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Klein e Winnicott

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DESDOBRAMENTOS DA TEORIA PSICANALÍTICA
SUMÁRIO
MELANIE KLEIN
1. HISTÓRIA
2. TEORIA DAS RELAÇÕES OBJETAIS E/OU TEORIA DAS POSIÇÕES
3. PULSÃO DE VIDA E DE MORTE
4. FANTASIAS
5. SEIO BOM X SEIO MAU
6. POSIÇÃO ESQUIZOPARANÓIDE
7. POSIÇÃO DEPRESSIVA
8. MECANISMOS DE DEFESA
9. ID, EGO, SUPEREGO (FREUD)
10. EGO, SUPEREGO (KLEIN)
11. TÉCNICA DO BRINCAR
12. INVEJA E GRATIDÃO
WINNICOTT
1. SOBRE
2. TEORIA
3. DEPENDÊNCIA ABSOLUTA, RELATIVA E RUMO À INDEPEDÊNCIA
4. AMBIENTE
5. MÃE SUFICIENTEMENTE BOA
6. MÃE INSUFICIENTEMENTE BOA
7. FUNÇÕES MATERNAS PRIMÁRIAS
8. INTROJEÇÃO E PROJEÇÃO
9. FENÔNEMO TRANSICIONAL
10. VERDADEIRO/ FALSO SELF
11. DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL DO EGO
MELANIE KLEIN
HISTÓRIA
Diferente de Freud, não acreditava que o ser humano ia em busca do prazer para sobrevivência, mas através do contato e do relacionamento como bases fundamentais de necessidade
Sua compreensão do psiquismo humano, assim como a construção de sua teoria baseou-se na observação das crianças e principalmente destas na interação com os brinquedos. Sua teoria é mais próxima e íntima da relação da mãe com o bebê.
Suas convicções conduzem a uma nova escola psicanalítica que enfatiza a influência do intrapsíquico do bebê na sua relação com o mundo externo; destaca a importância do que ocorre durante o primeiro ano de vida do bebê humano, como vivências determinantes de nossa personalidade.  
Entre suas principais contribuições podemos destacar a ênfase nas primeiras relações de objeto; a existência de um ego rudimentar (contrariando a ideia freudiana); a noção de fantasia inconsciente e o uso de defesas primitivas operando já desde o nascimento; a presença de um sadismo e agressividade constitucionais; o reconhecimento de um superego arcaico cuja manifestação acontece desde muito cedo no desenvolvimento psíquico da criança; o uso do brinquedo como um meio de acesso ao psiquismo da criança e cuja para a interpretação; sua técnica psicanalítica de lidar com as forças intrapsíquicas por meio da interpretação precoce de impulsos inconscientes.
TEORIA DAS RELAÇÕES OBJETAIS E/OU TEORIA DAS POSIÇÕES
· RELAÇÕES OBJETAIS
· Objetos ligados à satisfação (pessoas, partes de pessoas, coisas inanimadas)
· Representações de antigos objetos que já foram significativos em nossa infância e nós enxergamos parcialmente esses objetos nas pessoas com as quais nos relacionamos, são reminiscências, restos de experiências passadas que projetamos no presente.
· Ênfase menor aos impulsos biológicos
· Destaca a intimidade e o cuidado da mãe e o bebê
PULSÃO DE VIDA E DE MORTE
· Freud destaca – 4 aos 6 anos
· Klein – 4 aos 6 meses
· Para Klein, nascemos tentando reduzir a ansiedade da PULSÃO DE VIDA (desejo de buscar a vida, criação e o prazer) e PULSÃO DE MORTE (desejo de buscar a morte, isolamento e a destruição) forças conflitantes que habitam dentro de nós, estes jamais serão resolvidos, mas impulsionam nossa vida psíquica
FANTASIAS
· Já nascemos com conteúdos primitivos herdados através do inconsciente, o que faz com que o indivíduo tenha uma vida mental repleta de fantasias
· Imagens ou noções básicas de bom e mau
· Ex: barriga cheia – bom
· Ex: estômago vazio – mau
À medida que a criança cresce outras fantasias emergem tanto pela realidade como pelas predisposições herdadas como:
COMPLEXO DE ÉDIPO
SEIO BOM X SEIO MAU
Bebê acredita que o seio da mãe faz parte do seu corpo, lhe pertence (da mesma forma como suas mãos) portanto em um momento o bebê passa a ter dois sentimentos pelo seio, o dividindo em:
Essa relação gera situações e sentimentos em relação ao seio que foram denominadas “fantasias”
O peito ainda é um objeto interno dela que faz com que quando ela o tenha seus sentimentos serão positivos, maravilhosos e quando não, negativos e assustadores
Estes sentimentos negativos causam na criança um medo de “vingança” deles para com ela no qual fica conhecido como posição esquizoparanóide
POSIÇÃO ESQUIZOPARANÓIDE
ESQUIZO – divisão (entre mundo interno e externo)
PARANÓIDE – desconfiança, perseguição
· Como se a interpretasse algo que não existe, faz com viva com uma ansiedade persecutória
· Caracterizado pela relação fusional com a mãe
POSIÇÃO DEPRESSIVA
Depois de perceber que seio bom e mau são objeto da mesma pessoa (a mãe), passa a ver seio como objeto externo (seio bom e mau são os mesmos) que inicia uma série de pensamentos depressivos devido aos sentimentos posteriores a ele
· Gera uma ansiedade depressiva pois têm medo de perder o peito, se torna uma culpa
· Momento em que criança passa a perceber mundo interno e externo e apresenta o COMPLEXO DE ÉDIPO.
Ela parte da ideia de que a criança tem um conhecimento inato dos genitais de ambos os sexos e que fantasias orais e genitais influenciam desde o nascimento no uso qualitativo de mecanismos de projeção e introjeção que constituem o mundo interno e sua relação com o “objeto” externo - mãe.
A constatação que o bebê realiza no decorrer da posição depressiva, a unificação do objeto (objeto bom e objeto mau são o mesmo), o faz temer fantasiosamente sua perda e o risco da retaliação, como respostas aos ataques dirigidos ao seio mau.
· Angústia da Castração
· Noção de perda
· Perda do objeto
· Desmame
· Mãe investindo em outros objetos
· Entra a função paterna
Caso não supere a posição esquizoparanóide e não entra na posição depressiva também não entra na função paterna, ou seja, não tem perda e pensamos na psicose
MECANISMOS DE DEFESA
· PROJEÇÃO
Desde de cedo o bebê a utiliza para diminuir a ansiedade provocada por sentimentos e impulsos com os quais não consegue lidar e para se livrar desse material psíquico (tal como os desejos destrutivos) ele projeta seus sentimentos e impulsos para fora de si e passa a fantasiar que eles residem e outra pessoa – objetos, partes de corpos, outras pessoas.
Na nossa vida utilizamos este para aliviarmos a ansiedade provocada por sentimentos e aspectos da nossa personalidade nos recusarmos a aceitar – inveja, incompetência, rancores – normalmente projetamos nos outros.
PROJETAMOS EM OBJETOS EXTERNOS
· IDENTIFICAÇÃO PROJETIVA
É uma projeção muito forte que afeta o indivíduo
Também projetamos em objetos EXTERNOS, mas depois INTROJETAMOS de volta este material de maneira modificada ou distorcida
Pode ser de diferentes formas e com efeitos BENÉFICOS ou DELETÉRIOS
“EM CERTOS AMBIENTES SOCIAIS, PODE SER QUE AQUELES MATERIAIS PSÍQUICOS QUE NÃO SÃO DIGERIDOS, AS COISAS DIFÍCEIS QUE AS PESSOAS NÃO QUEREM SABER SOBRE SI MESMAS SÃO COLOCADAS NO OUTRO. ELE SE TORNA DEPÓSITO DISSO E ENTÃO AGE, ISSO PASSA A FAZER PARTE DE SUA SUBJETIVIDADE NESTA RELAÇÃO INTERSUBJETIVA. ENTÃO ELE PASSA A SE VER COMO REALMENTE FOSSE CARACTERIZADO POR ESSES ELEMENTOS DIFÍCEIS.”
Ex. DELETÉRIA: Uma criança cujo projeções a considerem burra ou a tratem de tal forma passa a se comportar como uma, perdendo o interesse nos estudos, tornando-se incompetente
Ex. BENÉFICA: Pode ser como a para o terapeuta, alguém mais capaz de lidar com o problema/dilema. Sendo totalmente ou parcialmente inconsciente
ID, EGO, SUPEREGO (FREUD)
Segundo Freud, a nossa mente (psique) tem como principal meta preservar ou recuperar um certo nível de equilíbrio interno que lhe permita minimizar o desprazer e maximizar o prazer. Então esta função é regulamentada por três componentes básicos da psique: ID, EGO e SUPERGO.
1. ID
Estrutura original da personalidade, por isso é desorganizado, caótico e sem forma. Todo conteúdo é inconsciente.
É a fonte de energia de todas as pulsões de vida e de morte.
2. EGO
Estrutura da personalidade que se desenvolve a partir do ID, busca atender e aplacar as exigências do ID, preservando a saúde, a segurança e a sanidade. Lida com a realidade externa devido a suas características lógicas e racionais. Entre meio externo e mundo interno.
Ego se esforça pelo prazer e tenta evitar o desprazer, mas considerando as limitações e oportunidades que são postas pela realidade. Controla as exigências do ID, avaliando – como, quando e porque - elas devem ser satisfeitas
3. SUPEREGOSurge a partir do Ego, tem a função de atuar como juiz das ações e pensamentos do Ego. 
É nele, que residem os códigos de condutas aprendidos no convívio social, as inibições e ideais.
Age no sentido de proibir ou limitar pensamentos e atitudes.
Através dele podemos gerar sentimentos como culpa, inferioridade, orgulho e amor próprio.
*Superego subdivide-se em: EGO IDEAL e CONSCIÊNCIA
EGO, SUPEREGO (KLEIN)
Klein ignora ID mas desenvolve teoria para ego e superego
Sua teoria difere da psicanalítica Freudiana nos seguintes aspectos:
· EGO (KLEIN)
Relacionando o desenvolvimento do ego a sua interação com o seio bom e o seio mau.
Todas as experiências tidas pelo bebê passam a ser relacionadas ao seio bom e seio mau, mesmo que não estejam ligadas a amamentação.
Ex: Após experimentar o seio bom o bebê, cria expectativas de também ter relações agradáveis com seus dedos, chupeta e/ou a figura paterna.
· DIVISÃO DO EGO
Através da divisão do Ego em: EU BOM e EU MAU. 
Forma-se uma maneira de gerenciamento dos aspectos positivos e negativos dos objetos externos.
Conforme o bebê vai crescendo, suas percepções se tornam mais realistas ao invés de estarem privadas entre o bom e o mau. Dessa forma o ego passa a se unificar e integrar.
· SUGEREGO (KLEIN)
 Surge antes dos 3 anos
Não é uma superação do complexo de édipo
Muito mais duro e cruel
Na teoria de Klein, difere da de Freud pois mesmo acreditando que este opera em Ego ideal (inferioridade) e Consciência (culpa) mas somente para crianças mais velhas e adultos, essas subdivisões do Superego Inicial em crianças pequenas, a consciência opera com o TERROR ao invés da culpa (o que a torna mais dura e cruel)
As crianças passam a temer serem devoradas, cortadas e dilaceradas em pedaços. Medos desproporcionais a qualquer perigo real.
Isto é consequência dos próprios desejos destrutivos das crianças que estão enraizados nas frustações vividas por elas nas relações objetais, estes desejos são sentidos com muita ansiedade.
Para lidar com essa ansiedade o ego mobiliza a energia da pulsão de vida contra a pulsão de morte.
Energia tirado das pulsões do ego para a formação do Superego.
Energia criadora (vida) contra a energia destruidora (morte)
A violência extrema é uma reação do psiquismo a agressividade do Ego, que procura se autodefender dos próprios desejos destrutivos mobilizando a pulsão de vida contra a pulsão de morte
Se transforma em uma consciência realística por volta dos 5/6 anos de idade.
TÉCNICA DO BRINCAR
Diferente da técnica do brincar psicanalítica não se baseia na associação livre pois devido a sua grande angústia a criança não consegue verbalizar as suas questões
Brincar – forma de acessar o inconsciente da criança por meio da transferência. Forma de comunicação da criança
Pela brincadeira a criança pode verbalizar na qual ela pode revelar esta angústia e sofrimento. 
Melanie Klein dedicou-se primordialmente à compreensão do brincar da criança, enfatizando a importância das atividades lúdicas na comunicação inconsciente dos conflitos infantis e, desta forma, destaca os casos de crianças com sérias inibições ao brincar.
Klein, ao contrário de Freud, identificava no brincar a possibilidade de interpretação, na situação transferencial, a partir da brincadeira produzida pela criança. Desta forma, as brincadeiras eram, para a autora, equivalentes às fantasias, que dariam acesso à sexualidade infantil e à agressividade, e em decorrência disso concebeu a relação TRANSFERENCIAL e CONTRATRANSFERENCIAL entre a criança e analista.
INVEJA E GRATIDÃO
Toda inveja é destruidora
Voracidade (introjeção destrutiva) – inveja – projeção
Ciúmes 
Inveja (identificação projetiva) causa ansiedade (tentativa do sujeito de destruir - inconscientemente) contra essa inveja surge como defesa o medo do sujeito de ser destruído.
Inveja deposita maldade dentro do outro, destrói a criatividade do outro. Confusão entre bom e mau, culpa e perseguição.
Gerando um ciclo que para ser quebrado precisa ser introjetado (que pode reduzir essa ansiedade, não a exterminar)
Inveja cai sobre aquilo que é bom.
Pulsão de vida gera sentimento de gratidão permitindo que a inveja seja sublimada.
Gratidão é a capacidade de suportar a inveja e os impulsos destrutivos, ter a satisfação e ser grata à gratificação.
Importância da elaboração da idealização e inveja na transferência com o analista.
WINNICOTT
SOBRE
Donald Winnicott era médico pediatra e desenvolveu, ao longo de sua vida, um excepcional talento clínico, sendo responsável pela criação e ricos desdobramentos no campo da psicanálise de crianças na Inglaterra e o legado que deixou para este campo é fundamental até os dias atuais, seja no que diz respeito à prática clínica, seja no campo teórico e conceitual.
Winnicott seguiu o seguinte percurso: de um lado, teoricamente, fazia sua formação tendo como princípios as ideias e conceitos kleinianos, fazendo, inclusive supervisão com a própria M. Klein. Mas isto não se transformou numa adesão ou submissão a certa tirania kleiniana, manteve-se independente quanto ao seu próprio modo de trabalhar e pensar a clínica, elaborando uma concepção original e pessoal no tocante a questões fundamentais no campo psicanalítico - a relação de objeto, o brincar e a própria concepção de self.
Em termos teóricos, aprendeu com M. Klein relevância das primeiras relações objetais, ou a importância da díade mãe-bebê na constituição do psiquismo, distancia-se do pensamento kleiniano ao privilegiar a dependência em relação ao ambiente (em detrimento de um interesse pela estruturação interna da subjetividade), desenvolvendo toda uma teorização em torno da importância do laço entre mãe e bebê para uma organização saudável e estável do ego e a noção de psicose que desenvolveu está estritamente ligada à proposição sobre um fracasso na relação mãe-bebê.
Defende a ideia de uma predisposição natural do organismo humano ao desenvolvimento, que, contudo, só ocorre se as condições do meio ambiente, em que o indivíduo nasce, lhe permitirem. Assim, para que surja um indivíduo humano normal, o fator ambiente tem uma função primordial. A ação do meio deve ser mediada, pois pode impedir, interromper o processo de integração.
Neste sentido, a mãe como representante dos cuidados maternos à criança, tem papel da mãe central, como representante deste “ambiente”.
Seu trabalho como pediatra e como psicanalista se deu muitas vezes com crianças que foram privadas, por estas circunstâncias históricas, da presença da mãe e disto resultou, também seu interesse na investigação e teorização em torno da relevância deste laço para a formação do psiquismo e para o estabelecimento de relações saudáveis e duradouras ao longo do tempo.
TEORIA
Pupilo de Klein, aprendeu Psicanálise com ela. A abordagem de Klein permitiu que Winnicott trabalhasse com os conflitos, ansiedades infantis e as defesas primitivas, presentes tanto em pacientes adultos como em crianças.
A sua teoria foi embasada nas relações entre a criança (desde o nascimento) e o ambiente em que ela vive, que corresponde à sua mãe.
Para ele, a criança passa da fase de DEPENDÊNCIA para a de INDEPENDÊNCIA, que tem como finalidade a formação da identidade. Ao final desse processo, a criança cria uma ideia sobre “quem eu sou”.
As necessidades da criança vão mudando à medida que esta muda da dependência para a independência.
Ele, considera que o papel do psicanalista ou da Psicanálise é levar uma pessoa com falhas em seu desenvolvimento novamente aos estágios de dependência. Para que assim, essa pessoa possa revisitar seu passado e superar o que impede seu desenvolvimento pleno. (REVISITAÇÃO À INFÂNCIA)
De acordo com esse ponto de vista winnicottiano, se saúde é maturidade, então imaturidade de qualquer espécie é saúde deficiente, sendo uma ameaça ao indivíduo e uma perda para a sociedade.
 “O bebê não existe”
– Winnicott
Sempre que você olha o bebê vai ter alguém olhando junto para ele. Tem um cuidador, mãe/pai. Um ambiente que olha por esse bebê. Sendo assim, o bebê não existesozinho. Ele só existe na presença do outro.
Cuidado materno tem função inicial como ambiente.
* Winnicott não acha válida a ideias de Freud de pulsão de morte.
DEPENDÊNCIA ABSOLUTA, RELATIVA E RUMO À INDEPEDÊNCIA
· Winnicott divide em fases, que são denominadas e caracterizadas como:
AMBIENTE
Klein deixou claro para Winnicott a importância da Posição Depressiva, ou seja, que a capacidade para se preocupar e de sentir culpa, fazem parte do desenvolvimento emocional, bem como as ideias de restituição e reparação (do objeto de amor).
Winnicott começa, então, a ressaltar a influência do ambiente, considerando que M. Klein examinou essa questão apenas superficialmente.
Segundo ele, prover para a criança é uma questão de prover o ambiente que facilite a saúde mental e o desenvolvimento emocional.
Portanto, o desenvolvimento emocional ocorre na criança se se proveem condições SUFICIENTEMENTE BOAS, vindo o impulso para o desenvolvimento de dentro da própria criança.
Quando as forças no sentido da vida, da INTEGRAÇÃO da PERSONALIDADE e da INDEPENDÊNCIA são fortes e as condições são suficientemente boas, a criança progride.
Quando as condições são INSUFICIENTEMENTE BOAS, essas forças ficam contidas dentro da criança e de uma forma ou de outra, tendem a destruí-la. Também deve-se considerar os impulsos familiar e social.
o sucesso dos processos ambientais possibilitará o desenvolvimento e a estruturação saudável do ser (distinto, autêntico e criativo), assim como as falhas ambientais (negligências, intrusões ou desastres) levam ao desenvolvimento adaptativo e reativo de personalidade ao ambiente.
MÃE SUFICIENTEMENTE BOA
*Considera-se como mãe suficiente ou insuficiente boa quem desempenha o papel de mãe, e não necessariamente a figura materna biológica.
Está sempre atenta às necessidades do bebê, porém não totalmente (na medida certa).
Ao mesmo tempo em que ela pode suprir as necessidades do bebê, ela também permite o desenvolvimento da sua independência. 
Também precisa falhar para que este bebe se constitua, e perceba que nem tudo é perfeito.
· PREOCUPAÇÃO MATERNA PRIMÁRIA
· Definida pela capacidade que ela tem de estar disponível e atenta todas as necessidades do bebê mesmo que ela esteja cansada.
· Ela se torna capacitada para compreender e perceber mais do que ninguém aquela criança.
· Permanecendo no estado diferenciado psiquicamente que ele descreve como “LOUCURA DAS MÃES”, que volta ao normal anteriormente.
· No entanto, acontece de uma mãe suficientemente boa apresentar características de uma mãe insuficientemente boa.
· Por exemplo, não podendo aumentar naquele exato momento que o bebê chora de fome, mas não porque ela é negligente porque coincide, muitas vezes, dela não poder estar ali sempre que o bebê precisa.
MÃE INSUFICIENTEMENTE BOA
Aquela que não está atenta as necessidades do bebê.
Ocorre quando aquele bebê frequentemente não tem suas necessidades atendidas.
E também pode estar presente em situações, como aquele bebê que é cuidado por muitas pessoas e não tem uma rotina
· FALHA MATERNA
· SAUDÁVEL: é quando a mãe investe em outros objetos.
· Como: trabalho, marido
· Considerando-a de forma saudável para o alto desenvolvimento deste bebê pois não há falha na estrutura.
FUNÇÕES MATERNAS PRIMÁRIAS
Para Winnicott, a criança nasce indefesa. É um ser desintegrado, que percebe de maneira desorganizada os estímulos provenientes do exterior.
Mas o bebê nasce também com uma tendência para o desenvolvimento. A tarefa da mãe é a de fornecer um suporte adequado para que as condições inatas alcancem um desenvolvimento satisfatório.
· APRESENTAÇÃO DO OBJETO
A 3ª função que compete à mãe suficientemente boa é a apresentação dos objetos (ou apresentação de mundo), que consiste em oferecer objetos substitutos de satisfação. Relaciona-se com a apresentação da externalidade e da realidade.
É fundamental para a avanço da fase de dependência absoluta para dependência relativa, uma vez que possibilita o interesse, curiosidade e a busca por objetos de satisfação para além da cuidadora.
· HOLDING (SUSTENTAÇÃO)
O termo “holding”, provém do verbo inglês To hold que significa segurar, manter, ter capacidade para conter, aguentar, resistir, entre outros sinônimos.
Portanto, a função do holding em termos psicológicos é fornecer apoio egóico em particular na fase de dependência absoluta, antes do aparecimento da integração do ego. Disposição empática e afetiva para perceber e atender às necessidades do bebê, que se concretizam por meio do handling.
· HANDLING (MANEJO)
Winnicott denomina de handling o momento em que uma mãe segura seu bebê e o alimenta, percebe que ele está desconfortável e o muda de posição, troca sua fralda, lhe dá banho e exerce outras inúmeras tarefas.
O handling faz referência à manipulação do bebê pelas mãos cuidadosas da mãe e o seu contato físico com ele, que construirá as noções corporais ainda frágeis do bebê.
A mãe deve apresentar o mundo em pequenas doses, ao passo em que permita a ILUSÃO INICIAL (ONIPOTÊNCIA) de que quem criou aquilo foi o bebê. Segundo o autor, essa apresentação carrega a função formativa que permite o estabelecimento das RELAÇÕES OBJETAIS.
INTROJEÇÃO E PROJEÇÃO
Winnicott considerou que o material de uma análise ou tinha a ver com as relações objetais da criança, ou com os mecanismos de introjeção e projeção. 
Importância da introjeção e projeção (baseados nas funções corporais de incorporação e excreção).
FENÔMENO TRANSICIONAL 
O autor inicia o capítulo comentando que todos os bebês, logo após o nascimento, tendem a usar punhos, dedos e polegares para estimular a zona erógena oral a fim de satisfazer seus instintos.
Podemos encontrar uma ampla variação na sequência de eventos que se iniciam com o punho-na-boca do recém-nascido e o levam em certo momento a apegar-se a um ursinho, a uma boneca, a um brinquedo por vezes macio, por vezes duro.
Winnicott introduz a expressão “OBJETO TRANSICIONAL” e “FENÔMENO TRANSICIONAL” para designar a área intermediária da experiência, entre:
- O objeto transicional representa a primeira posse “não-eu” da criança, tem um caráter de intermediação entre seu mundo interno e externo.
VERDADEIRO/ FALSO SELF
O verdadeiro self e a sensação de que a vida vale apena ser vivida, apontada por Winnicott, é a realização da nossa tendência e potencial de desenvolvimento, assim como as estruturações defensivas do self, as neuroses e sensação de futilidade do viver, são características de um falso self que precisou se adaptar e/ou reagir a um ambiente falho.
▀ VERDADEIRO SELF (INTEGRADO)
▀ FALSO SELF (PROTEÇÃO/DEFESA)
▀ AMBIENTE
▀ NECESSIDADES EGOICAS
▀ ACOLHIMENTO DO AMBIENTE
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL DO EGO
1) INTEGRAÇÃO 
Não integração primária fornece base para a desintegração quando há falha ou atraso na integração – é necessária uma pessoa que junte os pedaços.
Para o autor, o ser humano é um ser potencialmente criativo, que carrega uma tendência inata para a integração e o desenvolvimento, mas cabe ao ambiente oferecer o suporte para que essas potencialidades se realizem.
2) PERSONALIZAÇÃO
Personalidade localizada no corpo
3) REALIZAÇÃO
Mundo externo só pode ser usufruído se constituir-se paralelamente ao mundo interno.
ALERTA:
Os textos e as imagens, utilizadas neste documento, podem ter direitos autorais
polegar e o ursinho,
erotismo oral e a verdadeira relação objetal, 
a atividade da criatividade primária e a projeção do que já foi introjetado. 
INTEGRAÇÃO
PERSONALIZAÇÃO
REALIZAÇÃO
apreciação do tempo e espaço e outros aspectos da realidade.
localização da psique no corpo
relação integração/não integração
CONTEXTO
Relação de segurança com bebê, “ambiente”, contato
FOCO
Relação direta, olho com olho, na qual a criança aprende a se relacionar, vivenciar e então, pensar sobre
CONTEXTO + FOCO
Com ambos a criança pode desenvolver uma relação de vínculo com seu responsável (seja mãe, pai, cuidador etc.) na qual experimentará significado
PULSÃO DE VIDA 
Energia CriadoraPrazeroza
Relações Agradáveis
PULSÃO DE MORTE
Energia Destrutora
Desagrádavel
Isolamento
Destruição
MÃE
SEIO BOM
SEIO MAU
OBJETO
DIVISÃO
INTERNO
EXTERNO
BEBÊ
ANSIEDADE
PERSEGUIÇÃO
ESQUIZO
PARANÓIDE
MUNDO EXTERNO
MUNDO INTERNO
DELE/DELA/O OUTRO
Meu
COMPLEXO DE ÉDIPO
Momento no qual. a criança fantasia destruir um dos progenitores e ter um relacionamento amoroso com o outro.
Para Klein, os estágios iniciais do complexo de Édipo começam durante a posição depressiva.
SEIO BOM
OBJETO BOM
SEIO MAU
OBJETO MAU
UNIFICAÇÃO
PERDA
BOM E MAU = MESMO OBJ
MEDO DE RETALIAÇÃO
ANSIEDADE
POSIÇÃO DEPRESSIVA
ORGANISMO
ADAPTAÇÃO
AMBIENTE
EGO
SUPEREGO
ID
Instinto
Objeto
Fonte
Ato Psíquico
Desenvolvimento
Mecanismos
Restrições
Normal
Civilização
Exigência Natural
Inato
Amoral
Inconsciente
Princípio do Prazer
Conflito
Harmonia
Formado a partir - ID
Moral
Consciente
Princípio da Realidade
Formado a partir - Ego
Hipermoral
Não-consciente
Princípio do Dever
Barreiras Sociais
Pragmático
FREUD
desde o nascimento
nenhuma função complexa
KLEIN
extremamente desorganizado
dominada pelo ID
3 ou 4 anos
ansiedade, mecanismos de defesa e relações objetais
começa com amamentação
seio bom e seio mau - ego
SEIO BOM/MAU
Relações prazerosa (bom)
Dedos (corpo)
EGO
Forma de lidar com experiências prazerosa e desgradáveis
Modelo
Chupeta (objeto)
Figura paterna (outros)
Relações Interpessoais
Relações desagradáveis (mau)
2.EU MAU
1.EU BOM
alimentado, amado
fome, desamparo
PULSÃO DE VIDA
PULSÃO DE MORTE
SUPEREGO
Inveja
Pulsão de Morte
Defesa
Ansiedade
Projeção
Medo
GRATIDÃO
união do bebê e a mãe
pulsão de vida
INVEJA
ligada a destruição
pulsão de morte
BEBÊ
DEPENDÊNCIA
CRIANÇA
INDEPENDÊNCIA
DEPENDÊNCIA ABSOLTUTA
COM 4 MESES JÁ RECONHECE A MÃE
DEPENDÊNCIA RELATIVA 
6 MESES - 1 ANO
0-6 MESES
POSIÇÃO ESQUIZOPARANÓIDE - KLEIN
AUTONOMIA
COMPLEXO DE ÉDIPO
POSIÇÃO DEPRESSIVA - KLEIN
INTEGRAÇÃO
SEPARAÇÃO DA MÃE
RELACIONA-SE COM OBJETOS.
RUMO À INDEPENDÊNCIA
ESTABELECIMENTO DE RELACIONAMENTOS INDIVÍDUO ↔ OBJETOS EXTERNOS
REPRESENTADO PELA MÃE SUFICIENTEMENTE BOA 
O HOLDING; O HANDLING; E A APRESENTAÇÃO DOS OBJETOS.
AMBIENTE FACILITADOR OU SUFICIENTEMENTE BOM
SEIO BOM
alimenta, satisfaz
SEIO MAU
priva, faz sofrer
FUNÇÕES MATERNAS
APRESENTÇÃO OBJ.
Ato de segurar, integração (tempo, espaço), experiência física e vivência símbolica
Função física e emocional, determina a formação do SELF (V/F)
HANDLING (MANEJO)
Trato,cuidado e manipulação do bebê, proporpionar bem-estar físico que aos poucos sente dentro de seu corpo próprio
HOLDING (SUSTENTAÇÃO)
Mãe começa a ser substituível e passa apresentar novos objetos
Início das RELAÇÕES OBJETAIS
Processo de PERSONILIZAÇÃO, através da união da vida psiquíca e corpo.
INTROJEÇÃO
PROJEÇÃO
baseada na função de comer.
baseada nas funções excretórias: saliva, suor, fezes, urina, gritar, dar pontapés.

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