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Caderno Direito Civil

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Caderno Direito Civil 
1ª aula – 02/08 
Não é unívoco o significado da palavra direito. Possui diversas significações 
conforme o sentido empregado. 
Exemplo: 
a) Eu estudo direito civil. Na faculdade de economia se estuda direito 
econômico. (Utilizada como disciplina jurídica). 
b) Eu paguei a matrícula, portanto tenho o direito de frequentar as aulas 
(Faculdade de agir – direito a algo). 
c) O salário é direito do trabalhador. Tem direito à aposentadoria àqueles que 
trabalham. (A palavra direito refere-se ao que é justo) 
d) O divórcio está disciplinado pelo nosso Direito. (Empregada como norma 
jurídica – é a expressão formal do Direito, disciplinadora das condutas e 
enquadrada no Direito). 
 
O direito é um sistema normativo. É estudado através da sua objetivação, 
identificando-se numa sociedade por normas escritas, por normas costumeiras, 
por decisões dos tribunais. 
 
“Ubi societas, ibi ius, onde existe sociedade, existe o direito.” 
 
O enunciado jurídico assemelha-se a um silogismo: 
-Premissa maior: Atinge-se a maioridade ao completar-se 18 anos. 
-Premissa menor: Paulo completou 18 anos. 
-Conclusão: Logo Paulo se tornou maior de idade. 
 
O fenômeno jurídico, embora seja um só, pode ser encarado como um 
conjunto de normas que a todos vincula. 
 Direito Objetivo: trata-se da norma agendi (norma da ação humana); 
encarado como prerrogativa que para o indivíduo decorre da norma; 
toda a legislação; deve ser cumprido. 
 Direito Subjetivo: trata-se da possibilidade de invocar a norma a seu 
favor (facultas agendi); direito de usar a lei a seu favor. 
Exemplo: Os pais devem sustentar seus filhos. O filho que não recebe o 
 que lhe é devido pode ajuizar uma ação de alimentos. 
 
2ª aula – 09/08 
1ª parte – Noção de Direito 
a) O homem e a sociedade 
b) A família, a propriedade 
 Preceito cogente: preceito pré-estabelecido; normas impostas (exemplo: 
conceito de família). 
 Constituição Federal 
 
Leis complementares 
 Leis ordinárias 
 Portaria 
 Regulamento (normas simples) 
 
 
 OBS: quanto mais perto do topo, maior é a 
a abrangência da lei. 
 
 
 
2ª parte – 
I. Lei de introdução ao código civil: se aplica a todas as leis brasileiras. 
II. Código Civil: 
 Parte geral: das pessoas; dos bens; dos fatos; bens móveis e 
imóveis. 
 Parte especial: 
a. Obrigações (quem é credor; como se paga uma 
divida). 
b. Direito empresarial (o que é uma empresa; quais 
são os órgãos obrigatórios). 
c. Coisas/reias. 
d. Família. 
e. Sucessão. 
3ª aula – 16/08 
Entre as várias normas existentes em uma sociedade, algumas vêm 
acompanhadas de sanção oriunda do Poder Público. São normas de Direito Positivo. As 
outras que são as que orientam o comportamento do indivíduo são despidas de 
sanção provinda do Poder Público, são referidas como normas de ordem moral e 
costumeira. 
Muitas normas que era de ordem moral passaram para o campo do direito. 
Exemplo: referentes aos acidentes de trabalho, o aviso prévio, indenização por tempo 
de serviço. 
O direito é um conjunto de normas sistematizadas pelo Poder Público e que são 
impostas coativamente a todos. 
O Direito Objetivo, encarado como um conjunto de normas que a todos vincula 
(normas agendi). O Direito Sujetivo, possibilidade de invocar a norma a seu favor, 
trata-se do “facultar agendi”. 
 
Fontes do Direito: a palavra fontes significa o local de onde emana alguma coisa. São 
elas, o costume, a doutrina, a jurisprudência e a lei. 
 Entende-se a fonte primária ou formal do Direito (possuem força suficiente 
para gerar a regra jurídica) como modo de expressão do Direito Positivo, só a lei e o 
costume podem assim ser considerados. 
 Costume: embora muito importante no passado (todos os grandes sistemas 
jurídicos da Antiguidade foram condensados de costumes), como tempo 
começou perder a força principalmente pelo fato do sujeito não poder deixar 
de julgar. Não havendo norma aplicável ele utiliza a máxima “da mihi factum 
dabi tibijus”. 
O costume, por vezes, torna-se instrumento precioso no preenchimento 
de lacunas no direito escrito. O Código Civil de 2002 acentua a utilização 
do costume como fonte subsidiária de interpretação em várias 
oportunidade (arts. 569, II, arts. 596,599, 615, 965, I, art, 1297, § 1º), 
atribuindo ao juiz sua conceituação. 
Art. 4º da Lei de Introdução: Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o 
caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais do 
direito. – é o chamado costume praeter legem. 
Art. 5º da Lei de Introdução: Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins 
sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum. 
 Doutrina: trata-se de trabalhos dos estudiosos do direito. 
 Jurisprudência: conjunto de decisões dos tribunais, ou uma série de decisões 
uniformes sobre a mesma matéria; é o próprio direito ao vivo, cabendo-lhe o 
importante papel de preencher lacunas do ordenamento nos casos concretos. 
- é inelutável que um conjunto de decisões sobre uma matéria, influa na mente 
do julgador que tende a julgar de igual maneira. 
- cumpre à jurisprudência atualizar o entendimento da lei, dando-lhe uma 
interpretação dinâmica que atenda às necessidades do momento do 
julgamento e cujo teor possa ser absorvido pela sociedade à qual se destina. 
 Lei: é a regra geral abstrata (porque regula uma situação jurídica abstrata), 
emanada de autoridade competente e imposta a todos de maneira coercitiva. 
 
4ª aula – 30/08 
Lei de Introdução ao Código Civil (Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro): 
trata-sede legislação autônoma aplicada a todos os ramos do Direito; é uma lei que 
regula as outras leis, direito sobre direito. 
 Lei (“dever ser”) é norma geral de conduta, elaborada por autoridade 
competente destinada a reparar o comportamento das pessoas, possui cunho 
obrigatório. 
 Classificação: tendo em vista sua força obrigatória 
a) Cogentes - (art. 3º da LI – Ninguém se escusa de cumprir a lei, 
alegando que não a conhece.) são mandamentos; normas 
que se impõem por si mesmas, ficando excluído qualquer 
arbítrio individual. São aplicadas ainda que pessoas 
eventualmente beneficiadas não desejassem delas valer-se; 
atuam as normas cogentes com proeminência nas relações 
de direito de família. 
b) Dispositivas (supletivas ou interpretativas) – impõem-se 
supletivamente às partes. Cabe aos interessados valerem-se 
delas ou não. 
OBS: Geralmente, se se tratar da tutela de interesses gerais, 
garantias de liberdade ou proteção da família, por exemplo, a 
norma será cogente. Quando o interesse é meramente 
individual, a norma é dispositiva. 
 Vigências: não significa existência, pois antes de entrar em vigor tem 
que existir; a lei só sai do ordenamento jurídico se for revogada. 
 Derrogação: a lei não é totalmente revogada. 
 Ab-rogada: a lei é substituída por outra. 
OBS1: uma lei com disposições gerais ou especiais ao lado de leis que já 
existem sobre a mesma matéria não as revoga automaticamente. Nesse 
caso, o ordenamento conviverá com mais de uma lei regulando a 
mesma esfera social, desde que as disposições não conflitem. 
 Vacatio legis – espaço de tempo entre a publicação e a entrada em 
vigor. 
Art. 1º da lei de introdução: Salvo disposição contrária, a lei começa a 
vigorar em todo país quarenta e cinco dias depois de oficialmente 
publicada. 
OBS1: lei que entra em vigor na data de sua publicação é lei sem vacatio 
legis. 
OBS2: durante o período de vacância, a nova lei, como ato jurídico, 
existe, é válida, mas não é ainda eficaz. A eficácia permanece com a lei 
antiga. 
OBS3: o período de vacatio legis tempor finalidade precípua preparar a 
sociedade pra a nova lei. 
 Repristinação: ocorre quando uma lei é revogada por outra e 
posteriormente à própria norma revogadora é revogada por umaterceira lei, que irá fazer com que a primeira tenha sua vigência 
reestabelecida caso assim determine em seu texto legal; pode ser 
compreendida como uma restauração, ou seja, uma forma de se voltar a 
uma passada estrutura ou situação jurídica. 
OBS:a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido 
vigência. 
 Lacunas da lei – quando não existe lei aplicável ao caso concreto, 
dizemos que existe uma lacuna na lei. 
Pergunta: O juiz pode deixar de julgar alegando lacuna na lei: 
Resposta: Não (art. 4º da lei de introdução: Quando a lei for 
omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os 
costumes e os princípios gerais de direito.). 
 O juiz procura, tendo em vista a norma geral, encaixar o 
caso concreto. Parece um silogismo: 
 Premissa maior – O voto não é obrigatório para pessoa 
com 70 anos. 
 Premissa menor – Nair tem 75 anos. 
 Conclusão – Logo, Nair não está obrigada a votar. 
 Interpretação da Lei: 
 Autentica; 
 Doutrinária (interpretação do jurista); 
 Jurisprudência. 
 
5ª aula – 13/09 
 Eficácia da Lei no tempo: 
Pergunta: As leis são feitas para ter vigor somente no futuro ou podem 
retroagir ao passado? 
Resposta: Depende do sistema adotado. Caso possam retroagir ao passado, 
dizemos que é retroativa, ao contrário, irretroativas. 
 No Brasil ela retroage desde que respeitados o ato jurídico perfeito 
(aquele realizado da forma como deveria ser), o direito adquirido e a coisa 
julgada (art 6º da lei de introdução – A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, 
respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada). 
 Ato jurídico perfeito: é aquele que se consumou durante 
o império de norma vigente ao tempo que se efetuou. 
 Direito adquirido: já está concluído e ingressou 
definitivamente no patrimônio moral ou material do 
titular, ainda que não o tenho exercido; é aquele cujo 
exercício está inteiramente ligado ao arbítrio de seu 
titular ou de alguém que o represente, sob a lei vigente à 
época e idôneo para produzir efeitos. 
 Coisa julgada: é decisão judicial sobre a qual não caiba 
mais recursos. A imutabilidade da sentença é importante 
instrumento de credibilidade do Estado em prol da 
segurança e paz social. 
 
 Eficácia no espaço: 
O Estado tem um poder fortíssimo sobre seu território e seus 
habitantes, a soberania nesse se inclui o normativo, isto é, a 
prerrogativa de ditar as leis. No entanto as leis de um país só nele são 
obrigatórias, pois se assim não fosse, chocar-se ia com a soberania de 
outros países. No entanto, a mobilidade das pessoas, o cosmopolitismo, 
e hoje, a globalização, levaram os Estados a refletir a ruptura dessa 
posição intolerante, assim, em alguns casos, os país soberano vai 
permitir que a lei estrangeira tenha eficácia dentro do seu território (art. 
9º da lei de introdução – Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-
se-á a lei do país em se constituírem. 
§1º Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e 
dependendo de forma essencial, será esta observada, admitidas as 
peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do 
ato. 
§2º A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no 
lugar em que residir o proponente. ). 
 
 
6ª aula – 27/09 
Personalidade: começou no código civil de 2002. Conjunto de poderes conferidos ao 
ser humano para figurar nas relações jurídicas. A capacidade é elemento desse 
conceito; ela confere o limite da personalidade. 
 Art. 1º do c.c.b: quem é a pessoa, quem tem personalidade (tem personalidade 
a partir de que nasce vivo). 
Pessoa = o ser ao qual se atribuem direitos e obrigações. 
Relação jurídica: 
Art. 1º do c.c: “toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil”. 
1) Isso nem sempre ocorreu, pois os escravos eram considerados coisas. Eram 
objetos do direito. (os animais e as coisas podem ser objetos de Direito, mas 
nunca serão sujeitos de Direito, atributo exclusivo da pessoa). 
2) Art. 2º do c.c: “a personalidade civil da pessoa começa do nascimento com 
vida; mas a lei põe a salvo desde a concepção, os direitos do nascituro”. 
3) Ser capaz para o direito significa ter personalidade. Afirmar que a pessoa tem 
personalidade é o mesmo que dizer que ele tem capacidade para ser titular de 
direitos. Tal personalidade se adquire ao nascer com vida (se comprovamos 
que a criança respirou, então houve nascimento com vida). Nascer com vida ou 
nascer morto trazem consequências diferentes. 
Capacidade de fato = aptidão para a pessoalmente o indivíduo adquirir direitos 
e contrair obrigações. 
4) Incapacidade é o reconhecimento da inexistência na pessoa daqueles requisitos 
que a lei acha indispensáveis para que ela exerça seus direitos. Dai a 
necessidade de distinguirmos a capacidade de direitos (de ser titular de direito) 
da capacidade de fato (a de atuar pessoalmente na órbita do direito). 
5) Incapacidade absoluta e incapacidade relativa (art. 4º do c.c). 
a. Incapacidade absoluta: tolhe completamente a pessoa que exerce por si 
os atos da vida civil. Para esses atos será necessário que sejam 
devidamente representadas pelos pais ou representantes legais. 
O Código estabeleceu que os menores de 16 anos são absolutamente 
incapazes, sendo detentores apenas da capacidade de direito; não a 
possuem de fato. 
Art. 3º do c.c: São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os 
atos da vida civil: 
I- Os menores de dezesseis anos; 
II- Os que, por enfermidade ou deficiência mental, não 
tiverem o necessário discernimento para a prática desses 
atos. 
III- Os que, mesmo por causa transitória, não puderem 
exprimir sua vontade. 
b. Incapacidade relativa: permite que o sujeito realize certos atos, em 
princípios apenas assistidos pelos pais ou representantes. Trata-se, 
como se vê, de uma incapacidade limitada. 
Art. 4º do c.c: São incapazes, relativamente a certo atos, ou à maneira 
de os exercer: 
I- Os maiores de dezesseis e menores de dezoito. 
II- Os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por 
deficiência mental, tenham o discernimento reduzido. 
III- Os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo. 
6) Emancipação: Antes da idade legal o agente poderá adquirir plena capacidade 
pela emancipação. A emancipação é direito potestativo (poder) dos pais. Por 
outro lado, o menor, de seu lado, não tem direito de pedir ou exigir a 
emancipação. Trata-se, de fato, de uma concessão. 
Uma vez alcançada a maioridade pelo casamento, não haverá retorno ao 
estado anterior de incapacidade relativa, pela dissolução do vínculo conjugal, 
por morte de um dos conjugues, pela separação judicial ou pela anulação do 
casamento, como mansamente entende essa doutrina. A emancipação, uma 
vez ocorrida, sob qualquer modalidade, é ato pleno e acabado. 
Art. 5º do c.c: A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a 
pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. 
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: 
I- Pela concessão dos pais, ou de um deles na falto do outro, mediante 
instrumento público, independente de homologia judicial, ou por 
sentença do juiz, ouvido ou tutor, se o menor tiver dezesseis anos 
completos. 
II- Pelo casamento. 
III- Pelo exercício de emprego público efetivo. 
IV- Pela colação de grau em curdo de ensino superior. 
V- Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação 
de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos 
completos tenha economia própria. 
 
7ª aula – 04/10: 
Direitos da personalidade: (capítulo II do c.c, arts. 11 a 21) – são os que resguardam a 
dignidade humana. 
Por longo tempo se dizia que o individuo bastava a si mesmo, partindo de uma 
ideia individualista e eminentemente patrimonial. No entanto, essa ideia foi 
desaparecendo qual a percepção de que o ser humano não pode viver isolado, mas em 
grupo por uma necessidade natural deconvivência e também por melhores soluções 
de trabalho e na produção. 
Hoje, quando se fala no direito da personalidade se está referindo à 
personalidade como atributo inseparável do ser humano na ordem jurídica. A ela está 
ligada o princípio fundamental da dignidade humana, a qual não se pode renunciar, 
nem alienar. Não estamos falando da dignidade como qualidade da personalidade, 
mas o que distingue o ser humano de um animal irracional. 
Características dos direitos da personalidade: art. 11 do c.c: Com exceção dos casos 
previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não 
podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. 
a) Inatos / originários – se adquirem ao nascer, independendo de qualquer 
vontade. 
b) Vitalícios / perpétuos – perduram por toda a vida, algum se refletem até 
mesmo após a morte da pessoa. Por esse motivo são também imprescritíveis. 
c) Inalienáveis – em princípio, estão fora do comércio e não possuem valor 
econômico imediato. 
d) Absolutos –direitos subjetivos de natureza privada. 
Elementos da personalidade: 
a) Nome (pronome + sobrenome). 
b) Estado civil. 
c) Domicilio. 
8ª aula: 18/10 
Do domicilio: 
Conceito: lugar onde a pessoa pode ser encontrada para responder pelas obrigações 
que assumiu. Todos os sujeitos de direito devem ter, por livre escolha ou por 
determinação da lei, um lugar certo de onde irradiam a sua atividade. 
“Todo lugar em que a ação jurídica da pessoa se exerce de modo contínuo e 
permanente é o seu domicílio” – Espínola. 
Importância: o réu deve ser acionado no foro do seu domicilio, obedece-se a sucessão 
no domicilio ao “de cujus”, é no seu domicilio que se qualifica e vota o eleitor; no 
domicilio dos nubentes (aqueles que querem se casar) é que se publicam os problemas 
do casamento. 
 Ao Estado é conveniente que o indivíduo se fixe em determinado ponto do 
território para poder ser encontrado para uma fiscalização no tocante a suas 
obrigações fiscais, políticas, militares e policiais. 
A lei de introdução dispõe em seu art. 7º que a lei onde for domiciliada a 
pessoa determina regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nomu, 
capacidade e o direito da família, etc. 
A pessoa precisa ter um local onde possa ser costumeiramente encontrada 
para a própria garantia da estabilidade das relações jurídicas. 
Distinção entre residência e domicilio. 
 Moradia: local onde uma pessoa habita atualmente ou simplesmente 
permanece. A estada passageira de alguém por um hotel caracteriza 
moradia. 
 Residência: lugar em que se habita, com ânimo de permanência. Ainda 
que desse local a pessoa se ausente temporariamente. 
 Domicílio: art. 70: O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela 
estabelece a sua residência com ânimo definitivo. 
Residência + ânimo de permanecer = domicílio. 
Espécies de domicilio: 
a) Voluntário – como o domicílio é o lugar onde a pessoa estabelece sua 
residência com ânimo definitivo, na dicção legal prendemo-nos logo à ideia de 
que a pessoa pode fixar seu domicílio onde bem entenda, de acordo com sua 
vontade. Geralmente, portanto, o ato de escolher um domicílio resulta de ato 
de vontade, mormente se a pessoa for maior e capaz. 
b) Legal ou necessário – com base em determinadas circunstâncias, estabelece lei 
o domicílio de certas pessoas, sem que exista qualquer manifestação de 
vontade. Para que ocorra tal espécie de domicílio, não há necessidade de 
qualquer declaração, bastando que a pessoa se coloque na situação prevista na 
lei. 
c) De eleição (convencional) – tem a finalidade de facilitar a execução de um 
contrato e a propositura da ação ao menos para um dos contratantes, 
geralmente o credor, modificando a competência judicial. 
Art. 78: Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio 
onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes. 
Tem domicilio legal ou necessário o incapaz, o servidor público, o marítimo, o militar e 
o preso. 
9ª aula – 25/10: 
Modo de individualização da pessoa: 
1) Os principais elementos individualizadores da pessoa natural são: o nome é um 
elemento que distingui das diversas e a identifica no seio da sociedade; o 
Estado que indica a sua posição da família; e o domicilio, que indica sua 
posição. 
2) O nome é a designação ou sinal externo pelo qual uma pessoa identifica-se no 
meio da família como também da sociedade. Trata-se de um dos direitos da 
personalidade. 
Pelo lado do Direito Público, o Estado encontra no nome fator de estabilidade e 
segurança para identificar as pessoas; pelo lado do direito privado, o nome é 
essencial para o exercício regular dos direitos e do cumprimento das 
obrigações. 
De modo geral, pode ser dito que o nome designativo do indivíduo é seu fator 
de individualização na sociedade, integrando sua personalidade e indicando, de 
maneira geral, sua procedência familiar. 
Art. 16 do c.c: toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o 
prenome e o sobrenome. 
Nome completo = prenome (primeiro nome ou nome de batismo) + sobrenome 
ou apelido familiar. 
Agnome= sinal que distingue membros de uma mesma família que tem o 
mesmo nome. Ex: neto, filho, Junior, etc. 
Axiônimo = designação que se dá a forma cortês de tratamento. Ex: Exmo Sr., 
Vossa Excelência, etc. 
Hipocorístico= é o denominantico do nome. Ex: Carlinho, Verinha, etc. 
Retificação do prenome= erro gráfico, caso em que haja ameaças de 
criminosos, na adoção e homonímia. 
 
10ª aula – 01/11: 
Das pessoas jurídicas: 
1) Sabemos que não há direito sem sujeito. O direito em por objetivo proteger 
os interesses das pessoas, de modo que uma relação jurídica há sempre um 
titular de direito, que é o ser humano. 
2) No entanto, reconhecemos que algumas relações existem nas quais o ser 
humano não figura diretamente. Ex: relação entra o Banco do Bradesco e a 
PUC, onde pode surgir uma relação de crédito e débito. Verificamos que 
tanto o sujeito passivo quanto o ativo não são diretamente seres humanos, 
mas aquelas instituições. 
3) Esses seres que se distinguem das pessoas que o compõe, que atuam na 
ordem jurídica ao lado dos humanos e aos quais a lei atribui personalidade, 
dá-se o nome de pessoa jurídica. 
4) Requisitos para a constituição: 
a. A vontade humana “affection societatis”. 
b. Ato constitutivo (estado ou contrato social). 
c. Registro do ato constitutivo no órgão competente (cartório de 
Registro Civil das Pessoas Jurídicas). 
Classificação: 
Quanto à estrutura: 
a) Associação e sociedades (universitas personarum). 
b) As que se constituem em torno de um patrimônio destinado a um fim 
(fundações). 
Quanto à órbita de ação: 
a) De direito público externo (as demais nações, a Santa Sé, etc). 
b) De direito público interno (união, Estados e municípios).

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