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RESUMO
PERIÓDICO FEITO
PELO ALUNO
MATEUS
RODRIGUES 
Política, Estado e Democracia - AV2
20 de Maio de 2025
Página 01
A	Democracia:
O estado Democrático valoriza a participação popular como um dos pilares fundamentais da governança.
No Brasil, a Constituição de 1988 reforçou esse princıṕio ao garantir mecanismos como orçamento
participativo, conselhos gestores e audiências públicas, permitindo que os cidadãos influenciem
diretamente as decisões polıt́icas
A participação popular fortalece a democracia ao possibilitar que a sociedade exerça seus direitos e
contribua para a administração dos bens e serviços públicos. No entanto, desafios como a falta de acesso à
informação e desigualdade na representatividade ainda dificultam sua plena efetivação
A democracia é um sistema polıt́ico que permite a pluralidade de interesses, garantindo que diferentes
grupos sociais possam expressar suas opiniões e influenciar decisões governamentais. O pluralismo
polıt́ico é um dos pilares fundamentais da democracia, pois assegura a diversidade de ideias, crenças e
valores na construção de polıt́icas públicas.
Esse modelo evita a concentração de poder em um único grupo e promove o debate entre diferentes
setores da sociedade, permitindo que as decisões sejam mais representativas e equilibradas. No Brasil, a
Constituição de 1988 reforça esse princıṕio ao garantir liberdade de pensamento, associação e
participação popular na gestão pública
Democracia Direta:
A democracia direta era praticada na Grécia Antiga, onde os cidadãos participavam ativamente das
decisões polıt́icas sem intermediários. No entanto, devido à complexidade dos Estados modernos, esse
modelo não é mais viável em larga escala. 
Hoje, a democracia direta evoluiu para a democracia participativa, que permite a intervenção popular por
meio de mecanismos como plebiscitos, referendos e iniciativas populares de lei. Esse modelo busca
equilibrar a representatividade com a participação ativa dos cidadãos na formulação de polıt́icas públicas.
Democracia	Representativa:
A democracia representativa surgiu para viabilizar a participação polıt́ica em Estados grandes e
complexos, onde a democracia direta não era mais viável. Nesse modelo, os cidadãos elegem
representantes que tomam decisões em seu nome, caracterizando uma democracia indireta. 
Um dos pilares desse sistema é o pluralismo partidário, que permite a existência de diversos partidos
polıt́icos, garantindo a diversidade de ideias e interesses na formulação das polıt́icas públicas. Apesar de
sua difusão no século XX, a democracia representativa enfrenta desafios, como a baixa participação
eleitoral e a falta de engajamento de muitos cidadãos, o que compromete sua aplicação efetiva. O voto
feminino só foi estabelecido na constituição de 1934.
Após a Segunda Guerra Mundial, a América Latina passou por processos de redemocratização, mas de
forma desigual entre os paıśes. Enquanto algumas nações experimentaram perıódos democráticos, outras
enfrentaram golpes militares e regimes autoritários, especialmente durante a Guerra Fria. 
Entre as décadas de 1950 e 1990, diversos paıśes latino-americanos viveram sob ditaduras militares,
muitas delas apoiadas pelos Estados Unidos para conter o avanço do comunismo. A redemocratização
ocorreu gradualmente, impulsionada por movimentos sociais, pressão internacional e crises econômicas.
.
RESUMO
PERIÓDICO FEITO
PELO ALUNO
MATEUS
RODRIGUES 
Política, Estado e Democracia - AV2
20 de Maio de 2025
Página 02
No Brasil, por exemplo, houve dois processos de redemocratização:
1945: Com o fim do Estado Novo de Getúlio Vargas.
1985: Com o fim da Ditadura Militar e a eleição de Tancredo Neves.
Democracia	Participativa:
A democracia participativa surge como uma crıt́ica à democracia meramente representativa, pois busca ampliar a
participação direta dos cidadãos nas decisões polıt́icas. No Brasil, além da representação por meio de eleições,
existem mecanismos que permitem a intervenção popular, como:
Plebiscito: Consulta pública realizada antes da criação de uma norma ou decisão governamental. 
Referendo:	Votação popular para aprovar ou rejeitar uma lei já existente. 
Iniciativa	popular	de	lei:	Permite que cidadãos proponham projetos de lei, desde que atendam aos requisitos de
assinaturas estabelecidos.
Democracia	Deliberativa:
A democracia deliberativa surgiu como resposta à crise de representatividade, buscando ampliar a participação
cidadã por meio de debates e reflexões coletivas antes da tomada de decisões. 
Ela se aproxima da democracia participativa, incorporando seus elementos, como plebiscitos e consultas públicas,
mas enfatiza a necessidade de discussão e argumentação entre os cidadãos antes da formulação de polıt́icas. O
objetivo é garantir que as decisões sejam mais legıt́imas e fundamentadas no diálogo democrático.
Procedimentalismo:
A democracia deliberativa procedimentalista busca superar os limites da representatividade tradicional, garantindo
que os cidadãos participem ativamente dos processos de criação de leis, controle das polıt́icas públicas e decisões
judiciais. 
Esse modelo enfatiza que a legitimidade das decisões polıt́icas não deve se basear apenas na eleição de
representantes, mas também na deliberação pública, onde os cidadãos discutem e influenciam diretamente as
polıt́icas e normas que os afetam. 
A teoria deliberativa, desenvolvida por autores como Jürgen Habermas, propõe que o debate racional entre cidadãos
e instituições fortalece a democracia, tornando as decisões mais legıt́imas e alinhadas aos interesses da sociedade
Accountability	Vertical	e	Horizontal:
A accountability vertical refere-se ao controle que os cidadãos exercem sobre os governantes por meio de
mecanismos como eleições, plebiscitos e referendos. Nesse modelo, os eleitores podem exigir prestação de contas
dos representantes polıt́icos, garantindo maior transparência e responsabilidade na gestão pública.
Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) validou uma regra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que
impede a candidatura de polıt́icos que não prestam contas de campanha dentro do prazo. Essa medida visa
fortalecer a transparência eleitoral e evitar irregularidades como abuso de poder econômico e caixa dois.
A accountability horizontal ocorre quando órgãos e instituições do Estado fiscalizam uns aos outros, garantindo
transparência e controle interno entre os poderes. Diferente da accountability vertical, que envolve o controle dos
cidadãos sobre os governantes, a horizontal se dá entre instituições públicas, como tribunais, ministérios públicos,
agências reguladoras e órgãos de controle.
Esse mecanismo é essencial para evitar abusos de poder e garantir que as decisões polıt́icas e administrativas sigam
princıṕios democráticos. No Brasil, exemplos de accountability horizontal incluem o controle exercido pelo Tribunal
de Contas da União (TCU) sobre gastos públicos e a atuação do Ministério Público na fiscalização de irregularidades
governamentais.
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RODRIGUES 
Política, Estado e Democracia - AV2
20 de Maio de 2025
Página 03
Pluralismo	Político:
O pluralismo polıt́ico é um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito, conforme o Artigo 1º da
Constituição Federal. Esse princıṕio garante a diversidade de ideias, partidos e movimentos polıt́icos, permitindo
que diferentes grupos sociais participem do processo democrático. 
Embora muitas vezes seja confundido com multipartidarismo, o pluralismo polıt́ico vai além da existência de vários
partidos. Ele assegura a liberdade de expressão, manifestação e opinião, garantindo que a sociedade tenha voz ativa
na formulação das polıt́icas pública.
Artigo	1º	da	Lei	nº	9.096/1995: "Partido polıt́ico, pessoa jurıd́ica de direito privado, destina-se a assegurar, no
regime democrático, a autenticidadedo sistema representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na
Constituição Federal" (BRASIL, 1995)
Relações	que	os	partidos	estabelecem	com	o	Estado:
Visão	Democrática:	Na democracia, o Estado pluripartidário permite a existência de diversos partidos polıt́icos,
garantindo a representação de diferentes ideologias e interesses. Os partidos desempenham um papel essencial na
formulação de polıt́icas públicas, na mediação entre governo e sociedade e na organização do processo eleitoral.
Visão	Marxista: Na perspectiva marxista, o Estado e os partidos polıt́icos são vistos como instrumentos da classe
dominante. Marx considerava a democracia liberal uma "condição precária e transitória", pois acreditava que o
sistema polıt́ico deveria evoluir para eliminar desigualdades estruturais.
Visão	Fascista:	O fascismo é um regime polıt́ico totalitário caracterizado pelo partido único, que se torna
diretamente ligado ao Estado e exerce controle absoluto sobre a sociedade. Esse modelo rejeita o pluralismo
polıt́ico, suprimindo a oposição e centralizando o poder em um lıd́er autoritário.
Sistemas	Partidários:
Os sistemas partidários definem como os partidos polıt́icos se organizam dentro de um Estado. Existem três
principais modelos:
Unipartidarismo:	Apenas um partido existe e controla o governo, sem liberdade de escolha para os cidadãos. Esse
sistema é comum em regimes autoritários.
Bipartidarismo:	Embora possam existir outros partidos, apenas dois têm chances reais de governar. Exemplos
incluem os Estados Unidos e o Reino Unido. 
Multipartidarismo:	Caracterıśtico de democracias, permite a existência de vários partidos com representação
polıt́ica, garantindo maior diversidade ideológica e participação popular.
Eleições:
As eleições são o principal mecanismo democrático pelo qual os cidadãos escolhem seus representantes e
governantes. Elas garantem a participação popular na polıt́ica, permitindo que a sociedade influencie diretamente
as decisões do Estado. 
No Brasil, o voto é obrigatório para cidadãos entre 18 e 70 anos e facultativo para jovens de 16 e 17 anos, além de
idosos acima de 70. O sistema eleitoral inclui diferentes tipos de votação, como eleições majoritárias (para
presidente, governadores e prefeitos) e proporcionais (para deputados e vereadores), garantindo
representatividade polıt́ica.
Sistema	Majoritário:
O sistema majoritário é utilizado para eleger cargos como presidente da República, governadores, senadores e
prefeitos. Nesse modelo, vence o candidato que obtiver a maioria dos votos válidos
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Política, Estado e Democracia - AV2
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Maioria	relativa: O candidato com o maior número de votos vence, sem necessidade de atingir mais da
metade dos votos. Esse critério é usado para senadores e prefeitos de municıṕios com menos de 200 mil
eleitores.
Maioria	absoluta: O candidato precisa obter mais da metade dos votos válidos (excluindo brancos e
nulos). Se nenhum candidato alcançar esse número no primeiro turno, ocorre um segundo turno entre os
dois mais votados. Esse critério é aplicado para presidente, governadores e prefeitos de cidades com mais
de 200 mil eleitores.
Sistema	Proporcional:
O sistema proporcional é utilizado para eleger deputados federais, estaduais, distritais (DF) e vereadores.
Diferente do sistema majoritário, ele busca garantir uma representação mais equilibrada dos partidos
polıt́icos, distribuindo as vagas conforme a votação recebida por cada legenda. 
Como	funciona	o	cálculo?
	
O sistema proporcional utiliza o quociente eleitoral, que é obtido pela divisão do número de votos válidos
pelo número de vagas disponıv́eis. Após esse cálculo, define-se o quociente partidário, que determina
quantas cadeiras cada partido terá direito, considerando os votos recebidos pela legenda e pelos
candidato.
Sufrágio:
O sufrágio é o direito fundamental de votar e ser votado, garantindo a participação dos cidadãos na vida
polıt́ica de um paıś. Ele se divide em duas formas:
Sufrágio	ativo:	Direito de escolher representantes por meio do voto. 
Sufrágio	passivo:	Direito de concorrer a cargos eletivos. 
Além de ser um mecanismo essencial da democracia, o sufrágio é um sıḿbolo de lutas históricas, como a
conquista do voto feminino e a ampliação do direito ao voto para diferentes grupos sociais
Direitos	Indivuais	e	Sociais:
Os direitos individuais são aqueles que garantem a liberdade e autonomia do indivıd́uo, protegendo sua
esfera privada contra interferências externas. Eles incluem direitos como liberdade de expressão, direito à
vida, propriedade e privacidade. 
Já os direitos sociais são aqueles que permitem ao indivıd́uo exigir prestações do Estado ou da sociedade
para garantir condições mıńimas de existência digna. Eles envolvem educação, saúde, moradia,
alimentação e trabalho, sendo fundamentais para reduzir desigualdades e promover justiça social
Direitos	de	Nacionalidade	e	Políticos:
Os direitos de nacionalidade estabelecem o vıńculo jurıd́ico entre o Estado e o indivıd́uo nacional,
garantindo direitos e deveres especıf́icos. Esse vıńculo permite que o cidadão exerça sua cidadania dentro
do território e tenha acesso a proteções legais, como o direito à identidade nacional e à participação
polıt́ica.
Já os direitos polıt́icos são aqueles que possibilitam a formação e construção do poder, permitindo que os
cidadãos influenciem as decisões do Estado por meio do voto, da candidatura a cargos públicos e da
participação em processos democrático. Esses direitos são essenciais para garantir a representatividade e
a soberania popular dentro de um regime democrático. 
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Política, Estado e Democracia - AV2
20 de Maio de 2025
Página 05
Direitos	Coletivos: 
Os direitos coletivos são aqueles que protegem interesses de grupos ou comunidades, podendo ser
classificados em diferentes categorias:
Direitos	difusos:	São transindividuais e indivisıv́eis, ou seja, pertencem a um número indeterminado de
pessoas afetadas pelo mesmo fato. Exemplos incluem o direito ao meio ambiente equilibrado e à proteção
do patrimônio histórico.
Direitos	individuais	de	expressão	coletiva:	São direitos individuais exercidos de forma coletiva, como o
direito de reunião e a liberdade de associação.
Direitos	individuais	homogêneos:	Referem-se a direitos de vários indivıd́uos com origem comum, como
ações coletivas de consumidores lesados por uma mesma empresa.
Direitos coletivos	em	sentido	estrito:	Também metaindividuais e indivisıv́eis, mas ligados a um grupo,
classe ou categoria especıf́ica, como os direitos dos consumidores ou dos trabalhadores. 
Direitos	Econômicos:
O Artigo 170 da Constituição Federal estabelece os princıṕios fundamentais da ordem econômica,
garantindo que a atividade econômica seja baseada na valorização do trabalho humano e na livre
iniciativa, sempre respeitando a justiça social.
Os principais princıṕios desse artigo incluem:
- Soberania nacional e propriedade privada como bases da economia. 
- Função social da propriedade, garantindo que bens privados atendam ao interesse coletivo. 
- Livre concorrência, promovendo um mercado competitivo e equilibrado. 
- Defesa do consumidor e proteção ambiental, assegurando práticas sustentáveis. 
- Redução das desigualdades sociais e regionais, buscando maior equidade econômica. 
- Busca do pleno emprego, incentivando oportunidades de trabalho. 
- Tratamento favorecido para pequenas empresas, fortalecendo o empreendedorismo nacional. 
Além disso, o parágrafo único assegura que qualquer pessoa pode exercer uma atividade econômica sem
necessidade de autorização prévia, salvo exceções previstas em lei.
Visão	Neoliberal:
O neoliberalismo é uma doutrina econômica e polıt́ica que surgiu no século XX como uma adaptação do
liberalismo clássicoà economia globalizada. Ele defende a livre iniciativa, a livre concorrência e a
**redução do papel do Estado na economia, promovendo a privatização de empresas estatais e a
desregulamentação de setores econômicos.
O liberalismo, por sua vez, surgiu no século XVIII em oposição ao mercantilismo e ao absolutismo
monárquico, impulsionado pelo crescimento da burguesia. Ele prega a mıńima intervenção estatal na
economia, permitindo que o mercado se autorregule por meio da concorrência e da oferta e demanda.
Apesar de sua defesa da liberdade econômica, o neoliberalismo enfrenta crıt́icas por reduzir o papel do
Estado na proteção social, o que pode comprometer a justiça social e aumentar desigualdades.
RESUMO
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PELO ALUNO
MATEUS
RODRIGUES 
Política, Estado e Democracia - AV2
20 de Maio de 2025
Página 06
A	Justiça	Cidadã	e	o
Direito	Alternativo:
O Movimento do Direito Alternativo (MDA) surgiu no Brasil e na América Latina no século XX como uma
resposta às desigualdades sociais e à falta de acesso à justiça para as camadas mais pobres da população.
Inspirado por correntes jurıd́icas europeias, o MDA buscava reinterpretar o direito de forma mais
inclusiva, promovendo mudanças sociais e garantindo maior participação popular no campo jurıd́ico e
polıt́ico.
Esse movimento se fortaleceu especialmente durante o perıódo de redemocratização do Brasil, nos anos
1980 e 1990, e teve grande influência entre magistrados, advogados e ativistas que defendiam um direito
mais acessıv́el e voltado para a justiça social.
Globalização	Contra-Hegemônica,	Poder	Econômico	e	Poder	Político:
Boaventura de Sousa Santos argumenta que a globalização não é um fenômeno único, mas sim um
conjunto de processos diversos, que podem ser hegemônicos ou contra-hegemônicos. Segundo ele, a
globalização dominante, impulsionada pelo capitalismo neoliberal, intensificou desigualdades sociais e
econômicas, favorecendo grandes corporações e potências econômica.
Por outro lado, a globalização contra-hegemônica busca alternativas ao modelo tradicional, promovendo
solidariedade, justiça social e participação democrática. Santos identifica diferentes formas de
globalização, como o cosmopolitismo e o patrimônio comum da humanidade, que emergem de
movimentos sociais e iniciativas locais.
Direitos	Humanos,	Estado	e	Transformação	Social:
Os Direitos Humanos são garantias universais que protegem a dignidade e a liberdade dos indivıd́uos. Eles
são divididos em gerações, refletindo sua evolução ao longo da história:
Primeira	geração:	Direitos civis e polıt́icos, como liberdade de expressão e direito ao voto. 
Segunda	geração:	Direitos sociais, econômicos e culturais, como saúde, educação e trabalho digno. 
Terceira	geração: Direitos coletivos e difusos, como meio ambiente equilibrado e direito à paz.
Já os Direitos Fundamentais são aqueles positivados nas Constituições nacionais, garantindo sua aplicação
interna. No Brasil, eles são considerados cláusulas pétreas, ou seja, não podem ser abolidos nem
modificados para reduzir sua proteção. O princıṕio da dignidade da pessoa humana é a base dos direitos
fundamentais, assegurando que todas as polıt́icas públicas devem respeitar e promover o bem-estar dos
cidadãos. 
Desafios da	Eficácia	dos	Direitos	Humanos:
O Sistema Interamericano de Proteção aos Direitos Humanos enfrenta desafios significativos em sua
eficácia, especialmente no cumprimento das decisões da Corte Interamericana de Direitos Humanos
(CorteIDH) e da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). 
Principais	desafios:
Cumprimento	das	decisões:	Muitos paıśes não implementam integralmente as determinações da
CorteIDH, o que compromete a efetividade do sistema.
Recursos	limitados:	A CIDH e a CorteIDH enfrentam restrições financeiras e estruturais, dificultando a
fiscalização e a resposta rápida às violações.
Falta	de	mecanismos	coercitivos: As decisões da CorteIDH têm forte impacto polıt́ico, mas carecem de
instrumentos que garantam sua aplicação obrigatória pelos Estados
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PERIÓDICO FEITO
PELO ALUNO
MATEUS
RODRIGUES 
Política, Estado e Democracia - AV2
20 de Maio de 2025
Página 07
Resistência	dos	governos: Alguns paıśes contestam ou ignoram as recomendações da CIDH, alegando
soberania nacional
Justiça	de	Transição:
A Justiça de Transição é um conjunto de medidas adotadas para lidar com violações de direitos humanos
cometidas em perıódos autoritários ou de conflito. Seu objetivo é garantir o direito à memória, à verdade e
à justiça, promovendo a reparação dos danos sofridos pelas vıt́imas e responsabilizando os agentes
envolvidos. 
Principais	elementos	da	Justiça	de	Transição:
Direito	à	memória:	Preservação da história para evitar que abusos se repitam. 
Direito	à	verdade:	Investigação e divulgação dos fatos ocorridos. 
Direito	à	justiça: Julgamento e punição dos responsáveis por crimes contra a humanidade. 
Reparação	dos	danos:	Compensação material e simbólica às vıt́imas e seus familiares. 
Prestação	de	contas: Transparência e responsabilização dos agentes estatais. 
Perdão	histórico: Em alguns casos, busca-se a reconciliação nacional por meio de medidas institucionais.
A Comissão Nacional da Verdade (CNV) foi criada pela Lei nº 12.528/2011 com o objetivo de examinar e
esclarecer graves violações de direitos humanos ocorridas no Brasil entre 1946 e 1988. Durante seus dois
anos e sete meses de atuação, a CNV investigou casos de tortura, execuções e desaparecimentos forçados,
promovendo o direito à memória e à verdade histórica.
A comissão encerrou suas atividades em 10 de dezembro de 2014, entregando um relatório final à
Presidência da República. Esse documento detalhou as investigações realizadas, identificou responsáveis e
recomendou medidas para evitar a repetição dessas violações.
Crise	da	Multidão	-	Ressignificado	de	Conceitos:
Michael Hardt e Antonio Negri exploram a crise da multidão como uma crıt́ica ao modelo capitalista
hegemônico, que impõe uma estrutura única e limita a diversidade social. Para eles, a multidão representa
um novo sujeito polıt́ico, formado por singularidades cooperativas que rejeitam a centralização do poder. 
Principais	ideias	da	multidão	segundo Hardt	e	Negri:
 
Crítica	ao	capitalismo	global: O sistema econômico dominante impõe uma lógica única, sufocando
alternativas democráticas. 
Reivindicações	e	democracia:	A multidão busca formas de resistência e participação polıt́ica que
transcendam os modelos tradicionais. 
Biopolítica	e	biopoder: A produção social e cultural se torna um campo de disputa, onde o poder não está
apenas nas instituições, mas também nas relações entre indivıd́uos. 
Lutas	Políticas	em	Rede:
As lutas polıt́icas em rede representam uma forma de mobilização que se diferencia da ideia tradicional de
massa, pois reconhecem a individualidade dos participantes e a diversidade de vozes dentro dos
movimentos sociais.
Principais	características	das	lutas	políticas	em	rede:
Descentralização:	Diferente das mobilizações de massa, as redes permitem que múltiplos atores
participem sem uma liderança única. 
RESUMO
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PELO ALUNO
MATEUS
RODRIGUES 
Política, Estado e Democracia - AV2
20 de Maio de 2025
Página 08
Interconectividade: Os movimentos se organizam por meio de redes digitais e presenciais, ampliando o
alcance das reivindicações. 
Pluralidade	de	pautas: As redes possibilitam a coexistência de diferentes demandas dentro de um
mesmo movimento, sem a necessidade de uniformidade ideológica. 
Michel	Foucault:
Michel Foucault desenvolveu o conceito de biopoder para descrever como o poder moderno não se limita
à repressão, mas também administra a vida e regula populações. Ele argumenta que o poder não é apenas
um instrumento de dominação e sujeição, mas também um mecanismo que molda corpos e
comportamentos por meio de instituições como escolas, hospitais eprisões.
Foucault também enfatiza que "sujeitos neutros não existem, todos são forçosamente adversários de
alguém", destacando que o poder sempre envolve relações de conflito e resistência. Segundo ele, a lei
possui uma "realidade de dupla face: triunfo de uns, submissão de outros", pois reflete interesses
dominantes e pode ser usada tanto para garantir direitos quanto para reforçar desigualdades.
Giorgio	Agamben:
Giorgio Agamben desenvolve o conceito de tanatopolıt́ica como uma extensão da biopolıt́ica, explorando
como o poder soberano decide sobre a vida e a morte dos indivıd́uos. Ele argumenta que, em certas
condições, o Estado define quais vidas são dignas de serem vividas e quais podem ser descartadas, criando
categorias de existência vulneráveis à exclusão e à violência institucional.
A ideia de "vidas indignas de serem vividas" remete à lógica do homo sacer, figura do direito romano que
podia ser morto sem que isso fosse considerado um crime. Agamben relaciona esse conceito a práticas
modernas, como polıt́icas de imigração, genocıd́ios e exclusão social, onde determinados grupos são
colocados à margem da sociedade e privados de direitos fundamentais.
Judith	Butler:
Judith Butler, em sua obra "Vida Precária", explora como certas vidas são socialmente construıd́as como
irreais, ou seja, vidas que não são reconhecidas como dignas de luto ou proteção. Segundo Butler, a
violência contra esses grupos não é percebida como uma violação, pois essas vidas já foram negadas antes
mesmo de serem destruıd́as.
Ela argumenta que essas vidas continuam a existir de maneira teimosa, mesmo após serem socialmente
apagadas, o que leva à necessidade de sua negação repetida. Esse ciclo de violência se perpetua porque o
objeto da agressão nunca desaparece completamente.
Mbembe:
Achille Mbembe desenvolve o conceito de necropolıt́ica para explorar como o poder soberano decide
quem pode viver e quem deve morrer. Ele argumenta que, na modernidade, o Estado não apenas
administra a vida, mas também determina as condições da morte, criando espaços onde certas populações
são sistematicamente excluıd́as e eliminadas. A frase "o sobrevivente é aquele que, tendo percorrido o
caminho da morte, sabendo o caminho dos extermıńios e permanecendo entre os que caıŕam, ainda está
vivo" reflete a ideia de que a sobrevivência, em determinados contextos, não é apenas um acaso, mas uma
experiência marcada pela violência e pela exclusão
RESUMO
PERIÓDICO FEITO
PELO ALUNO
MATEUS
RODRIGUES 
Política, Estado e Democracia - AV2
20 de Maio de 2025
Página 09
Teorias	Decoloniais:
José Martı,́ em sua obra "Nuestra América", apresenta uma visão crıt́ica sobre a dominação colonial e a
necessidade de uma identidade latino-americana autônoma. Ele argumenta que a verdadeira
independência da América Latina não se limita à separação polıt́ica das potências europeias, mas exige
uma transformação cultural e social profunda. 
Martı ́defende que os povos latino-americanos devem se libertar das influências externas e construir um
modelo próprio de desenvolvimento, baseado na solidariedade e na justiça social. Sua obra é considerada
um marco no pensamento decolonial, pois propõe uma ruptura com a lógica imperialista e enfatiza a
importância da autodeterminação dos povos

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