Buscar

resumo melanie klein (2)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

KratsPsique.com 
Fonte: Introdução a obra de Melanie Klein – Hanna Segal. 
 Aulas de Psicanálise – Profa. Kátia Pavani. 
 Página 1 
 
 
MELANIE KLEIN 
 
Principais contribuições: 
• Fundamentos da analise de crianças e do Complexo de Édipo; 
• Formulação do conceito de posição depressiva e de mecanismos de defesa maníaca; 
• O estudo dos estádios mais primitivos. Formulou o conceito de posição esquizo-
paranóide. 
 
- Criou o método de análise através da Ludoterapia. Formulou que é possível checar 
ansiedades, angustias e sintomas, verificar o funcionamento dos mecanismos de defesa e fazer 
análise em crianças pequenas. 
 
- Formulou o conceito de fantasia, que é o representante psíquico dos instintos, que podem 
ser de diferentes naturezas, o que as leva a ocorrer de modos determinados ou específicos nas 
suas relações com a realidade externa. 
A ação de um instinto é expressa na vida mental pela fantasia da satisfação. 
 Agem a partir do nascimento, a primeira fome e o esforço instintual para satisfazê-la são 
acompanhados pela fantasia de um objeto capaz de satisfazê-la. Os objetos fantasiados e a 
satisfação que é deles derivada são experimentados como acontecimentos físicos. 
Estando o principio do prazer-sofrimento em ascendência, as fantasias são onipotentes e não 
existe diferenciação entre ela e a experiência da realidade. 
A sua formação é uma função do ego, e a sua concepção pressupõe um grau de organização do 
ego muito maior do que o que foi postulado por Freud, que é capaz de formar relações 
objetais tanto na fantasia quanto na realidade. A partir do nascimento o bebê tem de lidar 
com o impacto da realidade e frustração de seus desejos. 
A realidade influencia a fantasia e a fantasia influencia a realidade. 
 
- O aspecto defensivo da fantasia: Quando o individuo produz uma fantasia de satisfação de 
desejo evita a frustração e a realidade externa e defende-se também de sua realidade interna. 
As fantasias podem ser usadas também como defesas contra outras fantasias. 
A diferença entre o uso da fantasia inconsciente como uma defesa e os mecanismos de defesa 
reside entre um processo verdadeiro e sua representação mental. 
 
- Fantasia e estrutura da personalidade: Freud descreveu o ego como um precipitado de 
catexias objetais abandonadas, ou seja, o ego é um lugar repleto de objetos físicos que estão 
associados a fortes sentimentos humanos. 
Quanto mais primitiva a introjeção, mais fantásticos são os objetos introjetados e mais 
deformados pelo que neles foi projetado. 
 A medida que o desenvolvimento prossegue, o sentido de realidade opera mais plenamente, 
os objetos internos se aproximam mais das pessoas reais no mundo externo. 
O ego se identifica com alguns objetos (identificação introjetiva), que são assimilados ao ego, 
contribuindo para o seu crescimento. Outros permanecem como objetos internos, separados e 
o ego mantém relação com eles (ex. o superego que é o primeiro objeto introjetados pelo 
ego). 
O mundo interno é construído através do sentimento de relação dos objetos internos. 
 
KratsPsique.com 
Fonte: Introdução a obra de Melanie Klein – Hanna Segal. 
 Aulas de Psicanálise – Profa. Kátia Pavani. 
 Página 2 
 
- Fantasia e as funções mentais mais elevadas como o pensar: O bebê capaz de fantasiar 
sustenta o desejo diante da tensão com a ajuda da fantasia até que se possa obter alguma 
satisfação na realidade. 
Diante de uma frustração intensa o bebê tem pouca capacidade para manter a fantasia e a 
descarga motora ocorre geralmente acompanhada pela desintegração do ego. 
Então até que o teste de realidade e os processos de pensamento estejam bem estabelecidos, 
a fantasia preenche na vida primitiva algumas funções posteriormente assumidas pelo pensar. 
 
Comentários: 
 
Uma educação autoritária inibe e cria barreiras que privam a criança do uso de sua energia 
mental total. 
Quando a repressão começa a operar ocorre a passagem da identificação para a simbolização, 
nessa fase coisas diferentes podem ter o mesmo significado, por ex. o brincar com argila pode 
simbolizar as fezes da criança. 
Desse modo pode haver o deslocamento da libido para objetos prazerosos e socialmente 
aceitos. 
A repressão precoce impossibilita essa passagem da identificação para a simbolização. 
 
Melanie Klein cria normas de avaliação que possibilitam a análise de crianças menores de seis 
anos, que é quando ocorrem as situações edípicas segundo Freud, e que para Freud uma 
criança só poderia ser analisada nessa fase. 
 
A POSIÇÃO ESQUIZO-PARANÓIDE 
 
- Segundo Klein no nascimento já há ego suficiente para experimentar a ansiedade, usar 
mecanismos de defesa e formar relações de objeto primitivas na fantasia e na realidade. 
O ego imaturo é exposto desde o começo a ansiedade e ao impacto da realidade externa, que 
produz ansiedade e o trauma do nascimento. 
Quando confrontado com a ansiedade produzida pela pulsão de morte, o ego deflete, parte 
em projeção, e outra em agressividade. 
O bebê projeta a parte que contém angústia vinda da vivencia do instinto de morte para fora, 
para o seio, que é sentido como mau, ameaçador para o ego, dando origem ao sentimento de 
perseguição. 
A projeção do instinto de morte no seio é sentida como o dividindo em pedaços, o que faz com 
que o ego seja confrontado com vários perseguidores. 
O instinto de morte é projetado para fora a fim de evitar a ansiedade por contê-lo. 
 
- A relação com o objeto ideal: a libido é projetada, a fim de criar um objeto que irá satisfazer 
o esforço instintivo do ego pela preservação da vida. Desde o início o ego se relaciona com o 
seio dividido (seio bom e seio mau). 
 
- A fantasia do ego ideal: experiências gratificantes recebidas da mãe real. 
 
- A fantasia de perseguição: experiências de privação e sofrimento atribuídos pelo beb6e aos 
objetos perseguidores. 
 
- A gratificação e aniquilação: A gratificação preenche a necessidade de conforto, amor e 
nutrição e mantém encurralada a perseguição terrificante. 
KratsPsique.com 
Fonte: Introdução a obra de Melanie Klein – Hanna Segal. 
 Aulas de Psicanálise – Profa. Kátia Pavani. 
 Página 3 
 
A perseguição se torna não apenas falta de gratificação, mas também uma ameaça de 
aniquilação por perseguidores. 
 
- O objetivo do bebê: Manter dentro o objeto ideal que ele vê como algo que lhe dá vida e 
manter fora o objeto mau e as partes do self que contém o instinto de morte. 
 
- Ansiedade predominante: Paranóide. 
É a de que os objetos e perseguidores entrarão no ego e dominarão e aniquilarão tanto o 
objeto ideal quanto o self. 
 
- Contra a ansiedade e aniquilação o ego desenvolve mecanismos de defesa, sendo o primeiro 
mecanismo o uso defensivo da introjeção e da projeção. Há situações de que o seio bom é 
projetado a fim de mantê-lo a salvo do que é sentido como esmagadora maldade interna. 
E há perseguidores que são introjetados e até identificados na tentativa de manter controle 
sobre eles. 
 
- Em situação de angustia a divisão (Split) é ampliada, mantendo o objeto ideal longe do objeto 
perseguidor, tornando-o impermeável ao mal. 
Os perseguidores são sentidos hora como ameaça externa, hora dentro, produzindo temores. 
 
Mecanismos de defesa na posição Esquizo-Paranóide: 
 
• Negação: nega a ameaça do objeto persecutório; 
• Idealização: o peito idealizado salva o ego do aniquilamento; 
• Onipotência: cria um universo idealizado e corta ligações coma realidade exterior; 
• Abafamento das emoções: para tentar controlar os objetos maus perde-se o contato 
com as emoções surgidas da angústia; 
• Identificação projetiva: o objeto projeta conteúdos para tentar manter o objeto bom e 
destruir o mau; 
• Identificação introjetiva: o bebê introjeta o seio idealizado; 
• Negação mágica onipotente: Quando a perseguição é muitointensa para ser 
suportada, ela pode ser completamente negada. Essa negação mágica se baseia numa 
fantasia de total aniquilação dos perseguidores. 
 
- Idealização e negação onipotentes: Geralmente ocorre em pacientes esquizoides que 
parecem ter sido crianças perfeitas e vivenciado todas as experiências como boas e quando 
adultos não conseguem discriminar o bom e mau e fixam em objetos maus que têm que ser 
idealizados. 
 
- Identificação projetiva: 1- Pode ser dirigida ao objeto ideal a fim de evitar separação; 2- Pode 
ser dirigida ao objeto mau a fim de obter controle sobre a fonte de perigo. 
Inicia-se quando a posição esquizo-paranóide é primeiramente estabelecida em relação ao 
seio e persiste e se intensifica quando a mãe é percebida como objeto total. 
 Várias partes do eu podem ser projetadas com diferentes objetivos: Partes más – a fim de se 
livrar delas, ou para atacar e destruir o objeto e Partes boas – a fim de evitar separação ou 
para mantê-las a salvo de coisas más internas. 
 
- Quando os mecanismos de defesa não dominam a ansiedade, a ansiedade invade o ego e 
pode ocorrer a desintegração como medida defensiva. O ego se fragmenta e se divide em 
KratsPsique.com 
Fonte: Introdução a obra de Melanie Klein – Hanna Segal. 
 Aulas de Psicanálise – Profa. Kátia Pavani. 
 Página 4 
 
pequenos pedaços a fim de evitar a experiência de ansiedade, o ego se desespera a fim de 
afastar a ansiedade criando uma ansiedade específica: a de se despedaçar. 
 
- A passagem para a posição depressiva ocorre quando há predominância das experiências 
boas. 
 
A POSIÇÃO DEPRESSIVA 
 
- Em boas condições de desenvolvimento o bebê começará a sentir que seu objeto ideal e 
impulsos libidinais são mais fortes do que o objeto e impulsos maus. Então ao sentir que seu 
ego está mais forte ele se sentirá menos temeroso de seus impulsos maus e terá menos 
necessidade de projetá-los. 
 
- A tendência para a integração: A projeção e a divisão diminuem e o impulso para integração 
do ego e do objeto se tornam preponderantes. 
O bebê começa a reconhecer o objeto total e se relaciona com ele. Reconhecer a mãe como 
objeto total significa reconhecê-la como um indivíduo que tem relações com outras pessoas, e 
assim o bebê descobre seu desamparo, sua completa dependência e seu ciúme dela em 
relação a outras pessoas. 
 
- Ao perceber o objeto como total o ego também se torna um ego total, a integração do ego e 
do objeto ocorre simultaneamente. A maior integração do ego vai ocasionar uma menor 
deformação na percepção dos objetos. 
A maturação do ego ocorre com a maturação do SNC, o que permite melhor organização das 
percepções que surgem em diferentes áreas fisiológicas, como ocorre com a memória. 
 
- Ambivalência: O bebê começa a perceber que ama e odeia a mesma pessoa e que ele 
também é apenas um com ambos os sentimentos. 
 
-Principal ansiedade na posição depressiva: é a de que os impulsos destrutivos do bebê 
destruam o objeto que ele ama (e odeia) e do qual depende totalmente. 
 
- Processos introjetados intensificados: Devido a diminuição dos mecanismos projetivos e 
descoberta do bebe de sua dependência do objeto que pode se afastar, a sua necessidade de 
possuir o objeto aumenta, assim como o desejo de protegê-lo contra sua própria 
destrutividade. Tem inicio na fase oral do desenvolvimento. 
A onipotência dos mecanismos introjetados orais leva a ansiedade de que poderosos impulsos 
destrutivos destruam o bom objeto externo e o bom objeto interno. 
 
- O bebê com o ego mais integrado pode lembrar e reter o amor pelo objeto bom mesmo 
quando o odeia. Sente culpa, experiência depressiva ocasionada do sentimento de ter 
destruído o objeto mau que também é bom. 
 
- Reparação: a experiência da depressão faz com que o bebe deseje reparar esse objeto, 
restaurar e recuperar os objetos amados perdidos. 
Acredita que seus ataques destruíram o objeto e que seu amor pode desfazer os efeitos de sua 
agressividade. 
 
- A relação com a realidade externa: O conflito depressivo é uma luta constante entre a 
destrutividade e os impulsos reparadores e de amor do bebê. O teste de realidade se torna 
KratsPsique.com 
Fonte: Introdução a obra de Melanie Klein – Hanna Segal. 
 Aulas de Psicanálise – Profa. Kátia Pavani. 
 Página 5 
 
mais estabelecido e com maior conexão com a realidade psíquica. Gradualmente o bebê 
descobre os limites de seu ódio e de seu amor e com o crescimento de seu ego descobre mais 
meios de afetar a realidade externa. 
 
- O caráter do superego: Nas fases iniciais da posição depressiva o superego ainda é sentido 
como muito severo e perseguidor. A medida que se estabelece mais plenamente a relação de 
objeto total, o superego perde alguns de seus aspectos monstruosos e se aproxima mais de 
pais bons. Passa a ser fonte de culpa e de amor já que auxilia a criança em sua luta contra seus 
impulsos destrutivos. 
 
- Sublimação e formação simbólica: O desejo de poupar seus objetos leva o bebê a sublimar 
seus impulsos sentidos como destrutivos. Sua preocupação com o objeto produz uma inibição 
dos impulsos instintuais anteriores. 
A medida que o ego se torna mais organizado as projeções enfraquecem e a repressão toma 
lugar da divisão, nesse ponto há a gênese da formação simbólica, a fim de poupar objeto, o 
bebê em parte inibe seus instintos e em parte os desloca ou os substitui. 
 
- Para MK a posição depressiva nunca é plenamente elaborada, a vida adulta sempre contém 
as experiências da infância, as ansiedades relativas a ambivalência e culpa, bem como as 
situações de perda. 
 
- Defesas Maníacas: Geradas pela culpa do individuo ao perceber os estragos feitos por ele, 
pois se sente incapaz de consertar o que danificou, e sua consciência moral o ameaça com 
uma carga de culpa e remorso maior do que ele é capaz de suportar. 
Então para se defender o sujeito passa a desvalorizar o objeto prejudicado, julgando-o não 
necessário, assim isentando-se da culpa e remorso e aplacando a angústia pelo risco de perdê-
lo. Nega seus aspectos dependentes. 
Acredita que não pode contar com os outros, uma vez que se sente incapaz de preservar boas 
relações. Teme os sentimentos ternos, confunde fragilidade com humilhação e dependência 
com escravidão. Opta pelo cinismo e deboche. 
O outro é visto como algo a ser utilizado e descartado. 
As defesas maníacas são um modo de enfrentar sentimentos de culpa e perda. Caracterizam-
se pela tríade, triunfo, controle onipotente e desprezo das relações objetais. 
 
- Psicopatologia – Síndromes Hipomaníacas: Síndromes hipomaníacas e maníacas são 
promovidas por predomínio de defesas maníacas, incluindo onipotência, identificação com o 
superego, introjeção, o triunfo maníaco e idealização maníaca. 
 
- Onipotência: resulta da identificação com um objeto bom idealizado e negação do resto da 
realidade. 
 
- Desprezo do objeto: a identificação com um superego sádico permite que objetos externos 
sejam tratados com desprezo. 
 
- Negação: A introjeção é manifestada como fome de objeto, com negação de perigo para e 
dos objetos. Há negação da importância dos bons e dos maus objetos e do id. 
 
- Triunfo sobre o objeto: triunfo maníaco é manifestado por um senso de ter conquistado o 
mundo. 
 
KratsPsique.com 
Fonte: Introdução a obra de Melanie Klein – Hanna Segal. 
 Aulas de Psicanálise – Profa. Kátia Pavani. 
 Página 6 
 
- Sentimento de Onipotência: Idealização maníaca é manifestada por fantasias de fusão com 
Deus. 
 
O COMPLEXO DE ÉDIPO PRECOCE 
 
- Estado primitivo caracterizado pela ambivalência, predominância das tendências orais e pela 
escolha incerta do objeto sexual. 
 
- Ambos os pais são desejados e odiados e o ataque é dirigido ao seu relacionamento mútuo. 
Durante o desenvolvimento varia a escolha entre os pais e os objetos libidinaise agressivos 
varia. 
 
- Superego precoce – Sentimento de culpa é o resultado da introjeção dos objetos amorosos 
edipianos, sendo assim produtos da formação do superego. 
Superego implacável proveniente do sentimento de culpa e do rigor sádico proveniente da 
fase anal e oral. 
 
- Castração: Intensificação da frustração acentuando o complexo de castração. O corpo da mãe 
é visto como palco de todos os processos e desenvolvimentos sexuais. 
 
- Fases do desenvolvimento libidinal: 
• Fase sádico oral: Sofrimento do primeiro trauma severo, o desmame; 
• Fase sádico anal: sofrimento do segundo trauma severo: a mãe agora interfere em 
seus prazeres anais. Isso reforça a tendência a se afastar da mãe, pois a privação lhe 
causa um desejo sádico, resultando em ódio. Ao mesmo tempo a influencia dos 
impulsos genitais levam o menino a se voltar para a mãe enquanto objeto amoroso. 
 
- Na posição sádico anal: a criança ainda possui o desejo de se apropriar do corpo da mãe que 
é seguido por uma curiosidade em conhecer este corpo, fase do desenvolvimento marcada 
pela identificação com a mãe: fase de feminilidade. 
 
- Fase de feminilidade: Calcada na posição sádico-anal, as fezes são igualadas ao bebê que a 
criança deseja ter. 
A fase de feminilidade envolve um desejo frustrado por parte dos meninos: não possuem o 
órgão especial. Tendências de roubar, destruir, estão ligadas aos órgãos de fecundação e seios. 
O menino teme ser punido, mutilado (castrado) por causa desse desejo. 
O desejo de ter um filho + impulso epistemofilico permite ao menino deslocar para o plano 
intelectual. Assim, a desvantagem é ocultada e supercompensada pela superioridade de ter 
um pênis. 
Agressividade excessiva também está relacionada a esta fase de feminilidade no menino. 
A luta prolongada entre as posições pré-genital e genital da libido. O auge caracteriza o 
conflito edipiano. 
 
- Desenvolvimento do complexo de édipo nas meninas: Objetivo oral e receptivo dos órgãos 
genitais exerce uma influencia determinante sobre a escolha do pai como objeto amoroso. Por 
consequência do desmame e privações anais a menina se afasta da mãe. 
As tendências genitais passam a operar e o desenvolvimento genital se completa com o 
deslocamento da libido da zona oral para a genital. 
O caráter receptivo do órgão e a inveja e ódio da mãe fazem com que a menina se volte para o 
pai no período inicial de manifestação dos impulsos edipianos. A menina sente falta do pênis e 
KratsPsique.com 
Fonte: Introdução a obra de Melanie Klein – Hanna Segal. 
 Aulas de Psicanálise – Profa. Kátia Pavani. 
 Página 7 
 
odeia a mãe por isso, mas o sentimento de culpa faz com que aceite a punição. O complexo de 
castração nas meninas é vivido com frustração e amargura. 
O ódio e a rivalidade com a mãe faz com que a identificação com o pai seja abandonada e este 
volte a ser seu objeto de amor. 
Enquanto o menino possui o pênis, a menina possui o desejo insaciável de ser mãe, existe 
também a fantasia do útero danificado, que são tendências destrutivas dirigidas ao corpo da 
mãe. 
A ansiedade da menina quanto a sua feminilidade é análoga ao medo de castração do menino, 
pois ela ajuda a refrear os impulsos edipianos. A ansiedade no menino é mais aguda e na 
menina é crônica.

Outros materiais