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TIPOS DE PÊNIS Fibro-cartilaginoso – Bovino, peq. ruminantes, suíno Bulbo-esponjoso – cão, gato, eqüino TESTÍCULOS E EPIDÍDIMO Localização nas diferentes espécies Bovinos: Testículo: pendular Epidídimo:cabeça dorsal, corpo posterior e cauda ventral Pequenos Ruminantes: Testículo: pendular Epidídimo:cabeça dorsal, corpo posterior e cauda ventral Eqüinos: Testículo: posição horizontal, na região inguinal Epidídimo : Cabeça anterior, corpo dorso lateral e cauda posterior Suínos: Testículo: posição perineal Epidídimo: cabeça ventral, cauda dorsal Cão: Testículo: horizontal Epidídimo: cabeça anterior, corpo dorso medial, cauda posterior Gato: Testículo perineal Funções do Aparelho Reprodutivo Masculino Produção de Gametas Produção de Hormônio Transporte de Gametas Excreção de urina Ejaculação Os hormônios gonadotróficos da hipófise são responsáveis pelo início das atividades dos túbulos seminíferos,. A testosterona sustenta a atividade do FSH e também responsável pelo desenvolvimento das características sexuais secundárias e crescimento do trato reprodutivo. Existe uma barreira sanguíneo-testicular que separa as espermatogônias mães da sua progênie, serve para proteger imunológicamente o epitélio gerinativo dos outros tecidos, qualquer lesão nesta barreira causa prejuízos imunológicos para os testículos. Função do testículo • Produção de Hormônios • Células de Leydig - Intersticial adjacentes aos túbulos seminíferos Produz - testosterona Estimula a espermatogênese. Células de Sertoli Túbulos seminíferos, entre as células germinativas inibina Controla a produção de FSH pela Hipófise- regula a taxa de produção de SPTZ Produção de espermatozóide túbulos seminíferos Os túbulos seminíferos são compostos pelas células de Sertoli - de sustentação e pelas células germinativas. As espermatogônias são as células pedunculares, próximas a borda externa do túbulo O Testículo • túnica albugínia • Túbulos seminíferos • espermatozóides • Células intersticiais • testosterona • Rede testicular • Ductos eferentes • Epidídimo • cabeça • corpo • cauda • Artéria espermática • Veia espermática A Célula de Sertoli • Resposta ao FSH • Controle endócrino • ABP / inibina • Barreira sangúineo -testicular ABP Proteína fixadora de andrógenos , secretada na luz do túbulo seminífero ajuda a manter o alto nível de andrógenos dentro do túbulo, para estimular o desenvolvimento das células germinativas INIBINA - Atua inibindo o FSH e regulando assim a produção de SPTZ A Barreira Sanguineo testicular não é penetrada por vasos sangüíneos, essa barreira possui dois constituintes principais, A barreira incompleta ou parcial as células mióides (contráteis) que circulam o túbulo e as singulares junções entre as células de Sertoli essas junções dividem os túbulos seminíferos entre a o compartimento basal (espermatogônias e esperrmatócitos) e compartimento adluminal (formas avançadas de espermatócitos e espermátides, se comunicam com a luz do túbulo. Barreira imunológica das espermátides em desenvolvimento p/ não haver produção de anticorpos contra essas células. Célula de Leydig • Célula Intersticial • Produção de testosterona • Resposta ao LH • São controladas pelo estímulo do LH para a secreção de testosterona Termo regulação dos Testículos • diminui de 2 - 4 ºC requisito para produção de espermatozóides viáveis • estruturas • pele escrotal • músculo cremaster • tunica dartos (componente muscular pele) • plexo pampiniforme Epidídimo Desenvolvido a partir do ducto mesonéfrico (Wolffian) • Partes • cabeça • corpo • cauda • Funções • transporte de espermatozóides • absorção - cabeça e cauda – concentração de espermatozóides • secreção - cauda - pH, osmolaridade • maturação espermática ( na cabeça do epidídimo) • migração da gota citoplasmática do colo para a a porção terminal da peça intermediária do SPTZ – • cabeça - importantes alterações físicas e citoquímicas, aumento da capacidade motora e poder de fertilização. • ganho de motilidade - corpo, cauda • ganho de fertilidade - cauda • armazenagem de SPTZ (3-4 dias de produção ) • Tempo de trânsito no epidídimo • touro- 7 dias • carneiro - 16 dias • suíno - 12 dias • garanhão - 8 a 11 dias Glândulas acessórias / Musculatura do Pênis • Glândulas vesiculares • Glândula bulbo-uretral • Glândula prostática • Glândulas uretrais • Músculo retrator do pênis • Músculo ísquiocavernoso GLÂNDULAS VESICULARES: São órgãos glandulares pares que estão ausentes no carnívoro e que portanto não se acredita serem essenciais para a reprodução. *Ruminantes: É a maior glândula acessória no touro, carneiro e bode. São órgãos compactos com superfície lobulada. No touro adulto medem 10-12 cm de comprimento, 5cm de largura e 3 cm de espessura. Em pequenos ruminantes é menor e mais arredondada, medindo 2,5 a 4 cm de comprimento, 2 a 2,5cm de largura e 1 a 1,5 cm de espessura. Cada glândula consiste de um tubo saculado de paredes muito espessas, dobrado sobre si mesmo de modo tortuoso. Em touros, se distendido, este tubo tem aproximadamente 25 cm de comprimento * Equinos: São dois sacos alongados e um tanto piriformes que se situam em cada lado da parte caudal da superfície dorsal da bexiga urinária. Cada vesícula consiste numa extremidade cega arredondada- o FUNDO; uma parte média, ligeiramente mais estreita- o CORPO; e uma parte constrita- o COLO ou ducto. Tem aproximadamente 15 a 20 cm de comprimento, e seu diâmetro maior é de aproximadamente 5cm. *Suínos: São extremamente grandes, consistindo de duas massas piramidais , cada uma delas medindo de 12 a 17 cm de comprimento, 6 a 8 cm de largura e 3 a 5cm de espessura . Os dutos coletores de ambos os lados se unem para formar o duto excretor. GLÂNDULA BULBOURETRAL: São estruturas pares deitadas dorsalmente de cada lado da uretra pélvica. Não está presente no cão. * Ruminantes: Medem no touro 2,8cm de comprimento por 1,8cm de largura. A parte proximal está coberta pelo músculo bulboesponjoso e portanto pode não ser notada por via retal. Cada glândula tem um ducto que se abre na parede dorsal da uretra. Nos pequenos ruminantes mede 1 cm de diâmetro. No touro e carneiro é uma glândula tubuloalveolar e no bode é somente tubular. *Equinos: Tem comprimento de 4 a 5cm e 2 a 3 cm de largura. É composta por epitélio tubuloalveolar . Cada glândula tem de 6 a 8 dutos excretores que se abrem na uretra * Suínos: São muito grandes e densas. São cilíndricas e medem aproximadamente 15 cm de comprimento por 2 a 3 cm de largura. É composta por epitélio tubuloalveolar. Cada glândula tem um ducto excretor saindo da parte caudal e abrindo na uretra. *Carnívoros: No gato tem diâmetro de 5 mm, está caudalmente à prostata. Tem um componente tubular e abre-se na raiz do pênis. PRÓSTATA: Está presente em todas as espécies de mamíferos domésticos. É mais importante em cães, pelas patologias que a acometem. Consiste em duas partes, a pars disseminata, que consiste de elementos glandulares ao longo da uretra e o corpo situado atrás da entrada do duto deferente ( ocorre no porco e no touro). Os pequenos ruminantes possuem somente a pars disseminata e os equinos e carnívoros somente o corpo.* Ruminantes: É bilobulada e localiza-se na superfície dorsal da uretra . Mede 3,5 a 4 cm de comprimento e 1 a 1,5 cm de largura. Os dutos prostáticos se abrem em fileiras no interior da uretra •Equinos: Situa-se no colo da bexiga e início da uretra. Consiste em dois lobos laterais e um istimo de ligação de 3cm de comprimento. Cada lobo mede 5 a 9 cm de comprimento , 3 a 6 cm de profundidade e 1 cm de largura. Há de 15 a 20 ductos prostáticos de cada lado, que perfuram a uretra. •Suínos: O corpo da glândula é relativamente pequeno, localizado na superfície dorsal da uretra. A pars disseminata é maior e circunda a parte pélvica da uretra e está coberta pelo músculo uretral. *Carnívoros: É relativamente grande, de cor amarelada e estrutura densa. É globular e circunda o colo da bexiga urinária e a uretra em sua junção. Em cães com menos de 2 meses de idade a glândula está em posição abdominal enquanto que em animais de 2 a 8 meses está na posição pélvica. Após a maturidade sexual a próstata aumenta de tamanho e com aumento da idade muda de posição de pélvica para abdominal. Depois dos 10 anos de idade a próstata pode ser considerada órgão abdominal. Pode ser palpada pelo reto. A pars disseminata é representada por pequeno número de lóbulos na parede da uretra. No gato tem forma bulbar e mede 10 a 12 mm de comprimento . A glândula cobre a uretra dorsalmente EXAME ANDROLÓGICO I- Anammese Anamnese geral – informações sobre o rebanho 1 - Estado sanitário do rebanho (doenças que interferem com a reprodução) 2 - Manejo do rebanho (estábulos, piquetes, aguadas, etc.) 3 - Alimentação 4 - Fertilidade do rebanho Anamnese individual - informações sobre o reprodutor 1 - Identificação do reprodutor 2 - Idade 3 - Raça 4 - Fertilidade anterior 5 - Primeira cobertura ou colheita de sêmen 6 - Estado sanitário das fêmeas cobertas pelo reprodutor e se ele serviu fêmeas de outros rebanhos. II - Exame Físico Exame físico geral 1 - Desenvolvimento corporal conforme a idade 2 - Temperamento 3 - Estado geral (nutrição) 4 - Caracteristicas sexuais Exame físico especial 1 - Aparelho circulatório 2 - Aparelho respiratório 3 - Aparelho digestório 4 - aparelho locomotor (aprumos, articulações, coluna, etc.) III - Exame Clínico do Aparelho Genital A - Externo 1- Escroto Inspeção - cicatrizes, feridas, aumento de volume (local ou geral), circunferência escrotal ou volume escrotal, simetria e coloração. Palpação - Temperatura, elasticidade e espessura. 2 - Testículos - localização, posição, simetria, sensibilidade, consistência, volume e peso. 3 - Epidídimo - cabeça, corpo e cauda - forma, tamanho, consistência e conteúdo. 4 - Cordão espermático - Consistência, volume e espessura 5 - Gânglio linfático testicular (Gânglios inguinais) - tamanho e sensibilidade (difícil de palpar) 6 - Prepúcio - Se necessário fazer lavado prepucial - cicatrizes, ferimentos, aumento de volume, mobilidade, óstio prepucial (fimose e parafimose) 7 - Pênis - expor o órgão para exame. Mobilidade, tamanho, cicatrizes, ferimentos, aumento de volume. B - Interno (Palpação retal) 1 - Vesículas seminais (Gl vesiculares)- Tamanho, forma, consistência, sensibilidade, espessura, mobilidade. 2 - Ampola dos dutos deferentes - Tamanho, sensibilidade, espessura, mobilidade. 3- Próstata - Sensibilidade, tamanho. C - Exame do animal em ação Libido Ereção Escato D - Exame do sêmen 1- Macroscópico 2 - Microscópico 3 - Bacteriológico ESPERMATOGÊNESE O que os hormônios fazem? Células de Leydig Requerem testosterona para espermatogênese Células Sertoli Diferenciação do MIH inibina regula FSH ABP (androgen binding protein) mantém alto o nível de testosterona Regulação Endócrina Início - puberdade Necessidade Hormonal - LH, FSH, testosterona --- regulação Duas Fases --- Espermatocitogênese (mitose e meiose) ocorrem em ondas e Ciclos --- Epermiogênese 1 espermatogônia = 64 espermatozóides ( célula inicial) Produção de Espermatozóide Ciclos e Ondas nos Túbulos Seminíferos Ciclos – Através da secção do epitélio seminífero verificam-se associações celulares.O tempo para aparecer um tipo de associação celular até aparecer novamente é chamado ciclo celular. Para completar o processo de espermatogênese, requerem 4,5 ciclos celulares . O tamanho do ciclo varia com a espécie Ondas - se referem aos ciclos que ocorrem ao longo dos túbulos seminíferos. Podem ocorrer de 12 a 14 ondas. Ciclos Espermatogênicos Ciclos & Estagios Espermatogênese Mudanças em uma célula individual durante ciclos sucessivos Ciclo 1: Espermatogônia tipo A ao longo da membrana basal Ciclo 2: Intermediária e espermatogônia tipo B, e espermatocito primário inicia meiose I. Caminha uma camada em direção ao lúmen Ciclo 3: Desenvolve espermatócito secundário e se encontra a meio caminho do lúmen Ciclo 4: Células sofrem muitas mudanças morfológicas e se transformam em espermátides. Estão agora próximas ao lúmem Ciclo 5: Sofrem as mudanças finais e emergem em direção ao lúmem como espermatozóides A maturação ocorre no trajeto do aparelho reprodutivo masculino e feminino Epermiogênese Maturação e metamorfose da espermátide em espermatozóide --- Fase de Golgi - Grânulos acrossomais no Ap.Golgi coalescentes aderentes ao núcleo, estágios iniciais da cauda --- Fase de Capuz – Vesícula acrossomal , formação do capuz que se adere ao material nuclear --- Fase Acrossomal – modificação do acrossomo, do núcleo e da cauda da espermátide, condensação da cromatina e alongamento do núcleo e do acrossomo, concentração das mitocôndrias no axonema, próximo à cauda --- Fase de Maturação – Completa a transformação da espermátide em espermatozóide Anatomia do Espermatozóide Morfogênese O Espermatozóide Cabeça Membrana plasmática dobra apical acrossomo núcleo Peça intemediária centríolo proximal bainha mitocondrial centríolo distal Peça distal Componentes do Espermatozóide Acrossomo - enzimas para penetração no ovo Núcleo - genes para fertilização / singamia variação genética Mitocôndria - energia para motilidade vFlagelo – Peça principal (cauda) - motilidade PRODUÇÃO DE SEMEN Produção de Sêmen Funções – Fluido para nutrição e transporte - provido de energia -manter osmolaridade Composição frutose, inositol, ácido cítrico ,prostaglandinas, fatores de crescimento, colesterol, lipídeos Contribuição dos testículos e glândulas acessórias Epidídimo cabeça >> absorção para concentrar espermatozóides >> transporte corpo >> secreção ‘madura’ espermatozóides >> absorção da gota citoplasmática >> desenvolvimento motilidade progressiva >> fertilidade cauda >> estocagem para ejaculaçãoVesícula Seminal Frutose Ácido Citrico Inositol Variação entre as espécies >> suíno, pouca frutose, muito inositol >> eqüino, não tem frutose >> volume variado (total e percentual) >> fração coaguladora , humanos Glândula Bulbo-uretral Grande fração gelatinosa - suíno Cobertura natural X AI Frações separadas - suínos A Próstata antígenos prostáticos específicos e outras proteínas volume variado >> homem, 30% do volume do sêmen Ampola Pequeno volume Contrações musculares “falsa monta” aumento da contração e reflexo em maior qtdade de espermatozóide/ejaculado Transporte de Espermatozóides Túbulos Seminíferos Passivamente se movem pelo movimento do fluido produzido pelas Células de Sertoli e atravessam a rede testicular Dutos Eferentes Escoamento dos fluidos pelos dutos e sua reabsorção Andam através dos dutos com auxílio dos cílios Epidídimo Contrações peristálticas espontânea da musculatura lisa da parede Via deferente Escoam pelos dutos deferentes e através do epidídimo até a ejaculação, contração da uretra Uretra pélvica e peniana Contrações rítmicas do músculo ísquiocavernoso para ejaculação Simultâneo esvaziamento das glândulas acessórias para prover de fluído com veículo Ejaculação Reflexo de esvaziamento do epidídimo, uretra e glândulas acessórias causado pela estimulação da glande do pênis . Ereção e Ejaculação AFECÇÕES DE PÊNIS E PREPÚCIO. I. ANOMALIAS CONGÊNITAS: 1. Aplasia do pênis- É raro, pode ocorrer em animais hermafroditas. 2.Ausência do orifício prepucial 3.Hipoplasia do orifício prepucial (Fimose e Parafimose) 4.Hipospadia- A desembocadura da uretra na glande não é normal, está localizado no bordo ventral do pênis. Sêmen é depositado fora da vagina, há balanopostite crônica. 5.Epispadia- Ocorre menos freqüentemente que a hipospadia. 6.Diphalus ( pênis duplo ou bífido). É raro e foi citado em touros. 7.Micropênis- Comum em hermafroditas de todas as espécies. Foi citado em cães Collie e Dachshund. 8.Megalopênis- Pincher, Chihuahua. 9. Frênulo persistente do pênis- Após separação do pênis e prepúcio durante a puberdade, uma porção do frênulo persiste. Pode acometer bovinos, mas é mais comum em cães Poddle miniatura e Cocker Spaniel. ( gen recessivo). 10. Desvio de pênis- Em touros, devido à insuficiência do ligamento dorsal do pênis. II. LESÕES TRAUMÁTICAS. 1.Ferida do pênis e prepúcio 2.Hematoma peniano- ruptura do corpo cavernoso com hemorragia. Comum em touros. 3.Necrose- elástico de borracha ou anéis de pelo- Bovinos, cães, gatos. 4.Fratura do pênis- condição rara em cães, devido à trauma. 5.Estenose do orifício prepucial- Fimose- decorrente de injúrias e infecções. Lavagem com desinfetantes suaves e cirurgia. 6.Prolapsos- a) do epitélio prepucial- Em touros é frequente antes da ereção, durante defecação e micção e em momentos de excitação. Pode ser irreversível em raças de prepúcio penduloso e pode ser corrigido com amputação da parte prolapsada, fixar prepúcio por pontos. b) da uretra-não é comum, mas em Bulldogs é congênito e hereditário 7. Paralisia do pênis- causas: trauma, lesões espinhais. 8. Urolitíase (cálculo uretral)- Ocorre em cães, gatos,bovinos (na flexura sigmóide), e em bodes e carneiros no processo uretral. 9. Inflamações do pênis e prepúcio (Falopostite e balanopostite) Phallos= pênis, Posthe= prepúcio, balanos= glande * Infecções bacterianas. Bovinos: Campylobacter fetus subsp. venerealis- causa endometrite em vacas mas não causa inflamação aparente em touros. Vive nas criptas epiteliais da mucosa peniana que só aparecem em touros adultos. Actinomyces pyogenes- causa abcessos penianos. Corynebacterium renale- causa úlceras no prepúcio. Mycobacterium bovis- causa lesões penianas. Dermatophilus congolensis- atinge o prepúcio. Equinos: Pseudomonas aeruginosa e Klebsiela- afetam o pênis Pequenos ruminantes: Corynebacterium renale Suínos: Muito comum úlceras hemorrágicas no divertículo prepucial por causa desconhecida. Faz-se a extirpação do divertículo prepucial. Cães: Proteus vulgaris, Escherichia coli, Staphilococcus e Streptococcus. *Infecções virais: Bovinos: Bovine Herpesvirus I- IBR- Lesões hemorrágicas no pênis e prepúcio, pústulas, necrose. Desaparece em 10 dias nos casos descomplicados e retorna quando há stress. Eqüinos: Equine Herpesvirus - 3 ( Equine coital exantema) - Pústulas de 2 a 3 mm na mucosa de pênis e prepúcio. Cães: Canine Herpesvirus infection- petéquias e lesões inflamatórias na base do pênis e prepúcio. Regride em 4 a 5 dias. *Infecção por protozoários: Eqüinos: Trypanossoma equiperdum (Dourine) - Edema de pênis, prepúcio, testículo, seguidos de placas na pele, paralisia, febre e morte. *lesões por parasitas: Eqüinos: Habronema cutâneo : mucosa do pênis e prepúcio com granulomas contendo larvas. Cochliomya hominivorax- lesões erosivas produzidas pelas larvas. Bovinos: Strongyloides papillosus: falopostite. III. NEOPLASIAS : Bovinos: Fibroma(fibropapiloma). Acomete pênis de animais jovens (1 a 2 anos). Sintomas: hemorragias após o serviço. Eqüinos: Papiloma escamoso ou carcinoma escamoso: acomete o pênis. Cães: Tumor venéreo transmissível: Friáveis, acometem a glande ou o pênis inteiro. AFECÇÕES DE TESTÍCULO E ESCROTO 1. ANOMALIAS CONGÊNITAS: *Monorquia- ausência de 1 testículo *Anorquia- ausência dos 2 testículos São patologias raras em animais domésticos. Foram descritas em cães e eqüinos. *Poliorquidismo- duplicação testicular, testículos supranumerários. É raro, foi descrito em eqüinos. *Heterotopia testicular- tecido testicular presente na superfície peritoneal da cavidade abdominal. Foi descrito em suínos. *Criptorquidismo- Falha na descida do testículo ao escroto. Ocorre mais frequentemente em suínos e equinos, ocorrendo também em gatos, carneiros e touros. Em equinos o testículo está presente no abdomen ou na região inguinal. Em cães , a maior incidência ocorre nas raças Chihuahua, Schnauzer miniatura, Poodle, Husky Siberiano e Yorkshire Terrier. Há o fator genético (hereditário) envolvido. •Hipoplasia testicular: -Gado das montanhas da Suécia: hipoplasia detectada na década de 30. Animais mantinham a libido e a capacidade de monta ( maior incidência de hipoplasia unilateral), características sexuais secundárias normais. Causada por gen recessivo autossômico. -Outras raças de bovinos: Não foram tão estudadas, porém há indícios de hereditariedade, podendo também ser produzida por insuficiência hormonal. -O testículo hipoplásico tem a consistência mais firme que o normal e é menor. O diâmetro dos túbulos seminíferos é menor que o normal. -Pode ser uni ou bilateral, total ou parcial. A hipoplasia parcial é mais difícil de ser diagnosticada histologicamente, já que os túbulos seminíferos contém células germinativas ( confunde com degeneração). -Animais com síndrome de Klinefelter (XXY) possuem hipoplasia testicular. -Em bodes está associada ao hermafroditismo e em ovinos é hereditário. 2.LESÕES NO TESTÍCULO: *Biópsia testicular- é feita para estudo da infertilidade. O testículo de bovino tem a túnica albugínea fina com uma rica rede vascular. Se um dos grandes vasosfor cortado haverá hemorragia que levará a uma severa degeneração. *Degeneração testicular- involução do epitélio germinativo *Inflamações no testículo Orquites: Afetam ou anulam a espermiogênese por um tempo prolongado ou para sempre. Pode ter origem traumática ou infecciosa. A infecção pode ser por via hematógena, retrógrada do duto deferente ou epidídimo ou via direta pela pele. Agentes: Brucella spp.- saco escrotal quente com conteúdo fibropurulento, área de necrose multifocal nos testículos contendo neutrófilos . Muitos túbulos seminíferos são destruídos e o resto degenera. Acomete bovinos, suínos e cães. Pseudomonas pseudomaller- suínos. Actinomyces bovis- bovinos Corynebacterium pseudotuberculosis e Mycoplasma - carneiros. Anemia infecciosa equina,Trypanossoma equiperdum e Strongylus edentatus -equinos Sintomas: aumento de volume, calor, dor. A libido e o poder fecundante podem manter-se. Em infecções agudas há aumento de temperatura, respiração acelerada, perda de apetite, dor intensa (animal evita deslocamento, lombo arqueado, perda do interesse sexual), fertilidade baixa. Pode evoluir para orquite crônica. Periorquite: inflamação da túnica vaginalis testicular. As lesões podem acontecer juntas à orquite ou separadas. * Fibrose testicular: decorrente da degeneração ou de processos inflamatórios do testículo, que ficam reduzidos, de consistência firme a dura e formam superfícies irregulares. A libido pode estar presente mas o ejaculado é oligo ou azospérmico. Tratamento impossível. 3.LESÕES PROLIFERATIVAS: *Hipertrofia testicular: aumento de tamanho das células individuais. Ocorre quando há castração unilateral. *Hiperplasia testicular: aumento do número de células , excluindo formação tumoral, porém a distinção é difícil. Diferenciar hiperplasia nodular das células de Leydig de tumor das células intersticiais. 4. NEOPLASIAS TESTICULARES. *Tumor das células intersticiais( células de Leydig) ou Leidigoma Hiperplasia: aumento das células intersticiais entre os túbulos sem destruí- los ou deslocá-los. Tumor: nódulo discreto ou grupo de células intersticiais deslocando os túbulos seminíferos. Tumor maligno: aumento das células intersticiais com destruição dos túbulos seminíferos. Em cães os nódulos podem ser múltiplos e chegar a 7 cm de diâmetro. Pode ocorrer produção de estrógenos, há alopecia e feminização. Em touros o tumor tem aparência histológica mais uniforme que em cães. Pode ocorrer em eqüinos e felinos. *Seminoma: neoplasia das células germinativas (corresponde ao disgerminoma ovárico). É mais freqüente em cães. É multifocal, resulta na destruição da parede tubular. É branco ou cinza e a firmeza depende da quantidade de tecido fibroso. Os grandes neoplasmas podem ser lobulares e conter áreas de hemorragia e necrose. Em eqüinos são mais comuns em animais idosos. Pode ocorrer em carneiro, bode, gato e raramente em bovinos. •Tumor da célula sustentacular ou Sertolinoma ( Adenoma ou carcinoma tubular , tumor das células de Sertoli) É mais frequente em cães, são fáceis de identificar pois são cinza pálido, nodular, firme e com invaginações no parênquima testicular. Há alopecia no tórax e abdômen, flancos, pescoço e feminização. O prepúcio se torna penduloso e as tetas inchadas em decorrência do hiperestrongenismo. Em touros há nódulos de vários tamanhos brancos ou amarelos. Pode ocorrer em carneiros e gatos e é raro em eqüinos. * Teratoma: Ocorre mais frequentemente em equinos e raramente em outras espécies. Pode ser congênito. É constituído por cistos contendo cartilagem, ossos, dentes, tecido fibroso. AFECÇÕES DE ESCROTO Hidrocele - A hidrocele é o acúmulo de líquido no processo vaginal e ao longo do cordão espermático. Tem como causa primária em cães o comprometimento da drenagem linfática, linfoma, hérnia inguinal, orquite. Os sinais clínicos são turgidez e distensão não dolosa do escroto com adelgaçamento da parede escrotal devido ao edema. Hematocele – Extravasamento de sangue , formação de hematoma ao longo do cordão espermático e no interior da cavidade escrotal Varicocele A varicocele alguns autores classificam como aumento dos vasos circulatório do escroto, outros como dilatação dos vasos do plexo pampiniforme responsáveis pela irrigação do testículo. À imagem ultra-sonográfica pode-se observar a dilatação dos vasos Hérnia Escrotal- variação de hérnia inguinal onde o conteúdo herniário passa através do anel inguinal para o interior do escroto. Pode ser caudada por traumatismo ou fatores genéticos., Pode ser diagnosticada pela presença de tecido flácido dentro do escroto que pode ser constante ou intermitente. Se houver isquemia e necrose do tecido herniário pode haver leucocitose, dor escrotal, vômito e anorexia. Deve ser realizado um exame ultra-sonográfico ou RX para se evidenciar o conteúdo herniario. Correção cirúrgica. Dermatite escrotal – Existem vários graus de dermatite, variando desde simples prurido até auto-mutilação . Pode possuir causa infecciosa, doença auto-imune, ingestão de micotoxinas, granulomas espermáticos, reação a medicamentos ou dermatite de contato (desinfetantes). Neoplasia escrotal Carcinoma de células escamosas – nódulos firmes e ulcerados na pele ou aparência proliferativa presente nas pernas, cabeça ou escroto. Deve-se realizar a retirada cirúrgica seguida de tratamento de radioterapia ou crioterapia. Melanomas – crescimento lento, máculas pequenas marrom escuras ou de crescimento rápido pretas e com ulcerações. Pode aparecer na cavidade oral, na região digital e escroto. AFECÇÕES PROSTÁTICAS As medidas consideradas normais para a próstata de cão varia com peso, raça e idade do animal. Utilizando animais com idade abaixo de cinco anos e com peso entre 11 e 30 Kg. Medidas prostáticas: Comprimento = 3,15 ± 0,83 cm ; Largura = 3,15 ± 0,9 cm ; Altura = 2,83 ± 0,60cm. Hipertrofia / Hiperplasia Benigna (HPB) É a doença prostática mais comum em cães, Mais freqüentes em cães com idade >6 anos. Ocorre devido a um estímulo androgênico, mediado especificamente pela diidrotestosterona. Não se conhece o porquê acomete determinados machos e outros não. Essa patologia pode ser subclínica ou apresentar sintomatologia como tenesmo, hematúria e sangramento prostático. A imagem ultra-sonográfica irá revelar prostatomegalia, com parênquima homogêneo, normalmente de caráter simétrico e difuso. Pode haver presença de estruturas císticas múltiplas e difusas. Cistos Prostáticos Os cistos prostáticos são definidos como lesões cavitárias com parede definida, contendo fluído claro ou turvo em seu interior . O acúmulo de líquido ocorre no interior do parênquima prostático. Ocorrem geralmente em cães idosos. Quando muito grandes, podem causar dificuldade de micção e de defecação. A imagem ultra-sonográfica revela área focal ou multi focal hipo ou anecogênica maior que 1,5 a 2,0 cm. Prostatite Bacteriana As prostatites processos inflamatórios da próstata, nos animais geralmente são associadas à infecção bacteriana. Essas patologias podem resultar no aparecimento de abcessos prostáticos. Podem ser de duas formas: Prostatites Bacterianas Agudas Prostatites Baterianas Crônicas Prostatites Bacterianas Agudas Próstata geralmente é protegida de infecção pela IgA, IgB e micção freqüente. Animais com prostatopatias são mais sujeitos a infecção bacteriana. Infecção pode ser por via ascendente ou hematógena. As bactérias relacionadas à essas patologias são : Staphylococcus spp., Streptococcus spp., Escherichia coli, Pseudomonas, Proteus spp, Klebsiella spp., Enterobacterspp., Pasteurella sppe Mycoplasma spp. Infecções anaeróbicas podem ocorrer Sinais clínicos: aparecimento súbito com dor abdominal intensa, corrimento prepucial, febre, desidratação, sensibilidade dolorosa à palpação retal, pode apresentar quadros de septicemia e endotoxemia. A imagem ultra-sonográfica revela espaços intra-parenquimatosos, maiores que 1,5 a 2 cm, preenchidos por líquidos, compatível com abcesso, revelados por imagem hipoecogênica difusa ou focal. O abcesso causa uma imagem da glândula de margem interna irregular, cavidade lobulada e lúmen ocasionalmente septado Prostatites Baterianas Crônicas A prostatite bacteriana crônica pode ser assintomática, salvo quando acompanadas de infecção urinária recidivante. O tamanho e a forma da próstata podem estar normais ou ela pode estar assimétrica e firme, podendo ou não estar dolorida à palpação retal. A imagem revelada pela ultra-sonografia é de uma próstata com aparência levemente hiperecogênica de distribuição irregular, que pode representar mineralização ou presença de ar Cistos Paraprostáticos Os cistos paraprostáticos podem ocorrer nos dutos de Müller (Paramesonéfricos) remanescentes, nesta situação outras regiões da próstata estarão normais. Pode aparecer também em decorrência de um extravasamento de um cisto prostático de retenção, nesta situação será evidenciada Hiperplasia Prostática Benigna. A imagem ultra-sonográfica é a de uma estrutura anecóica de bordos finos, deslocando a bexiga aparentando ser uma extensão da área prostática ATROFIA DA PRÓSTATA Acontece em animais idosos, animais pós castração, pode ocorrer em cães com diabete mellitus e que receberam stilbestrol. A próstata vai se apresentar firme à palpação, as células acinares são substituídas por tecido fibroso. Neoplasia Prostática O adenocarcinoma prostático, é o tipo mais freqüente em cães. Alguns estudos sugerem que a castração dos animais pode ser fator predisponente ao aparecimento dessa neoplasia. Características da neoplasia: aumento de consistência, aumento de volume assimétrico, perda parcial ou total da rafe medial e formações cavitárias Ultra - sonograficamente a neoplasia prostática contém áreas hiperecogênicas focais ou difusas no interior do parênquima, sugestivas de mineralização. Animais com carcinoma prostático apresentam próstata com contorno irregular ou descontínuo. TIPOS DE PÊNIS Funções do Aparelho Reprodutivo Masculino n Produção de Gametas n Produção de Hormônio nTransporte de Gametas nExcreção de urina nEjaculação Função do testículo Células de Sertoli Produção de espermatozóide túbulos seminíferos O Testículo A Célula de Sertoli Célula de Leydig Termo regulação dos Testículos Epidídimo Glândulas acessórias / Musculatura do Pênis EXAME ANDROLÓGICO I- Anammese II - Exame Físico O que os hormônios fazem? Regulação Endócrina Duas Fases Produção de Sêmen Ereção e Ejaculação AFECÇÕES DE TESTÍCULO E ESCROTO •Hipoplasia testicular: AFECÇÕES PROSTÁTICAS
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