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PROJETO Monografia Alienação Parental

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
PUC - MINAS/BETIM
METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO – MONOGRAFIA I
PROFESSOR: 
	PROJETO DE MONOGRAFIA
	TÍTULO:
Alienação Parental, 
	PALAVRAS-CHAVE 
Âmbito familiar. Alienação Parental. Genitor. 
	ÁREA TEMÁTICA:
Direito Civil, Direito de Família.
	TEMA ESPECIFICADO
Diante desses fatos incessantes casos de alienação parental onde um dos genitores cria de forma negativa falsas memórias em sua prole, com o fim de limitar o convívio do genitor alvo no âmbito familiar, foi necessária a criação em nosso ordenamento jurídico da Lei Alienação Parental (Lei 12.318/2010), apesar do longo tempo em que ocorre o tema, a lei se faz recente e tem como seu objetivo principal proteger os direitos individuais dessas crianças e adolescentes. 
	PROBLEMA:
	Os conflitos decorrentes da prática da alienação parental podem ser sanados através da Lei Alienação Parental (Lei 12.318/2010) ?
	NOME DO PESQUISADOR: 
	NOME DO ORIENTADOR:
	UNIDADE: Betim 
TURMA: 8º Período
TURNO: Noite
DATA: 
	
1 – RELEVÂNCIA
	
Como uma forma de melhor amparar o menor que é vitima das constantes alienações e suas consequências psicológicas redigiu-se Lei Alienação Parental (Lei 12.318/2010) que visa paramentar de forma legal o ordenamento jurídico afim de coibir os incessantes ataques sofridos pela criança/adolescentes resguardando assim a um convívio familiar benéfico a todos. 
Porem apesar de a lei ser um fato recente no ordenamento jurídico Richard Gardner em 1985 em já havia problematizado acerca do tema.
 “um distúrbio da infância que aparece quase exclusivamente no contexto de disputas de custódia de crianças. Sua manifestação preliminar é a campanha denegritória contra um dos genitores, uma campanha feita pela própria criança e que não tenha nenhuma justificação. Resulta da combinação das instruções de um genitor (o que faz a “lavagem cerebral, programação, doutrinação”) e contribuições da própria criança para caluniar o genitor-alvo. Quando o abuso e/ou a negligência parentais verdadeiros estão presentes, a animosidade da criança pode ser justificada...”. (GARDNER, 1985, p.2). 
Com a frequente ocorrência dessas alienações e sua grande divergência a cerca do assunto em 26 de agosto de 2010 foram promulgados a Lei Alienação Parental (Lei 12.318/2010) que da uma maior ênfase à dimensão questão enfrentada quando ocorre a alienação, tanto no âmbito familiar, quanto a sociedade, pois esses atos praticados por um dos genitores (em geral aquele que é abandonado) deixam marcas profundas e quiçá irreparáveis, o que leva a desenvolver de forma grave a síndrome da alienação parental. 
Devemos ter em mente que a alienação parental fere de forma significativa um dos direitos fundamentais da sociedade que é previsto na Constituição da Republica Federativa do Brasil, no qual deve ser protegido, o que cita o art. 226 da CR/88. 
Art. 226 CR/88 ‘’ A família, base da sociedadeproteção do Estado’’.
Com tudo, é direito dos filhos provindos da união ter o convívio familiar intocável, e caso esse direito seja cerceado deverá ocorrer sanções. Porem, após o termino da união ocorre o desrespeito por parte de um dos genitores geralmente aquele que é ‘’abandonado’’ e usa a criança/adolescente como objeto de afronta para atingir o genitor-alvo, cessando assim o vinculo que deve ser resguardado no âmbito familiar. 
Diante da ocorrência desses atos a alienação parental tem sido objeto de ações para garantir o direito do genitor alvo, no qual o contato com os filhos está sendo limitado ou ate mesmo impedido. Portanto, identificar e conhecer os atos de alienação parental é extremamente importante para que não equívocos não sejam cometidos nba hora da identificação de tais atos. 
	
2 – a) - APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA
	 
O presente estudo visa problematizar de forma contundente o âmbito familiar no qual uma das partes não aceitando o fim do relacionamento começa a exercer sobre a prole o poder paternal, influenciando assim de forma negativa os sentimentos em relação ao outro progenitor. Como supracitado o direito de convivência no âmbito familiar mesmo após o termino da união é assegurado aos filhos. 
O conceito legal da alienação parental está disposto no artigo 2º da Lei nº 12.318/2010,
 que define:
Art 2° Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós, ou pelos que tenham a criança ou o adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou a manutenção de vínculos com este (BRASIL, 2010). 
 Sabemos que após uma separação podem ocorrer conflitos de interesse do casal que terminam por provocar animosidades, o que às vezes, de forma ate involuntária, provocam o surgimento da alienação parental, que por sua vez trazem mudanças significativas entre a relação do filho e o genitor-alvo (em geral aquele que não detém a guarda), então a Lei Alienação Parental (Lei 12.318/2010) vem de forma clara sanar esses atos, coibindo essas ações para que os direitos fundamentais sejam resguardados. 
Por isso o tema abordado se faz importante, pois devemos saber como é praticado tais atos, identifica-los e sana-los de forma providencial. Deste modo será elucidado como nos portar no ato da identificação de tais fatos. Porem esses estes casos não são de fácil comprovação, uma vez que a única parte afetada é o psicológico da criança/ adolescentes, mas quando identificados a lei venha para resguarda as potenciais vitimas e corrigir seus praticantes de forma à restaurar o bom convívio entre todas as partes, haja vista que com a identificação previa e a retificação comportamental da criança/adolescente reinstaure-se o bom convívio, não permitindo que se desenvolva a síndrome da alienação parental .
	
b) – JUSTIFICATIVA
	 
A pratica da alienação parental consiste em uma forma de interferência na formação psicológica da criança a fim de criar conflitos entre genitor e sua prole. 
O conceito legal da alienação parental está disposto no artigo 2º da Lei nº 12.318/2010, que define:
Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós, ou pelos que tenham a criança ou o adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou a manutenção de vínculos com este (BRASIL, 2010).
Para uma maior compreensão em torno da importância da lei envolvendo os atos de alienação parental se faz necessário um estudo a cerca de todo o processo que engloba o tema supracitado, conforme será realizado no decorrer desse estudo. 
A ocorrência da Alienação Parental não é um fato novo em nosso ordenamento jurídico, usar os filhos como instrumento de represália em relação ao ex-companheiro após o fim de um relacionamento é um fato que ocorre a décadas, e devido a essas ocorrências se fez necessário a elaboração de uma lei que resguarda-se essas crianças e adolescentes desses atos, com isso foi criada a Lei da Alienação Parental (12.318/10), que traz um rol a descrição e as características do alienador, bem como exemplifica as possíveis condutas, visando dar afetividade e celeridade às lides judiciais, onde apresenta e disciplina o ato da Alienação Parental em seu art. 1º. No art. 2º traz o conceito e tipifica a conduta dessa Alienação Parental, aliás, este artigo além de trazer a descrição do alienador, aborda uma série de condutas que se enquadram perfeitamente nos atos dessa Alienação Parental, muito embora este rol não seja taxativo, mas exemplificativo das possíveis condutas.
	
3 – HIPÓTESE
	
Quando ocorre a separação entre os genitores é normal a ocorrência de divergências envolvendo o interesse docasal, provocando assim sentimentos negativos geralmente naquele em que foi supostamente abandonado, por esse motivo surge na figura do alienante o desejo de vingança, tornando-se por parte do alienador um instrumento de vingança, implantando nessas crianças falsas memorias e ideias onde os filhos são levados a rejeitar o genitor, destruindo assim o laço familiar entre os mesmo.
Essas incansáveis alienações por parte de um dos genitores pode levar a criança a desenvolver a síndrome da alienação parental o que pode proporcionar danos imensuráveis no psicológico da criança e adolescente.
Com isso Ana Carolina Carpes Madaleno e Rolf Madaleno esclarecem:
‘’De acordo com a designação de Richard Gardner, existem diferenças entre a síndrome da alienação parental e apenas a alienação parental; a última pode ser fruto de uma real situação de abuso, de negligência, de maus-tratos ou de conflitos familiares, ou seja, a alienação, o alijamento do genitor é justificado por suas condutas (como alcoolismo, conduta antissocial, entre outras), não devendo se confundir com os comportamentos normais, como repreender a criança por algo que ela fez, fato que na SAP é exacerbado pelo outro genitor e utilizado como munição para injúrias. Podem, ainda, as condutas do filho ser fator de alienação, como a típica fase da adolescência ou meros transtornos de conduta. Alienação é, portanto, um termo geral que define apenas o afastamento justificado de um genitor pela criança, não se tratando de uma síndrome por não haver o conjunto de sintomas que aparecem simultaneamente para uma doença específica’’ (2013, p. 51).
 
Com o constate acontecimento dos fatos se fez necessário a implantação de uma lei que tivesse como objetivo sanar e punir esses atos afim de inibir a ocorrência da alienação parental. Com isso em 26 de agosto de 2010 foi promulgada a Lei Alienação Parental de numero 12.318/10, que dispões sobre os atos e suas consequências da alienação parental.
Um dos principais meios para a resolução desse conflito é a guarda compartilhada, que apesar de gerar vários questionamentos em relação ao assunto, constitui-se em uma forma eficaz de solucionar o problema, uma vez que a criança passara o mesmo tempo com ambos os genitores, criando assim suas próprias memorias dos genitores.
	4 – OBJETIVOS
	
Assim, o presente projeto de monografia irá abordar como:
Objetivo Geral:
Analisar as possibilidades de aplicação da Lei Alienação Parental (Lei 12.318/2010) nos casos em que é identificada a ocorrência. 
Objetivos Específicos:
Apresentar as diversas formas da alienação parental.
Analisar a decorrência da Síndrome da Alienação Parental.
Diferenciar a Alienação Parental da Síndrome da Alienação Parental
Analisar a consequência dessa incessante alienação
Demostrar a importância do vinculo familiar.
Caracterizar o genitor alienante.
Analisar a da Lei Alienação Parental (Lei 12.318/2010).
Apresentar os objetivos específico da Lei Alienação Parental (Lei 12.318/2010).
Analisar guarda compartilhado como forma de resolução dos conflitos. 
 
	
5 – REVISÃO DA LITERATURA REFERENTE AO TEMA
	
1. Alienação Parental
A convivência no âmbito familiar é um direito fundamental, que deve ser respeitado e em momento algum violado, esse direto é assegurado pela Constituição Federal no art. 227, nesse termo a convivência dos filhos devem ser respeitadas mesmo após o termino da relação dos genitores. A alienação parental é uma maneira de cercear esse vinculo afetivo entre a criança/ adolescente com um dos seus genitores, o que agride de forma visível esse direito. Com a existência desse conflito, e a dificuldade jurídica de apontar e resolver esses conflito que a tempos ocorrem. Em 2010 foi regulamentada a lei 1238/10, que ter por objetivo principal proteger os direitos individuais dessas crianças e adolescentes.
O conceito legal da alienação parental está disposto no artigo 2º da Lei Alienação Parental (Lei 12.318/2010), que define:
Art. 2 ‘’Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós, ou pelos que tenham a criança ou o adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou a manutenção de vínculos com este.’’ (BRASIL, 2010).
Para melhor compreender o que é a alienação parental, FREITAS esclarece:
‘’Trata-se de um transtorno psicológico caracterizado por um conjunto sintomático pelo qual um genitor, denominado cônjuge alienador, modifica a consciência de seu filho, por estratégias de atuação e malícia (mesmo que inconscientemente), com o objetivo de impedir, obstaculizar ou destruir seus vínculos com o outro genitor, denominado cônjuge alienado. Geralmente, não há motivos reais que justifiquem essa condição. É uma programação sistemática promovida pelo alienador para que a criança odeie, despreze ou tema o genitor alienado, sem justificativa real’’. (FREITAS, 2014, p. 25).
Contudo o desconhecimento da população em relação a alienação parental não a torna inexistente nos lares, ela ocorre de forma frequente, como o genitor alienante que equivale-se de todos os meios de coerção para convencer a criança/adolescente que o genitor que o lar deixou não tem apreço por essa criança, que ao deixar o lar não pensou no que iria ocorrer, criando assim uma falsa destruindo-lhe um vinculo afetivo que é de extrema importância. 
1.2. Síndrome da Alienação Parental
Faz-se necessário para maior compreensão as exposições das diferenças existentes entre alienação parental e síndrome da alienação parental, tendo-se em mente que alienação parental é a persuasão exercida por um dos genitores a criança/adolescente, destorcendo assim as ideias que aquela criança tem em relação ao seu genitor e consequentemente privando-a esse do convívio familiar, o constante exercício da alienação termina no desenvolvimento da síndrome da alienação parental. 
Como forma de melhor entendimento Souza diz:
‘’ [...] a Síndrome da Alienação Parental não se confunde com Alienação Parental, pois que aquela geralmente decorre desta, ou seja, enquanto a AP se liga ao afastamento do filho de um pai através de manobras da titular da guarda, a Síndrome, por seu turno, diz respeito às questões emocionais, aos danos e sequelas que a criança e o adolescente vêm a padecer’’ (PINHO apud SOUZA, 2014, p. 114).
A síndrome da alienação parental ou SAP como também é conhecido, surge como uma disputa do casal entre a guarda de seus filhos, e tem inicio com a desconstrução da figura paternal de um dos genitores, manipulando com o intuito de transformar esse em um estranho a criança/adolescente. E importante frisar que em alguns casos essa alienação pode acontecer com a ajuda de terceiros como, por exemplo, um tio, avó, avô etc., em geral quem convive com o alienante. Podemos observar então, que a alienação parental, de formas corriqueiras decorrentes de incensáveis intervenções psicológicas as quais essas crianças/adolescentes são submetidas termina por desenvolver a síndrome da alienação parental.
Temos nas palavras de Trindade (2007, p. 102):
“A Síndrome de Alienação Parental é um transtorno psicológico que se caracteriza por um conjunto de sintomas pelos quais um genitor, denominado cônjuge alienador, transforma a consciência de seus filhos, mediante diferentes formas e estratégias de atuação, com objetivo de impedir, obstaculizar ou destruir seus vínculos com o outro genitor, denominado cônjuge alienado, sem que existam motivos reais que justifiquem essa condição. Em outras palavras, consiste num processo de programar uma criança para que odeie um de seus genitores sem justificativa, de modo que a própria criança ingressa na trajetória de desmoralização desse mesmo genitor’’.
Com isso a alienação parental continuada leva a síndrome da alienação parental que causa nacriança ou adolescente, inúmeros traumas que são decorrentes de pressões psicológicas que venham a sofrer. Essa alienação continua fere o direito fundamental de convivência saudável no ambiente familiar, prejudicando assim, qualquer tipo de afeto entre o genitor e sua prole, as consequências dessa alienação são inúmeras, como o medo ou receio que essa criança/adolescente fica em relação ao genitor alvo.
A síndrome da alienação parental possuem três estágios, que são eles o leve, médio e grave. No primeiro estágio leve, as crianças convivem com o genitor alvo sem grandes dificuldades. O mais são apenas alterações naturais que ocorrem após o divórcio. No segundo estágio médio, está a constante provocação do genitor alienante, que se utiliza de falsas histórias e sua repetição, bem como da depreciação que faz face o genitor alvo, induzem a criança a nutrir por este sentimento de rancor, ódio e medo.  E já no terceiro estagio grave, a criança e/ou adolescente sofre de fortes perturbações mentais e crises de alucinação, tanto que não mais necessita da figura do genitor alienante para induzi-la ao ódio e ao medo pelo genitor alvo, uma vez que esta já está totalmente corrompida e nutrida por sentimentos negativos face ao genitor oposto da relação de parental, de forma que a visitação nesta fase se torna impossível e/ou insuportável, devido à agressividade da criança.
 O processo de identificação da ocorrência da alienação parental não se faz de forma fácil, mas uma das características identificadas é o meio familiar bastante conturbado, onde existe bastantes brigas, discursões e conflitos entre os pais, o alienador em geral é aquele que detém a guarda da criança que usa de métodos para inserir pensamentos e sentimentos em relação ao genitor alienado, com o objetivo de afastá-los e romper o vínculo existente entre eles, as vezes a alienação pode ocorrer por terceiros, geralmente o alienante não aceita o fim do relacionamento e por isso tem uma baixa auto estima, pensamentos negativos e usam a criança/adolescente como escudo para punir o ex companheiro.
Com isso quando existe a suspeita da ocorrência da alienação parental deve-se os profissionais adequados como psicólogos e assistentes sociais identificar se o que ocorre no ambiente familiar é mesmo a alienação parental, para que alem de não existir falsas denuncias, seja tomada as devidas providencias.
Além da identificação da ocorrência da alienação parental, devemos ter em mente características extremamente relevantes no genitor alienante, que em geral implanta falsas memórias na criança/adolescente , esses tem atitudes que tende a quebrar o laço existente entre os filhos e o outro genitor, esse genitor age de maneira que dificulte ou ate mesmo torne impossível o contato com os filhos. 
Nas palavras de SOUZA Juliana:
Referindo-se a esses comportamentos, não há dúvida de que a finalidade do genitor alienador é evitar ou dificultar, por todos os meios possíveis, o contato dos filhos com o outro cônjuge. No entanto, os pais ou responsáveis não percebem que o direito à convivência familiar é direito fundamental previsto não apenas na CF/1988 e no ECA, mas também na Lei 12.318/2010 (Lei de Alienação Parental) (SOUZA, 2014, p. 128).
É inegável o fato que ao praticar esses atos a intenção de prejudicar é ao genitor-alvo, porem quem sai, mas prejudicado em todo o processo é a criança/adolescentes que fica no meio dessa incessante discussão, o que ocasiona nos mesmos doenças como a síndrome da alienação parental.
1.3. Análise da Lei Alienação Parental (Lei 12.318/2010) 
Diante da constante ocorrência dos casos de alienação parental e ausência de uma difícil caracterização do fato para inibir ou atenuar os fatos, se fez necessário a intervenção do estado através de uma lei para sanar e inibir esses acontecimentos.
No processo de elaboração do projeto de lei, foi escolhida a palavra genitor para caracterizar a conduta do alienante, nas palavras de Sandra Vilela: 
Evidente vantagem da existência de definição legal de alienação parental é o fato de, em casos mais simples, permitir ao juiz, de plano, identifica-la, para efeitos jurídicos, ou, ao menos, reconhecer a existência de seus indícios, de forma a viabilizar rápida intervenção jurisdicional. O rol exemplificativo de condutas caracterizadas como de alienação parental tem esse sentido: confere ao aplicador da lei razoável grau de segurança para o reconhecimento da alienação parental ou de seus indícios independentemente de investigação mais profunda ou caracterização de alienação parental por motivos outros (VILELA, 2009).
Antes a figura do genitor alienante não sofria nenhuma represália por exercer a alienação parental no âmbito familiar, ficando este em uma posição muito confortável, uma vê que os atos praticados não seriam passiveis de punição. Então se faz necessários mecanismos para coibir esses atos por parte dos genitores, colocando a disposição do juiz meios de penalizar a pratica desses atos como forma de coibir os demais. 
Contudo, a tipificação da alienação parental foi de extrema relevância no cenário jurídico, pois com a criação da lei o Judiciário tem o poder de penalizar os genitores que violam o que esta prevista em lei.
Como trás Douglas Phillips Freitas:
Assim como ocorreu com a Lei da Guarda Compartilhada, em que, na verdade, apenas houve um resgate do conceito originário de Poder Familiar, a fim de romper com os vícios decorrentes de má interpretação da Guarda Unilateral, mas que surtiu efeito nas relações paterno-filiais, acreditamos que a Lei da Alienação Parental, além de oficialmente assinalar a população em geral, inclusive aos operadores, a existência desta síndrome e formas de combatê-la, também promoverá grande impacto jurídico-social (FREITAS, 2014, p. 35).
A redação da Lei é constituída de onze artigos (sendo dois vetados) e estabelece o que é alienação parental. O artigo 1º institui: “esta Lei dispõe sobre a alienação parental” (BRASIL, 2010).
Em seu artigo segundo a Lei dispõe sobre o conceito de alienação parental, mostrando sua caracterização no meio jurídico e no social, pois, sabemos que não é do conhecimento universal o que se trata a alienação parental. 
Art. 2º Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós, ou pelos que tenham a criança ou o adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos come este. Parágrafo Único. São formas exemplificativas de alienação parental, além dos atos assim declarados pelo juiz, ou constatados por perícia, praticados diretamente com o auxílio de terceiros:
I- realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade;
II- dificultar o exercício da autoridade parental;
III- dificultar contato de criança ou adolescente com o genitor;
IV- dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar; V- omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço;
VI- apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente;
VII- mudar o domicilio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós (BRASIL, 2010).
É de grande importância como o legislador abordou o fato que não só os genitores podem ser os agentes passivos ao ato de alienação parental, mas também os avós.
O artigo 3º diz que a pratica de tal ato fere o direito fundamental da criança ou adolescente, e que tal conduta abusiva por parte do alienante, é passível a propositura da ação em desfavor do mesmo.
Art. 3º A prática de ato de alienaçãofere direito fundamental da criança ou do adolescente de convivência familiar saudável, prejudica a realização de afeto nas relações com genitor e com o grupo familiar, constitui abuso moral contra a criança ou o adolescente e descumprimento dos deveres inerentes à autoridade parental ou decorrentes de tutela o guarda (BRASIL, 2010).
O artigo 4º dispõe sobre as normas processuais, devendo o processo tramitar em regime de urgência devido à sua dificuldade de reversão. O paragrafo único  busca garantir que as relações pai-filho não sejam prejudicadas, exceto quando há provas do prejuízo causado às crianças e adolescentes. 
Art. 4º Declarado indício de ato de alienação parental, a requerimento ou de ofício, em qualquer momento processual, em ação autônoma ou incidentalmente, o processo terá tramitação prioritária, e o juiz determinará, com urgência, ouvido o Ministério Público, as medidas provisórias necessárias para preservação da integridade psicológica da criança ou do adolescente, inclusive para assegurar sua convivência com genitor ou viabilizar a efetiva reaproximação entre ambos, se for o caso.
Parágrafo Único: Assegurar-se-á à criança ou adolescente e ao genitor garanta mínima de visitação assistida, ressalvados os casos em que há iminente risco de prejuízo à integridade física ou psicológica da criança ou do adolescente, atestado por profissional eventualmente designado pelo juiz para acompanhamento das visitas (BRASIL, 2010).
O artigo 5º trás, sobre a identificação do ato de alienação parenta. Conforme mencionado ao longo do desenvolvimento do tema, é complexa a edificação da alienação parental, sendo necessária a intervenção de um profissional que tenha conhecimento especifico na área para apontar se tais atos estão realmente sendo exercidos sobre a criança. Ao citar sobre o laudo e pericia o legislador não menciona o prazo, mas deve-se ter em mente que os laudos e pericia deve ocorrer o quanto antes, pois havendo a demora em tais averiguações acarreta na resposta judicial.
Art. 5º Havendo indício da prática de ato de alienação parental, em ação autônoma ou incidental, o juiz, se necessário, determinará perícia psicológica ou biopsicossocial.
§ 1º O laudo pericial terá base em ampla avaliação psicológica ou biopsicossocial, conforme o caso, compreendendo, inclusive, entrevista pessoal com as partes, exame de documentos dos autos, histórico do relacionamento do casal e da separação, cronologia de incidentes, avaliação da personalidade dos envolvidos e exame da forma como a criança ou adolescente se manifesta acerca de eventual acusação contra genitor.
§ 2º A perícia será realizada por profissional ou equipe multidisciplinar habilitados, exigido, em qualquer caso, aptidão comprovada por histórico profissional ou acadêmico para diagnosticar atos de alienação parental.
§ 3º O perito ou equipe multidisciplinar designada para verificar a ocorrência de alienação parental terá o prazo de 90 (noventa) dias para apresentação do laudo, prorrogável exclusivamente por autorização judicial baseada em justificativa circunstanciada (BRASIL, 2010).
O artigo 6º menciona que deve-se observar a gravidade dos atos praticados, onde as ações serão aplicadas de acordo com o nível de gravidade do caso. É de entendimento que o objetivo principal da lei não é a punição, mas sim inibir os atos da alienação parenta. Por isso é notável que a variação das sanções visa a resolução desses atos, como nos casos menos agressivos não há a necessidade imediata de se fixar multa ou alteração da guarda, pode-se somente advertir o alienador ou determinar acompanhamento psicológico.
Art. 6º Caracterizados atos típicos de alienação parental ou qualquer conduta que dificulte a convivência de criança ou adolescente com genitor, em ação autônoma ou incidental, o juiz poderá, cumulativamente ou não, sem prejuízo da decorrente responsabilidade civil ou criminal e da ampla utilização de instrumentos processuais aptos a inibir ou atenuar seus efeitos, segundo a gravidade do caso:
I – declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador;
II – ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado;
III – estipular multa ao alienador;
IV – determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial;
V- determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão;
VI – determinar a fixação cautelar do domicilio da criança ou adolescente;
VII – declarar a suspensão da autoridade parental.
Parágrafo único. Caracterizado mudança abusiva de endereço, inviabilização ou obstrução a convivência familiar, o juiz também poderá inverter a obrigação de levar para ou retirar a criança ou adolescente da residência do genitor, por ocasião das alternâncias dos períodos de convivência familiar (BRASIL, 2010).
O artigo 7
 º esse trás que a melhor solução é a guarda compartilhada a recomendada, e, não sendo possível sua manutenção, deverá ser o titular a guarda unilateral o genitor, que melhor proporcionar convivência com aquele que não detêm a guarda.
Art. 7º A atribuição ou alteração da guarda dar-se-á por preferência ao genitor que viabiliza a efetiva convivência da criança ou adolescente com o outro genitor nas hipóteses em que seja inviável a guarda compartilhada
 
O artigo 8º fala que em regra, a competência para ações de interesse das crianças e adolescentes é o domicilio do detentor da guarda, conforme Súmula 383 do STJ’’ A competência para processar e julgar as ações conexas de interesse de menor é, em princípio, do foro do domicílio do detentor de sua guarda’’.
Art.8º  A alteração de domicílio da criança ou adolescente é irrelevante para a determinação da competência relacionada às ações fundadas em direito de convivência familiar, salvo se decorrente de consenso entre os genitores ou de decisão judicial.
O artigo 9.º da Lei da Alienação Parental foi vetado, o seu texto previa:
‘’As partes por iniciativa própria ou sugestão do juiz, do Ministério Público ou do Conselho Tutelar, poderão utilizar-se do procedimento da mediação para a solução do litígio, antes ou no curso do processo judicial.
§ 1.º O acordo que estabelecer a mediação indicará o prazo de eventual suspensão do processo e o correspondente regime provisório para regular as questões controvertidas, o qual não vinculará eventual decisão judicial superveniente.
§ 2.º O mediador será livremente escolhido pelas partes, mas o juízo competente, o Ministério Público e o Conselho Tutelar formarão cadastros de mediadores habilitados a examinar questões relacionadas à alienação parental (BRASIL, 2010).
Pelas seguintes razoes:
O direito da criança e do adolescente à convivência familiar é indisponível, nos termos do art. 227 da Constituição Federal, não cabendo sua apreciação por mecanismos extrajudiciais de solução de conflitos. Ademais, o dispositivo contraria a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que prevê a aplicação do princípio da intervenção mínima, segundo o qual eventual medida para proteção da criança e do adolescente deve ser exercida exclusivamente pelas autoridades e instituições cuja ação seja indispensável (BRASIL, 2010).
O artigo 10.º da Lei da Alienação Parental também foi vetado, o seu texto previa:
Art. 10 º O art. 236 da Seção II do Capítulo I, do Título VII da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente, passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo único:
Art. 236 [...]
Parágrafo único: Incorre na mesma pena quem apresenta relato falso ao agente indicado no caput ou à autoridade policial cujo teor possa ensejar restrição à convivência de criança ou adolescente com genitor (BRASIL, 2010).
Pelas seguintes razoes:
O Estatuto da Criança e do Adolescente já comtempla mecanismos de punição suficientes para inibir os efeitos da alienação parental, como a inversão da guarda, multa e até mesmo a suspensão da autoridade parental. Assim, não se mostra necessária a inclusão de sanção de natureza penal,cujos efeitos poderão ser prejudiciais à criança ou ao adolescente, detentores dos direitos que se pretende assegurar com o projeto (BRASIL, 2010).
O artigo 11º da lei determina a data de promulgação da Lei da Alienação Parental. 
Art. 11º  Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação (BRASIL, 2010).
Após apontamentos acerca da Lei da Alienação Parenta é importante entender a maneira processual.
A alegação da ocorrência da alienação parental pode aparecer em um processo que já esteja sendo ajuizado, em qualquer momento ou ate mesmo em uma inicial autônoma. 
Antônio Veloso Peleja Junior, trás um entendimento muito significativo.
Acresce-se a isso que mesmo após a fase postulatória pode surgir a alegação. Nesse sentido ficam patentes as seguintes regras, em prol do interesse maior a criança: - para a adição ou modificação do pedido por parte do autor não é necessário o consentimento do réu, a contrario sensu do artigo 26412 do CPC; - pode haver o pedido mesmo após o saneamento do feito, contrariando-se a regra do artigo 264, parágrafo único, CPC; - pode o réu na própria defesa invocar a alegação, ficando patente tratar-se de pedido contraposto, sendo desnecessária a vinculação de reconvenção. Entendemos que há um limite, todavia, consistente na proibição da alegação em grau recursal porque representaria a supressão de um grau de jurisdição. Eventual alegação de ofício por parte do tribunal recomendaria retorno dos autos à instância singela para que a questão seja analisada, mesmo porque se trata de matéria fática que induz a produção probatória, o que afasta a aplicação analógica do artigo 515 § 3º, CPC (PELEJA JÚNIOR, 2010).
O objetivo de interromper os atos de alienação parental, ocorre com consonância aos direitos constitucionais de ampla defesa e contraditório, pois usualmente, ocorrem relatos falsos por parte de um – ou de ambos- os genitores.
É importante frisar que as provas acerca da ocorrência da alienação parental são complexas, por isso existe a necessidade de especialistas na área para auxiliar na identificação desses atos, pois é necessário diferenciar o que são falsas memórias ou relatos verdadeiros de abuso. Nas palavras de Carolina Buosi:
‘’Enquanto o profissional perito ligado à assistência social deve vislumbrar sua prática, verificando as condições e realidade social existentes, certificando-se de qual é a melhor delas para a criança ou adolescente envolvido – situação mais precisamente nos casos de guarda – o profissional perito ligado à psicologia volta-se para os casos de alienação parental, tendo em vista que o objeto periciado nessas ocasiões não se restringe a situações objetivas de estrutura ou realidade social daquela família, e sim aos impactos e às questões subjetivas e psicológicas envolvidas dos parentes que têm ou mantêm a guarda da criança que foi vítima’’ (BUOSI, 2012, p. 130-131).
Por fim, se faz importante ressaltar após analise da Lei de alienação Parental foi um grande avanço da legislação, pois já era sabido a existências desses casos no âmbito familiar, porem não havia formas de punição para quem praticavam, com isso a lei em questão se torna eficaz pois puni de resolução dos conflitos aos atos alienatórios, de modo que serve para proteger a criança e, ou adolescente, bem como o genitor alienado. 
 1.4. Guarda compartilhada como medida de prevenção da alienação parental
A guarda dos filhos é conjunta até o momento que ocorre a separação entre os genitores, quando ocorre a ruptura do relacionamento é necessário identificar quem ficara com a guarda dos filhos, denominada guardião e o outro genitor o direito a visitas e convívio com os filhos provindos dessa união. 
Nas palavras de Arnaldo Rizzardo:
Para determinar o detentor da guarda [unilateral], existe uma série de circunstancias a serem verificadas, como aquelas que dizem respeito à comodidade do lar, ao acompanhamento pessoal, a disponibilidade de tempo, ao ambiente social onde permanecerão os filhos, às companhias, à convivência com outros parentes, à maior presença do progenitor, aos cuidas básicos, como educação, alimentação, vestuário, recreação, saúde (esta não apenas curativa, mas principalmente preventiva); ainda, quanto às características psicológicas do genitor, seu equilíbrio, autocontrole, costumes, hábitos, companhias, dedicação para com o filho, entre diversas outras (RIZZARDO, 2004, p. 334).
Entende-se como guarda compartilhada a responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns.
Quando se iniciam disputas emocionais e judiciais em torno da guarda, muitas vezes associada à ideia de posse dos filhos, acirram-se os ânimos entre os ex-cônjuges. Estes tendem a se utilizar de diversos tipos de estratégias para provarem sua superioridade e poder, como ameaças e mecanismos de força para coagir um ao outro e, dessa forma, oprimirem e agredirem os que estão ao seu redor, sem medir os efeitos de suas verbalizações e ações, principalmente sobre os filhos (DUARTE, 2013, p. 149).
Em geral no nosso ordenamento jurídico ocorre a guarda unilateral que onde um dos genitores atua como guardião, em geral a mãe e o pai fica com direito de visita em datas estipuladas em comum acordo, e são nesses momentos que se torna mais propicio a ocorrência da alienação parental, pois não existe a possibilidade de ser presente na vida dos filhos convivendo tão pouco com os mesmos.
Com a convivência em vez de visita, certamente será evitada a mazela da síndrome da alienação parental, principalmente na guarda unilateral, pois o genitor não guardião, em vez de ser limitado a certos dias, horários ou situações, possuirá 
livre acesso ou, no mínimo, maior contato com a prole. A própria mudança de nomenclatura produz um substrato moral de maior legitimação que era aquele de visitante. O não guardião passa a ser convivente com o filho (FREITAS, 2014, p. 96).
Portanto a guarda compartilhada seria uma solução para o problema em torno da alienação parental, uma vez que os dois genitores são detentores do poder familiar e para funcionalidade da guarda compartilhada os genitores precisam manter contato com frequência para que a criança ou adolescente possa viver de forma saudável.
Existe certa negativa em torno da guarda compartilhada, é comum ouvir que dificuldade de adaptação de ter dois mundos, duas experiências psicológicas e afetivas, que podem se apresentar contraditórias. Ao contrato do que muitos pensão, a guara compartilhada não significa dividir a criança ou adolescente entre dos mundos, mas sim não incluir a prole nas desavenças existentes com o fim do relacionamento, pois com a guarda compartilhada a alienação parental fica mais distante acontecer naquele âmbito familiar, uma vez que o convívio da criança ou adolescente com ambos os pais será o mesmo e assim cria memorias e recordações precisas, recentes e difíceis de serem apagadas, modificadas ou alienadas por um dos genitores. 
	 
6 – METODOLOGIA
 
	
	
7 – CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
	
O presente projeto de monografia se desenvolveu de acordo com o cronograma abaixo:
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8 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	
http://www.direitointegral.com/2010/09/lei-12318-2010-alienacao-parental.html > Acesso em: 23 abril. 2015.
http://moradeiesouto.jusbrasil.com.br/artigos/111818831/voce-sabe-o-que-e-alienacao-parental >. Acesso em: 23 abril. 2015.
GARDNER, Richard. O DSM-IV tem equivalente para o diagnóstico de Síndrome de Alienação Parental (SAP) Tradução de Rita Rafaeli. Disponível em: <http://www.alienacaoparental.com.br/textos-sobre-sap-1/o-dsm-iv-tem-equivalente>. Acesso em: 23 abril. 2015.
http://www.jusbrasil.com.br/noticias/busca?q=CONSTITUI%C3%87%C3%83O+FEDERAL+ARTIGO+226 Acesso em: 23 abril. 2015.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12318.htm Acesso em: 23 abril.2015.
GARDNER, Richard A. O DSM-IV tem equivalente para diagnóstico de síndrome de alienação parental (SAP)? 2002.
FREITAS, Douglas Phillips. Alienação parental: comentários à lei 12.318/2010. 3ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2014.
TRINDADE, Jorge. Síndrome de Alienação Parental (SAP). In: DIAS, Maria Berenice (Coord.). Incesto e Alienação Parental: realidades que justiça insiste em não ver. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007. p. 102-106.
 Artigo: A comprovação da alienação parental no processo judicial. Link http://www3.pucrs.br/pucrs/files/uni/poa/direito/graduacao/tcc/tcc2/trabalhos2012_1/vanessa_canabarro.pdf acesso em 26 de abril 2015
Âmbito Jurídico - http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12243 acesso em 26 de abril 2015
SOUZA, Juliana Rodrigues de. Alienação parental: sob a perspectiva do direito à convivência familiar. Leme: Mundo Jurídico, 2014
VILELA, Sandra. Anteprojeto acerca de alienação parental. In: Pai Legal. 08 mar. 2009. Disponível em: . Acesso em: 12 out. 2014
FREITAS, Douglas Phillips. Alienação parental: comentários à lei 12.318/2010. 3ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2014. 165 p.
MADALENO, Ana Carolina Carpes; MADALENO, Rolf. Síndrome da alienação parental: importância da detecção aspectos legais e processuais. Rio de Janeiro: Forense, 2013.
Sumula 383 STJ http://stj.jus.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto=92249
PELEJA JÚNIOR, Antônio Veloso. Síndrome da alienação parental: aspectos materiais e processuais.Jus Navigandi, Teresina, ano 15, n. 2730, 22 dez. 2010. Disponível em: . Acesso em: 21 out. 2014.
BUOSI, Caroline de Cássia Francisco. Alienação parental: uma interface do direito e da psicologia. Curitiba: Juruá, 2012.
MENDONÇA, Martha. Filhos: amar é compartilhar. In: VITORINO, Daniela; MINAS, Alan (Org.). A morte inventada: alienação parental em ensaios e vozes. São Paulo: Saraiva, 2014. p. 109-114.
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Diante da comprovação de alienação, o juiz poderá
 tomar as medidas cabíveis para preservação psicológica da criança ou adolescente, 
de acordo com a gravidade de cada caso, sendo possível: declarar a ocorrência de 
alienação parental e advertir o alienador ou ampliar o regime de convivência 
familiar em favor do genitor alienado.
Visando sempre proteger e defender os interesses da criança ou do adolescente, 
melhor viabilizar a convivência da criança com o outro, uma vez que a guarda 
compartilhada for impossível. 
 O problema encontrado acerca do assunto, é a afetação psicológica sofrida pela criança/adolescente através de quem detém a sua guarda em relação ao seu ex-cônjuge. Afetação essa que posse surgir em formas de mentiras, injúrias, calunias, construindo assim a criança/adolescente uma imagem deturpada ou distorcida da realidade em relação ao seu genitor, podendo assim influenciar de forma negativa a criança/adolescentes, causando traumas psicológicos, comportamentais, sociais, altamente prejudiciais, podendo romper de forma irreversível os laços familiares. 
http://www.ambito-juridico.com.br/site/?artigo_id=9269&n_link=revista_artigos_leitura
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http://monografias.brasilescola.com/direito/alienacao-parental.htm
http://www.conteudojuridico.com.br/pdf/cj045701.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12318.htm
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