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EXERCÍCIOS (DCE - ECONOMIA E GESTÃO)
Podemos afirmar que a formação econômica brasileira ajuda a pensar o Brasil? Explique de acordo com a realidade do seu município. 
A formação econômica ajuda a pensar o Brasil sim, pois a própria constituição econômica brasileira ajuda não só a pensar, mas também a ter uma idéia real dos fatos econômicos e sociais ocorridos ao longo dos anos no Brasil, mais precisamente entre a Primeira e a Nova República, vivenciada nos dias de hoje. Em acordo, analisando a formação econômica da cidade de Recife, onde moro, observamos que a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, possui metas e objetivos, que constam no Plano Plurianual. Metas essas de Desenvolver e incentivar as atividades relacionadas com o turismo local, produção industrial e comércio do Município; - Efetuar o levantamento, a divulgação e o fomento das atrações turísticas do Município; - Coordenar a integração com os demais órgãos de apoio e fomento ao turismo, no âmbito estadual e federal; - Desenvolver e incentivar a capacitação de pessoal especializado para serviços ligados ao turismo, à indústria e ao comércio no Município; - Articular-se com os demais órgãos de outras esferas de governo para o fomento do comércio e da indústria do Município, sobretudo com vistas à implantação de novas empresas e à geração de empregos e renda; - Fomentar a ação empreendedora no âmbito do município; - Atrair investimentos, estimular a criação de novas empresas, novos negócios e promover eventos empresariais; - Estimular a criação de unidades de fomento e financiamento do comércio, turismo e produção agrícola industrial.
influenciando sobremaneira no Desenvolvimento Econômico e Social do município, incorporando-se no Desenvolvimento do Estado. E por conseqüência ao do País, ajudando dessa forma a compreender, juntamente com os demais orçamentos públicos dos outros municípios e Estados, a realidade da história atual da conjuntura sócio/econômica do nosso País.
http://www.recife.pe.gov.br/pr/secfinancas/planoplurianual/revisao2011/DETALHAMENTO_DA_PROGRAMACAO.pdf
Podemos afirmar que a desigualdade regional foi criada devido a que fatores? É possível superá-la diante do processo de concentração e centralização do capital? Para responder a esta questão, procure conversar, se possível, com alguns secretários municipais. 
A desigualdade entre as regiões do país ocorreu justamente pela concentração do capital nos centros urbanos. O país que antes era inteiramente agrícola, e tendo que se atualizar e se industrializar não pensou no que já estava pronto. Não houve investimentos na agropecuária. Ainda hoje são bem tímidos estes investimentos. Apesar de vários investimentos na tentativa de diminuir essas desigualdades entre as regiões, como a criação de Brasília, da Zona Franca de Manaus, da SUDENE, etc. Vemos que há uma disparidade tanto econômica quanto cultural entre os grandes centros urbanos e as pequenas cidades do interior. Podemos sim superar essa desigualdade, porém precisa ser investir mais em educação, indústria, agricultura familiar para poder gerar emprego nas regiões mais pobres e incentivando as empresas de grande porte ir para determinadas regiões com o apoio do Governo através de incentivo fiscais dentre outras ações.
Como superar as deficiências em ciência e tecnologia? Debata com os seus colegas e depois formule a sua resposta. 
É necessária uma política de ciência e tecnologia que direcione investimentos para um sistema de inovação de tecnologias priorizando os aspectos sociais, humanos e naturais nos campos: “geração de conhecimentos científicos; inovação tecnológica; formação de competências; bens coletivos; políticas públicas; e divulgação dos conhecimentos” Ampliando assim a capacidade de inovação e expandir a base ciência e tecnológica nacional. É preciso ser ousado no que diz respeito à ampliação dos investimentos em pesquisa, fortalecimento dos empreendimentos privados nacionais de forma autônoma e soberana. É preciso também estar atento aos inventos e patenteá-los com a iniciativa de assegurar ao País as garantias que lhe são de direito e devidas. É importante enfatizarmos também que tanto o Brasil como diversos outros países da América Latina têm apresentado desempenho pouco satisfatório no que diz respeito aos investimentos realizados em ciência e tecnologia. A saída para todas essas crises, que freqüentemente se manifestam, com certeza passa pelos investimentos nessa área.
Podemos afirmar que a questão política interfere no processo econômico brasileiro? Então, por que tantos desempregados? 
Sim, a política interfere no processo econômico. Ajustes econômicos são necessários para que o estado possa se manter “blindado” contra as crises que o mundo globalizado enfrenta. Infelizmente estes ajustes muitas vezes interferem negativamente no emprego e na capacidade real de compra do trabalhador brasileiro. Quando há um aumento dos juros para conter a inflação temos um diminuição nos investimentos o que impacta na criação de novas vagas de empregos, Outro fato observado para o desemprego vem a partir da modernidade, a tecnologia passou a ser um dos principais componentes causadores do desemprego, pois máquinas passaram a realizar trabalhos antes feitos pelo homem, o que forçou uma mudança na atividade produtiva do trabalhador.
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Como as universidades podem auxiliar o País na construção das políticas públicas? Discuta a presente formulação com os colegas e reflita sobre os diferentes posicionamentos formulando sua argumentação. 
 Não só a produção desenvolvida dentro da moldura teórica específica da política pública é utilizada nos seus estudos. O debate sobre políticas públicas também tem sido influenciado pelas premissas advindas de outros campos teóricos, em especial do chamado neo-institucionalismo, que enfatiza a importância crucial das instituições/regras para a decisão, formulação e implementação de políticas públicas.
 Uma grande contribuição a esse debate foi dada pela teoria da escolha racional pelo questionamento de dois mitos. O primeiro é o de que, conforme mencionado acima, interesses individuais agregados gerariam ação coletiva (Olson, 1965). O segundo é o de que a ação coletiva produz necessariamente bens coletivos (Arrow, 1951). Definições sobre políticas públicas são, em uma democracia, questões de ação coletiva e de distribuição de bens coletivos e, na formulação da escolha racional, requerem o desenho de incentivos seletivos, na expressão de Olson, para diminuir sua captura por grupos ou interesses personalistas.13
 Outros ramos da teoria neo-institucionalista, como o institucionalismo histórico e o estruturalista, também contribuem para o debate sobre o papel das instituições na modelagem das preferências dos decisores. Para estas variantes do neo-institucionalismo, as instituições moldam as definições dos decisores, mas a ação racional daqueles que decidem não se restringe apenas ao atendimento dos seus auto-interesses. A ação racional também depende das percepções subjetivas sobre alternativas, suas conseqüências e avaliações dos seus possíveis resultados. Sem negar a existência do cálculo racional e auto-interessado dos decisores, esses ramos do neo-institucionalismo afirmam que o cálculo estratégico dos decisores ocorre dentro de uma concepção mais ampla das regras, papéis, identidades e idéias.14 Portanto, a visão mais comum da teoria da escolha pública, de que o processo decisório sobre políticas públicas resulta apenas de barganhas negociadas entre indivíduos que perseguem seu auto-interesse, é contestada pela visão de que interesses (ou preferências) são mobilizados não só pelo auto-interesse, mas também por processos institucionais de socialização, por novas idéias e por processos gerados pela história de cada país. Os decisores agem e se organizam de acordo com regras e práticas socialmente construídas, conhecidas antecipadamente e aceitas (March e Olsen, 1995: 28-29). Tais visões sobre o processo político são fundamentais para entendermosmelhor as mudanças nas políticas públicas em situações de relativa estabilidade.
 Já a teoria da escolha pública adota um viés normativamente cético quanto à capacidade dos governos de formularem políticas públicas devido a situações como auto-interesse, informação incompleta, racionalidade limitada e captura das agências governamentais por interesses particularistas. Essa teoria é, provavelmente, a que demonstra mais mal-estar e desconfiança na capacidade dos mecanismos políticos de decisão, defendendo a superioridade das decisões tomadas pelo mercado vis-à-vis as tomadas pelos políticos e pela burocracia.
Aprofundando um pouco mais as contribuições do chamado neo-institucionalismo para a área de políticas públicas, sabemos que, de acordo com os vários ramos desta teoria, instituições são regras formais e informais que moldam o comportamento dos atores. Como as instituições influenciam os resultados das políticas públicas e qual a importância das variáveis institucionais para explicar resultados de políticas públicas? A resposta está na presunção de que as instituições tornam o curso de certas políticas mais fáceis do que outras. Ademais, as instituições e suas regras redefinem as alternativas políticas e mudam a posição relativa dos atores. Em geral, instituições são associadas a inércia, mas muita política pública é formulada e implementada. Assim, o que a teoria neo-institucionalista nos ilumina é no entendimento de que não são só os indivíduos ou grupos que têm força relevante influenciam as políticas públicas, mas também as regras formais e informais que regem as instituições.
A contribuição do neo-institucionalismo é importante porque a luta pelo poder e por recursos entre grupos sociais é o cerne da formulação de políticas públicas. Essa luta é mediada por instituições políticas e econômicas que levam as políticas públicas para certa direção e privilegiam alguns grupos em detrimento de outros, embora as instituições sozinhas não façam todos os papéis - há também interesses, como nos diz a teoria da escolha racional, idéias, como enfatizam o institucionalismo histórico e o estrutural, e a história, como afirma o institucionalismo histórico. A despeito das contribuições das diversas vertentes da teoria neo-institucionalista para a análise de políticas públicas, é preciso lembrar que, como ocorre com qualquer referencial teórico, é preciso ter clareza sobre quando e como utilizá-lo. Isso porque, como já argumentado anteriormente (Souza, 2003), analisar políticas públicas significa, muitas vezes, estudar o "governo em ação", razão pela qual nem sempre os pressupostos neo-institucionalistas se adaptam a essa análise. Ademais, os procedimentos metodológicos construídos pelas diversas vertentes neo-institucionalistas, em especial a da escola racional, são marcados pela simplicidade analítica e pela elegância, no sentido que a matemática dá a essa palavra, e pela parcimônia, o que nem sempre é aplicável à análise de políticas públicas 
O Plano Real deu resultados positivos? Para complementar sua resposta, faça uma pesquisa de opinião em alguns segmentos do seu município. 
O Plano Real obteve êxito em um primeiro momento, com aumento do Produto Interno Bruto (PIB), graças à ampliação do setor industrial, agropecuário e de serviços. Outro fator que merece destaque é que a inflação também apresentou queda, o que contribuiu para que o poder de compra das pessoas tivesse um incremento surpreendente, o crédito retornou e o salário passou a ser mais atraente por causa do aumento do poder de compra dos consumidores. O sucesso obtido pelo Plano Real que Cardoso implementou foi tanto que culminou com sua eleição para presidente da República por um mandato de quatro anos e depois foi reeleito, em 1998. Após o governo de Fernando Henrique Cardoso, foi eleito à presidência da República Luís Inácio Lula da Silva, que manteve o Plano Real, obtendo novos bons resultados com o Programa de Estabilização Econômica, trazendo de volta a importância do Estado na economia brasileira que havia sido colocada em segundo plano devido ao projeto neoliberal defendido em termos mundiais com muita intensidade. Além disso, Lula estabeleceu uma série de políticas que levaram a inclusão dos despossuídos, por exemplo, com a ampliação dos Programas Bolsa-Escola e Bolsa-Família, que tiveram um efeito multiplicador extraordinário na economia do País. Diante desses resultados, a economia conseguiu retomar o crescimento, adquirindo credibilidade externa, fortalecendo o mercado interno, tanto que a crise vivida a partir de 2008 não surtiu os efeitos que em uma outra situação poderia causar, pelo contrário, o País tem enfrentado as dificuldades e os desafios de forma firme e controlada e dado provas de que conseguiu reservas capazes de auxiliar o País diante das dificuldades inesperadas. Nesse sentido, cabe registrarmos que a situação favorável da conjuntura internacional do limiar do século XXI favoreceu a situação nacional.
Você concorda que o sistema de cotas nas universidades brasileiras ajuda a reparar o passado e possibilita um caminho mais sólido em termos de criação de empregos para todos? Faça uma pesquisa de opinião em seu município. O Brasil é um País agrícola ou industrializado? Qual o papel da agricultura no desenvolvimento brasileiro? Discuta com os colegas esta questão antes de respondê-la, sem deixar se influenciar pelo juízo de valor. 
Sou a favor do sistema de cotas. Porém, sou favorável até certo ponto. As cotas foram implementadas como maneira de proporcionar uma formação superior àqueles que não tiveram tanta sorte na vida, e, até esse ponto, não vejo nada mais justo porém fazer distinção por cor de pele não concordo. O problema se encontra quando se enxerga o sistema de cotas como solução permanente para a crise educacional do Brasil, quando, em minha opinião, deveria ser apenas temporária. A verdadeira solução, apesar de clichê, é o investimento na educação, para tentar nivelar (por cima de preferência, mas Brasil é Brasil, certo?) o ensino e proporcionar um vestibular REALMENTE justo.
Agrícola e Industrial, porque ele produz produtos agrícolas e industrializa-os depois exporta-os se for necessário, exemplo extrato de tomate, Suco de manga, Maracujá, todos os produtos agrícolas praticamente são industrializados antes de serem exportados a menos que o pais que importa peça que sejam enviados sem industrializa-los. os EUA importa suco de maracujá manga e laranja do Brasil.
Converse com profissionais de sua cidade ou faça uma pesquisa para responder às questões a seguir: 
Por que a indústria se concentrou no Centro-Sul? 
A indústria brasileira começou a se concentrar no estado de São Paulo no período que vai de 1907 a 1920, tendo sua origem nas capitais da economia cafeeira. Em 1920, São Paulo participava com mais de 30% do número de indústrias do país.
Na primeira fase do processo de industrialização brasileiro (1930-1960), além do capital do comércio do café, São Paulo reuniu os principais requisitos para o desenvolvimento dessa atividade:
- mão-de-obra assalariada imigrante;
- ferrovias que ligavam o interior ao porto de Santos;
- o mercado consumidor que se formou na capital paulista e seus arredores.
Com a força econômica de São Paulo e o poder político do Distrito Federal (no Rio de Janeiro até 1960), a região Sudeste firmou-se como a maior área de concentração industrial no país. O triângulo São Paulo -Rio de Janeiro-Belo Horizonte passou a concentraras atividades secundárias no Sudeste e em todo o Brasil.
Industrialização é sinônimo de desenvolvimento? 
Sim, a industrialização pode sim levar ao desenvolvimento. Contudo o estado tem que se preocupar em proporcionar estrutura para que este desenvolvimento atinja a todos os cidadão e não somente medidas que visem a redução de custo. Exemplo disso são as insenções de impostos que diminuem os custos de produção mas não há investimentos no escoamento da produção. Não há investimento em criação de tecnologia nacional.A desconcentração da renda ajudaria o Brasil a alcançar o desenvolvimento? 
 “O Brasil é um dos países com maior concentração de renda em todo o mundo – possui a 97a renda per capita do mundo.”; (Gazeta Mercantil, 19.07.2006, pág. A8).
No Brasil, a estabilidade nos preços (o controle da inflação via contenção e/ou queda dos níveis de tais preços) tem sido obtida, em sua maioria, devido a altas taxas de juros, as mais altas do mundo. O lado negativo disto é que juros altos contribuem para a concentração da renda, ou seja, sua má distribuição e sua conseqüente canalização em direção à população rica. Mas vale notar que altos índices de inflação concentram a renda nas mãos dos ricos ainda mais.
A queda da inflação foi o principal fator, no Brasil, para a redução da desigualdade social.
No Brasil, a desigualdade social é medida pelo Índice de Gini, o qual indica que entre 1996 e 2005, esse índice, de 60.1%, desceu para 57,2%. Melhores distribuições de renda têm efeitos positivos, como, por exemplo, a diminuição da violência.
Dados sobre a má distribuição de renda no Brasil: graças à política de juros altos, saíram-se bem os ricos e a classe média. Entre 2001 e 2004 = a) A renda financeira dos ricos teve um aumento de 66% em termos reais; b) A renda do trabalhador, nesse mesmo período, aumentou tão-somente 19% acima da inflação.
O barateamento da cesta básica e o aumento do salário mínimo contribuem para a desconcentração da renda (aumento do poder de compra) da população de baixa renda no Brasil.
Melhores distribuições de renda têm efeitos positivos, como, por exemplo, a diminuição da violência.
Dados sobre a má distribuição de renda no Brasil: graças à política de juros altos, saíram-se bem os ricos e a classe média. Entre 2001 e 2004 = a) A renda financeira dos ricos teve um aumento de 66% em termos reais; b) A renda do trabalhador, nesse mesmo período, aumentou tão-somente 19% acima da inflação.
No Brasil, existe a políticas de transferência de renda, que é um direito social que assegura a sobrevivência de algumas famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza, por meio do acesso à renda. E é com fundamentos nessa política social que foi criado o "Bolsa Família", uma estratégia do Estado Brasileiro que tem como principal objetivo promover o direito à renda a milhões de pobres e extremamente pobres, por meio de transferência de recursos financeiros, e tentar melhorar a proteção social do país. Mas, as famílias cadastradas precisam cumprir algumas metas como fazer exames médicos regulares, as mães precisam manter as crianças na escola, fazer cursos sobre temas como nutrição e prevenção dedoenças, entre outros, para que possam receber o dito benefício.
essa desconcentração de renda tem se destacado positivamente, principalmente em relação ao combate à pobreza e à desigualdade social, pois, segundo o Ipea, 13,8 milhões de brasileiros mudaram de estrato social entre 2001 e 2007. Porém , há controvérsias sobre o Bolsa Família. 
É evidente que as políticas de transferência de renda tem, ainda que superficial, uma boa eficácia, porém, o que ocorre é que a carga tributária ainda não afeta a todos por igual. Quanto ao meio social, a assistência foi um grande avanço, voltada para a garantia de direitos e condições dignas de vida, apresentando um caráter inovador. Porém, admitir isso não significa negar que desigualdades ainda persistem e que é necessária uma atuação mais incisiva para que elas sejam eliminadas de fato. Os gastos públicos nas áreas sociais já são significativos, mas insuficientes para a reparação da herança decorrente do padrão excludente de repartição da renda nacional. O reacionarismo das elites que concentram o poder tem inviabilizado a concretização de reformas em um ambiente democrático. O sistema tributário permanece regressivo, com a população pobre pagando mais impostos e os ricos quase incólumes. A estrutura social continua inadequada para garantir a universalidade e a qualidade dos equipamentos e serviços para toda a população.
Em que patamares estão os índices de desenvolvimento econômico e social do seu Estado?
http://www.estadao.com.br/noticias/geral,especial-sucesso-economico-de-pernambuco-tambem-deve-credito-a-governo-federal,1110544
Podemos afirmar que as crises na economia mundial não foram suficientes para aprender a inviabilizar o seu retorno? Por que a crise atual parece ter tido menos repercussão do que as anteriores, embora seja uma das maiores crises vividas? Antes de responder a esta questão, amplie seu conhecimento fazendo a leitura de revistas e jornais. 
Em sua opinião, devemos ter mais estatização ou menos estatização na economia brasileira? Onde acertamos e onde é preciso melhorar? É possível recuperar o tempo perdido ou a inserção tardia e de forma periférica no capitalismo mundial? Entreviste alguns profissionais do seu município e apresente os resultados obtidos. A democracia brasileira já está consolidada ou continua em processo de solidificação? 
De maneira geral o mercado é um bom alocador de recursos, portanto o governo de maneira geral não precisa atuar como proprietário de empresas. Contudo, há setores sensíveis, tais como setores de monopólio natural (energia, transporte, saneamento, comunicação, etc), e setores onde há interesse público (saúde, educação, transporte, comunicação, energia). O PNBL (plano nacional de banda larga) é um exemplo do governo estatizando a economia, e que ao meu ver, irá fazer bem ao mercado, colocar as empresas que vendem internet no atacado (links dedicados em redes de fibras óticas) contra a parede. Nesse caso o Estado usa sua força econômica para corrigir uma distorção que vem se arrastando. Contudo, em geral, o Governo deve deixar o mercado atuar, regular e intervir, da forma mais sutil possível, se necessário.
Ainda é possível recuperar o tempo perdido ou a inserção tardia e de forma periférica no capitalismo mundial, uma vez que o capitalismo brasileiro já se expressa como a sétima economia do mundo, pois o que deve ser feito são investimentos na indústria, em tecnologias, no capital intelectual, para que se possa competir com o mercado internacional e uma mudança na política do Brasil junto aos mercados internacionais Estados Unidos e União Européia.
Em sua opinião, o Plano Real deu resultados positivos? Justifique sua resposta.
A finalidade do plano real foi a estabilização monetária. Vendo por este modo, o plano foi um sucesso completo. E vem rendendo frutos até hoje, porque a inflação no Brasil continua em queda. Quanto à distribuição de renda, apesar desta não ter sido o objetivo do plano, ele contribuiu positivamente, porque a inflação é uma anomalia da economia que faz com que haja distribuição de renda do pobre para o rico, para os banqueiros, e para os governos. Se houve algo de negativo isso foi a queda das exportações e aumento das importações (prejudicando nos primeiros anos a balança comercial) com a valorização do Real, e desemprego entre fncionários de bancos. Mas isso era previsto porque os bancos é que estavam hipertrofiados com a inflação elevada. E a informática e internet contribuiram para tornar menos necessário os muitos funcionários de agências bancárias.
os mais beneficiados com o plano real foram os bancos, haja vista aos lucros astronômicos que vêm obtendo. E isto se deve pela baixa remuneração da caderneta de poupança, pois grande parte da desvalorização da moeda foi mascarada com os juros bancários elevadíssimos, o que refreou o consumo e manteve os preços estabilizados. Na distribuição de renda os bancos continuaram com a parte do leão. Os. Bancos passaram a receber dinheiro mais barato e a vendê-lo mais caro do que antes.. 
O conceito de "Exportar é o que importa" foi martelado na cabeça do povo pela ditadura militar, pois estavam a serviço do capital estrangeiro. Exportar deve ser um recurso para colocar o excesso de produção e não para tirar da mesa do povo, que paga impostos altíssimos pelos produtos, tanto nacionais como importados, com afinalidade de favorecer os estrangeiros, que adquirem nossos produtos livres de impostos. Como o Estado precisa arcar com seus custos, a carga tributária não incidente sobre os produtos exportados, recai sobre os ombros do trabalhador brasileiro. Pagamos para que os estrangeiros tenham mesa farta. e barata. 
Um participante atribuiu ao atual governo a queda nos preços dos eletrônicos. É preciso lembrar que a prepotência dos governantes se limita a beneficiar o capital estrangeiros para ter apoio para suas falcatruas, não tendo a menor interferência nos preços internacionais. A verdadeira responsável pelo barateamento dos eletrônicos e muitos outros produtos é a China, que hoje fabrica para todas as marcas de renome. 
O real é um bom plano, sim. Para os bancos e as multinacionais.
Leia o trecho a seguir do artigo publicado em 18 de março de 2008 pelo economista Carlos Lessa do jornal Folha de São Paulo, intitulado Brasil, nação evanescente? E comente por que o autor considera a desnacionalização um risco para a economia brasileira. 
Nas últimas décadas, o dinamismo produtivo se restringiu ao setor agropecuário. A estrutura industrial retrocedeu em relação aos padrões passados e o Brasil perdeu posições no mundo. O segmento financeiro cresceu aceleradamente em relação à economia estagnada. A desnacionalização é assustadora. Quase 50% da indústria brasileira já é de filiais estrangeiras. Os poucos grupos nacionais fortes estão investindo no exterior. A agropecuária é abastecida com insumos quase sempre produzidos por filiais estrangeiras. No setor bancário, um banco estrangeiro disputa a primeira colocação. A infraestrutura vai sendo transferida para concessionários privados. Na Bolsa de Nova York, são negociadas mais de 30 companhias brasileiras, e o volume de transações com essas ações supera a Bovespa. Nossos cérebros cada vez mais vão para o exterior. Estamos nos convertendo num país de emigração. Nossos capitais se refugiam em aplicações noCaribe. A juventude é mobilizada para o mercado. A degradação das instituições republicanas, a perda de prestígio do homem público, o repúdio à política como exercício de cidadania guardam uma relação perversa de realimentação com o cenário supra descrito.
Em que momento e região do Brasil iniciou o processo de industrialização? Em sua resposta, procure informações sobre o período em que se instalou a indústria na região em que você vive atualmente.
Foi somente no final do século XIX que começou o desenvolvimento industrial no Brasil. Muitos cafeicultores passaram a investir parte dos lucros, obtidos com a exportação do café, no estabelecimento de indústrias, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro. Eram fábricas de tecidos, calçados e outros produtos de fabricação mais simples. A mão-de-obra utilizada nas fábricas era, na maioria, formada por imigrantes italianos.
http://www.suape.pe.gov.br/institutional/historic.php
Por que Bresser-Pereira (2007) afirma que estamos vivendo um período de desindustrialização? Explique sua resposta.
[...] diferente do que vem ocorrendo nos países ricos. 
Enquanto nesses países a desindustrialização implica 
transferência de trabalho para setores com maior conteúdo mercadológico e tecnológico, no Brasil a desindustrialização é regressiva, conseqüência [...] da política de 
atrair poupança externa; é um processo de transferência 
da mão de obra para setores agrícolas e mineradores, 
agroindustriais, e industriais tipo maquiladora caracterizados por baixo valor adicionado per capita.
Segundo Bresser-Pereira no Brasil a desindustrialização é regressiva, conseqüência [...] da política de atrair poupança externa; é um processo de transferência da mão de obra para setores agrícolas e mineradores, agroindustriais e indústrias tipo maquiladora caracterizados por baixo valor adicionado per capita.
Isto acontece aos países ricos que, a partir de certo ponto, passam a deslocar sua mão-de-obra da indústria para setores de serviço com valor adicionado per capita maior. Não é o caso do Brasil. Segundo ele, a desindustrialização brasileira é para produzir mais commodities
O economista Dércio Garcia Munhoz fez a seguinte declaração em entrevista, em março de 2009, à revista Desafios do Desenvolvimento, do IPEA: 
[O governo Lula] comete um erro clássico que o outro governo vinha cometendo há dez anos: não promover uma política de proteção aos salários. Toda vez que a economia está fraca, você acaba lavando a economia e provocando a redução das rendas das famílias por meio dos incentivos e da redução fiscal das empresas. Empresas precisam de mercado. Toda política fiscal tem que ser para a empresa investir. Não se pode jogar a zero o investimento da empresa. Com essa política fiscal, não se consegue repor a economia brasileira nos trilhos do crescimento sustentável. O governo tem que ter em mente que, diante dos atuais problemas, é preciso colocar as pessoas no supermercado e na feira. Hoje, o governo tem esta dificuldade de perceber e de pensar a macroeconomia.
Quais as medidas que o Brasil utilizou no combate à crise em 2009 e os seus impactos no nível de emprego e de desigualdades. 
Quais os fatores principais que fazem com que o Brasil continue classificado entre os países com os piores níveis de distribuição de renda do mundo. 
O coeficiente ou índice de Gini foi desenvolvido pelo matemático italiano Conrado Gini para comparar a desigualdade de distribuição de renda entre países. Ele é um parâmetro que varia entre 0 e 1, sendo que quanto mais próximo do zero menor é a desigualdade de renda num país, ou seja, melhor a distribuição de renda. Quanto mais próximo do um, maior a concentração de renda num país. O índice Gini é muitas vezes apresentado em pontos percentuais, isto é, coeficiente x 100. O Índice de Gini do Brasil relativo ao ano de 2008, divulgado em 2009 foi de 0,544. O que demonstra que nosso país tem uma alta concentração de renda. Para termos condição de realizar uma comparação, o Índice de Gini da Argentina em 2007 era 0,49; do México era 0,48 e da Alemanha, 0,27. No período de 1968 a 1973, os indicadores de qualidade de vida da população despencam. A mortalidade infantil no Estado de São Paulo, o mais rico do país, salta de 70 por mil nascidos vivos em 1964 para 91,7 por mil em 1971. No mesmo ano, registra-se a existência de 600 mil menores abandonados na Grande São Paulo. Em 1972, de 3.950 municípios do país, apenas 2.638 têm abastecimento de água. Três anos depois um relatório do Banco Mundial mostra que 70 milhões de brasileiros são desnutridos, o equivalente a 65,4% da população, na época de 107 milhões de pessoas. O Brasil tem o 9º PNB do mundo, mas em desnutrição perde apenas para Índia, Indonésia, Bangladesh, Paquistão e Filipinas. Fica claro, então, que o acúmulo de renda nas camadas mais favorecidas da sociedade durante o milagre brasileiro fez com que o índice de Gini crescesse no período.
Que fatores levaram ao descontrole inflacionário no final de 1980, início dos 1990? 
Liste as políticas que os governos têm disponíveis para reduzir a desigualdade. 
Relembre as políticas adotadas no momento de adoção do Plano Real e relate o seu impacto sobre o controle da inflação. 
Entretanto, outro fenômeno relativo à desigualdade muito presente no debate econômico no País está ligado à concentração produtiva em certas regiões. Por exemplo, desde o início do processo de industrialização, nos anos 20 do século passado, o Estado de São Paulo despontou como o principal centro econômico do País. As indústrias adotaram a localização estratégica daquela região por se beneficiar da grande concentração de capitais ali existentes, bem como de uma rede muito desenvolvida de infraestrutura desde os tempos em que a dinâmica econômica era a economia cafeeira. Com o passar dos anos, cresceu a pressão política de elites de regiões mais afastadas de São Paulo, como o Nordeste, por maior participação no processo de modernização econômica, e aumentou o interesseestratégico dos governos em expandir o desenvolvimento para o interior do País. Assim, no auge do período desenvolvimentista, entre os anos 1950 e 1980, uma série de medidas políticas são tomadas com o objetivo de reduzir as disparidades regionais no Brasil. Entre elas, podemos destacar: a expansão da rede viária e ferroviária e o deslocamento da capital do País do Rio de Janeiro para Brasília, todas essas decisões adotadas no governo Kubitschek; a criação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), durante o governo Goulart; a criação da Zona Franca de Manaus; a construção da rodovia Transamazônica; e a diversificação de investimentos de empresas estatais em Estados do Norte e Nordeste, ao longo dos governos militares. Mais recentemente, podemos perceber uma clara tendência de desconcentração industrial que vem sofrendo a região de São Paulo. Os elevados custos de produção (principalmente salários e impostos) passaram a superar os benefícios (como infraestrutura e qualificação da mão de obra) a partir de meados dos anos 1980. Esse processo, associado a políticas de concessão de subsídios a investidores nacionais e estrangeiros em busca de oportunidades em outros locais, tem propiciado um movimento inédito de expansão da produção industrial para as regiões Sul (com destaque para o Estado do Paraná), Centro-Oeste (especialmente Goiás) e Nordeste (especialmente Ceará). Ao mesmo tempo, o aumento de produtividade no campo e o cenário extremamente favorável às exportações permitiram uma rápida ampliação da produção agropecuária e agroindustrial para Estados como Mato Grosso, Santa Catarina e Rondônia, que vêm aumentando a sua importância econômica regional. 
De que maneira uma política ortodoxa de combate à inflação pode afetar o emprego e a distribuição de renda?
“Começa no diagnóstico da situação inflacionária. A inflação é percebida como
conseqüência imediata da excessiva expansão monetária... Entende-se por expansão
monetária excessiva aquela que é superior à demanda real de moeda por parte dos agentes
econômicos”(Resende, 1992, p. 225). Este excesso de expansão da moeda, e também do
crédito, causam a inflação, pois geram um sobreinvestimento , o qual, faz com que ocorra
uma demanda excessiva na economia em determinado momento, que não consegue ser
imediatamente atendida pelo aumento da oferta.
A análise da demanda por moeda, por sua vez, é baseada na teoria quantitativa ou alguma
variante próxima. Utilizar esta teoria é admitir uma relação muito estreita entre a taxa de
expansão da moeda e da inflação. É o que nos mostra o professor Mankiw no seu livro de
Macroeconomia. Em um item referente à Teoria Quantitativa da Moeda, e noutro sobre a sua
relação com a inflação e a taxa de juros, após explicá-los, ele tira algumas conclusões desta
teoria, entre elas estão:
...a teoria quantitativa da moeda afirma que o nível de preços é proporcional à
quantidade de moeda... De acordo com a teoria quantitativa, um aumento na taxa de
expansão da moeda de 1% provoca um aumento de 1% na taxa de inflação (Mankiw,
1998, p.118 e 122).
Nisto concorda Resende ao explicar que para a ortodoxia “Inflação é apenas moeda em
excesso”(1992, p.225).
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Mas, qual é o motivo de se aumentarem excessivamente os meios creditícios? A ortodoxia
aponta geralmente três motivos: incompetência, corporativismo e excessiva intervenção do
governo na economia. Todos eles materializam-se no déficit do governo e no financiamento
deste déficit pela emissão de moeda.
A inflação distorcendo o sistema de preços relativos e aumentando o grau de
incerteza do sistema, é, assim, conseqüência da intervenção do governo na economia
que perturba o bom funcionamento do sistema de mercado e impede a alocação
eficiente de recursos (Ibid, p. 225).
A partir deste diagnóstico, a ortodoxia mostra a receita para controlar a inflação:
- políticas monetária e fiscal restritivas para eliminar o excesso de crédito na economia e
eliminar o excesso de demanda. Conforme a ortodoxia, a principal fonte de excessiva
expansão monetária é o déficit do Tesouro, daí haver também a necessidade de se ter uma
política fiscal restritiva, pois esta , além de contribuir para o êxito da política monetária, é
boa em si mesma, porque corta precisamente os gastos do governo os quais são
considerados “ineficientes e causadores de distorções na economia” (Ibid, p. 226);
- Diagnosticam-se as dificuldades enfrentadas no balanço de pagamentos “como
decorrentes de uma política tarifária protecionista e uma política cambial intervencionista”
(Ibid,p. 226), sob as quais desenvolvem-se uma indústria ineficiente, sem competitividade
externa e “dependente de importações de bens intermediários e de capital” (Idem, p. 226).
Isto gera um déficit comercial que não pode ser compensado com a exportação de
produtos primários, “pois a política cambial, na tentativa de subsidiar a indústria, mantém
a taxa de câmbio sobrevalorizada e penaliza a atividade primário-exportadora” (Idem, p.
226). Então, recomenda-se abertura externa e redução da proteção a indústria ineficaz;
- O excesso de moeda gera um excesso de demanda, que superaquece a economia e refletese
no mercado de trabalho, reduzindo-se a taxa de desemprego a níveis abaixo da taxa
natural. Os salários começam a se elevar acima do nível geral de preços, transformando-se
em fontes inflacionárias. Ao contrário de como a ortodoxia vê os outros mercados
(competitivos, em equilíbrio, ajustando-se rapidamente a mudanças ocasionadas pela
política econômica), o mercado de trabalho aparece como uma das dificuldades
enfrentadas no combate à inflação, mesmo com o uso da política monetária, a qual,
quando corretamente executada, leva a um ajustamento nas pressões de demanda. Isto se
deve porque expectativas rígidas da inflação futura, aliadas a sindicatos fortes “mantém as
pressões inflacionárias por parte dos salários” (Idem, p. 226) mesmo com uma diminuição
da atividade econômica. Deste modo é explicado porque o combate à inflação causa
recessão e desemprego. Por isso é preciso sujeitar os trabalhadores a reverem suas
expectativas e pretensões salariais e a contentarem-se com salários mais baixos.
Finalmente, vale lembrar que para a ortodoxia o quadro recessivo da estabilização é visto
como um “tratamento médico”, onde são eliminadas as empresas menos eficientes que
cresceram às sombras da doença inflacionária e, desta forma, a economia é saneada.
Resende, ao escrever um artigo para uma coletânea que formou um livro, descreve
sucintamente a ortodoxia para depois analisar o quão ortodoxa foi a aplicação de um plano de
governo nos anos de 1964 a 1967.

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