importante para o acréscimo de 
valor nas operações logísticas. A Logística aliada a tecnologia permanecerá em 
ascendência no cenário internacional. A instituição de sistemas de informação 
10 
 
 
nos processos logísticos concedeu as organizações tomadasde decisões mais 
inteligentes e precisas, reduzindo incertezas internas e externas. 
O avanço de ferramentas de TI aplicadas à gestão da informação,permite 
que as organizações incorporem sistemas informatizados no apoio às suas 
atividades e controle de seus processos. Um dos expoentes desse avanço são 
os sistemas de informação empresariais, desenvolvidos para atender aos 
requisitos específicos das diversas áreas e departamentos (PLATT e KLAES, 
2010).A preocupação maior das empresas que utilizam a operação logística está 
voltada para a efetividade do encaminhamento dos produtos ao longo do canal 
logístico estrategicamente planejado, pois, a empresa moderna,exige rapidez e 
otimização do processo de movimentação dos dados, informações e materiais, 
internos e externos, que se inicia desde o recebimento da matéria-prima até a 
entrega do produto final ao cliente (BALLOU, 2006). 
“A revolução tecnológica se reflete em todo o sistema produtivo. Diante 
de uma nova postura do mercado e a expressiva redução nos custos de 
informatização, o setor primário brasileiro mostra-se aberto à revolução da 
informação, da mesma maneira que há anos atrás ocorreu com o setor industrial 
e de serviços.”(CEOLIN et al., 2008). A causa da segunda revolução logística foi 
determinada por melhorias em algumas áreas no sistema de transações para 
o comércio internacional. 
Os sistemas de informação têm a importante tarefa de processar 
informações de forma confiável, favorecendo assim, tomadas de decisões mais 
assertivas. Para proporcionar essa facilidade, existe uma infinidade de modelos 
de sistemas, cada qual com sua função específica para adequar as 
necessidades da organização (BATISTA, 2012). 
A informação pode ter um alcance amplo ou estreito e seu foco pode ser 
interno ou externo, ela pode revelar o desempenho de um determinado processo 
de acordo com e mensuração das atividades concluídas, dos progressos 
realizados ou dos recursos acumulados. Seus dados devem ser sempre atuais, 
coerentes e precisos para a validação e qualificação da informação, sendo 
estruturados de forma detalhada e organizada, dependendo da necessidade da 
organização, a informação pode ser apresentada de forma narrativa, numérica, 
gráfica ou através de documentos dentre outros métodos (JÚNIOR, 2007). 
11 
 
 
De acordo com Laudon e Laudon (2007) dentre os sistemas de 
informação empresariais existentes, pode-se destacar: 
Sistema de Informação Vendas e Marketing: Sistemas que da 
suporteao departamento, organizando pedidos, monitorando tendências 
de novos produtos, oportunidades de vendas, captação de novos clientes, 
monitoramento da concorrência, pesquisa de mercado entre outros. 
Sistema de Informação de Manufatura e Produção: Responsável 
pela produção de bens e serviços de uma organização, planejamento, 
manutenção, programação de equipamentos, produtos acabados etc. 
Sistemas de Informação e Recursos Humanos: Responsável pela 
busca de talentos, seleção, elaboração de programas de incentivo e 
desenvolvimento de pessoal, monitoramento de cargos e outros. 
Sistema de Informação Financeira e Contábil: Utilizado para traçar 
metas, supervisionar e controlar recursos financeiros, investimentos e 
monitoramento da contabilidade da empresa, dentre outros. Dentre estes 
principais sistemas, a integração entre eles ainda é um desafio as 
organizações. Para isto, surgem aplicativos integrados, com a função de 
reunir as informações fragmentadas de diversos departamentos em um 
único banco de dados. 
“Os aplicativos integrados, sistemas que abrangem todas as áreas 
funcionais, executam processos de negócios que atravessam toda a empresa, e 
incluem todos os níveis de gerência.”(LAUDON e LAUDON, 2007). 
Contudo, um dos sistemas de maior relevância é o sistema de 
gerenciamento da cadeia de suprimentos, Supply Chain Management (SCM), 
que auxilia a administração da relação entre empresa e fornecedores de forma 
estratégica. Com o SCM, empresas logísticas compartilham informações sobre 
estoque, seu monitoramento e disponibilidade, demanda de produtos, serviços, 
acompanhamo andamento dos pedidos, possibilitando a redução dos custos de 
transporte, promovendo maior agilidade, eficácia e satisfação do cliente final. 
“A ideia de cadeia de suprimentos está relacionada com os aspectos 
estratégicos da empresa, uma vez que envolve variáveis estratégicas como 
mercado, receitas, custos e lucros.” (MOORI e ZILBER, 2003). 
Para que tais sistemas funcionem é necessário que a organização conte 
com mão de obra especializada para a manutenção de equipamentos 
12 
 
 
(hardwares) e programas (softwares), normalmente, os profissionais de TI da 
empresa, além de manter seus sistemas atualizados, com as novas 
funcionalidades ofertadas pelos desenvolvedores. 
Warehouse Management System (WMS) 
O Warehouse Management System (WMS) é utilizado para administrar 
armazéns, almoxarifado ou centro de distribuição, o software auxilia na redução 
de custo, aumento de produtividade, confiabilidade, rastreabilidade e precisão 
nas informações, sendo importante para o desempenho do armazém. 
O Software WMS é uma ferramenta informatizada, que tem a função de 
gerenciar por meio da automação as tarefas habituais de um centro de 
distribuição logístico (VIERA, 2012; ACKERMAN, 2004), descreve que, o WMS 
é a união de hardware e softwarebuscando o eficiente controle de estoques, 
espaços físicos e facilitar as atividades que os empregados desempenham. 
O WMS, traz vários benefícios ao gestor para administrar um armazém, 
como: melhora o aproveitamento do espaço, agilidade nos pedidos, redução de 
perdas, erros de processos de armazenagem e dependência do fator humano 
(CAXITO, 2011). 
Transportation Management Systems (TMS) 
O Transportation Management Systems (TMS) monitora e controla frotas 
e cargas, apoiando a negociação quanto ao frete, planejamento e execução de 
tarefas, tendo como principais benefícios: redução de custos dos transportes; do 
tempo necessário para planejar a distribuição e montagem de cargas; e 
disponibiliza as informações on-line(BRUM, 2015). 
O auxílio a gestão da cadeia de suprimento nos níveis táticos e 
operacionais, apoiando a tomada de decisões por meio das informações 
transacionais, com alto nível de detalhe, propiciando o controle das operações, 
apoiando também nas negociações de contratos e capacidade das instalações, 
essas são características do TMS (FESTA e ASSUNÇÃO, 2012). 
As operações de transportes têm um “grande impacto nas organizações, 
principalmente financeiros, estima- se que um terço dos custos logísticos seja 
de transporte, quando é um produto de baixo custo pode chegar a um terço, 
quando o frete tem grande representação” (CAXITO 2011, p.46). 
13 
 
 
Para Salgado (2013, p.94), o TMS “permite o planejamento e o 
monitoramento das atividades envolvidas desde a etapa de programar uma 
coleta, passando pela consolidação da carga até sua efetiva entrega e 
pagamento”. Para tanto, todas as operações de distribuição, planejamento de 
rotas, emissão de documentos, montagem de cargas, acompanhamento das 
entregas e rastreamento podem ser feitas pelo sistema TMS. 
Códigos de barras 
A o código de barras foram inicialmente desenvolvidos para atender a 
necessidades de indústrias específicas e, em seguida, foram padronizados para 
usar em diferentes áreas das empresas e mercado (KUMAR e NIGAM, 2014). 
Os códigos de barras têm por finalidades, identificar produtos, caixas de 
embarque, locais de armazenagem, palhetes retornáveis, documentos, 
contêineres, etc. (SALGADO, 2013). 
Conforme o mesmo autor, Salgado (2013) existem dois tipos de códigos 
de barras: os lineares que são utilizados em embalagens individuais que 
encontramos nas prateleiras dos supermercados e farmácias e também nas 
caixas de papelão para embarque e transporte; os bidimensionais são mais 
comuns em medicamentos,porque permitem conter informações em pequenas 
embalagens. 
Caxito (2011), ressalta que, as principais vantagens e desvantagens do 
código de barra são: vantagens: rapidez e melhoria da segurança na coleta de 
dados; economia de tempo entre a entrada de dados, processamento e 
disponibilização da informação; minimização dos custos quando comparada a 
coleta manual de dados; redução de erros decorrentes da digitação de dados; 
melhoria do nível de serviço e redução de tempo para o consumidor; entre 
outros. 
Entre as desvantagens estão: custo considerável de equipamentos para 
leitura e impressão; monitoramento para verificar a qualidade de leitura e 
impressão dos códigos de barra; cuidado extra com produtos suscetíveis a 
danos físicos a superfície da etiqueta/área contendo o código, ocasionando erros 
de leitura. 
14 
 
 
Radio-Frequency Identification (RFID) 
O Radio-Frequency Identification (RFID) tem sido amplamento ultilizado 
nos ultimos anos e vem ganhando popularidade nas industrias de transformação 
e varejo no decorrer dos anos (OSYK et al, 2012; ANAND e WAMBA, 2013). 
RFID é uma tecnologia de controle que permite a rastreabilidade dos bens por 
meio de todas as etapas da cadeia de produção (NGAI et al., 2008; SHI. PAN e 
LANG, 2009). 
Tal tecnologia ganhou importância no cenário logístico por ser seguro 
quando pensa em rastreabilidade por ser: versátil em contextos operacionais 
(exemplo: à prova de água, antimagnético, suportando altas temperaturas); 
versátil no contexto logístico, permitindo um leque muito diferente de distâncias 
de leitura; ter longa vida útil, etc. (SARAC, ABSI e DAUZERE-PERES, 2010). 
Para Salgado (2013) essa tecnologia utiliza a rádio frequência para leitura 
de dados, conta com as etiquetas inteligentes, etiquetas com microchip, que 
medem menos de 1 milímetro, os produtos podem ter o microchip num local não 
visível ao olho humano. 
Para Caxito (2011) uma das características da etiqueta RFID é a leitura 
dos produtos em movimento, essa tecnologia facilita o controle de fluxo em toda 
a cadeia da empresa, desde fabricação a entrega no cliente. Poucos estudos 
ainda são feitos referente a tecnologia RFID na industria, porém, as as 
vantage ́ns que essa tcnologia trás para o negocio são muitas, tais como: 
otimização do processo de negocio, aprimoramento da comunicção de sistema 
para sistema, entre outros (KUMAR, 2016). 
Electronic Data Interchange (EDI) 
Para Salgado (2013), no EDI, as empresas compartilham e trafegam 
informações através de redes de telecomunicação, com regras e padrões 
internacionais para troca de dados, conhecido como EDIFACT. O EDI é o 
movimento de dados do negócio interno ou externo a empresa, eletronicamente 
estruturado por, um computador processável e que tenha formato que permita 
que os dados sejam transferidos a partir de um aplicativo de negócio local, para 
um outro aplicativo de negócios, (HILL e FERGUSON,1998). 
Rogers, Daugherty e Stank (1992), descrevem que, o EDI é uma 
tecnologia chave para o comércio eletrônico, permitindo a troca de informação 
15 
 
 
como, documentos padrões de transações, conhecimentos de embarque ou 
pedidos de compra em duas organizações, entre computadores. 
Vendor Managed Inventory (VMI) 
Salgado (2013), descreve VMI como uma técnica que permite o 
acompanhamento pela indústria, das vendas de seus produtos no varejo e repor 
automaticamente os estoques quando necessário, reduzindo o tempo de análise 
e coleta dos dados. Para JI, SHEN e WEI (2008), o VMI cria valor tanto para o 
fornecedor quanto para o cliente, na situação de ganha-ganha. 
O fornecedor beneficia-se pela maior confiabilidade na gestão da 
produção e distribuição de seus produtos, podendo minimizar os níveis de 
ruptura e maximizar a coordenação das entregas. Para o cliente elimina-se 
necessidade de gerir os seus estoques, tirando os custos associados a este. No 
VMI, decisões logísticas centralizam-se no centro de distribuição, possibilitando 
minimizar os custos de armazenagem e movimentação (GUIMARÃES et al, 
2015). 
O VMI é uma cadeia de fornecimento bem conhecido e amplamente 
utilizada entre um fornecedor e um cliente, (por exemplo, fornecedor/fabricante 
ou distribuidor/veregista), em que o fornecedor gerencia o estoque no cliente e 
decide quando e quanto reabastecer (TAT, TALEIZADEH e ESMAEILI, 2013; 
LEE, CHO e PAIK, 2015). 
Dong e Xu (2002) e Niranjana, Wagnera e nguyen (2012), ressaltam que 
no VMI, o fornecedor está autorizado a gerir o estoque no cliente. Sendo assim, 
os varejistas não são apenas protegidos contra falta ou excesso de mercadoria, 
mas também não incorrem em custos de encomenda (DARWISH e ODAH, 
2010). 
O VMI pode oferecer para o comprador e o fornecedor em uma cadeia de 
suprimentos, redução na quantidade de reabastecimento, após sua 
implementação (DONG e XU, 2002). O VMI poder ter papel de uma cadeia de 
suprimentos integrada (JI, SHEN, e WEI, 2008). 
Para Kuk (2004), esse regime de cooperação entre fornecedor e 
comprador é amplamente utilizada por um número de empresas bem conhecidas 
que vão desde Walmart, Intel e Shell. 
16 
 
 
Enterprise Resource Planning (ERP) 
O ERP é um pacote de software de negócios que planeja recursos 
empresariais combinando uma série de modulos que atendem todos os 
requisitos de uma organização, estruturando, automatizando e combina tarefas 
de todo o negócio, como: compras, vendas, controle de estoque, recursos 
humanos, produção planejamento e finanças (ERDEBILLI e ERKAN, 2011). 
Para Alecrim (2010), o ERP se divide em módulos conforme a 
necessidade da empresa, sendo os principais: financeiro, contabilidade, 
recursos humanos, ativo fixo, processos, projetos e jurídicos, podendo serem 
complementados se necessário com os módulos estoques, distribuição de 
produtos, frota, comercio exterior, gestão do conhecimento, controle de 
materiais, automação comercial, análise de risco. 
Al Bar et al. (2011), ressaltam que, o ERP satisfaz a demanda da gestão 
empresarial, unindo todos os departamentos da empresa, oferecendo solução 
para avaliar, programar e gerir os negócios. O ERP oferece ferramentas para a 
gestão compartilhada, integrarando e otimizando processos de negócios, sendo 
flexíveis o suficiente para adaptar-se às necessidades futuras das organizações 
(RETTIG, 2007). 
Tecnologias de informação aplicadas à logística 
internacional 
Admitindo que “a essência da formulação de uma estratégia competitiva 
é relacionar uma companhia ao seu meio ambiente” (PORTER, 1986, p.22), é 
importante o entendimento da atividade logística em si, pois conecta a 
companhia ao seu meio. Tradicionalmente, a logística concentrou-se no fluxo 
eficiente de bens ao longo do canal de distribuição, conferindo menos 
importância para o fluxo de informações. 
Atualmente, essa situação mudou ampliando-se a quantidade e a 
qualidade das informações, exemplo disso são: informações sobre status do 
pedido, disponibilidade de produtos e definições precisas de prazos são 
elementos necessários do serviço total ao cliente. A informação aumenta a 
flexibilidade permitindo identificar (qual, quanto, como, quando e onde) os 
17 
 
 
recursos que podem ser utilizados para que se obtenha vantagem estratégica. 
(NAZÁRIO, 1999). 
Num sentido amplo, autores (NEGROPONTE, 1995; GATES, 1995) 
apontam que a mudança de século foi a passagem para uma era pós-
informação, caracterizada pela personalização das informações e remoção de 
barreiras geográficas. 
Todavia, é no campo dos negócios que a Internet vem avançando de 
forma revolucionária, produzindo o que Drucker (1999) chama de mudança 
radical do significado da informação, ultrapassando o conceito tradicional de 
utilização da informação operacionalmente, para transformá-la em ferramenta 
auxiliar à tomada de decisões estratégicas, verdadeira tarefa da alta gerência 
Logo, a importância da TI paraa logística se refletem na competitividade das 
empresas. 
Assim esta seção se divide em duas partes. Na primeira analisa-se a 
atividade dos Freight Forwarding, na segunda abordam-se as tecnologias 
possíveis e utilizadas objetivando-se relacioná-las com as atividades de 
agenciamento e seu impacto. 
A atividade de agenciamento de cargas (freight 
forwarding) 
Pela definição do Council of Supply Chain Management Professionals, 
logística é a parte do gerenciamento da cadeia de abastecimento que planeja, 
implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de 
matérias-primas, materiais semi acabados e produtos acabados, bem como as 
informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, 
com o propósito de atender às exigências dos clientes (CARVALHO, 2002). 
A logística tem como função agrupar conjuntamente as atividades 
relacionadas ao fluxo de produtos e serviços para administrá-las de forma 
coletiva, podendo ser considerada uma evolução natural do pensamento 
administrativo e tem o objetivo de providenciar bem e serviços corretos, no lugar 
certo, no tempo exato e na condição desejada ao menor custo possível 
(BALLOU, 2001). 
18 
 
 
Melacini, Marchet e Perotti, (2013) argumentam sobre a importância do 
transporte de cargas relacionando com a participação no produto interno bruto 
de um país, e porque impactam praticamente todos os setores da economia, 
sendo responsável por uma parcela considerável dos custos logísticos 
(PEREGO; PEROTTI; MANGIARACINA, 2011). 
Devido a isso as empresas optam pela terceirização do transporte carga 
como forma de reduzirem os custos agregados, acréscimo de qualidade, ganhos 
de facilidades fiscais, obtenção de benefícios da gestão de risco ou de 
especialização operacional (SÎRBU; NAG; PINTEA, 2012). Porem Simchi-Levi et 
al. (2003) lembram que o processo de outsourcing logístico oferece tanto 
vantagens e desvantagens. A grande desvantagem é a perda de controle de uma 
função específica pela parte contratante. 
Segundo a International Federation of Freight Forwarders Associations 
(FIATA), o agenciamento de cargas e a prestação de serviços logísticos são 
atividades de qualquer natureza relacionadas ao transporte (executado de modo 
uni ou multimodal), tais como consolidação, armazenagem, manuseio, 
embalagem ou distribuição de mercadorias e seus serviços secundários, 
incluindo desembaraço aduaneiro e assuntos fiscais, emissão de certificados 
para propósitos oficiais, contratação de seguro eobtenção de pagamentos ou 
documentos relativos à mercadoria. 
O agenciamento de cargas, ou freight forwarding, também inclui serviços 
de informação e comunicação conectados ao transporte, manuseio ou 
armazenagem da carga.Nesse sentido,freight forwarder, forwarder, forwarding 
agent, non-vessel operating common carrier(NVOCC), é uma pessoa ou 
empresa que organiza expedições para indivíduos ou empresas para obter 
mercadorias do fabricante ou produtor a um mercado, cliente ou ponto final de 
distribuição (RANDOM HOUSE DICTIONARY, 2001). 
Esses prestadores de serviço podem usar uma variedade de modos de 
transporte, incluindo navios, aviões, caminhões e ferrovias, e muitas vezes 
vários modos para uma única remessa. Os agentes de carga internacionais 
possuem conhecimentos adicionais na preparação e processamento de 
qualquer documentação e execução de atividades relativas às transferências 
internacionais. São os consolidadores de cargas marítimas, empresas que se 
dedicam ao agrupamento de pequenos lotes de mercadorias de pequenos 
19 
 
 
embarcadores, buscando otimizar a ocupação do espaço de um contêiner 
(VIEIRA; RODRIGUES, 2005). 
Pode-se considerar que, enquanto os armadores estão mais voltados ao 
transporte de contêineres completos, denominados Full Container 
Loads(FCL),os NVOCCs dedicam-se ao transporte de cargas fracionadas, 
denominadas consolidadas ou Less than Container Loads(LCL). Do lado da 
terra, os International Freight Forwarders (IFFs), também chamados no Brasil de 
agentes internacionais de carga (VIEIRA et al., 2007; VIEIRA; PASA; 
ARENHART, 2008), apresentam uma atuação mais ampla, uma vez que têm 
como especialidade prover uma variedade de funções que facilitam a 
movimentação de embarques internacionais (MURPHY; DALEY, 1997). 
Tais funções englobam tanto cargas FCL como LCL e incluem também 
serviços aduaneiros e de transporte terrestre, podendo chegar, em alguns casos, 
a projetos logísticos especiais que cobrem grande partedas necessidades dos 
clientes. 
Tecnologias de informação aplicadas à logística 
A informação sempre foi um elemento importante para as operações 
logísticas, sem o qual nenhum aspecto da cadeia de suprimentos conseguiria 
proporcionar um alto nível de desempenho. 
Dias et al. (2003) enumeram os seguintes benefícios decorrentes do uso 
da TI na SCM: 
compartilhamento de informações instantâneas; 
compartilhamento de programas que aumentam a eficiência 
operacional; 
acompanhamento em tempo real, pelo consumidor, da carga; e 
desenvolvimento de canais de venda globais, redução dos 
estoquese maior flexibilidade. 
Jagersma (2011) amplia dizendo que impacta a capacidade de inovação 
e criatividade (através da utilização de informação para o pensamento cruzado 
para desenvolver novas propostas de clientes e apoiar novas formas de 
atividade comercial). 
 Assim, os avanços da TI aplicado ao transporte de carga se confundem 
com o próprio desenvolvimento e evolução do transporte de carga (CRAINIC; 
20 
 
 
GENDREAU; POTVIN, 2009). Principalmente no planejamento e na otimização 
de custos através da redução de papéis e agilidade no fluxo das informações 
(MARCHET; PEREGO; PEROTTI,2009). 
Segundo Laudon e Laudon (2007), as empresas usam sistemas de 
gerenciamento da cadeia de suprimentos (SCM) para trocar informações com 
seus fornecedores sobre disponibilidade de materiais e componentes, datas de 
entregas para remessas de suprimentos e requisitos de produção. Também 
usam esses sistemas para trocar informações com distribuidores e expedidores 
a respeito de níveis de estoque, andamento dos pedidos e datas de entrega para 
expedição de produtos acabados. 
Dentre as TIs mais difundidas, se encontram o Electronic Data 
Interchange (EDI), o Warehouse Management System(WMS), o Vendor 
Managed Inventor(VMI), Radio-Frequency IDentification (RFID), o Global 
Positioning System, ou sistema de posicionamento global (GPS), o 
Transportation Management System(TMS), o Enterprise Resource 
Planning(ERP). 
Para Turban et al. (2004), o EDI pode ser definido como o movimento 
eletrônico de documentos padrão de negócio entre, ou dentro, de empresas. O 
EDI usa um formato de dados estruturado de recolha automática que permite 
que os dados sejam transformados sem serem reintroduzidos. O principal uso 
do EDI é transferir transações de negócio repetitivas tais como: encomendas, 
faturas, aprovações de crédito e notificações de envio (TURBAN et al., 2004). 
De acordo com Banzato (1998), um WMS é um sistema de gestão de 
armazéns, que aperfeiçoa todas as atividades operacionais (fluxo de materiais) 
e administrativas (fluxo de informações) dentro do processo de armazenagem, 
incluindo recebimento, inspeção, endereçamento, estocagem, separação, 
embalagem, carregamento, expedição, emissão de documentos, inventário, 
entre outras, que integradas atendem às necessidades logísticas, maximizando 
os recursos e minimizando desperdícios de tempo e de pessoas. 
VMI (IGF) é um programa desenvolvido por uma parceria entre fabricante 
e fornecedor direcionado para a gestão de estoques e controle da informação de 
ordens de compra/venda, em que se assume como uma mais valia em relação 
à troca de informação através do Electronic Data Interchange(EDI). O IGF surge 
como uma forma de lidar com a incerteza da procura, na medida em que 
21 
 
 
coordena os diferentes elosda cadeia de abastecimento no difícil processo de 
prever a procura (RAGHUNATHAN, 2001). 
A identificação por radiofrequência ou RFID é um método de identificação 
automática através de sinais de rádio, recuperando e armazenando dados 
remotamente através de dispositivos denominados etiquetas RFID. Assim como 
o código de barras(e diferentes etiquetas/Tags), é uma forma de identificação 
eletrônica.O Sistema de Gerenciamento de Transporte ou ainda Sistema de 
Gestão de Transporte e Logística (TMS), é um software para melhoria da 
qualidade e produtividade de todo o processo de distribuição. Este sistema 
permite controlar toda a operação e gestão de transportes de forma integrada. 
O sistema é desenvolvido em módulos que podem ser adquiridos pelo cliente, 
consoante as suas necessidades (GASNIER; BANZATO, 2001). 
O Enterprise Resource Planning (ERP) ou planejamento de recurso 
corporativo é um sistema de informação que integra todos os dados e processos 
de uma organização em um único sistema. A integração pode ser vista sob a 
perspectiva funcional (sistemas de finanças, contabilidade, recursos humanos, 
fabricação, marketing, vendas, compras etc) e sob a perspectiva sistêmica 
(sistema de processamento de transações, sistemas de informações gerenciais, 
sistemas de apoio à decisão, etc.). O ERP é uma plataforma de software 
desenvolvida para integrar os diversos departamentos de uma empresa, 
possibilitando a automação e armazenamento de todas as informações do 
negócio (TURBAN, 2010). 
Tecnologias de informação utilizadas pelos freight 
forwarders 
A importância da TI tem sido estudada por diversos autores. Davenport e 
Short, (1990) apontam a importância na melhoria e redesenho do processo 
logístico como um todo, Já Jagersma (2011) foca na capacidade de 
gerenciamento logístico impactando a competitividade, e Perego, Perotti e 
Mangiaracina, (2011) enfocam no transporte de cargas.Uma referencia 
importante sobre o assunto trata-se de Marchet, Perego e Perotti (2009), pois 
consultando o Google Academics observa-se que o artigo é citado por 112 outros 
22 
 
 
papers e na base de dados de artigos científicos Emerald possui 6709 
downloads desde 2011. 
Marchet, Perego e Perotti (2009) classificaram as aplicações de TI 
disponíveis para empresas de transporte de cargas e logística em quatro tipos: 
aplicações de gerenciamento de transporte ou Transportation 
Management (TM); 
 aplicações de execução da cadeia de suprimentos ou Supply 
Chain Execution (SCE); 
aplicações de automação da força de campo ou Field Force 
Automation (FFA); e 
aplicações de gestão de frota e fretes ou Fleet and Freight 
Management (FFM). 
As aplicações de gerenciamento de transporte ou Transportation 
Management (TM) são ferramentas de apoio à decisão no planejamento, 
otimização e execução de transporte, com todas as funcionalidades típicas, 
incluindo agendamento, acompanhamento de embarque e rastreamento, 
pagamento e auditoria de frete, podendo estar incluso no SCE. 
A execução da cadeia de fornecimento (SCE) são aplicações orientadas 
para a execução, incluindo sistemas de gestão de armazéns (WMS), sistemas 
de gestão de transportes (TMS), sistemas de gestão de comércio global (GTM) 
e outras aplicações de execução, tais como sistemas de apoio à decisão em 
tempo real (roteamento dinâmico, sistemas de fornecimento dinâmico e sistemas 
de visibilidade da cadeia de suprimentos dentro da empresa) (GARTNER, 2017). 
O SCE é uma evolução do SCM e da logística, pois amplia os conceitos 
que geram valor aos produtores, aos intermediários e aos clientes. O processo 
de SCM inicia-se no desenvolvimento do produto, inclui o planejamento de 
marketing, a fabricação, as operações financeiras, as compras e o 
desenvolvimento de fornecedores (FLEURY, 1999). 
As aplicações de automação da força de campo ou por sua vez, são 
soluções possibilitadas pela tecnologia móvel e de apoio à integração entre a 
força de trabalho remota e processos de negócios corporativos. A Field Force 
Automation(FFA) é composta por funcionários que trabalham fora de sua base 
de operações durante a execução de seus processos de trabalho (RODINA; 
ZEIMPEKIS; FOUSKAS, 2003). 
23 
 
 
Devido ao isolamento físico dos funcionários da FFA, apresentam-se 
dificuldades específicas como: coordenação, atribuição de empregos e 
rastreamento da evolução do trabalho, entre outros (GRUHN; HULDER; IJIOUI, 
2003) Fleet Freight Management(FFM) são ferramentas de relatório que incluem 
informações de viagem do veículo (tempos de viagem, tempos de serviço, ponto 
de entrega, tempos de descolagem) e outros parâmetros,tais como temperatura 
de carga (útil para produtos congelados e frescos) ou segurança de porta (útil 
para produtos de alto valor) apoiado por tecnologias RFID. 
Em suma, a literatura não permite uma aproximação ideal ao tema em 
estudo (tecnologias de informação aplicadas aos agentes internacionais de 
carga atuantes no Brasil), mas provê uma estrutura geral que pode ser 
considerada como ponto de partida para sua análise. 
Nesse ponto, devem-se considerar as especificidades do setor (logística 
internacional) e dos próprios prestadores de serviço (IFFs), que possuem 
necessidades e níveis de adoção de tecnologias de informação distintos em 
função dos setores a que servem e dos contextos em que estão inseridos. Outra 
classificação de tecnologias de informação utilizadas na logística internacional é 
a de Vieira e Santos (2012). 
Considerando o seu propósito, os autores classificaram os sistemas de 
informação utilizados pelos IFFs em quatro tipos: 
Transacional; 
De controle gerencial; 
De apoio à tomada de decisão; e 
De planejamento estratégico. 
O sistema transacional é a base para as operações logísticas e a fonte 
para atividades de planejamento e coordenação. Já o sistema de controle 
gerencial permite que se utilizem as informações disponíveis no sistema 
transacional para o controle e gerenciamento das atividades logísticas. O 
sistema de apoio à decisão, por sua vez, caracteriza-se pelo uso de softwares 
de apoio as atividades operacionais, táticas e estratégicas. 
E por fim, o sistema de planejamento estratégico das informações 
logísticas serve como base para o desenvolvimento de estratégias logísticas.Ao 
analisar diferentes dimensões da atuação dos IFFs (contratação de frete 
internacional e nacional, coordenação, consolidação e de consolidação de 
24 
 
 
cargas, armazenagem e distribuição de mercadoria, assessoria nas questões 
aduaneiras e fiscais, contratação de seguro, coleta e serviços logísticos) no 
Estado do Rio Grande do Sul, os autores identificaram os padrões mais 
recorrentes quanto ao segundo tipo, de controle gerencial. 
Especificamente no que refere aos sistemas de informação adotados 
pelos IFFs, confrontando ambas as abordagens (MARCHET; PEREGO; 
PEROTTI, 2009; VIEIRA; SANTOS, 2012) e considerando o propósito das 
aplicações de TI, observa-se que, enquanto Marchet, Perego e Perotti (2009) 
abordam a questão sob um ponto de vista mais operacional, já Vieira e Santos 
(2012) a analisam sob um ponto de vista mais estratégico. Assim, as abordagens 
se complementam e se assemelham nas classificações. 
Warehouses Management System (WMS) 
Esse sistema é também conhecido como WMS, é uma tecnologia utilizada 
de forma gradual em armazéns integrando e processando as informações de 
acordo com a localização do material, segundo Arozo (2003): “os sistemas de 
WMS são responsáveis pelo gerenciamento da operação do dia-a-dia de um 
armazém. Apesar de possuírem alguns algoritmos, sua utilização está restrita a 
decisões totalmente operacionais, tais como: definição de rotas de coleta, 
definição de endereçamento dos produtos, entre outras”. 
De acordo com Banzato (1998), um WMS “é um sistema de gestão de 
armazéns, que aperfeiçoa todas as atividades operacionais (fluxo de materiais) 
e administrativas(fluxo de informações) dentro do processo de armazenagem, 
incluindo recebimento, inspeção, endereçamento, estocagem, separação, 
embalagem, carregamento, expedição, emissão de documentos, inventário, 
entre outras, que integradas atendem às necessidades logísticas, maximizando 
os recursos e minimizando desperdícios de tempo e de pessoas.” toda essa 
informação do estoque tem como ferramenta principal o coletor de dados, que é 
um equipamento com capacidade de transmitir e receber rápidas informações 
de armazenagem quando conectados diretamente ao sistema através de uma 
rede sem fio”. 
25 
 
 
Enterprise Resource Planning (Sistemas Integrados de Gestão) 
“No início da década de 90, os sistemas integrados de gestão ou ERPs 
passaram a ser largamente utilizados pelas empresas” (JULIANA VEIGA & 
EDMUNDO ESCRIVAO FILHO, 2002) 
Os sistemas empresariais (ERP) são sistemas de grande 
complexibilidade, integrando de forma eficaz todos os sistemas operacionais de 
uma empresa. Por ser É um sistema que auxilia toda parte gerencial da empresa, 
sua adoção não é simples, exigindo da empresa pré-requisitos na sua 
implementação. 
Podemos definir ainda que o ERP seja composto basicamente na 
integração de todas as atividades atuantes em uma empresa, podendo ser elas: 
produção, recursos humanos, finanças, transporte e etc. Tendo como papel 
fundamental tornando o fluxo das informações algo visível e palpável, 
possibilitando assim uma tomada de decisão mais precisa, esse sistema tem 
como característica a permissão de análise de custo-benefício de suas 
aquisições, podemos observar algumas vantagens na sua aquisição por uma 
organização sendo estas : 
São desenvolvidos através de modelos padrões de processos. 
Integram sistemas de várias áreas das empresas. 
Utiliza um banco de dados centralizado. 
Possuem grande abrangência funcional. 
É necessário para a empresa, identificar suas reais necessidades antes 
mesmo de pensar em adotar o sistema integrado para que assim ela possa ter 
sucesso na implantação do sistema. “como o projeto é de caráter amplo, a 
maioria das empresas perdem de vista as motivações originais e naufragam 
diante das dificuldades encontradas” ( Dempsey, 1999). 
Empresas Fornecedoras 
Algumas das principais empresas fornecedores desse tipo de software no 
mundo já estão no Brasil. A SAP3, além de ocupar a liderança mundial neste 
mercado, como se pode observar no gráfico de acordo com GELOG-UFSC 2006 
(GRUPO DE ESTUDOS LOGÍSTICOS. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SA NTA 
CATARINA), também ocupa essa posição no Brasil, com 38% das vendas de 
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/computacao/tecnologia-informacao-como-ferramenta-para-logistica.htm#sdfootnote3sym
26 
 
 
licença de software; por outro lado, a Datasul possui o maior número de clientes, 
com 23% do mercado. 
 
Fonte - gelog-ufsc 
Alguns exemplos de sucesso da implantação de sistemas ERP4: 
• Autodesk - Passou a embarcar 98% de seus pedidos dentro de 24 horas 
após a implantação de um ERP; 
• A divisão Storage Systems, da IBM - Passou a poder refazer sua lista 
de preços em cinco minutos, contra os anteriores cinco dias; o tempo de 
embarque de uma peça de reposição caiu de 22 para 3 dias; 
• Votorantim - O giro do estoque melhorou de 30 a 40% e o número de 
funcionários administrativos pôde ser reduzido em 30%, resultando em ganhos 
de US$ 6 milhões anuais; 
• Indústria média norte-americana de autopeças - Reduziu o tempo 
entre o pedido e a entrega de seis para duas semanas. Outra diferença notável: 
a troca de documentos entre departamentos que demorava horas ou mesmo 
dias caiu para minutos e até segundos. 
Sistemas de gestão empresarial 
Cada vez mais empresas brasileiras de médio e grande porte e de vários 
setores da economia vêm implementando sistemas de gestão empresarial – 
ERP. Este tipo de sistema visa resolver problemas de integração das 
informações nas empresas, visto que antes elas operavam com muitos sistemas, 
caracterizando em alguns casos “uma verdadeira colcha de retalhos”, o que 
inviabilizava uma gestão integrada. Além disso, a implementação de um sistema 
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/computacao/tecnologia-informacao-como-ferramenta-para-logistica.htm#sdfootnote4sym
27 
 
 
ERP permite que as empresas façam uma revisão em seus processos, 
eliminando atividades que não agregam valor. 
Os custos com aquisição e implementação destes pacotes variam, em 
geral, entre R$ 400 mil e R$ 20 milhões. Estes valores dependem principalmente 
do tamanho da empresa (número de usuários e instalações) e de sua operação 
(módulos escolhidos do sistema). Em geral, estima-se que para cada R$1 gasto 
com a aquisição da licensa são gastos R$2 com consultoria e entre R$0.5 e 
R$1.5 com equipamentos. Algumas das principais empresas fornecedoras deste 
tipo de software no mundo já estão no Brasil. A SAP além de ocupar a liderança 
mundial neste mercado como podemos observar na figura 2, também ocupa esta 
posição no Brasil com 38% das vendas de licença de software, por outro lado a 
Datasul, possui o maior número de clientes com 23% do mercado. 
 
Embora para alguns o crescimento de sistemas ERP foi estimulado pelo 
bug do milênio, uma recente pesquisa da AMR1 (empresa americana de 
pesquisa na área de aplicativos de gestão empresarial) estimou que este 
mercado vai passar de um faturamento global de US$14.8 bilhões obtido em 
1998 para US$ 42 bilhões em 2002. Este mercado no Brasil foi em 1998 de US$ 
281 milhões e a previsão para 2002 é atingir US$ 838 milhões. 
Mas estes números não indicam que toda implentação de ERP nas 
empresas seja um grande sucesso. Existem casos, que o projeto fica 
comprometido devido principalmente à problemas no gerenciamento de 
mudanças. 
https://www.ilos.com.br/web/wp-content/uploads/1999/07/1999_07.2_imagem-02.jpg
28 
 
 
Associando sistemas ERP à funcionalidade de sistemas de informações 
logísticas (figura 1), podemos verificar claramente que o principal objetivo de um 
sistema ERP, sob o ponto de vista logístico, é atuar como um sistema 
transacional, solucionando problemas com a ausência de integração entre 
atividades logísticas. Porém, nem todas as implementações de ERP consideram 
as atividades logísticas de maneira integrada, isto resulta da falta de foco na 
logística, o que após o processo de implementação pode trazer uma série de 
problemas para a gestão da logística. 
Como exemplo podemos ter a seguinte situação: o responsável pelo 
transporte não possui informação sobre o status do pedido, que contém dados 
sobre a alocação de estoque (disponibilidade) e sobre a data limite de expedição. 
Com isso, torna-se impraticável o processo de consolidação de cargas. 
Os principais sistemas ERP disponibilizam uma vasta gama de relatórios 
e indicadores de desempenho pré-configurados para mensuração, análise e 
controle. Entretanto, nem sempre as necessidades das empresas são atendidas. 
Com isso, surge a necessidade de especificar estruturas de relatórios 
adequadas a operação da empresa. A presença de um Data Warehouse 
favoreçe bastante este processo. 
Embora um sistema ERP possua atributos que contribua para melhorar a 
gestão na empresa, ele não possui ferramentas de apoio à decisão. Vários 
fornecedores deste tipo de sistema investiram em parcerias e aquisições para 
disponibilizar ferramentas de apoio à decisão que auxiliem na melhoria da 
eficiência das operações logísticas na empresa e na cadeia de suprimentos, 
como forma de preencher esta lacuna. 
Softwares de apoio à decisão 
Podemos verificar na figura 3, que a presença do sistema ERP está 
fortemente relacionada com aspectos transacionais e de execução de atividades 
operacionais, servindo como base para uma série de aplicações de apoio à 
decisão. 
29 
 
 
 
Nem todas as áreas abordadas na figura 3 são especificamente logísticas. 
As ferramentas logísticas mais comuns encontradasno mercado são para as 
seguintes áreas: programação e roteamento de veículos, previsão da demanda, 
gerenciamento do armazém e planejamento de estoques. 
Vale destacar que os sistemas ERP possuem módulos de gerenciamento 
de armazéns, cujo principal objetivo é gerenciar o fluxo de informações, através 
do controle de posições e lote, regra FIFO, entre outras funcionalidades. 
Entretanto, funções relacionadas com a existência de inteligência não são 
disponibilizadas. 
Duas ferramentas que não foram comentadas anteriormente merecem 
destaque, principalmente pela pouca difusão nas empresas brasileiras dos 
conceitos que as norteiam. O primeiro é o módulo informações sobre a demanda. 
Nele são armazenados dados mercadológicos sobre a concorrência, dados 
obtidos a partir dos PDV (ponto de venda) de seus principais clientes varejistas 
e ações promocionais tomadas pela empresa. O objetivo é fornecer mais 
informações para o processo de previsão da demanda. O segundo trata-se do 
módulo informações de transporte que armazena dados referentes ao 
transporte, como frete e tempo de trânsito, visando auxiliar na otimização da rede 
logística, bem como no planejamento de transporte, que determina o melhor 
modal para certas rotas. 
Uma excelente fonte para avaliar os softwares que poderão ser úteis na 
melhoria da operação de sua empresa é o guia Logística Software, desenvolvido 
pela Andersen Consulting para o Council of Logistics Management (CLM). As 
https://www.ilos.com.br/web/wp-content/uploads/1999/07/1999_07.2_imagem-03.jpg
30 
 
 
edições são anuais e são comercializadas também em CD-ROM. Este guia 
apresenta informações sobre fornecedores, softwares, funções /aplicações, 
custo, tempo de implementação e outros dados necessários para o início de uma 
pesquisa para escolha de um software. 
Outra forma de obter informações sobre fornecedores de software é 
através da home page do Centro de Estudos em Logística (CEL). 
Softwares voltados para a integração da cadeia de 
suprimentos 
Este tipo de software agrega um conjunto de ferramentas apresentadas 
na figura 3, tais como: previsão da demanda, otimização da rede logística, 
planejamento de transporte, planejamento e sequenciamento da produção, entre 
outras. Na verdade, é uma evolução de sistemas de apoio à decisão. 
São comumente chamados de Supply Chain Management 
(SCM) applications, ou seja, ferramentas para o gerenciamento integrado da 
cadeia de suprimentos. Sua principal função é possibilitar ao usuário o controle 
de diversas funções logísticas simultaneamente, permitindo com isso, analisar 
os trade-offs existentes. Além disso, possui uma abrangência que ultrapassa os 
limites da empresa, ou seja, integra-se também aos outros membros da cadeia 
de suprimentos, tais como: indústrias, atacadistas/distribuidores e varejistas, 
além de prestadores de serviços logísticos. Isto torna-se possível graças a 
conectividade oferecida pelas tecnologias EDI (eletronic data interchange) e a 
Internet. 
Se por um lado existem fornecedores que se especializaram neste tipo de 
software, (os principais são: Manugistics, Caps e i2 Technologies), por outro, 
fornecedores de ERP também estão migrando para esta abordagem, que 
complementa seus poderosos sistemas transacionais. Um exemplo disso, é a 
ferramenta desenvolvida pela SAP chamada APO (Advanced Planner 
and Optimizer). Seus principais módulos são: 
 Supply Chain Cockpit 
 Planejamento da rede logística 
 Planejamento e previsão da demanda 
 Planejamento da distribuição 
31 
 
 
 Planejamento e seqüenciamento da produção 
Um aspecto interessante evidenciado nos Estados Unidos é o acelerado 
processo de fusão e aquisição entre fornecedores de softwares que possuem 
produtos complementares. Eles buscam sinergia entre seus produtos, para 
oferecer ao mercado um produto com capacidade de tratar problemas logísticos 
interfuncionais ou até mesmo atuar no segmento SCM Applications. 
Tendências 
Existe uma grande perspectiva de crescimento para o mercado de ERP 
no Brasil, como pudemos observar anteriormente. Isto se justifica pelo vasto 
mercado existente. A maioria das empresas brasileiras não possuem sistemas 
totalmente integrados. Além disso, as organizações que implementaram um 
sistema ERP começam a desfrutar e quantificar os benefícios de uma gestão 
integrada, propagando ainda mais a idéia que este tipo de solução é altamente 
benéfica. 
Com uma maior difusão de sistemas ERP, existirá um favorecimento para 
alavancar as operações logísticas, baseado principalmente na aquisição de 
softwares de apoio à decisão, bem como de SCM Applications. Isto exigirá das 
organizações, profissionais da área de logística cada vez mais com maior 
qualificação. 
Surgem fortes evidências que empresas da mesma cadeia de 
suprimentos cada vez mais irão se integrar através de sistemas de informação, 
reduzindo incertezas, duplicações de esforços e, consequentemente, o custo 
com a operação. 
O grande desafio das organizações na implementação de sistemas de 
informação é avaliar o “valor” que estes pacotes, sejam eles transacionais ou de 
apoio à decisão, trará para os negócios da empresa. As empresas não podem 
se deixar levar por “modismos” e sim ter a convicção da escolha mais adequada 
as suas necessidades. 
 
 
32 
 
 
Considerações Finais 
A tecnologia pode ser considerada também como uma potente força no 
sentido de capacitar uma extensão nas habilidades humanas, portanto a 
tecnologia da informação deve ser vista como suporte aos processos de 
logísticas e as decisões operacionais e de negócios das organizações. 
Um recurso tecnológico bem empregado em um ambiente empresarial 
pode tornar-se um grande aliado, no que diz respeito ás vantagens competitivas. 
Observa-se também que outra vantagem que a tecnologia da informação fornece 
para a logística tem uma grande perspectiva crescimento para o mercado, isso 
é justificado pela tamanho do mercado existente, atualmente. Sendo que as 
vantagens baseadas no crescimento da TI em logística ocorrem com o 
atendimento da necessidade de aquisição do isso da tecnologia de informação 
para integração da cadeia produtiva, a fim de atender o cliente final. 
É atualmente a fonte de vantagem competitiva mais cobiçada no mercado, 
porém devem ser repensados os processos organizacionais e seu redesenho. 
Toda a tecnologia que hoje está á disposição da solução da logística empresarial 
é capaz de gerar soluções que satisfaçam qualquer necessidade de mercado. 
De um modo geral, o sucesso da implantação de sistema logísticos nas 
empresas e as vantagens advindas de sua aplicação dependem do processo de 
amadurecimento empresarial. Dessa forma conclui-se que a TI é peça 
fundamental para o crescimento das empresas que pretendem disparar na frente 
no mercado competitivo, podendo assim atender seus clientes com muito mais 
eficácia e rapidez. 
 
 
 
 
 
33 
 
 
Referências 
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