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Disciplina de F´ısica Geral 3 (FI108) Primeiro Exerc´ıcio Escolar 07 de abril de 2010 – In´ıcio: 11:00 hs – durac¸a˜o: 2:00 horas Na˜o sera´ permitido nem necessa´rio o uso de calculadoras. Justifique claramente todas as suas respostas. Respostas sem os respectivos ca´lculos na˜o sera˜o consideradas. Use 1 4πǫ0 = 9× 109 (N·m2/C2), se necessa´rio. 1) Um material na˜o-condutor na forma de uma barra fina, de comprimento L, possui densidade linear de cargas uniforme, com carga total Q. A barra se encontra ali- nhada ao eixo x, com o plano x = 0 dividindo-a em duas partes iguais, como mostrado ao lado na figura A. (a) (1,0) Calcule o campo ele´trico, ~E , em um ponto sobre o eixo y, ou seja, em ~r = y yˆ, utilizando a lei de Coulomb. (b) (1,0) Calcule o potencial ele´trico, V (~r), em um ponto sobre o eixo y, ou seja, em ~r = y yˆ. Determine, a partir de V (~r), o campo ele´trico neste ponto e compare com o obtido no item (a). (c) (1,0) Quatro barras iguais a dos itens anteriores sa˜o dispostas unindo as extremidades de cada uma, de modo a formar um quadrado, de aresta L e carga total 4Q (ver figura B). O eixo de simetria deste pol´ıgono e´ posicionado ao longo do eixo z. Encontre o potencial e o campo ele´tricos em ~r = z zˆ. 2) Uma longa casca cil´ındrica constitu´ıda de material na˜o-condutor possui raio interno R1 e raio externo R2 (ver figura ao lado). O comprimento, L, da casca e´ muito maior do que R2. A densidade volume´trica de cargas na casca obedece a` relac¸a˜o ρ(r) = A/r, onde r representa a distaˆncia ao eixo de simetria da casca cil´ındrica. Longe das extremidades da casca, calcule o mo´dulo do campo ele´trico, E(r), e a diferenc¸a de potencial ele´trico entre um ponto r e outro em rref ≫ R2 para os seguintes casos: (a) (1,0) Em r ≥ R2. (b) (1,0) Em R1 ≤ r ≤ R2. (c) (1,0) Em r ≤ R1. Expresse suas respostas em termos de R1, R2 e A. 3) Em uma dada regia˜o do espac¸o, uma carga pontual positiva, q, posicionada na origem de um sistema de coordenadas, tem em sua volta uma densidade volume´trica de cargas que depende da posic¸a˜o radial, r, (em relac¸a˜o a` origem), de acordo com ρ(~r) = A 4π exp(−r/a) r , onde A = −160 C/m2 e a = 0, 1 nm. (a) (0,5) Dado que o sistema e´ eletricamente neutro, determine q. Expresse sua resposta em termos da carga de um ele´tron, |e| = 1, 60 × 10−19 C. (b) (1,0) Calcule o mo´dulo do campo ele´trico, ~E, a uma distaˆncia r da origem. (c) (0,5) Encontre o potencial ele´trico, V (r), a uma distaˆncia r da origem. Utilize a formulac¸a˜o integral para obter V , considerando que o potencial seja igual a zero em r → ∞. Devido a` simetria esfe´rica, pode-se definir o ponto ~r onde se deseja calcular V no eixo z e integrar sobre ~r′ (ver figura ao lado), utlizando coordenadas esfe´ricas. Observe tambe´m que, desta forma, |~r − ~r′| = √r2 + r′2 − 2r′r cos θ. 4) Em uma mole´cula de de amoˆnia (NH3), um ı´on de nitrogeˆnio (N 3−) e treˆs ı´ons de hidrogeˆnio (H1+) esta˜o dispostos em uma piraˆmide trigonal, onde os ı´ons de hidrogeˆnio se encontram em um plano formando um triaˆngulo equila´tero, en- quanto que o ı´on de nitrogeˆnio se localiza no eixo de simetria do triaˆngulo, de acordo com a figura ao lado. A distaˆncia entre os ı´ons de hidrogeˆnio e nitrogeˆnio e´ de aproximadamente 0, 10 nm, enquanto que a distaˆncia entre os ı´ons de hidrogeˆnio e´ pro´xima a 0, 160 nm. [Para simplificar os ca´lculos, voceˆ pode considerar o ı´on N3− na origem e os hidrogeˆnios nas posic¸o˜es ~r1 = (0, 093xˆ − 0, 036zˆ) nm, ~r2 = (−0, 047xˆ + 0, 081yˆ − 0, 036zˆ) nm e ~r3 = (−0, 047xˆ − 0, 081yˆ − 0, 036zˆ) nm, respectivamente]. (a) (1,0) Determine a energia eletrosta´tica (em eV) do sistema formado por estes ı´ons, dado que a energia eletrosta´tica e´ igual a zero quando a distaˆncia entre estes tende a infinito. (b) (1,0) Calcule a forc¸a eletrosta´tica resultante sobre o ı´on N3− devido aos ı´ons H1+. Expresse sua reposta na forma vetorial. Integrais que podem lhe ser ute´is:∫ dt√ a+ t2 = ln(t+ √ a+ t2) ∫ dt (a+ t2)3/2 = t a √ a+ t2∫ tnebtdt = tnebt b − n b ∫ tn−1 ebtdt onde a, b e n sa˜o constantes. Elementos diferenciais de volume, dV , em coordenadas: dx dy dz (cartesianas), r dr dφ dz (cil´ındricas), r2 sen θ dr dθ dφ (esfe´ricas) GABARITO 1) (a) (1,0) Escolhendo-se um elemento diferencial de carga dq = λdx′ (onde λ = Q/L) em ~r′ = x′xˆ, tem-se campo ele´trico d~E = dq 4πǫ0 ~r − ~r′ |~r − ~r′|3 = λdx′ 4πǫ0 yyˆ − x′xˆ (x′2 + y2)3/2 Por simetria a soma das componentes paralelas ao eixo x se cancelam. Logo, ~E(yyˆ) = Eyˆ, onde E = ∫ L/2 −L/2 λdx′ 4πǫ0 y (x′2 + y2)3/2 = λy 4πǫ0 ∫ L/2 −L/2 dx′ (x′2 + y2)3/2 = λy 4πǫ0 x′ y2 √ x′2 + y2 ∣∣∣L/2 −L/2 Ou seja, ~E(yyˆ) = yˆ λ 2πǫ0y L/2√ (L/2)2 + y2 = yˆ Q/L 2πǫ0y 1√ 1 + (2y/L)2 (b) (1,0) O potencial ele´trico pode ser obtido a partir de (considerando V (r →∞) = 0) V (yyˆ) = 1 4πǫ0 ∫ L/2 −L/2 λdx′√ x′2 + y2 = λ 4πǫ0 ln [ x′ + √ x′2 + y2 ] ∣∣∣L/2 −L/2 = λ 4πǫ0 ln L2 + √( L 2 )2 + y2 −L2 + √( L 2 )2 + y2 Logo, V (yyˆ) = Q 4πǫ0L ln √ 1 + ( 2y L )2 + 1√ 1 + ( 2y L )2 − 1 O campo ele´trico ao longo de y pode ser obtido derivando V em relac¸a˜o a y, Ey = −∂V ∂y = − Q 4πǫ0L [ 1 ( √ L2 + (2y)2 + L) 4× 2y 2 √ L2 + (2y)2 − 1 ( √ L2 + (2y)2 − L) 4× 2y 2 √ L2 + (2y)2 ] Ey = − Q 4πǫ0L 4y√ L2 + (2y)2 [√ L2 + (2y)2 − L− √ L2 + (2y)2 − L L2 + (2y)2 − L2 ] = Q 2πǫ0L L y √ L2 + (2y)2 Ou seja, Ey(yyˆ) = −∂V ∂y = Q/L 2πǫ0y 1√ 1 + ( 2y L )2 Este e´ igual ao resultado encontrado no item anterior. (c) (1,0) Para resolver este item podemos partir da integrac¸a˜o da contribuic¸a˜o de um elemento diferencial de carga de cada barra para o potencial ele´trico, V , (ou para o campo ele´trico, ~E). Escolhendo calcular o potencial ele´trico para depois encontrar ~E por derivac¸a˜o de V , ter-se-ia V (zzˆ) = 1 4πǫ0 ∫ L/2 −L/2 λdy′√ (L/2)2 + y′2 + z2 + 1 4πǫ0 ∫ −L/2 L/2 λ(−dx′)√ (L/2)2 + x′2 + z2 + 1 4πǫ0 ∫ −L/2 L/2 λ(−dy′)√ (L/2)2 + y′2 + z2 + 1 4πǫ0 ∫ L/2 −L/2 λ(dx′)√ (L/2)2 + x′2 + z2 = λ 4πǫ0 ∫ L/2 −L/2 du√ u2 + (L/2)2 + z2 = λ πǫ0 ln [√ (L/2)2 + (L/2)2 + z2 + L/2√ (L/2)2 + (L/2)2 + z2 − L/2 ] V (zzˆ) = Q πǫ0L ln [√ z2 + L2/2 + L/2√ z2 + L2/2 − L/2 ] Para campo ele´trico, ~E = zˆEz Ez(zzˆ) = −∂V ∂z = − Q πǫ0L z√ z2 + L2/2√ z2 + L2/2 + L/2 − z√ z2 + L2/2√ z2 + L2/2− L/2 = − Q πǫ0L z√ z2 + L2/2 √ z2 + L2/2− L/2− √ z2 + L2/2− L/2 z2 + L2/2− L2/4 ~E(zzˆ) = zˆ Q πǫ0 z√ z2 + L2/2 1 [z2 + (L/2)2] SOLUC¸A˜O ALTERNATIVA Uma outra maneira de resolver este item seria utilizando os resultados dos itens (a) e (b) e o princ´ıpio da superposic¸a˜o, pois tanto V como ~E obedecem a este princ´ıpio. Para isto, basta notar que um ponto no eixo z se encontra em planos que seccionam cada uma das barras em duas partes iguais. A distaˆncia deste ponto em z ao ponto me´dio de cada barra e´ igual a√ z2 + (L/2)2. Portanto, podemos utilizar ~E e V dos itens (a) e (b), onde, ao inve´s de y teremos√ z2 + (L/2)2. Cada barra contribui com campo ele´trico de mo´dulo Ebarra = Q/L 2πǫ0 √ z2 + (L/2)2 1√ 1 + ( 2 L )2 ( z2 + ( L 2 )2) = Q/L2πǫ0√z2 + (L/2)2 1√ 2 + ( 2z L )2 e potencial ele´trico Vbarra = Q 4πǫ0L ln [√ L2 + (2z)2 + L2 + L√ L2 + (2z)2 + L2 − L ] = Q 4πǫ0L ln [√ 2L2 + (2z)2 + L√ 2L2 + (2z)2 − L ] Como todas as barras contribuem com o mesmo valor de Vbarra, temos V (zzˆ) = 4Vbarra= Q πǫ0L ln [√ z2 + L2/2 + L/2√ z2 + L2/2− L/2 ] Para a determinac¸a˜o de ~E(zzˆ), observe que o campo ~Ebarra gerado por cada barra tem compo- nentes ao longo do eixo z e perpendiculares ao este eixo. No entanto, as componentes perpen- diculares a z se cancelam mutuamente. As componentes de ~Ebarra paralelas a z sa˜o dadas por Ebarra,z = Ebarra cosα = Ebarra z√ z2 + (L/2)2 (ver figura). Logo, ~E(zzˆ) = zˆ4Ebarra z√ z2 + (L/2)2 = zˆ Q πǫ0 √ z2 + L2/2 z [z2 + (L/2)2] 2) (a) (1,0) Em r ≥ R2, utilizamos a lei de Gauss com uma superf´ıcie Gaussiana cil´ındrica, com eixo de simetria ao longo de z, de altura h << L e bases de raio r ≥ R2. Sobre esta superf´ıcie, longe das extremidades da cavidade cil´ındrica, o campo ele´trico tem direc¸a˜o radial, estando na mesma direc¸a˜o que d ~A na parte lateral da superf´ıcie Gaussiana. Portanto, ǫ0 ∮ ~E · d ~A = qenv ∴ ǫ0E2πrh = h ∫ R2 R1 2πr dr A r = 2πhAr ∣∣∣R2 R1 = 2πhA (R2 −R1) E(r ≥ R2) = A (R2 −R1) ǫ0 r A diferenc¸a de potencial ele´trico entre os pontos r e r2 >> R2 pode ser obtida por V (r2)−V (r) = − ∫ r2 r ~E ·d~r = − ∫ r2 r E(r′)dr′ = −A (R2 −R1) ǫ0 ∫ r2 r dr′ r′ = A (R2 −R1) ǫ0 ln ( r r2 ) Ou seja, ∆V = V (r ≥ R2)− V (r2) = A (R2 −R1) ǫ0 [ln r2 − ln r] (b) (1,0) Em R1 ≤ r ≤ R2, utilizamos a lei de Gauss com uma superf´ıcie Gaussiana cil´ındrica, com eixo de simetria ao longo de z, de altura h << L e bases de raio R1 ≤ r ≤ R2. Sobre esta superf´ıcie, longe das extremidades da cavidade cil´ındrica, o campo ele´trico tem direc¸a˜o radial, estando na mesma direc¸a˜o que d ~A na parte lateral da superf´ıcie Gaussiana. Portanto, ǫ0 ∮ ~E · d ~A = qenv ∴ ǫ0E2πrh = h ∫ r R1 2πr dr A r = 2πhAr ∣∣∣r R1 = 2πhA (r −R1) E(R1 ≤ r ≤ R2) = A ǫ0 ( 1− R1 r ) Para calcular a diferenc¸a de potencial ele´trico entre os pontos r e r2 >> R2, obtemos antes a diferenc¸a de pontencial entre R1 ≤ r ≤ R2 e R2. Deste modo, V (R2)−V (r) = − ∫ R2 r ~E·d~r = − ∫ R2 r E(r′)dr′ = −A ǫ0 ∫ R2 r dr′ ( 1− R1 r′ ) = −A ǫ0 (R2 − r −R1 lnR2 +R1 ln r) Substitui-se V (R2) = V (r2) + A (R2 −R1) ǫ0 [ln r2 − lnR2] que e´ V (r) encontrado no item (a) em r = R2, V (r) = V (r2) + A (R2 −R1) ǫ0 [ln r2 − lnR2] + A ǫ0 (R2 − r −R1 lnR2 +R1 ln r) Ou seja, ∆V = V (R1 ≤ r ≤ R2)− V (r2) = A ǫ0 [R2 − r +R1 ln r −R2 lnR2 + (R2 −R1) ln r2] (c) (1,0) Em r ≤ R1, na˜o ha´ cargas. Logo, por uma superf´ıcie Gaussiana cil´ındrica com raio da base r ≤ R1 o fluxo do campo ele´trico e´ nulo. O campo ele´trico e´ igual a zero nesta regia˜o, ou seja, E(r ≤ R1) = 0 O potencial ele´trico e´ constante, sendo dado pelo potencial em r = R1, i.e., V (R1) − V (r) = − ∫ R1r E dr′ = 0. Logo, ∆V = V (r ≤ R1)− V (r2) = A ǫ0 [R2 −R1 +R1 lnR1 −R2 lnR2 + (R2 −R1) ln r2] 3) (a) (0,5) A carga total do sistema e´ dada por Q = q + ∫ ∞ 0 4πr2drρ(r) = q +A ∫ ∞ 0 r dre−r/a = q +A ( −rae−r/a ∣∣∣∞ 0 + a ∫ ∞ 0 dre−r/a ) = q + aA(−a)e−r/a ∣∣∣∞ 0 = q + a2A Como Q = 0, q = −a2A . Portanto, q = −a2A = −(0, 1 × 10−9 m)2 × (−160C/m2) = 16× 10−19 C = 10|e| (b) (1,0) Podemos calcular o campo ele´trico utilizando a lei de Gauss. Considere uma superf´ıcie Gaussiana esfe´rica, centrada na origem e de raio r. Devido a` simetria da distribuic¸a˜o de cargas, o campo ele´trico tem direc¸a˜o radial. Logo, ǫ0 ∮ ~E · d ~A = q + ∫ r 0 4πr′2dr′ρ(r′) = q +A ∫ r 0 r′ dr′e−r ′/a = q +A ( −r′ae−r′/a ∣∣∣r 0 + a ∫ r 0 dr′e−r ′/a ) = q +Aa ( −re−r/a − ae−r/a + a ) = q + a2A− a2A ( 1 + r a ) e−r/a Mas q + a2A = 0. Portanto, ǫ0 ∮ ~E · d ~A = ǫ0E(r)4πr2 = q ( 1 + r a ) e−r/a ~E(r) = E(r) ~r r , onde E(r) = q 4πǫ0r2 ( 1 + r a ) e−r/a (c) (0,5) Se V (r →∞) = 0, enta˜o V (~r) = 1 4πǫ0 ∫ d3r′ ρ(~r′) |~r − ~r′| + q 4πǫ0r Devido a` simetria esfe´rica, faremos a integrac¸a˜o em coordenadas esfe´ricas, com ~r = z zˆ. Pela pro´pria simetria do sistema o valor de V encontrado em z zˆ e´ o mesmo para qualquer distaˆncia radial r em que r = z. Denotando a integral acima por I, temos I = 1 4πǫ0 ∫ ∞ 0 r′2dr′ Ae−r ′/a 4πr′ ∫ pi 0 dθ sen θ√ r2 + r′2 − 2r′r cos θ ∫ 2pi 0 dφ = A 8πǫ0 ∫ ∞ 0 r′ dr′ e−r ′/a ∫ pi 0 dθ sen θ√ r2 + r′2 − 2r′r cos θ Fazendo u = r2 + r′2 − 2r′r cos θ, tem-se du = 2r′r sen θdθ, sen θ dθ = du 2r′r , u(θ = 0) = r2 + r′2 − 2r′r = (r − r′)2 e u(θ = π) = r2 + r′2 + 2r′r = (r + r′)2. Logo, I = A 16πǫ0r ∫ ∞ 0 dr′ e−r ′/a ∫ u(pi) u(0) u−1/2 du = A 16πǫ0r ∫ ∞ 0 dr′ e−r ′/a(2)u1/2 ∣∣∣u(pi) u(0) = A 8πǫ0r ∫ ∞ 0 dr′ e−r ′/a ( r + r′ − |r − r′|) I = A 8πǫ0r [∫ r 0 dr′ e−r ′/a(r + r′ − r + r′) + ∫ ∞ r dr′ e−r ′/a(r + r′ − r′ + r) ] = = A 4πǫ0r (∫ r 0 r′ dr′ e−r ′/a + r ∫ dr′e−r ′/a ) = A 4πǫ0r [ a2 − a2 ( 1 + r a ) − rae−r′/a ∣∣∣∞ r ] = a2A 4πǫ0r ( 1− e−r/a ) Logo, como q = −a2A, V (r) = q 4πǫ0r − q 4πǫ0r + q e−r/a 4πǫ0r = q e−r/a 4πǫ0r SOLUC¸A˜O ALTERNATIVA Poder-se-ia ter integrado o campo ele´trico ao longo de r. Deste modo, V (r →∞)− V (r) = − ∫ r 0 E(s)ds ∴ V (r) = − ∫ r ∞ E(s)ds = − q 4πǫ0 ∫ r ∞ ds s2 ( 1 + s a ) e−s/a Mas ∫ r ∞ ds s2 ( 1 + s a ) e−s/a = ∫ r ∞ ds s2 e−s/a + 1 a ∫ r ∞ ds s e−s/a onde ∫ r ∞ ds s e−s/a = −a s e−s/a ∣∣∣r ∞ − a ∫ r ∞ ds s2 e−s/a Logo ∫ r ∞ ds s2 ( 1 + s a ) e−s/a = ∫ r ∞ ds s2 e−s/a − 1 r e−r/a − ∫ r ∞ ds s2 e−s/a = −1 r e−r/a Ou seja, V (r) = q e−r/a 4πǫ0r 4) (a) (1,0) Tendo energia eletrosta´tica igual a zero quando os ı´ons estiverem infinitamente separados, a energia dos ı´ons em uma mole´cula de amoˆnia e´ igual ao trabalho para trazer cada ı´on do infinito ate´ sua posic¸a˜o atual. Desta forma, E = 1 4πǫ0 N∑ k=1 k−1∑ l=1 qkql |~rk − ~rl| onde k e l se referem aos ı´ons, i.e., os H1+ nas posic¸o˜es ~r1, ~r2 e ~r3, enquanto que o N 3− em ~r4. Mas |~r1−~r2| = |~r2−~r3| = |~r3−~r1| = dH−H = 0, 16 nm, |~r4−~r1| = |~r4−~r2| = |~r4−~r3| = dN−H = 0, 10 nm, q1 = q2 = q3 = |e| e q4 = −3|e|. Logo, E = 1 4πǫ0 ( q1q2 |~r1 − ~r2| + q2q3 |~r2 − ~r3| + q3q1 |~r3 − ~r1| + q4q1 |~r4 − ~r1| + q4q2 |~r4 − ~r2| + q4q3 |~r4 − ~r3| ) = 1 4πǫ0 ( 3e2 dH−H + 3 (−3e2) dN−H ) E = 9×109 Nm2/C2×3×(1, 6×10−19 C)2 [ 1 0, 16 × 10−9 m − 3 0, 10 × 10−9 m ] = −27×1, 6×3, 8×10−19 J Ou seja, E = −164, 16 × 10−19 J ≈ −160× 10−19 J = −100 eV (b) (1,0) Devido a disposic¸a˜o dos ı´ons H1+, as componentes das forc¸as provocadas por estes ı´ons sobre o ı´on N3− tem resultante somente ao longo do eixo z. Portanto, ~FN = zˆ (F41,z + F42,z + F42,z) = 3zˆF41,z onde ~F41, ~F42, ~F43 sa˜o as forc¸as que atuam sobre o ı´on N 3− devido aos ı´ons H1+ e F41 = F42 = F43. Assim, F41,z = − 1 4πǫ0 3e2 (z4 − z1) |~r4 − ~r1|3 = − 3e2 4πǫ0 (0− (−0, 036))nm (0, 10nm)3 = −3× (1, 6 × 10−19 C)2 × 9× 109 Nm2/C2 × 36× 1012 m× 10−30 m−3 = −27× 256 × 36× 10−13 N ≈ −2, 5× 10−8 N Portanto, ~FN = −7, 5× 10−8zˆN