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Anatomia Funcional e Fisiologia do Aparelho Reprodutor Masculino

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Biotecnologia da Reprodução 7° Semestre
Anatomia Funcional e Fisiologia do Aparelho Reprodutor Masculino:
A principal estrutura anatômica é o testículo (gônada), no qual é responsável pela produção dos espermatozoides. O pênis é importante, porém só faz a função da entrega do produto gonadal. A simples observação e palpação pode fechar diagnóstico de maior parte das patologias testiculares.
A avaliação do perímetro escrotal – maior o testículo, maior a produção espermática. Os animais com maior circunferência escrotal tendem a ter filhos com maior fertilidade (filhos com bom tamanho de perímetro escrotal e filhas com maior quantidade de folículos). Sendo assim o tamanho é documento!!
Os animais necessitam de uma boa bipartição escrotal (dividindo os testículos direito e esquerdo por fora do saco escrotal) para que haja uma melhor termorregulação escrotal. O testículo precisa de uma boa refrigeração do testículo, para que haja uma boa produção espermática. As patologias unilaterais podem não afetar o outro lado devido a bipartição escrotal. 
Dentro do testículo há uma altíssima eficiência na produção espermática podendo chegar de 1 a 25 milhões de células produzidas. Devido a isso ocorre um aquecimento, sendo assim ele precisa estar mais gelado que os outros órgãos para que haja uma boa produção espermática. O acabamento do espermatozoide recebe um remodelamento pelo epidídimo, aonde: 
· O flagelo ganha movimento; 
· A membrana celular sofre uma série de modificações; 
· Ocorre estabilização do núcleo da célula;
· O espermatozoide joga fora parte do citoplasma para facilitar a sua movimentação dentro do trato uterino.
O espermatozoide fica estocado na área do epidídimo aguardando a ejaculação, próximo das glândulas acessórias nas quais dão substrato ao espermatozoide. O plasma seminal é secreção das glândulas associadas ao sistema reprodutor de cada espécie. O pênis faz a função de entrega do esperma assim que ocorre a excitação sexual associado a cópula.
· Posicionamento do testículo:
Algumas espécies são na região inguinal – horizontal (equinos) ou vertical (bovinos) e outras na região perineal (suínos e felinos). O posicionamento pode revelar processos patológicos importantes, afinal algumas patologias alteram o posicionamento fisiológico dos testículos (neoplasias, orquites, hidrocele, criptorquidia e degenerações testiculares). Um testículo fibrosado não produz espermatozoides.
Um touro com uma boa produção espermática ganha um valor de mercado 3 ou 4X maior. 
· Anatomia Geral do Aparelho Reprodutor:
· Testículos = Fábrica.
· Epidídimos = Acabamento
· Cabeça 
· Corpo 
· Cauda – Estoque 
· Cordão Espermático:
· Artéria espermática 
· Veias espermáticas
· Ducto deferente
· Músculo cremaster
· Glândulas acessórias:
· Ampola ductos deferentes - Bovino
· Próstata – Rudimentar em ruminantes
· Glândulas vesiculares
· Músculo isquiocavernoso 
· Pênis:
· Músculo retrator do pênis
· Flexura sigmóide
· Glande - sensor de calor e pressão
Em felinos vemos mudanças de posições dos órgãos e não possuem vesícula seminal, porém tem próstata e glândulas bulbouretrais que armazenam os feromônios – substâncias responsáveis por chamar as fêmeas sinalizando que há um macho ativo na região, sendo hormônio dependentes. Quando ocorre a castração gera uma degeneração dessas glândulas o que cessa a produção de feromônios.
O trato reprodutivo dos equinos tem o músculo cremaster bem desenvolvido, presença de vesículas seminais com conformação mais comprida. O cavalo possui próstata mais desenvolvida e glândulas bulbouretrais. Um equino NÃO possui flexura sigmóide.
Nos caninos é mais simples do que os outros animais. Só possui a próstata - qualquer patologia que afete o aumento da próstata ocorre a compressão da uretra gerando disúria.
· Pênis:
Possui duas divisões histológicas:
· Fibroelástico - túnica albugínea cartilaginosa dando formato ao pênis (ruminantes e cachaço);
· Vascular - maior irrigação sanguínea e menos túnica albugínea sendo assim a ereção é mais visível. 
Dentro da anatomia possuímos a divisão:
· Base (arco isquiático);
· Corpo ou eixo principal;
· Glande. 
Precisamos reconhecer a anatomia funcional e o histórico para conseguirmos identificar as patologias.
A uretra peniana do equino se destaca para a frente – processo uretral. O processo ejaculatório é vigoroso devido a quantidade do ejaculado (100 á 150 ml), por causa da conformação da cérvix da égua.
O pênis do carneiro possui um apêndice vermiforme com a função de espalhar o ejaculado mais profundo e uniforme possível na cérvix da fêmea.
O felino possui espículas penianas com a função de fixação durante a cópula e a felina possui a ovulação induzida na qual a mucosa vaginal precisa ser estimulada para que haja estímulo ovulatório. A espícula peniana é hormônio dependente e com o tempo as espículas somem ou diminuem após a castração.
O cachaço tem formato helicoidal devido a cérvix feminina da espécie, girando o pênis conseguindo canular durante a ejaculação e devido a quantidade de óvulos que precisam ser fecundados.
O canino possui uma região mais desenvolvida - bulbo peniano caracterizado pela presença de alta quantidade de corpos cavernosos, fazendo com que haja uma maior permanência do pênis dentro da fêmea fazendo com que o ejaculado encha o fundo da vaginal facilitando a chegada do sêmen á cérvix da fêmea. O cão tem a presença do osso peniano dando um arcabouço estrutural ao pênis e não existe uma explicação para a função dele. Sofre um ingurgitamento expressivo fazendo com que o pênis e o bulbo peniano aumentem bastante.
· Glândulas Anexas:
· Ampola Ducto Deferente;
· Vesícula Seminal – saculiforme em equinos e em formato de cacho de uvas em ruminantes e cachaços (em cachaços ocorre a involução após a castração). Conseguimos graças a anatomia em equinos fazer ultrassom e a endoscopia para encontrar o diagnóstico de patologias;
· Próstata – glândula única nos caninos envolvendo 2/3 da uretra e tendo 2 lóbulos independentes que formam uma depressão/sulco que é avaliada no toque andrológico no qual pode indicar um aumento de volume prostático;
· Glândula Bulbouretral – em suínos é responsável por produzir maior parte do plasma do ejaculado (200 á 250 ml).
· Testículo:
· Artéria Testicular – Sangue oxigenado e sofre um enovelamento compondo a vascularização do testículo.;
· Veia Testicular;
· Ramo Arterial do Epidídimo;
· Cabeça do Epidídimo - proximal – reabsorve, distal – secreta. Os espermatozoides são imaturos (imóveis e inférteis sendo assim, uma gota espermática;
· Corpo do Epidídimo - paralelo ao ducto deferente. Os espermatozoides são imaturos, porém se sofrerem uma diluição eles se tornam móveis e férteis. Aqui ocorre a translocação da gota espermática;
· Cauda do Epidídimo – fica na reserva espermática onde só aguarda a fecundação. Aqui os espermatozoides se encontram férteis e a gota citoplasmática está distal;
· Plexo Pampiniforme – Íntima relação entre veias e artéria testicular;
· Mediastino – Pegar os espermatozoides produzidos nos túbulos seminíferos e levar até a cabeça do epidídimo. Importante para podermos identificar caso o animal é criptorquidico ou não devido a sua hiper ecogenicidade e também auxilia no ultrassom da égua prenha para sabermos se encontramos ele próximo aos rins do filhote;
· Parênquima Testicular – Tem como unidade funcional os túbulos seminíferos onde é observado todos os tipos de células espermatogênicas além de células que dão esse formato de túbulo para este tecido. Conjunto de túbulos seminíferos > Lobos testiculares > Conjunto de lobulos testiculares > Parênquima testicular. 
Nos túbulos seminíferos podemos observar células germinativas (espermatogonias, espermatócitos, espermátides) e células somáticas (miódies e células de Sertoli).
Os testículos possuem 3 compartimentos:
· Tecido Intersticial – encontramos as células de Leydig que tem como função produzir a testosterona; 
· Compartimento Basal – membrana na base dos túbulos seminíferos onde encontramos as espermatogônias e as células Sertoli;· Ambiente Adluminal – área interna dos túbulos seminíferos onde ocorre a espermiogênese (amadurecimento do esperma).
· Células:
· Células de Sertoli: confere suporte estrutural e fisiológico, serve como ponte da barreira hematotesticular não deixando as células serem atingidas por bactérias por ser uma célula haplóide. Quanto mais células maior a produção de espermatozóides e possui receptores para FSH (hormônio folículo estimulante – machos e fêmeas compartilham os mesmos hormônios, somente alteram as suas funções) e T4. Produz inibina (vacas e éguas) e ABPP (proteína ligadora de andrógenos - TESTOSTERONA);
· Células de Leydi: se encontram no espaço intersticial e tem como função a produção de andrógenos, produção e secreção de testosterona e ação LH (hormônio responsável pela produção da testosterona – estimula a espermatogênese) e estradiol.
· Hormônios:
· FSH: produzido pela adenohipófise. Atua nas células de Sertoli produzindo inibina (feedback negativo sobre o FSH), activina (estimulante de produção de espermatozoides dentro dos testículos) e ABP (proteína ligadora de andrógenos – se liga a testosterona deixando a em altos níveis);
· LH: produzido pela adenohipófise. Atua nas células de Leydig que produz testosterona em altas concentrações e 17beta muito comum em garanhões e suínos. Tem de 4 a 8 picos diários de 10 a 20 minutos. Concentração testicular 100 a 500x a concentração plasmática gerando ABP. Tem como órgãos alvos as características masculinas, libido e função das glândulas acessórias. O excesso de testosterona é sinalizado pelo GnRH por via de um feedback negativo.
· Termorregulação:
Esse enovelamento que ocorre na artéria testicular tem como função efetuar o Mecanismo de Contra-Corrente, que tem como função deixar o sangue que vai para o testículo 6ºC abaixo da temperatura corporal. Nós avaliamos isso com um Termograma Escrotal com o auxílio de um termógrafo.
Além do Mecanismo de Contra-Corrente temos o saco escrotal que também faz a função de termorregulação com o uso de suas glândulas sudoríparas. Caso o animal esteja acima do peso ocorre uma dificuldade de contração glandular e gordura é um termoisolante. Existem sinais neuronais que enviam para o centro respiratório um sinal no qual estimula uma taquipneia compensatória, ajudando a dissipar o calor por meio da respiração.
A túnica dartos junto da musculatura cremaster também auxiliam na termorregulação. A túnica se dilata junto da musculatura, assim afastando os testículos da cavidade abdominal. Em países frios ocorre o oposto, a musculatura se contrai aproximando os testículos da cavidade abdominal.
· Ducto Eferente:
Faz a conexão do mediastino até a cabeça do epidídimo. Tem como função de reabsorção do fluído luminal, secreta IGF e TGF, concentração espermática e faz a espermiofagocitose (identifica células defeituosas e as retira). Necessita de estrógeno.
Qual o tamanho da Reserva Espermática?
O reprodutor tem a quantidade relativa de espermatozoides de 2 á 5 ejaculações. Depende da espécie os equinos são até 3 e os carneiros até 6. Também depende se há algum processo patológico envolvido. As centrais de touros coletam a cada 2 dias de 2 á 3 vezes com uma boa quantia de concentração.
· Trânsito Epididimário:
O tempo de trânsito depende da espécie e se há alguma patologia envolvida. Sendo assim precisamos efetuar um exame andrológico de 60 dias após qualquer patologia ou alteração na vida do animal (40 á 45 dias para chegar na base de epidídimo e mais 15 para chegar na cabeça).
· Bovinos 15 dias
· Equinos 9 dias

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