Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIDADE XIII - DOS ATOS UNILATERAIS 1. OS ATOS UNILATERAIS COMO FONTES DE OBRIGAÇÕES O direito romano considerava que a obrigação ora nasce do contrato, ora do delito Com a evolução do tempo essas várias fontes das obrigações causas ficaram definidas, concentrando-se nas expressões “QUASE CONTRATO” e “QUASE DELITO”. As fontes das obrigações passaram a ser, desse modo, o contrato, o quase contrato, o delito e o quase delito. A gestão de negócios era considerada quase contrato. ►Delito era o ato ilícito doloso, e ►quase delito, o ato ilícito culposo. Hodiernamente, predomina o entendimento de que a lei é a fonte primacial das obrigações. Estas emanam direta e imediatamente da vontade do estado, por intermédio da lei (como a de pagar alimentos aos parentes necessitados, ser eleitor, pagar tributos etc.) ou da vontade humana, por meio dos contratos, das declarações unilaterais da vontade e dos atos ilícitos, dolosos e culposos. Como é a lei que dá eficácia a todos esses fatos, transformando-os em fontes diretas ou imediatas, aquela constitui fonte mediata ou primária das obrigações. É a lei que disciplina os efeitos dos contratos, que obriga o declarante a pagar a recompensa prometida e que impõe ao autor do ato ilícito o dever de ressarcir o prejuízo causado. Há obrigações que, entretanto, resultam diretamente da lei, como a de prestar alimentos (CC, art. 1.694), a de indenizar os danos causados por seus empregados (CC, art. 932, III), a propter rem imposta aos vizinhos etc. Nestes casos ela atua como fonte imediata da obrigação. A lei está, portanto, sempre presente, ora como fonte imediata, ora como fonte mediata das obrigações. 2. A DISCIPLINA DOS ATOS UNILATERAIS NO CÓDIGO CIVIL DE 2002 O novo diploma alterou a denominação do Título, que passou a ser o VII, para “DOS ATOS UNILATERAIS”, mantendo a Promessa de recompensa (arts. 854 a 860) e agregando a ela a Gestão de negócios (arts. 861 a 875) o Pagamento indevido (arts. 876 a 883) e o Enriquecimento sem causa (arts. 884 a 886). Os Títulos ao portador foram deslocados para o Capítulo II (arts. 904 a 909) do Título VIII, dedicado à disciplina dos Títulos de crédito.
Compartilhar