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Instituto de Matemática - IM / UFRJ Segunda Prova Cálculo Diferencial e Integral IV - MAC 248 11/06/2014 Questão 1 : (2:5 pontos) Seja f a função de nida por: f (x) = ����� 1; �1 6 x < 0x; 0 6 x < 1 ; f(x+ 2) = f(x) a) (0:8 ponto) Determine a série de Fourier da função. Solução: B Cálculo de a0: Temos que: a0 = Z 0 �1 dx+ Z 1 0 xdx =) a0 = [x] 1 0 + 1 2 � x2 �1 0 =) a0 = 1 + 1 2 =) a0 = 3 2 : (1) B Cálculo de an: Temos que: an = Z 0 �1 cosn�xdx+ Z 1 0 x cosn�xdx =) an = 1 n� [sinn�x] 1 0 + 1 n� [x sinn�x] 1 0 + 1 n2�2 [cosn�x] 1 0 =) an = 1 n2�2 [cosn� � 1] =) an = 1 n2�2 [(�1)n � 1] : (2) B Cálculo de bn: Temos que: bn = Z 0 �1 sinn�xdx+ Z 1 0 x sinn�xdx =) bn = � 1 n� [cosn�x] 0 �1 � 1 n� [x cosn�x] 1 0 + 1 n2�2 [sinn�x] 1 0 =) 1 bn = � 1 n� [1� cos�n�]� 1 n� cosn� =) bn = � 1 n� : (3) De (1); (2) e de (3) temos que a série de Fourier da função f é da forma: 3 4 + 1X n=1 1 n2�2 [(�1)n � 1] cosn�x+ 1X n=1 � 1 n� sinn�x: (4) b) (1:2 pontos) Qual é o valor da série de Fourier em x = 0? Justi que sua resposta e esboce o grá co da série de Fourier no intervalo [�3; 3] : Solução: Pela de nição da função f temos que:������ f(0�) = lim x!0� f(x) = 1 f(0+) = lim x!0+ f(x) = 0 =) f(0�) + f(0+) 2 = 1 2 : (5) De (5) temos que o valor da série de Fourier em x = 0 é 1 2 : c) (0:5 ponto) Utilizando os itens a) e b) prove que: �2 8 = 1X n=1 1 (2n� 1)2 = 1 + 1 3 + 1 5 + :::+ 1 (2n� 1)2 + ::: Solução: Temos que: 1 2 = 3 4 + 1X n=1 1 n2�2 [(�1)n � 1] cos 0 + 1X n=1 � 1 n� sin 0 =) 1 2 � 3 4 = 1X n=1 1 n2�2 [(�1)n � 1] =) �1 4 = � 2 �2 1X n=1 1 (2n� 1)2 =) �2 8 = 1X n=1 1 (2n� 1)2 = 1 + 1 3 + 1 5 + :::+ 1 (2n� 1)2 + ::: (6) pois: (�1)n � 1 = ���� 0; se n é par,�2; se n é ímpar. Questão 2 : (2:5 pontos) Seja f a função de nida por: 2 f (x) = ����� x; 0 6 x < 1;�2; 1 6 x < 2; a) (1:2 pontos) De na a extensão par e periódica de período T = 4 da função f e esboce seu grá co no intervalo [�6; 6]: Solução: Denotando por g(x) a extensão par e periódica de período T = 4 da função f temos que: g(x) = ����� f (x); 0 6 x 6 2f(�x); � 2 < x < 0 ; g(x+ 4) = g(x): Logo: g(x) = ��������� x; 0 6 x < 1 �2; 1 6 x < 2 �x; � 1 < x < 0 �2; � 2 < x < �1 ; g(x+ 4) = g(x): (7) b) (1:3 pontos) De na a extensão ímpar e periódica de período T = 4 da função f e esboce seu grá co no intervalo [�6; 6]: Solução: Denotando por h(x) a extensão ímpar e periódica de período T = 4 da função f temos que: h(x) = ������� f (x); 0 < x < 2 0; se x = 0 e x = 2 f(�x); � 2 < x < 0 ; h(x+ 4) = h(x): Logo: h(x) = ���������� x; 0 < x < 1 �2; 1 < x < 2 0; se x = 0 e x = 2 x; � 1 < x < 0 2; � 2 < x < �1 ; h(x+ 4) = h(x): (8) Questão 3 : (2:5 pontos) Considere o seguinte problema de Sturm-Liouville: (i) (ii) (iii) ������� X 00(x) + �X(x) = 0; X(0) = 0; X(1) = 0: a) (0:8 ponto) Mostre que � < 0 é inaceitável, justi cando sua resposta. 3 Solução: Da equação (i) obtemos que: r2 + � = 0 =) r = +�p��: (9) Considerando � = ��2 na equação (9) obtemos pela tabela que: X (x) = c1 e �x + c2 e ��x: (10) Substituindo x = 0 em (10) obtemos que: X(0) = c1 + c2 (ii) = 0 =) c2 = �c1: Substituindo o valor de c2 em (10) resulta que: X (x) = c1 e �x � c1 e��x: (11) Substituindo x = 1 em (11) obtemos que: X (1) = c1 e � � c1e�� (iii)= 0 =) c1 e � = c1e �� =) c1 = 0; pois, � 6= 0: Substituindo o valor de c1 em (11) resulta que: X (x) = 0 =) � < 0 é inaceitável, (12) pois, contraria a de nição de autovetor. b) (0:7 ponto) Mostre que � = 0 é inaceitável, justi cando sua resposta. Solução: Substituindo � = 0 na equação (9) e da tabela obtemos que: X(x) = c1 + c2 x: (13) Substituindo x = 0 em (13) obtemos que: X(0) = c1 (ii) = 0 =) c1 = 0: Substituindo o valor de c1 em (13) resulta que: X(x) = c2 x: (14) Substituindo x = 1 em (14) obtemos que: X (1) = c2 (iii) = 0: Substituindo o valor de c2 em (14) resulta que: 4 X (x) = 0 =) � = 0 é inaceitável, (15) pois, contraria a de nição de autovetor. c) (1:0 ponto) Mostre que � > 0 é aceitável e determine os autovalores e autovetores correspondentes. Solução: Considerando � = �2 na equação (9) obtemos pela tabela que: X (x) = c1 cos�x+ c2 sin�x: (16) Substituindo x = 0 em (16) obtemos que: X(0) = c1 (ii) = 0: Substituindo o valor de c1 em (16) resulta que: X (x) = c2 sin�x: (17) Substituindo x = 1 em (17) obtemos que: X (1) = c2 sin� (iii) = 0: (18) Como desejamos obter autovetores segue de (18) que c2 6= 0: Logo: sin� = 0 =) � = n� ; n = 1; 2; 3; ::: (19) Como � = �2 então de (19) os autovalores �n e os aotovetores Xn(x) são dados por: ����� �n = n2�2; n = 1; 2; 3; :::Xn(x) = sinn�x; n = 1; 2; 3; ::: (20) Questão 4 : (2:5 pontos) Suponha que u (x; t) = X (x)T (t) e considere o seguinte problema de valor inicial e de fronteira (PVIF): ���������� @u @t (x; t) = 9 @2u @x2 (x; t); 0 < x < 1; t > 0; u (0; t) = u (1; t) = 0; t > 0; u (x; 0) = x = f(x); 0 < x < 1: (21) a) (0:8 ponto) Analise as condições de fronteira e conclua que X (0) = 0 e X(1) = 0; justi cando sua resposta. Solução: 5 Da hipótese que u (x; t) = X (x)T (t) e substituindo x = 0 nesta igualdade resulta que: u (0; t) = X (0)T (t) (21)2 = 0 =) X (0) = 0; e ou T (t) = 0: Mas, se T (t) = 0 =) u (x; t) = 0; 8 t > 0: Em particular, u (x; 0) = 0; o que é um absurdo, pois, por (21)3 u (x; 0) = x: Logo: X (0) = 0: (22) Por outro lado, da hipótese que u (x; t) = X (x)T (t) e substituindo x = 1 nesta igualdade resulta que: u (1; t) = X (1)T (t) (21)2 = 0 =) X (1) = 0; e ou T (t) = 0: De forma análoga resulta que: X (1) = 0: (23) (b) (0:6 ponto) Determine a solução T (t) correspondente aos �n obtidos no item c): Solução: Da hipótese que u (x; t) = X (x)T (t) resulta que:�������� @u @t = X(x)T 0(t); @2u @x2 = X 00(x)T (t): (24) Substituindo (24)1 e (24)2 em (21)1 obtemos que: X(x)T 0(t) = 9X 00(x)T (t) X(x)T 0(t) 9X (x)T (t) = 9X 00(x)T (t) 9X (x)T (t) =) T 0(t) 9T (t) = X 00(x) X (x) = �� =) ����� X 00(x) + �X (x) = 0;T 0(t) + 9�T (t) = 0: (25) 6 De (25)2 e de (20)1 resulta que: T (t) = ke�9n 2�2t: (26) c) (0:6 ponto)Considerando que u (x; 0) = x = f(x) prove que devemos estender f de maneira ímpar e períodica de período T = 2: Solução: Do que foi exposto temos que a solução de (21)1 e de (21)2 é da forma: u(x; t) = c2 sinn�x � ke�9n2�2t: =) u(x; t) = k0 sinn�xe�9n 2�2t:: (27) Substituindo t = 0 em (27) obtemos que: u(x; 0) = k0 sinn�x (21)3 = x = f(x); o que é um absurdo. Portanto, a solução de (21)1, (21)2 e (21)3 é da forma: u(x; t) = 1X n=1 bn sinn�xe �9n2�2t:: (28) Substituindo t = 0 em (28) obtemos que: u(x; 0) = 1X n=1 bn sinn�x (21)3 = x = f(x): (29) De (29) devemos estender f de maneira ímpar e períodica de período T = 2: d) (0:5 ponto) Determine a solução u (x; t) do PVIF. Solução: Do item c) temos que: bn = 2 Z 1 0 x sinn�xdx =) bn = 2 � � 1 n� [x cosn�x] 1 0 + 1 n2�2 [sinn�x] 1 0 � =) bn = � 2 n� cosn� =) bn = 2(�1) n+1 n� : (30) Substituindo (30) em (28) obtemos que: u(x; t) = 1X n=1 2(�1)n+1 n� sinn�xe�9n 2�2t:: (31) 7 FORMULÁRIOZ b a x cos n�x L dx = L n� h x sin n�x L ib a + L2 n2�2 h cos n�x L ib aZ b a x sin n�x L dx = � L n� h x cos n�x L ib a+ L2 n2�2 h sin n�x L ib a . Tabela de EDO Linear de 2a ordem Homogênea X 00(x) + �X (x) = 0 =) r2 + � = 0 =) r = +�p��: Raízes Solução r1; r2 2 R; r1 6= r2 X (x) = c1 er1x + c2 er2x: r1; r2 2 R; r1 = r2 X (x) = c1 er1x + c2 x er1x: r1 = �+ �i; r1 = �� �i X (x) = c1 e�x cos�x+ c2 e�x sin�x: T 0(t) + T (t) = 0 =) T (t) = ke� t: 8
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