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(VFROD�GH�
1HJyFLRV
0RGHORV�GH�$GPLQLVWUDomR
3URI��'UD��&ULVWLDQH�$OSHUVWHGW
Modelos de Administração
Profª. Dra. Cristiane Alperstedt
Conceitos Introdutórios
Modelos de Administração2 Universidade Anhembi Morumbi
Conceitos Introdutórios 
1. Conceitos Introdutórios
Administração pode ser entendida como o processo de trabalhar com pessoas e recursos 
visando a realização de objetivos organizacionais.
Conceitos relacionados:
	 •	eficácia:	atingir	os	objetivos
	 •	eficiência:	atingir	os	objetivos	com	o	melhor	uso	de	recursos
Organizações viabilizam produtos e serviços para consumo e fazem parte da estrutura social. 
Basta	um	olhar	atento	para	identificar	inúmeras	organizações	à	nossa	volta.
O desempenho organizacional assume papel fundamental e serve de indicador para a 
alta hierarquia, clientes, empregados, fornecedores, acionistas e comunidade em geral.
O desempenho depende de administradores.
Afinal	o	que	é	“administração”?
Para	simplificar,	é	possível	assumir	que	administrar	é	gerenciar	eficientemente	um	
conjunto	de	recursos	orientado	a	algum	fim	cuja	medida	
é	o	desempenho	organizacional.
Objetivo da unidade: Apresentar conceitos introdutórios de Administração
Exemplo
Implementar um projeto bem-
sucedido	(eficácia)	com	uma	
equipe menos despendiosa, com 
insumos menos custosos e em 
menor	tempo,	se	comparado	às	
demais	propostas	(eficiência).
Exemplo
Empresas de todos os portes, 
instituições de ensino, partidos 
políticos,	academias	de	
ginástica,	escolas	de	samba	etc.
Modelos de Administração3 Universidade Anhembi Morumbi
Organização	é	um	sistema	administrado,	projetado	e	operado	para	atingir	determinados	
objetivos.
Sistema significa	um	conjunto	de	partes	interdependentes	que	processa	ou	transforma	
insumos ou recursos gerando resultados que podem ser bens e serviços.
Para refletir
Pense	no	cenário	nacional	ou	internacional	e	identifique	alguns	administradores	de	
destaque. 
Pense	em	Steven	Jobs,	Samuel	Klein,	Luísa	Trajano	e	outros.	É	importante	não	confundir	
um bom administrador com uma pessoa bem-sucedida. Segundo Bateman e Snell 
(2006),	um	indivíduo	pode	ser	bem	sucedido	nos	negócios,	mas	ser	um	administrador	
ruim. 
Um	indivíduo	bem-sucedido	pode	ter	o	mérito	de	ter	empreendido	alguma	obra,	mas	
também	pode	ter	usufruído	de	outros	fatores	para	a	obtenção	de	um	resultado	positivo:	
momento,	conjuntura	estrutural	e	econômica,	sorte,	público	ávido	por	um	produto	ou	
serviço.
E bons administradores não estão representados apenas por destacados Chief 
Executive	Officers	–	CEO	de	grandes	empresas.	Pense	também	em	Joãozinho	Trinta	que	
contribuiu	significativamente	para	os	resultados	da	Beija-Flor	obtidos	seis	vezes	durante	
o	período	em	que	estava	à	frente	da	Escola.	Pense	em	Clint	Eastwood	que	conduz	o	set	
de	filmagem	com	maestria:	trabalha	com	a	mesma	equipe	há	anos	e	há	um	senso	de	
comprometimento com os resultados desejados pelo diretor. 
Exemplo
Um call center tem como 
insumos principais: recursos 
humanos que atuam no 
telemarketing, equipamentos 
especializados, e informações 
prestadas pela empresa 
contratante, essas informações 
são analisadas e organizadas 
e se transformam em scripts, 
gerando prestação de serviço 
aos	usuários	de	uma	linha	do	
tipo 0800.
Modelos de Administração4 Universidade Anhembi Morumbi
O	principal	objetivo	do	Administrador	é	atingir	alto	desempenho	no	que	
concerne aos objetivos organizacionais. Os objetivos podem variar e, 
inclusive, serem combinados:
•	Fornecer	bens	e/ou	serviços	aos	clientes;
•	Realizar	lucros	para	os	proprietários	ou	acionistas;
•	Prover	nível	satisfatório	de	renda	a	seus	empregados;
•	Aumentar	o	nível	de	satisfação	de	todos	os	stakeholders	(beneficiários)	
 envolvidos: clientes, acionistas, sociedade, entre outros.
As	Funções	da	Administração	resumem,	de	certa	forma,	as	capacidades	e	habilidades	
esperadas dos administradores. 
•	Planejar:	especificar	objetivos	e	decidir	ações	para	alcançá-los.	Quando	foi	fundada,	
a	Gol	Linhas	Áereas	estabeleceu	como	objetivo	ser	a	companhia	aérea	que	opera	com	
tarifas mais baratas mantida a qualidade dos serviços. Esse objetivo serviu de base para 
desenvolver	o	planejamento	para	a	empresa	como	um	todo.	O	exercício	de	planejar	
também	pode	ser	empreendido	em	um	segmento,	departamento,	loja,	unidade,	equipe,	
indivíduo,	entre	outros,	com	diferentes	perspectivas	temporais	(curso	prazo,	longo	prazo).	
•	Organizar:	coordenar	recursos	humanos,	financeiros,	informacionais,	físicos,	logísticos,	
entre	outros,	para	o	alcance	de	metas	e	objetivos;	Para	conceber	novos	espetáculos	a	
companhia	canadense	Cirque	du	Soleil	busca	atrair	e	selecionar	pessoas,	especificando	
resultados	e	responsabilidades,	alocando	recursos	humanos	e	financeiros	e	criando	
condições de obtenção de resultados otimizados em sua sede em Montreal. 
Modelos de Administração5 Universidade Anhembi Morumbi
•		Dirigir	ou	liderar:	dar direção, estimular, motivar e mobilizar pessoas para alcançarem 
melhor	desempenho.		O	exercício	da	liderança	ou	direção	pode	ser	percebido	em	vários	
níveis	organizacionais.	 
Nem	todo	chefe	é	líder.	O	exercício	da	liderança	não	é	encontrado,	necessariamente,	no	
exercício	de	um	cargo.	Liderança	não	corresponde	à	autoridade	burocrática.	Liderança	
é	um	reconhecimento	espontâneo	de	um	conhecimento	superior	ou	estilo	gerencial	
admirável	resultando	em	autoridade	legitimada. 
Homem	de	fala	mansa	e	discretíssimo,	Nildemar	Seches,	presidente	do	conselho	
administrativo da Perdigão, antes de assumir o cargo em 2007 respondeu pela diretoria 
executiva	da	Perdigão	por	12	anos,	posição	que	assumiu	em	decorrência	do	processo	
de	profissionalização	que	afastou	a	família	fundadora	da	empresa	em	um	momento	
complicado.	Durante	esse	período	a	empresa	obteve	resultados	extraordinários:	
crescimento	médio	anual	de	24%	em	receitas	e	13%	em	volumes,	o	número	de	
funcionários	saltou	de	12	mil	para	40	mil	e	o	valor	de	mercado	da	empresa	cresceu	
em	média	28%	ao	ano.	Secches	não	escondia	seu	interesse	em	ampliar	a	capacidade	
exportadora. Em 2009, a empresa, após um processo de fusão com a Sadia, torna-
se a maior produtora e exportadora mundial de carnes processadas e terceira maior 
exportadora brasileira.
•		Controlar:	monitorar	o	processo	e	fazer	ajustes	sempre	que	necessário.	É	necessário	
definir	padrões	de	desempenho,	fornecer	feedback sobre o desempenho de pessoas 
e	áreas	ou	unidades	de	negócio	e	executar	ações	rápidas	para	corrigir	problemas	
sempre que os padrões de desempenho não forem atingidos. Orçamento, sistemas 
de informações, por exemplo, constituem ferramentas de controle. O mundo atual, 
extremamente	dinâmico	e	cada	vez	mais	competitivo,	exige	um	monitoramento	com	um	
nível	de	constância	e	atenção	ainda	superiores.	A	compra	de	qualquer	empresa	por	
outra,	ou	por	um	grupo,	é	precedida,	via	de	regra,	de	um	rigoroso	processo,	intitulado	no	
jargão corporativo por due dilligence, que possibilita uma avaliação integral e profunda 
Modelos de Administração6 Universidade Anhembi Morumbi
pelo comprador das contas da empresa interessada na venda. O YouTube, quando foi 
comprado pela Google, em 2006, passou por um processo semelhante.
Afinal,	para	ser	um	bom	administrador	é	preciso	desempenhar	todas	as	funções?
Sim,	todas	as	funções	são	importantes	e	é	importante	cumpri-las	adequadamente,	
por outro lado, o grau de habilidade de um gestor em cada uma das funções varia 
muito. Uma habilidade maior em uma função pode compensar uma habilidade 
menor	em	outra.	Além	disso,	algumas	funções	são	mais	exigidas	em	níveis	
organizacionais	específicos.
	É	esperado	de	executivos	de	alto	escalão,	por	exemplo,	o	amplo	
domínio	da	função	planejamento	e	direção.
São	três	os	níveis	decisórios	emqualquer	organização	que	podem	ser	representados	em	uma	
pirâmide	organizacional,	conforme	figura	a	seguir.
•	Nível	estratégico: envolve a alta hierarquia e questões de 
			longo	prazo,	ênfase	em	sobrevivência	e	crescimento;	
 
•	Nível	tático: traduz os objetivos gerais dos administradores 
			estratégicos	em	objetivos	e/ou	atividades	mais	específicas;
•	Nível	operacional: supervisionam atividades operacionais, 
 diretamente envolvidos com pessoal não administrativo.
Pirâmide	organizacional
Modelos de Administração7 Universidade Anhembi Morumbi
Esses	níveis	são	muito	claros	em	empresas	de	grande	porte.	Em	pequenas	e	médias	
empresas	os	níveis	frequentemente	se	sobrepõem	e	o	mesmo	administrador	acumula	funções	
e	atua	nos	níveis	estratégico,	tático	e	operacional.
Comumente,	a	primeira	experiência	profissional	de	um	administrador	é	no	nível	operacional.
O conceito de competência	é	considerado	novo	e	ainda	em	processo	de	construção.	
Há	interpretações	ligeiramente	diferentes	entre	estudiosos	americanos	e	franceses	e,	
em	decorrência,	conceitos	e	classificações	com	algumas	distinções.	De	toda	forma,	
competências	gerenciais	podem	ser	genericamente	compostas,	como	é	apresentado	a	seguir,	
e	seu	domínio	é	fundamental	para	o	alcance	do	objetivo	do	administrador:
•	Conhecimentos: saber,	dominar	conhecimentos	conceituais	e	técnicos.
•	Habilidades: saber fazer
	 •	Técnicas:	aplicando	esses	conhecimentos	conceituais	e	técnicos;
	 •	Humanas	e	interpessoais	evidenciando	isso	no	exercício	de	lidar	e	liderar	pessoas;
	 •	Conceituais	e	decisórias:	compreendendo	a	complexidade	organizacional	e	 
 decidindo acertadamente. 
•	Atitudes: saber ser, modo como são vistos, interpretados e avaliados, situações, pessoas, 
propostas,	objetivos	e	fatos.	Está	intrinsecamente	ligado	à	postura	do	administrador	no	
ambiente organizacional. 
Algumas	destas	competências	já	farão	parte	do	perfil	do	indivíduo,	outras	podem	ser	
incorporadas.	Em	síntese,	é	importante	ter	em	mente	que	as	competências	gerenciais	podem	
ser	adquiridas	ou	aprimoradas	por	meio	de	experiência	e	estudo.
Modelos de Administração8 Universidade Anhembi Morumbi
Para refletir
Afinal,	é	mais	adequada	uma	formação	especialista	ou	generalista?
A	especialização	permite	um	aprofundamento	técnico,	normalmente,	
desacompanhado de responsabilidade gerencial. À medida que se evolui na carreira, 
é	natural	que	as	responsabilidades	gerenciais	aumentem,	pois	você	passará	a	liderar	
uma	equipe	e	necessitará	de	uma	visão	mais	clara	da	complexidade	organizacional	
de modo a tomar decisões mais acertadas em situações relevantes. 
Você	pode,	por	exemplo,	dedicar-se	mais	a	fundo	a	área	de	logística	ou	marketing	
e	colocar-se	no	mercado	de	trabalho	ou	em	uma	empresa	em	uma	destas	áreas.	
Porém,	à	medida	que	você	se	destaca	em	seu	trabalho,	você	pode	assumir	a	chefia	
de	uma	equipe	ou	de	uma	unidade	de	negócio	de	uma	dessas	áreas	e	necessitará	de	
competências	gerenciais	ampliadas.
Por	esse	motivo	é	importante	ter	uma	formação	híbrida,	ou	seja,	escolher	alguma	
especialização e aprender conceitos administrativos, de modo a ter a profundidade e 
a	amplitude	necessárias	que	lhe	garantam	melhor	desempenho.
Todos	os	anos	a	Revista	Exame Melhores e Maiores publica um volume em que apura 
os melhores resultados por setor. A publicação versa sobre os resultados obtidos no 
ano anterior e tem sido publicada sempre em meados do ano. No quadro a seguir são 
apresentadas as empresas que se destacaram, bem como os fatores que conduziram a 
esses resultados.
A leitura anual da Revista	é	recomendável	e	permite	a	compreensão	do	contexto	social,	
econômico,	político	e	gerencial	que	permitiu	e	alavancou	esses	resultados.
Modelos de Administração9 Universidade Anhembi Morumbi
MELHORES	E	MAIORES	DE	2008
Setor
Atacado
Autoindústria
Bens de Capital
Bens de Consumo
Eletroeletrônico
Energia
Farmacêutico
Indústria	da	Construção
Indústria	Digital
Mineração
Papel
Quimica	e	Petroquímica
Serviços
Empresa
BR	Distribuidora
Suspensys
Atlas Schindler
Natura
Prysmian
AES	Tietê
Roche
Engevix
UOL
CBMM
Santher
Fosféril
Visanet
Por	que	ganhou?
Depois	de	reformular	sua	estrutura,	a	empresa	colecionou	ótimos	resultados	em	2008,	enquanto	várias	concorrentes	
passaram por apuros.
Fornecedora	de	eixos	e	suspensões	para	as	montadoras	mantém	uma	das	taxas	mais	altas	de	evolução	de	receita	da	
autoindústria.
Impulsionada	pelo	crescimento	da	construção	civil,	a	Atlas	lucrou	quase	30%	mais	do	que	em	2007.
Depois de uma grande reestruturação, a Natura cresceu e faturou mais de 2 bilhões de dólares em 2008.
A produção em alta de petróleo e as vendas recordes de automóveis impulsionaram os lucros da Prysmian.
A	venda	de	energia	a	uma	empresa	coligada	impulsiona	os	resultados	da	AES	Tietê.
A	Roche	muda	o	foco	e	prospera	com	a	venda	de	medicamentos	para	o	tratamento	de	doenças	graves,	como	câncer	e	
hepatite
Os	contratos	com	a	Petrobras	fizeram	a	receita	da	Engevix	aumentar	dez	vezes	nos	últimos	anos.	Agora,	a	construtora	
quer outros clientes.
O	portal	de	notícias	mais	visitado	do	país	busca	transformar	essa	visibilidade	em	mais	receita.
A	mineradora	surfou	como	poucos	a	onda	da	globalização.	Com	a	crise,	a	esperança	é	que	os	chineses	a	ajudem	a	
retomar o brilho.
Por quase dez anos, a empresa operou no vermelho ou com baixos lucros. Mas uma bem-sucedida reestruturação mudou 
sua história.
A empresa superou os altos e baixos do agronegócio em 2008 e se preparou para dobrar a capacidade de produção.
A	líder	no	mercado	de	cartões	fez	o	maior	IPO	da	história	da	Bovespa	e	se	prepara	para	o	aumento	da	competição	no	
setor.
Modelos de Administração10 Universidade Anhembi Morumbi
Fonte:	http://portalexame.abril.com.br/economia/natura-empresa-ano-melhores-maiores-482408.html	
Setor
Siderurgia e
Metalurgia
Telecomunicações
Têxteis
Transporte
Varejo
Empresa
CSN
Telefônica
Beira	Rio
Localiza
B2W
Por	que	ganhou?
Mesmo	com	a	queda	da	demanda	por	aço,	a	CSN	mantém	os	projetos	para	diversificar	os	negócios.
Para	vencer	a	concorrência,	a	Telefônica	ampliou	a	oferta	de	serviços.	Agora,	terá	de	dar	um	salto	para	melhorar	a	
qualidade.
A	Beira	Rio	desiste	de	concorrer	com	os	chineses	no	exterior,	investe	no	mercado	interno	e	colhe	resultados	acima	da	
média.
A	empresa	mineira	Localiza	mantém	a	liderança	e	consegue	um	resultado	acima	da	média.
Com	pouco	mais	de	dois	anos	de	vida,	a	B2W	domina	quase	metade	do	comércio	eletrônico	e	supera	sua	“empresa-
mãe”
Modelos de Administração11 Universidade Anhembi Morumbi
Para exercitar e refletir...
Hierarquizar os comportamentos de um administrador arrolados abaixo em grau de 
importância:	atribuir	“1”	para	comportamento	mais	importante,	“2”	para	o	segundo	
mais	importante,	e	assim	por	diante,	até	“10”,	que	constituirá,	na	sua	visão,	o	menos	
importante).	É	importante	justificar	suas	escolhas.
(		)	comunica	e	interpreta	as	políticas	e	estratégias	e	repassa	a	sua	equipe
(		)	toma	decisões	de	maneira	rápida	e	objetiva
(		)	designa	subordinados	para	tarefas	que	eles	estão	melhor	preparados
(		)	encoraja	subordinados	promovendo	uma	competição	saudável	entre	eles
(		)	busca	meios	para	melhorar	as	habilidades	e	competências	
(		)	encoraja	os	colegas	a	apresentar	ideias	e	planos
(		)	assessora	e	implementa	as	políticas	da	empresa
(		)	participa	de	atividades	sociais	ou	comunitárias
(		)	é	asseado	e	tem	boa	aparência
(		)	é	honesto	e	ético	nos	assuntos	relativos	à	propriedade	da	empresa
Modelos de Administração12 Universidade Anhembi Morumbi
Comentário	do	exercício:
Você	deve	ter	encontrado	situações	de	empate	ou	mesmo	dificuldade	em	hierarquizar	
algumas	alternativas.	O	fato	é	que	não	importa	a	ordemhierárquica	estabelecida,	todos	
os	comportamentos	são	desejáveis,	o	que	pode	variar	são	os	objetivos	situacionais	da	
organização	ou	até	mesmo	o	estágio	de	ciclo	de	vida	organizacional	e	isso,	naturalmente,	
apresentar implicações nos comportamentos mais desejados pelo administrador.
Modelos de Administração2 Universidade Anhembi Morumbi
Introdução à Administração Científica e à Teoria Clássica
1. Evolução do pensamento administrativo
Embora todos os livros de história do pensamento administrativo ressaltem que a Administração 
tem início com a Administração Científica, ou seja, com os estudos de tempos e movimentos 
de Frederick Winston Taylor, a humanidade não se desenvolveu em um “vácuo administrativo”. 
Várias práticas e conceitos já haviam sido implementados por povos e civilizações antigas. 
Os exemplos abaixo evidenciam isso.
 
• Suméria: 5000 a.C.: Região da antiga Mesopotâmia, território atualmente ocupado pelo 
Iraque e Kwait (Oriente Médio). Os sacerdotes exerciam a função de 
organização, administrando bens e valores: rebanhos, propriedades 
rurais e rendas, e posteriormente prestavam contas ao sumo sacerdote 
colocando em prática a função controle.
• Egito: 2550 a.C.: A construção das pirâmides envolveu planejamento, 
organização, direção/liderança e controle. 
Objetivos da unidade: 
 • Contextualizar os primórdios da Administração
 • Discutir os princípios da Administração Científica e da Abordagem Clássica
 • Traçar paralelos com a realidade organizacional atual
Modelos de Administração3 Universidade Anhembi Morumbi
Para refletir
Testando...
Quais são os nomes das três 
pirâmides do Egito? 
 ( ) Queóps
 ( ) Chichén-Itza
 ( ) Quéfren
 ( ) Miquerinos
 ( ) Pirâmides do Louvre
Procure relacionar cada uma das funções da Administração com as diferentes 
atividades que envolveram a construção das pirâmides do Egito. Certamente foi 
necessário um planejamento prévio que definiu o tamanho e a localização das 
pirâmides, bem como o número de homens envolvidos na logística de construção. 
Também foi necessária uma organização de recursos, em especial dos homens 
envolvidos, implicando definição de equipes, hierarquia e expectativas de 
resultado, inclusive temporais. 
A direção também pode ser identificada na construção das pirâmides, pois 
foi necessário estimular a equipe e dirigi-los ao longo da execução da tarefa. 
Igualmente foi necessário controlar os resultados das equipes de modo que as 
diferentes tarefas estivessem alinhadas e que as entregas prometidas fossem de 
fato cumpridas. 
Ao refletir sobre essas questões, que podem ser projetadas em várias outras 
situações, como por exemplo, o sítio arqueológico de Carnac (4000 a.C.) na 
Bretanha (França), Muralha da China (205 a.C.), ou mais recentemente as 
estátuas Moais (1300 d.C.) na Ilha da Páscoa (Chile), entre outros exemplos, 
percebe-se que as funções se misturam e se sobrepõem muitas vezes e isso 
é inerente ao exercício da Administração. Por isso é importante perseguir 
constantemente uma clareza na definição da responsabilidade das funções 
administrativas.
Modelos de Administração4 Universidade Anhembi Morumbi
• Babilônia: 2000 a 1700 a.C.: no reinado de Hamurabi foi criado o código homônimo 
(Código de Hamurabi) cujo teor revela o desejo de colocar em prática as funções 
administrativas. O código, atualmente em exposição no Museu do Louvre em Paris, define 
uma série de questões, como, por exemplo, que a sociedade se divide hierarquicamente 
em três grupos: homens livres, subalternos e escravos e que os salários variam segundo 
a natureza do trabalho realizado. As funções “organização” e “controle” são claramente 
identificadas na leitura do código.
 
• China: 1100 a.C : Constituição de Chou é um catálogo de todos os servidores civis 
do Imperador, desde o primeiro-ministro até os criados domésticos. Descreve poderes, 
atribuições e responsabilidades de cada um, evidenciando o conceito de organização e 
controle. 
• China: 500 a.C.: a A arte da guerra, de Sun Tzu, é considerado o mais antigo tratado 
militar do mundo e, ainda assim, apesar das mudanças tecnológicas, é bastante atual. A 
leitura da obra evidencia claramente as funções de planejamento, organização, direção e 
controle.
 
• Grécia: 400 a.C.: desenvolveu o governo democrático definindo as regras e 
regulamentos que permitissem seu funcionamento. 
• Roma: 27 a.C. a 476 d.C. : a expansão do Império Romano foi possível em razão de 
uma estrutura governamental e militar de grandes proporções que funcionou durante muitos 
anos. O Imperador Diocleciano (284 d.C) dividiu o império em províncias agrupadas 
em dioceses, delegando autoridade para a administração civil, porém o controle militar 
permaneceu centralizado garantindo a manutenção de poder.
Modelos de Administração5 Universidade Anhembi Morumbi
Nos anos posteriores, várias outras contribuições foram responsáveis pelo fortalecimento 
das funções e perspectivas administrativa e organizacional. As organizações militares dos 
Impérios Romano, Grego e Macedônico retratadas em grandes produções cinematográficas, 
respectivamente, Gladiador, de Ridley Scott, A Odisséia, de Francis Ford Copolla, e 
Alexandre, de Oliver Stone, marcaram fortemente as funções de planejamento, organização, 
direção e controle. O mesmo se pode afirmar a respeito da Igreja Católica e sua estrutura 
hierárquica e capilar, sobretudo no mundo ocidental.
Também o período medieval é célebre por evidenciar a organização inerente ao sistema 
feudal e o controle exercido pelos ofícios, espécie de sindicatos, que regulavam horas 
de trabalho, salários, número de aprendizes, territórios de vendas, entre outros. É 
neste período (séc. XV) que Nicolau Maquiavel escreve O Príncipe. A frase comumente 
atribuída à Maquiavel “Os fins justificam os meios” não é encontrada ipsis litteris em sua 
obra, entretanto, resume o que se depreende do livro. Maquiavel afirmou que os fins 
determinam os meios. Em outras palavras, descreveu com riqueza a função administrativa 
“planejamento”, ao esclarecer que é a partir de um objetivo que deverão ser traçados os 
planos para atingi-los.
 
2. O Surgimento da Administração Científica 
O contexto histórico da Revolução Industrial marca o surgimento da Administração Cientí-
fica. A Revolução Industrial teve início na Grã-Bretanha, em 1760, e teve implicações muito 
fortes na economia e na sociedade ao longo dos anos que se seguiram. Alguns estudiosos 
dividem esse período em três grandes fases e assumem que a terceira fase ainda está em 
progresso:
• 1ª fase (1760-1850) – A Inglaterra explora de maneira crescente a energia do 
carvão que, por sua vez, dá origem ao motor a vapor impulsionando a produção e 
exportação de produtos industrializados e a importação de matérias-primas;
Máquina a vapor
Modelos de Administração6 Universidade Anhembi Morumbi
Para refletir
• 2ª fase (1850-1900) – Ocorre a difusão dos princípios da industrialização na Eu-
ropa, Japão e Estados Unidos, com expansão do uso de energia elétrica, petróleo e a 
substituição do ferro pelo aço;
• 3ª fase (1900 até os dias atuais) – Surgimento de grandes complexos industriais, 
multinacionais, automação da produção, robótica, tecnologia, biotecnologia, química 
fina, globalização e internacionalização dos mercados.
 
Linha de produção da Ford
A Revolução Industrial marcou a evolução da economia de base artesanal para a economia 
produtiva e mecanizada, modificou a rede de transportes e de comunicação com o 
surgimento da máquina a vapor, das locomotivas e do telégrafo. Na sequência, ganharam 
corpo as usinas siderúrgicas e a indústria automobilística. 
Segundo Ferreira et al (2002), as usinas siderúrgicas tornaram-se responsáveis pela 
contratação de cercade 9 mil empregados. Para se ter uma ideia do crescimento 
exponencial da indústria automobilística, a Ford, em sua planta em Highland Park (Illinois), 
contava com 13 mil empregados em 1914, 33 mil dois anos depois, e 42 mil em 1924. A 
planta da Ford em River Rouge (Michigan), no mesmo ano de 1924, contabilizava 70 mil 
empregados sendo considerada a maior fábrica do mundo. 
Para efeito de comparação com a operação atual da Ford no Brasil, as unidades de 
Camaçari (BA), Taubaté (SP) e São Bernardo do Campo (SP) empregavam, no início 
de 2009, cerca de 10 mil empregados. Evidentemente, considerar, necessariamente, 
a evolução tecnológica e de automação, de toda forma, fornece uma ideia de porte 
daquelas plantas.
Modelos de Administração7 Universidade Anhembi Morumbi
Essa escala de operações exigiu desenvolvimento de métodos novos de Administração. 
Várias pessoas contribuíram nessa direção, com destaque para Frederick Winslow Taylor e 
Henry Ford.
Taylor lançou, em 1911, a obra Princípios de Administração Científica. Era engenheiro e 
foi um dos primeiros a exercer o serviço de prestação de consultoria para empresas. Taylor 
trabalhou para uma empresa fabricante de bombas hidráulicas, sendo depois admitido na 
Midvale Steel, uma empresa siderúrgica. Trabalhou também em uma empresa de papel e em 
outra empresa siderúrgica, a Bethlehem Steel (MAXIMIANO, 2006).
A experiência de Taylor lhe permitiu observar e desenvolver grande parte dos princípios de 
Administração Científica:
• Racionalização do trabalho
- Despender menos energia para obter o mesmo resultado do trabalho tornando-o mais 
eficiente.
• Divisão do trabalho
- Divisão de etapas e tarefas específicas da produção, contribuindo para a 
racionalização do trabalho e aumento da produtividade. Por exemplo, um único 
homem era capaz de produzir um sapato; ele modelava, cortava o couro, costurava 
e dava o acabamento no sapato. A especialização do trabalho permitiu que 
diferentes indivíduos se dedicassem a cada uma dessas atividades, considerando suas 
habilidades, aptidões e treinamento na função, resultando em eficiência da produção. 
• Tempos e movimentos
- Provavelmente constituiu a primeira abordagem científica do trabalho. Taylor investigou 
as atividades dos operários, eliminando os movimentos inúteis e tornando mais 
Frederick Winslow Taylor
Saiba mais
Acesse:
YouTube http://www.youtube.
com/watch?v=F6sGwgkneuU
YouTube para o filme Tempos 
Modernos: http://www.youtube.
com/watch?v=8-UiCnxARJY
YouTube apanhado das 
teorias taylorista e fordista 
e representação de Tempos 
Modernos 
http://www.youtube.com/
watch?v=XFXg7nEa7vQ
Modelos de Administração8 Universidade Anhembi Morumbi
simples e rápidas suas funções, definindo um tempo médio para a realização de 
cada tarefa com qualidade diminuiu o tempo de produção alcançando um resultado 
eficiente de maneira eficaz.
• Enfoque mecanicista do ser humano
- Ao serem fragmentadas as tarefas desempenhadas pelos indivíduos, o homem pode 
ser visto como parte integrante de uma engrenagem, não sendo considerada a sua 
condição humana.
• Homo economicus
- Esse conceito tem origem no fato de Taylor julgar que as recompensas e sanções 
financeiras eram as mais significativas para o trabalhador.
• Abordagem fechada
- A Administração Científica não faz referência ao ambiente da empresa. Em outras 
palavras, a organização é vista de forma fechada, desvinculada de seu mercado.
• Superespecialização do empregado
- O operário executa tarefas repetitivas e monótonas, conduzindo-o à alienação, 
retratado em Tempos Modernos (1936), de Charlie Chaplin.
• Exploração dos empregados
- A falta de consideração do aspecto humano dos operários, reforçada pela falta, na 
época, de legislação trabalhista digna, legitima a exploração da mão de obra em 
prol de interesses patronais.
Charlie Chaplin em Tempos 
Modernos (1936)
Henry Ford
Modelos de Administração9 Universidade Anhembi Morumbi
3. Outros autores que contribuíram com a Administração Científica
Taylor é considerado o “Pai da Administração Científica”, mas outras personalidades 
contribuíram muito para a consolidação da abordagem científica. Henry Ford foi uma dessas 
personalidades. Ford não era engenheiro, nem economista. Era um empresário com visão 
bem pragmática.
Ford afirmava que o operário adaptava seus movimentos à velocidade da esteira rolante, 
adaptando-se à velocidade e, por conseguinte, a um nível de produção predeterminado. 
Ford se preocupava com a economia de material e tempo, perspectiva diferente de Taylor 
que se preocupava com a economia do trabalho humano. 
As principais contribuições de Ford para a Administração Científica foram os seguintes 
conceitos:
• Integração vertical e horizontal
- Conceitos adotados até hoje. Integração vertical significa produção integrada, 
envolvendo desde a matéria-prima até o produto final acabado. As esteiras rolantes 
constituem uma representação da operacionalização da integração vertical. A 
integração horizontal se materializa, por exemplo, na criação e estabelecimento de 
uma rede de distribuição de automóveis.
• Padronização 
- Conceito operacionalizado por meio da linha de montagem, conceito diferente do 
praticado comumente. Os operários não se locomoviam até o produto em produção 
(carro), os produtos (carros) é que se moviam na linha de montagem até o posto de 
trabalho do operário. A introdução de maquinário ao longo da linha de montagem 
também colaborou com o coneito de padronização garantindo um maior nível de 
uniformidade nos produtos.
• Redução de estoques e aceleração da produção 
- Com a introdução da linha de montagem, Ford conseguiu reduzir o ciclo de 
produção cerca de 10 vezes, o que, por sua vez, permitiu a redução de estoques e 
a necessidade de investimento imobilizado em produtos. Essas condições permitiram 
Modelos de Administração10 Universidade Anhembi Morumbi
a prática de preços mais competitivos, tornando os carros acessíveis a um maior 
número de pessoas.
• Produção em massa
- Ou produção em série, tornada possível com a organização eficiente do trabalho que 
consistia na divisão do produto em partes, bem como na fragmentação do processo 
em etapas.
• Elevação da produtividade
- O aumento da intensidade de produção tornou possível obter economia máxima de 
material e de tempo. O automóvel era fabricado em 84 minutos e vendido antes do 
pagamento dos salários e dos insumos nele utilizadas.
Para refletir
Tornou-se histórica a frase de que o consumidor poderia pedir qualquer carro Ford, 
desde que fosse um Thunderbird preto (modelo T) conhecido como “Ford Bigode”. 
A frase refletia as características da linha de produção que não oferecia muita 
flexibilidade, não permitindo um número maior de opções aos consumidores.
Muito tempo se passou e a linha de montagem das indústrias automobilísticas 
incorporou o conceito de flexibilidade que varia conforme a planta. A fábrica da GM 
em São Caetano do Sul é considerada uma das mais flexíveis do mundo, produzindo 
na mesma linha de montagem diferentes modelos de automóveis e uma cartela de 
cores ampliada. 
Por outro lado, o Tucson da Hyundai fabricado no Brasil desde 2005 e sucesso de 
vendas atribuído ao preço competitivo na categoria, conta com apenas duas opções de 
cores disponíveis: bege e preto. 
Modelos de Administração11 Universidade Anhembi Morumbi
Para refletir
Mais recentemente, o mundo foi envolvido em uma grave crise financeira cuja origem 
reside na concessão indiscriminada de crédito imobiliário nos Estados Unidos que 
envolveu vários bancos em operações financeiras para refinanciamento do crédito 
culminando com o estouro da bolha. De maneira simplificada, o que aconteceu 
se assemelha ao conceito de correntede lucros ou pirâmide financeira. Essa crise 
comprometeu profundamente a indústria automobilística americana, cuja trajetória 
pode ser visualizada no link a seguir.
http://veja.abril.com.br/cronologia/industria-automobilistica/index.swf 
Afinal, os conceitos de Ford eram diferentes dos conceitos de Taylor?
Não. Os conceitos se integraram e embora Taylor seja considerado o principal 
representante da Administração Científica, Ford exerceu um papel preponderante 
em um conjunto de perspectivas gerenciais válidas até hoje. Analogamente pode-se 
afirmar que Taylor abriu um caminho e Ford o percorreu com maestria.
Curiosidade
Você sabia que Ford remunerava 
seu pessoal com elevado 
salários e se preocupava 
com problemas que eles, 
eventualmente, apresentavam?
Por esse motivo é considerado 
como o precursor da Escola de 
Relações Humanas.
O casal Frank e Lilian Gilbreth também contribuiu com a Administração Científica ao prover 
conceitos de redução do desperdício e sobre a fadiga do trabalho.
Frank Gilbreth propôs a eliminação dos desperdícios como forma de aumentar a 
produtividade. Os desperdícios relacionam-se, sobretudo, ao estudo dos movimentos. 
Casal Frank e Lilian Gilbreth
Modelos de Administração12 Universidade Anhembi Morumbi
O trabalho de Gilbreth colaborou com o trabalho de Taylor que se dedicou, sobretudo, à 
questão dos tempos. 
Lilian Gilbreth, oriunda da área de Letras, voltou-se para a Psicologia desenvolvendo tese 
intitulada “The Psychology of Management”, contribuindo com os estudos do marido e 
dedicando-se à redução da fadiga desnecessária, caracterizando um dos primeiros estudos 
acerca da condição humana na indústria detalhado na obra Estudo da Fadiga, de 1916.
Henry Gantt também contribuiu com a Administração Científica, sobretudo com a criação do 
Gráfico de Gantt que permite determinar com eficiência a operacionalização das atividades, 
tempo de execução, custos e metas. O gráfico permite controlar o desempenho em relação 
ao planejado, relacionando-o com o tempo e outros insumos previstos. Os pressupostos 
do gráfico evidenciam as principais preocupações de Gantt: planejamento, tempo, custo e 
controle.
O gráfico de Gantt serviu de base para técnicas modernas de Planejamento e Controle de 
Produção – PCP.
Curiosidade
Você sabia que Elton Mayo 
desenvolveu essa perspectiva 
dando origem, posteriormente, 
à Escola de Relações Humanas? 
Exemplo: Para construir 
uma parede de tijolos os 
trabalhadores se abaixavam 
para apanhá-los. Ao propor a 
introdução de uma mesa para 
apoiar os tijolos mantendo-
os da altura dos operários, a 
fadiga dos empregados diminuiu 
e a produtividade aumentou..
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Exemplos de Gráficos de GanttCuriosidade
Você sabia que...
• Joseph Wharton era um dos grandes 
acionistas da Bethlehem Steel e foi ele 
quem contratou Taylor para trabalhar na 
empresa? E foi Wharton quem fundou em 
1881 a primeira escola de Administração 
intitulada “Wharton School” pertencente 
à University of Pensylvania e até hoje uma 
das instituições com maior destaque no 
ensino de Administração? 
 
• Taylor era quaker, religião derivada 
do protestantismo que rejeita 
qualquer organização clerical e prega 
recolhimento, pureza moral , pacifismo, 
solidariedade e filantropia.
- Os quakers emigraram da Inglaterra 
para os Estados Unidos, fixando-se, 
sobretudo, na Pensilvânia, cidade 
natal de Taylor.
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Para refletirCuriosidade
Você sabia que...
• Henry Gantt foi assistente de Taylor 
na Bethlehem Steel?
• Taylor foi chamado a depor no 
Congresso para explicar porque um 
aumento de 300% na eficiência de 
um pedreiro correspondeu a aumento 
salarial de apenas 30%? 
• Taylor contra-argumentou que o 
dispêndio de energia do pedreiro 
passou a corresponder a 33% da 
energia despendida anteriormente. 
O veredicto proibiu o uso de 
cronômetros e incentivos financeiros.
• Na década de 30 foi fundado em 
São Paulo o Instituto de Organização 
Racional do Trabalho – IDORT 
motivado pelas ideias de Taylor? E o 
IDORT atua até hoje?
Alguns aspectos da Administração Científica são passíveis de reflexão e crítica. Por 
exemplo, a mecanização proposta por Taylor não considerava o aspecto humano e 
desestimulava a iniciativa pessoal. Também o estudo dos tempos e movimentos levado 
à última instância conduz ao esgotamento físico do operário. Outro ponto crítico 
consiste na visão estreita de que aspectos relacionados à motivação circunscrevem-se a 
incentivos salariais.
De toda forma, Taylor contribuiu enormemente para o desenvolvimento da ciência 
administrativa e a grande maioria dos seus conceitos ainda é válida atualmente. Depois 
da Administração Científica, outras abordagens e teorias se seguiram, agregando novas 
perspectivas aos estudos da Administração e garantindo seu desenvolvimento.
Georges Seurat, pintor francês, é um dos fundadores do movimento neo-impressionista 
no final do século XIX. Outra pintora relevante desse movimento foi Camille Pissarro.
Os neo-impressionistas compunham um grupo distinto dos impressionistas que evocam 
impressões da luz do sol, cores e sombras. Pierre August Renoir e Paul Cezanne são 
grandes expoentes do impressionismo. Os neo-impressionistas caracterizavam-se por 
serem menos preocupados em pintar espontaneamente e mais preocupados com a 
preparação e aspectos técnicos de formas e design. 
De alguma forma, a Revolução Industrial, e seus 
aspectos de repetição dos movimentos e mecanização 
da produção, influenciaram os neo-impressionistas. 
Georges Seurat foi pioneiro do pontilhismo, técnica de 
pintura a partir de diversos e repetidos pontos de tinta 
na tela. 
Para refletir
O banho em Asière 
de Georges Seurat – 1885
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4. A Teoria Clássica
Henri Fayol, engenheiro francês, lançou a obra Administration Industrielle et Générale 
em 1916 que serviu de base ao que intitulou-se Teoria Clássica da Administração. Taylor 
publicou, nos Estados Unidos, Princípios de Administração Científica, em 1911, tendo como 
foco de estudo e análise a produção. Faiol, na Europa, estava alinhado com o pensamento 
de Taylor, porém com foco na gestão, sobretudo, com a alta administração.
Atualmente, com a globalização, as informações percorrem longas distâncias em segundos 
e um fato isolado imediatamente se torna de domínio mundial. Naquela época, porém, essa 
troca de informações não ocorria com facilidade. Ainda assim os europeus tiveram acesso 
aos princípios de Administração Científica, já os americanos apenas conheceram a obra de 
Fayol em 1949.
Fayol definiu alguns princípios básicos que combinados aos conceitos de Administração 
Científica constituem as bases da Teoria Clássica: 
• Divisão do trabalho: especialização das funções ao longo de toda a estrutura 
organizacional, desde a alta hierarquia até os operários, favorecendo a eficiência e 
aumentando a produtividade;
• Autoridade e responsabilidade: autoridade é o direito de um superior de dar ordens 
e, conceitualmente, ser obedecido. Responsabilidade, por sua vez, é a contrapartida 
da autoridade; 
• Unidade de comando: um empregado deve receber ordens de apenas um superior;
• Unidade de direção: definição de um plano único para um grupo de atividades com 
objetivos comuns; 
• Disciplina: normas de conduta e trabalho válidas para todos indistintamente; 
• Prevalência dos interesses gerais: em detrimento aos interesses individuais; 
• Remuneração: suficiente para garantir a satisfação dos funcionários;
Henri Fayol
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• Centralização: atividades essenciais na organização devemser centralizadas;
• Hierarquia: seguindo a cadeia de comando e respeitando a estrutura hierárquica 
estabelecida;
• Ordem: uma posição para cada indivíduo e cada indivíduo em sua posição; 
• Equidade: a justiça deve prevalecer na organização garantindo direitos iguais;
• Princípio da estabilidade dos funcionários: a rotatividade deve ser evitada uma vez 
que tem consequências negativas sobre o moral dos trabalhadores;
• Princípio da iniciativa: capacidade de conceber um plano ou ideia e cumpri-la 
efetivamente;
• Princípio do espírito de equipe: capacidade de trabalho conjunto, consciência de 
equipe e de classe.
Fayol definiu como funções da Administração:
• Planejar: estabelecer objetivos e a forma de alcançá-los;
• Organizar: os recursos da empresa (humanos, financeiros e materiais) alocando-os da 
melhor forma
• Coordenar: atitudes e esforços de toda a organização, incluindo departamento e 
pessoas; 
• Comandar: fazer com que os subordinados executem o que deve ser feito
• Controlar definir padrões e medidas de desempenho de modo a corrigir eventuais 
desvios. 
Afinal, são cinco as funções da Administração? 
As cinco funções da Administração definidas por Fayol transformaram-se em quatro 
ao longo do tempo já que “comandar” e “coordenar” se fundiram, assumindo a 
função atualmente denominada “dirigir”, também 
denominada por alguns autores de “liderar”.
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Para exercitar e refletir...
Complete os espaços com as interrogações utilizando as opções abaixo:
• Frederick W. Taylor
• Henri Fayol
• Gerência Administrativa
• Adoção de métodos racionais e padronizados
 - Máxima divisão de tarefas 
• Produção
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Escola de Relações Humanas e Teoria Comportamentalista
1. Contexto histórico em que emergiu a Escola de Relações Humanas
O mundo vivenciava a crise econômica de 1929, chamado de “crash da Bolsa”, considerado 
um dos maiores choques que a economia mundial já atravessou. Naquele ano, o preço 
das ações vinha crescendo de maneira constante, cada vez mais pessoas, então, decidiram 
comprar ações, inclusive buscando empréstimos bancários negociados a taxas inferiores à 
valorização das ações. 
O lucro parecia garantido. A venda de ações explodiu, porém, além da constatada “bolha 
especulativa” outros índices como a produção industrial e fabril estavam em queda, bem como 
a produção de aço. No início de uma semana de outubro de 1929, os valores das ações 
começaram a evidenciar queda e um frenesi levou os investidores a venderem suas ações 
massiçamente; na quinta-feira, dia 24 de outubro, uma recuperação leve foi ensaiada, mas 
um outro baque se repetiu aprofundando a crise na terça-feira seguinte, dia 29 de outubro. 
As ações perderam o seu valor e, além dos cidadãos comuns, muitos investidores estavam 
quebrados. 
Objetivos da unidade: 
	 •	Apresentar	a	abordagem	da	Escola	de	Relações	Humanas
	 •	Apresentar	a	Teoria	Comportamentalista	como	uma	evolução	da	Escola	de	 
 Relações Humanas
	 •	Traçar	paralelos	com	a	realidade	organizacional	atual
Fila de pessoas para sacar suas 
economias no banco (1929)
Modelos de Administração3 Universidade Anhembi Morumbi
Como já foi destacado, a produção industrial e fabril entrou em curva de queda. Isso 
aconteceu porque, com o aumento da produtividade e eficiência, os estoques se elevaram, e 
com a manutenção dos salários, a demanda foi inferior à oferta. Isso conduziu à paralisação 
da produção, e, na sequência, em desemprego, o que prejudicou ainda mais o consumo.
É neste período também que se verificam os primeiros movimentos sindicais e o 
desenvolvimento das Ciências Humanas, Psicologia e Sociologia. 
O surgimento da Escola de Relações Humanas foi consequência imediata das conclusões de 
Elton Mayo e consequência indireta do contexto da época. Teve como elemento motivador 
a necessidade de humanizar e democratizar a Administração, como alternativa às teorias 
científica e clássica.
Elton Mayo, australiano emigrado para os Estados Unidos, professor de Harvard, 
considerado o “pai das relações humanas”, desenvolveu uma pesquisa relacionando 
produtividade e relações físicas do trabalho na planta da Western Electric em Hawthorne, um 
bairro de Chicago, entre os anos de 1927 e 1932, culminando com a publicação da obra 
The Human Problems of an Industrial Civilization, em 1933.
A pesquisa foi composta por quatro fases:
•	1ª	fase	–	Luminosidade
O objetivo era analisar o efeito da iluminação no rendimento dos operários. Foram 
selecionados dois grupos; um recebeu intensidade de luz variável e outro, intensidade 
constante. Ambos os grupos tiveram produtividade aumentada e se atribuiu esse 
resultado ao fato de estarem cientes de que estavam sendo observados. 
Elton Mayo
Modelos de Administração4 Universidade Anhembi Morumbi
•	2ª	fase	–	Intervalos	e	horários	flexíveis	
O	objetivo	era	analisar	o	efeito	de	outras	questões	que	influenciavam	o	trabalho	dos	
operários a fim de evitar fadiga, acidentes de trabalho e turnover.
Nas duas fases, ambos os grupos, experimental e de controle, tiveram produtividade 
aumentada e se atribuiu esse resultado ao fato de estarem cientes de que estavam 
sendo observados. Ao se sentirem relevantes para a empresa, os operários se 
dedicaram mais às suas tarefas. Essa constatação conduziu à primeira importante 
conclusão	do	estudo	de	Hawthorne:	os	fatores	físicos	influenciam	menos	a	
produtividade que os fatores emocionais.
•	3ª	fase	–	Entrevistas	sobre	atitudes	e	sentimentos
Foi implantado um amplo programa de entrevistas que contabilizou, ao longo de três 
anos, cerca de 20 mil operários entrevistados. Esse programa de entrevistas revelou a 
existência dos grupos informais. 
Grupos informais são grupos que reúnem pessoas com interesses semelhantes e, 
muitas vezes, alheios à organização. O time de futebol de uma empresa constituído 
por membros de diferentes departamentos que joga após o expediente constitui um 
grupo informal. O pessoal de diferentes departamentos que almoça todos os dias 
junto. O grupo de mães operárias com filhos na creche, entre muitos outros exemplos. 
São variados os motivos que conduzem à formação de grupos informais. O que é 
importante é que, até os experimentos de Hawthorne, não tinha sido constatada a 
existência deles. 
•	4ª	fase	–	Análise	dos	grupos	informais	e	da	organização	formal
Um grupo foi separado dos demais, mas manteve as mesmas características do 
trabalho regular. Os operários desse grupo apresentaram similaridade de sentimentos e 
Modelos de Administração5 Universidade Anhembi Morumbi
desenvolveram solidariedade para com os seus membros. Foram desenvolvidas regras 
informais dentro da “micro-organização” formal, representada por aquele grupo de 
trabalho, de modo que a produção se estabilizasse em um nível aceitável para todo o 
grupo.
As duas últimas fases evidenciaram a segunda importante conclusão do estudo de 
Hawthorne: a identificação dos grupos informais e sua importância no contexto 
organizacional, bem como sua convivência paralela à organização formal. 
O efeito positivo da Administração sobre o desempenho humano ficou conhecido como 
“efeito Hawthorne”. 
A ciência da importância do efeito Hawthorne despertou a consideração, na avaliação da 
produtividade, além de fatores materiais, também para fatores humanos.
 
Os estudos de Hawthorne permitiram a Elton Mayo definir alguns pressupostos a respeito do 
aspecto humano no trabalho:
•		A	integração social do grupo afeta a produtividade, quanto mais integrado o grupo, 
maior o nível de produtividade;
•	O comportamento social é relevante, pois os trabalhadores reagem aos estímulos 
na condição de membros de um grupo;
•		As	pessoas	são	motivadas	pela	necessidadede	reconhecimento	e	aprovação	social	
dos grupos formais e informais, por essa razão recompensas e sanções sociais 
precisam existir e ser reconhecidas. Vem à tona o conceito de homem social, oposto 
ao conceito de homo economicus, cuja motivação era oriunda apenas de incentivos 
salariais;
•		Os	grupos informais são distintos dos grupos formais e são relevantes. Não haviam 
sido considerados pela Administração Científica e Clássica. 
Planta de Hawthorne 
(Western Electric) em Chicago.
Modelos de Administração6 Universidade Anhembi Morumbi
Para	refletir
Os estudos de Elton Mayo em Hawthorne conduziram à compreensão da importância:
•	das	relações	humanas,	uma	vez	que	cada	indivíduo	é	uma	personalidade	diferenciada	e	
visa a participar de grupos sociais de modo a ser compreendido, aceito etc;
•	do	conteúdo	do	trabalho,	já	que	este	tem	influência	sobre	o	moral	do	empregado.	
Trabalhos simples e repetitivos são desgastantes e monótonos, reduzindo a eficiência e 
motivação do trabalhador; 
•	da	ênfase	nos	aspectos	emocionais	nos	estudos	de	impacto	na	produtividade.
No Brasil, neste mesmo período, Tarsila do Amaral, nascida em Capivari, Estado de 
São Paulo, integrante do movimento modernista e autora da famosa tela Abaporu, 
pinta o quadro Operários, em 1933, e dá início à pintura social no Brasil, após 
passar pelos períodos denominados “pau-brasil” e 
“antropofágico”. A obra retrata o início da industrialização no País, com operários 
de diferentes etnias e raças: brancos, negros, judeus, imigrantes japoneses e 
italianos, evidenciando o mosaico social que caracteriza nossa cultura e revelando a 
predominância de cores sombrias carregadas de significado.
Outros autores contribuíram com a Escola de Relações Humanas e produziram as chamadas 
teorias transitivas porque conduziriam, mais tarde, à Teoria Comportamentalista ou 
Behaviorismo.
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Afinal, existe diferença entre as expressões: abordagem, escolas e teorias?
Não. As expressões têm o mesmo significado e são intercambiáveis. Alguns 
estudiosos preferem uma expressão em detrimento à outra por julgarem que são 
mais ou menos relevantes, mas, em síntese, podem ser adotadas indistintamente.
Os principais autores das teorias transitivas e suas contribuições são apresentados a seguir:
•	Kurt	Lewin, psicólogo, publicou A Dynamic Theory of Personality, em 1935, obra 
que divulgou sua Teoria de Campo, expressa na equação cuja leitura do significado é: 
comportamento é função da interação entre a pessoa e o meio ambiente que a rodeia. 
A	contribuição	de	Lewin	destaca	as	forças	e	interações	simbólicas	que	afetam	a	estrutura	
grupal	e	o	comportamento	individual.	Os	estudos	de	Lewin	revelaram	que,	uma	vez	
formados, os grupos controlam o comportamento de seus participantes que, por sua 
vez, tendem a resistir a mudanças e elegem líderes.
•	Mary	Parker	Follet	tornou públicas suas ideias ao longo da década de 20. Pregava 
ideias de cooperação como motores da motivação e interação entre os empregados, 
acreditava que transformar cada empregado em empregador criaria responsabilidade 
coletiva e que a obtenção de lucros privados deveria ponderar os impactos ao bem-
comum. Foi considerada uma mulher à frente do seu tempo já que antecipou ideias 
recentes de participação nos lucros e de responsabilidade social.
•	Chester Barnard publicou As funções do executivo, em 1938, e reforçou que as 
organizações informais são encontradas dentro de todas as organizações formais e que 
as empresas são instrumentos eficazes para o progresso social e mais eficientes que a 
Igreja e o Estado.
Kurt	Lewin
Mary	Parker	Follet
Chester Barnard
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Para	refletir
•	Herbert	Simon publicou, em 1947, O comportamento administrativo, criando 
o conceito de homem administrativo que definiu um marco para o surgimento da 
Teoria Comportamental. A primeira contribuição importante da obra de Simon é que 
uma organização consiste em um sistema de decisões e os processos administrativos 
são processos decisórios. A segunda contribuição importante, que deu origem à 
Teoria da Decisão de Simon, é a compreensão de que a racionalidade é limitada, 
ou seja, é humanamente impossível arrolar todas as informações disponíveis no 
ambiente, processá-las adequadamente e tomar a decisão ótima. Em outras palavras, 
o comportamento administrativo é “satisfaciente”, consegue tomar decisões apenas 
satisfatórias considerando aquelas que conseguiu arrolar. O comportamento 
administrativo não é “otimizante”, não consegue tomar a melhor decisão dentre todas 
em razão da racionalidade limitada.
Herbert Simon
Alguns	aspectos	da	Escola	de	Relações	Humanas	são	passíveis	de	reflexão	e	crítica.	
Os estudos de Hawthorne não utilizaram procedimentos rigorosamente científicos: 
a pesquisa considerou apenas uma amostra, a fábrica da Western Electric, e não 
considerou as condições econômicas, sociais e políticas do entorno à fábrica. As 
conclusões	de	Elton	Mayo	também	não	consideraram	o	conflito	de	interesses	entre	
empresa e trabalhadores. Alguns críticos afirmam que Mayo enfatizou exageradamente 
os grupos informais, mas a crítica mais relevante consiste no fato de não fornecer 
critérios efetivos de gestão, indicando o que deve ou não ser feito para obtenção de 
melhores resultados empresariais.
Apesar das críticas, a Escola de Relações Humanas contribuiu para alterar as atitudes 
dos administradores em relação aos trabalhadores, deu origem aos estudos de 
comportamento organizacional que abarcaram investigações sobre o comportamento 
coletivo, como, por exemplo, questões de clima organizacional, e investigações sobre 
comportamentos individuais, como, por exemplo, fatores motivacionais.
Modelos de Administração9 Universidade Anhembi Morumbi
Você sabia que...
•	A	planta	da	Western	Electric	em	
Hawthorne, Chicago não existe 
mais? 
•	Herbert	Simon	ganhou	o	Nobel	em	
Economia em 1978 por sua Teoria 
da Decisão?
•	Elton	Mayo	era	formado	em	Filosofia	
e também em Medicina? 
Curiosidade
Improvisation 28 (1912), 
Wassily	Kandinsky
Para	refletir
O movimento modernista abarca diferentes movimentos todos marcados por uma 
tendência de procurar respostas a questões fundamentais a respeito da experiência 
humana e a natureza da arte. 
O movimento expressionista, especificamente, é marcado por explorar emoções e 
estados mentais, tendo como características marcantes o uso de cores fortes, figuras 
distorcidas e abstrações explorando temas relativos à alienação. Pintor emblemático 
desse	movimento,	Wassily	Kandinsky	acreditava	que	a	arte	poderia	expressar	a	verdade	
humana	intrínseca	e	restaurar	significado	à	vida	das	pessoas.	Kandinsky	era	um	
crítico ferrenho da sociedade e desejava sua transformação baseada em princípios 
de	honestidade	e	consideração	ao	próximo	(Little,	2004).	Sua	obra	Improvisation 28 
retrata em seu lado esquerdo ondas, barcos e montanhas destruídos por tempestades 
e enchentes, enquanto, ao lado direito um casal abraçado, evoca a criação de uma 
nova sociedade baseada em princípios mais humanos.
2 - A Teoria Comportamental ou Escola Behaviorista
Pode ser considerado um desdobramento da Escola de Relações Humanas que ganhou 
corpo na década de 30. Na figura abaixo é possível identificar, nas caixas azuis, as 
Escolas que já foram abordadas nesta disciplina: as abordagens clássicas, precursoras 
dos	estudos	em	Administração,	cujos	representantes	máximos	eram	Frederick	W.	Taylor	e	
Henri Fayol; a Escola de Relações Humanas baseada nos estudos de Elton Mayo e a Teoria 
Comportamental sobre a qual nos debruçaremos agora. As escolas ou teorias presentes nas 
caixas amarelas serão objeto de estudo nas unidades posteriores. O objetivo desta figura é 
situar temporalmente as principais escolasou teorias administrativas.
Modelos de Administração10 Universidade Anhembi Morumbi
A ideia de que a satisfação do trabalhador gerava produtividade, como 
revelou a Escola de Relações Humanas, provocou alguns questionamentos, 
pois considerava-se tarefa difícil satisfazer os trabalhadores. Naturalmente 
que não existiu um “vácuo” entre as décadas de 30 e 60 no que compete 
à preocupação com aspectos humanos na organização. Como já se 
mencionou, as teorias transitivas preencheram esse espaço e contribuíram 
significativamente para o desenvolvimento desta perspectiva de análise.
A Teoria Comportamentalista conferiu uma orientação mais psicológica 
para os estudos da Administração, especialmente no que compete ao 
ajustamento pessoal do trabalhador na organização, os efeitos dos 
relacionamentos intragrupais, as necessidades do trabalhador e, sobretudo, 
questões relacionadas à motivação e liderança.
‘Motivação’ é uma palavra oriunda do latim motivus, movere, que, em 
essência significa “mover”, assumindo o significado de um processo que 
explica, induz, incentiva, estimula ou provoca algum tipo de ação ou 
comportamento. Aplicada ao ambiente de trabalho considera-se que 
motivação se trata de um estado psicológico de disposição ou vontade de perseguir uma 
meta ou realizar uma tarefa. É natural concluir que desempenho organizacional é resultante 
da motivação para o trabalho, por isso compreender a motivação é essencial. 
A motivação pode ser:
•	Interna: inerente à cada pessoa já que cada pessoa é única e é motivada por estímulos 
 diferentes;
•	Externa: criada por uma situação ou ambiente em que a pessoa se encontra. 
Modelos de Administração11 Universidade Anhembi Morumbi
Considerando-se que toda e qualquer situação ou ambiente é percebido de maneira 
diferente por cada indivíduo, conclui-se que a motivação é multifacetada.
Silva (2008) acrescenta que a motivação pode ser considerada:
•	Intrínseca:	movida por recompensas psicológicas, como, por exemplo, o desejo de 
ser tratado de maneira diferenciada, ser reconhecido, sentir-se desafiado positivamente;
•	Extrínseca: movida por recompensas tangíveis, como, por exemplo, salário, benefício, 
promoção, ambiente e condições de trabalho.
 
A motivação é responsável pelo desempenho, logo, o desempenho é fator crítico no contexto 
organizacional.
Se ao longo do processo de perseguição de uma meta há um obstáculo importante 
qualquer, o indivíduo pode reagir de duas maneiras opostas:
•	Positivamente, evidenciando um comportamento construtivo, ao solucionar ou 
contribuir para solucionar o problema, ou substituir a meta original por outra cujo 
alcance é factível;
•	Negativamente, evidenciando uma frustração que pode assumir diferentes formas: 
agressão (ataque físico ou verbal), regressão (comportamento infantil) ou retraimento 
(desinteresse).
Durante a década de 60, o tema motivação despertou interesse e levou à proposição de 
diferentes teorias da motivação por diferentes autores. Algumas teorias concentraram-se no 
que motiva e outras em como o comportamento pode ser motivado. Há quatro teorias 
sobre o que motiva que se destacam:
1. Teoria da Hierarquia das Necessidades, de Abraham Maslow, que definiu o que se 
convencionou chamar de “pirâmide de necessidades” e que exprime que todo e qualquer 
indivíduo precisa sanar necessidades básicas previamente às necessidades de motivação, 
ordenadas hierarquicamente como representado na figura abaixo. 
Modelos de Administração12 Universidade Anhembi Morumbi
Para Maslow, a motivação é interna e, satisfeita uma necessidade, esta deixa de ser 
motivadora, passando o indivíduo a se motivar estimulado pela satisfação de uma 
necessidade de categoria de superior.
Fonte:	http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Hierarquia_das_necessidades_de_Maslow.svg	em	
19 de julho de 2009 e acréscimos da autora.
Curiosidade
Você sabia que a expressão 
“fatores de higiene” criada por 
Herzberg tem relação real com a 
higiene física? 
Basicamente é a ideia de que 
a higiene de um paciente é 
necessária para impedir a piora 
de seu estado de saúde, mas 
por si só não tem o poder de 
curá-lo.
Modelos de Administração13 Universidade Anhembi Morumbi
2. Teoria ERG, de Clayton Alderfer, cuja sigla decorre das palavras em inglês: existence, 
relatedness, growth, e que consiste em uma variação simplificada da hierarquia das 
necessidades de Maslow, consistindo em apenas três níveis de necessidades a serem 
supridas: de existência (bem-estar fisiológico e material), de relacionamento (social e 
interpessoal), e de crescimento (atualização permanente e autoestima).
3.	Teoria	dos	Dois	Fatores,	de	Frederick	Herzberg,	composta pelos chamados fatores 
de higiene ou extrínsecos e fatores motivacionais ou intrínsecos. Os fatores de higiene estão 
relacionados com as condições físicas e do ambiente de trabalho, relações interpessoais, 
salário, políticas e práticas. São importantes para neutralizar a insatisfação, mas não são 
suficientes para motivar um indivíduo. Os fatores motivacionais estão relacionados com a 
realização pessoal, reconhecimento do trabalho, responsabilidade e progresso profissional. 
São fundamentais para a manutenção da satisfação e contribuem para um melhor 
desempenho no cargo. 
Afinal, salário não constitui um fator motivador?
O salário pode, em um primeiro momento, constituir um fator motivador 
importante. Mas se outras necessidades não forem satisfeitas ao longo do 
tempo, o salário não será suficiente para manter um funcionário motivado.
4. Teoria da Realização ou das Necessidades Adquiridas, de David McClelland, 
sustenta que necessidades são aprendidas e socialmente adquiridas e que as pessoas têm 
necessidades distintas. Algumas têm necessidade de realização, outros de poder, outros 
de afiliação. A necessidade de realização pressupõe o desejo de realização pessoal, de 
sucesso em situações competitivas e de feedback sobre seu desempenho. A necessidade de 
poder	é	o	desejo	de	influenciar	ou	controlar	os	outros,	e	a	necessidade	de	afiliação	visa	o	
estabelecimento de relacionamentos pessoais próximos.
Curiosidade
Você sabia que McClelland é uma 
personalidade importante nos estudos 
de Administração e contribuiu 
significativamente nos estudos sobre 
empreendedorismo?
O desenvolvimento do 
empreededorismo é representado por 
duas correntes principais: economistas 
e comportamentalistas. 
Na corrente dos economistas a maior 
personalidade é Joseph Schumpeter, 
que considera o empreendedorismo o 
fator responsável pela inovação e, por 
conseguinte, pelo desenvolvimento da 
sociedade. 
Na corrente comportamentalista, cujo 
maior representante é McClelland, 
o enfoque recai nas características 
do comportamento empreendedor 
que, justamente, são os primeiros a 
evidenciar necessidade de realização.
Modelos de Administração14 Universidade Anhembi Morumbi
Para	refletir
No quadro abaixo é possível verificar as relações que podem ser estabelecidas entre as 
diferentes teorias motivacionais.
QUADRO COMPARATIVO DAS TEORIAS DE MOTIVAÇÃO
Quem nunca identificou pessoas com necessidade explícita de poder? Ou com 
necessidade de realização? 
Hugo Chávez pode ser considerado um exemplo claro de obstinação pelo poder. 
Ângelo Franzão é o vice-chairman da McCann Worldgroup e escolheu acumular a 
função de professor de graduação em uma universidade particular paulista motivado 
pelo desejo de compartilhar sua experiência profissional com os alunos, claramente em 
busca de realização.
Você	sabia	que	Skinner	era	psicólogo	
e baseou seus estudos em pesquisas 
realizadas com ratos e pombos? 
A	“Caixa	de	Skinner”	é	uma	
experiência importante nos estudos 
da Psicologia e que foram projetados 
para os estudos do comportamento 
humano nas organizações. 
Nessa	experiência	Skinner	condicionou	
o ato do ratode acionar uma 
alavanca, o acendimento de uma 
luz e o recebimento de alimento. 
Rapidamente, o rato compreendeu 
que ao acender a luz, ele deveria se 
dirigir à alavanca, pressionando-a, e, 
em seguida receberia o alimento. 
Curiosidade
Modelos de Administração15 Universidade Anhembi Morumbi
As teorias apresentadas concentram-se no que motiva e, como já foi destacado, outras 
teorias enfocam como o comportamento pode ser motivado. Duas teorias, denominadas 
teorias	de	processo,	destacam-se		nesse	âmbito	(CHIAVENATO,	2004;	SILVA,	2008).
1. Teoria da Expectância de Victor Vroom, cuja ideia principal baseia-se em três 
conceitos: valência, expectativa e instrumentalidade. O primeiro exprime a força do desejo 
de um indivíduo para um resultado almejado, o segundo é a crença de que o esforço 
conduz ao desempenho desejado, e o terceiro refere-se à percepção de uma pessoa de 
estabelecer uma relação entre um alto desempenho e uma recompensa.
2. Teoria da Equidade de Stacy Adams baseia-se no fenômeno de posição social no 
ambiente organizacional, ou, em outras palavras, na comparação entre o tratamento que o 
indivíduo tem recebido e o tratamento recebido pelos outros.
Há ainda uma teoria que não se encaixa nas categorias anteriores e que 
constitui uma terceira categoria. 
São	as	teorias	de	reforço	cujo	representante	máximo	é	Skinner	e	o	mote	é	
que o conhecimento das consequencias de determinados atos conduz os 
indivíduos a se comportarem de maneiras predeterminadas. 
Skinner
Modelos de Administração16 Universidade Anhembi Morumbi
Liderança é considerada a habilidade da função administrativa “direção”. Constitui o 
processo	de	dirigir	e	influenciar	as	atividades	de	grupos	para	o	alcance	de	certos	objetivos.
Liderança	não	se	confunde	com	autoridade	formal.	A	autoridade	formal	é	decorrente	
do cargo, temporária na maioria dos casos, e limitada no espaço organizacional e/ou 
geográfico. 
Liderança	fundamenta-se	na	crença	dos	seguidores	ou	liderados	a	respeito	das	qualidades	
do líder e dos seus interesses em segui-lo. O líder é frequentemente considerado um 
instrumento para resolver problemas em um grupo específico. O reconhecimento dessa 
liderança circunscreve-se ao grupo com o qual se relaciona e durará o mesmo tempo em 
que o líder for considerado útil ao grupo de seguidores.
Alguns tipos de poder servem de base para o desenvolvimento da liderança:
•	Poder	de	recompensa,	baseado	na	capacidade	de	oferecer	algo	de	valor,	 
 compensatório;
•	Poder	coercitivo,	baseado	na	ameaça	e	capacidade	de	punir;
•	Poder	de	especialização,	sustentado	pela	capacidade	de	influenciar	 
 decorrente do conhecimento específico;
•	Poder	legítimo,	fruto	da	capacidade	de	influenciar	em	virtude	dos	direitos	 
 do cargo ou função desempenhada.
Se	você	se	interessou	pelo	tema	“poder”,	sugiro	que	conheça	a	obra	de	John	Kenneth	
Galbraith denominada Anatomia do poder. 
Anatomia do Poder
 	John	Kenneth	Galbraith
Modelos de Administração17 Universidade Anhembi Morumbi
Nos estudos relacionados à liderança destacam-se as Teorias X e Y, de Douglas McGregor. 
 
•	A	“Teoria X” prega que os indivíduos são indolentes, evitam o trabalho, não têm 
ambição, têm pouca capacidade criativa para a solução de problemas, precisam ser 
controlados e preferem ser dirigidos. Tem características marcadamente autoritárias. 
A Teoria X é baseada nos princípios da Teoria Clássica e crê que as funções direção e 
controle têm que ser exercidas sobre o empregado.
•	A	“Teoria Y”, ao contrário, prega que os indivíduos gostam de trabalhar desde que 
as condições sejam favoráveis, procuram assumir responsabilidades, têm capacidade 
criativa para solução de problemas e podem se autodirigir. Tem características 
fortemente participativas. 
A Teoria Y é o contraponto oferecido por McGregor à Teoria X. Considera que 
as pessoas têm uma necessidade psicológica de trabalhar e aspiram à realização 
profissional e à assunção de responsabilidades.
Algumas empresas ainda se comportam com base na Teoria X. 
E muitas outras com base na Teoria Y. As práticas de estímulo à descentralização, 
administração participativa, autoavaliação de desempenho, e várias outras práticas 
modernas de gestão estão relacionadas com as bases da Teoria Y.
Para	refletir
Modelos de Administração18 Universidade Anhembi Morumbi
Rensis	Likert	é	outra	personalidade	de	destaque	nos	estudos	sobre	liderança.	Likert,	
sociólogo, aplicou questionários intensivos a empregados interrogando-os a respeito do 
comportamento de seus supervisores. As respostas ajudaram-no a definir vários perfis ou 
estilos de liderança:
a) Autoritário forte, cujas características são: as decisões são top-down e não envolvem 
participação, a empresa preocupa-se apenas com as tarefas que precisam ser 
cumpridas, e ameaças são recorrentes para obter a realização de uma tarefa ou 
conjunto de tarefas;
b) Autoritário benevolente, semelhante ao anterior, porém vale-se de recursos 
de recompensa para obter a realização de uma tarefa ou conjunto de tarefas, a 
comunicação	é	mais	fluente,	mas	restringe-se	ao	que	os	gerentes	desejam	ouvir;
c) Sistema consultivo, os empregados são motivados por recompensas e com o 
envolvimento no processo decisório, os gerentes fazem uso das opiniões e ideias dos 
empregados, mas as decisões ainda são tomadas pela alta hierarquia, a comunicação 
é	ainda	mais	fluente,	mas	incompleta;
d) Sistema participativo, os gerentes têm completa confiança nos subordinados, 
motivação por recompensas econômicas, baseadas em objetivos definidos de 
maneira participativa, no qual todo o pessoal sente responsabilidade pelos objetivos 
organizacionais, bastante comunicação e trabalho cooperativo em equipe. Configura, 
praticamente, a “solução ótima”.
Esses perfis ou estilos de liderança determinam fortemente os comportamentos nas 
organizações, que pode ser observado pela forma como as pessoas se comunicam verbal 
e oralmente, tomam decisões, definem metas, dirigem e controlam. Esses comportamentos 
determinam o clima organizacional que consiste em um tema que recebe tratamento 
aprofundado nas disciplinas da área de recursos humanos. 
Curiosidade
Você	sabia	que	Rensis	Likert	criou	a	
escala	Likert?	
Escala	Likert	é	um	instrumento	de	
mensuração de atitudes sociais. 
Com certeza você já teve oportunidade 
de responder questionários estruturados 
com	base	na	Escala	Likert.	São	muito	
comuns e de simples tabulação e 
análise de dados. 
É fácil identificá-los, pois se valem de 
um conjunto de enunciados que indicam 
o grau de concordância ou discordância 
com uma afirmação. São apresentados 
de diferentes formas, mas sempre com o 
mesmo significado. Quando se deparar 
com questionários cujas alternativas 
arrolam como opções: “discordo 
totalmente, discordo, indiferente, 
concordo, concordo totalmente”, 
ou “-2, -1, 0, 1, 2”, ou “1, 2, 3, 4, 
5”, você estará em posse de uma 
contribuição	de	Rensis	Likert.
Modelos de Administração19 Universidade Anhembi Morumbi
Robert	R.	Blake	e	Jane	S.	Mouton,	com	base	nos	estudos	de	Likert	desenvolveram	o	grid	
de liderança ou grid gerencial com duas variáveis básicas: comportamento relacionado às 
pessoas e comportamento relacionado à produção. 
O	grid	é	composto	por	81	células	e	são	vários	os	possíveis	estilos	de	gerenciamento.	Blake	
e Mouton rotularam cinco possibilidades, quatro no extremo de cada quadrante e uma 
no centro. Na representação do grid gerencial na figura abaixo é possível depreender que 
um gerente 1.1 não está orientado para as pessoas ou para a produção realizando um 
“gerenciamento empobrecido”. 
Um gerente 1,9 é pouco preocupado com a produção e muito preocupado 
com o bem-estar dos seus subordinados recebendo a alcunha metafórica de 
“gerente de clube de campo” pelos autores. Um gerente 9,1 é justamente 
ooposto, muito preocupado com a produção e pouco preocupado com as 
pessoas, assumindo a postura de “gerente autoritário”. 
Um gerente 5,5 é um líder bem intencionado, mas que não age, sendo-lhe 
atribuído o “gerenciamento de meio de caminho”. Um gerente 9,9 combina 
a preocupação com as pessoas e com o desempenho, sendo associado com 
carreiras	de	sucesso,	produtividade	e	lucratividade,	e	recebeu	de	Blake	e	
Mouton a denominação de “gerente de equipe”.
Fonte: http://www.irhgrid.com.br/pdf/Aep.pdf
Modelos de Administração20 Universidade Anhembi Morumbi
Além	de	Likert	e	Blake	e	Mouton,	outros	autores	contribuíram	para	os	estudos	de	
liderança:	Tannenbaum	e	Schmidt	com	o	Continuum	de	Liderança,	Fiedler	com	o	Modelo	
Contingencial	de	Liderança,	House	e	Mitchell	com	Modelo	Caminho-Meta,	Hersey	e	
Blanchard	com	o	Modelo	de	Liderança	Situacional,	entre	outros.
Afinal, se os conceitos de motivação e liderança são tão importantes para o 
desempenho organizacional porque não estudamos a fundo esses temas?
Esses conceitos são abordados em profundidade em disciplinas da área de 
recursos humanos, quando recebem o enfoque especializado da psicologia 
organizacional. O que importa no âmbito desta disciplina é reconhecer 
que esses temas constituíram a essência da Teoria Comportamental, uma 
evolução da Escola de Relações Humanas.
Para	refletir
Nos anos mais recentes as concepções sobre motivação com o conteúdo do cargo 
e satisfação com o ambiente de trabalho se ampliaram e atualmente fala-se em 
Qualidade de Vida no Trabalho que não substitui os anteriores, mas aumenta o 
espectro de análise, envolvendo questões relacionadas ao bem-estar biológico, 
psicológico e social, contemplando uma visão integrada do ser humano.
São frequentes os estudos e a preocupação com temas como estresse, 
recolocação profissional dos profissionais demitidos ou que optaram por um 
programa de demissão voluntária, apoio psicológico a executivos expatriados, 
entre outros.
Modelos de Administração21 Universidade Anhembi Morumbi
Para	refletir
Todos os anos a Revista As 150 Melhores Empresas para se Trabalhar, uma edição 
da Revista Você S.A., publica um volume em que aponta uma seleção das melhores 
empresas para se trabalhar. 
As inscrições são realizadas pelas próprias empresas que têm interesse em ser 
avaliadas e ocorre todos os anos em fevereiro. Questionários são preenchidos por 
funcionários selecionados aleatoriamente, é feita uma pré-classificação e as empresas 
classificadas recebem visita in loco. 
Os dados apurados são processados e, anualmente, em setembro são publicados. 
A pesquisa é realizada em parceria com a Fundação Instituto de Administração 
vinculada à Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade 
de São Paulo. Vale a pena conhecer os critérios que conduzem à seleção das melhores 
empresas para se trabalhar. Para saber mais, visite: http://vocesa.abril.com.br/
melhoresempresas/
Modelos de Administração22 Universidade Anhembi Morumbi
Para	refletir
Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo foi o pioneiro idealizador da 
Semana de Arte Moderna em 1922, ganhando expressão e reconhecimento mundial. 
Defensor de uma arte figurativa que se opunha ao abstracionismo pintou em 1965, 
década áurea dos comportamentalistas, a obra com título sugestivo: Onde eu estaria 
feliz.
Para	refletir
Onde eu estaria feliz (1965) 
Di Cavalcanti
Já	se	discorreu	sobre	o	setor	de	Telemarketing	na	unidade	anterior	e	foi	possível	
identificar princípios da Administração Científica e Clássica nas atividades 
desempenhadas por essa indústria. Considerando-se o conteúdo que acabamos de 
percorrer pergunta-se: quais princípios da Abordagem Comportamentalista é possível 
enxergar	no		setor	de	telemarketing?
Se você considerou a necessidade de motivação e a relevância do exercício efetivo 
de liderança para manutenção e aumento da produtividade mesmo após o ápice de 
produtividade do funcionário alcançado, em média, após seis meses de atividade, pode 
constatar que os conceitos de relações humanas e comportamentalistas estão presentes e 
sua inclusão nas práticas administrativas é necessária.
A	Softway	Telemarketing	adotou	a	estratégia	de	oferecer,	em	parceria	com	uma	instituição	
de ensino superior de São Paulo, um curso superior aos seus operadores justamente após 
completarem seis meses no exercício da função. A intenção da empresa era de motivá-los 
a partir do suprimento da necessidade de estima e realização.
Modelos de Administração2 Universidade Anhembi Morumbi
Abordagem Neoclássica e Administração por Objetivos
1. Abordagem Neoclássica
Antes de avançar na compreensão da Abordagem Neoclássica, é 
preciso destacar que, é possível na condução da disciplina de Modelos 
de Gestão, abordar as Escolas, Teorias ou Abordagens adotando duas 
metodologias. Uma delas é a obediência rigorosa à linha do tempo, e 
a outra opção é criar algumas conexões diferenciadas que permitam o 
encadeamento das Escolas. 
Essa autora optou pela segunda metodologia. A figura ao lado ajuda 
a relembrar a ordem cronológica do surgimento das Escolas.
Objetivos da unidade: 
	 •	Compreender	o	significado	da	Abordagem	Neoclássica
	 •	Compreender	o	propósito	da	Administração	por	Objetivos	(APO)
	 •	Traçar	paralelos	com	a	realidade	organizacional	atual
Modelos de Administração3 Universidade Anhembi Morumbi
A Abordagem Neoclássica ganha contornos na década de 50, quando o crescimento de 
empresas	conduziu	ao	surgimento	de	grandes	conglomerados	e	passa-se	a	demandar	mais	
da administração, suplantando as questões relacionadas à produtividade e ao chão de 
fábrica. É nesse contexto que emergem conceitos e técnicas para estruturar as empresas. 
Também é fruto do resgate das contribuições da Abordagem Clássica, adaptadas às 
condições da época, como reação à influência crescente das ciências do comportamento.
A principal característica da abordagem neoclássica reside na ênfase nos aspectos práticos 
e	instrumentais	da	Administração,	e	no	detalhamento	de	como	fazer	e	melhor	praticar	as	
funções	de	planejar,	organizar,	dirigir	e	controlar.
Alguns autores são considerados os precursores da Abordagem Neoclássica, isto é, suas 
contribuições são anteriores às contribuições mais relevantes:
•	Daniel McCallum, que desenhou o primeiro organograma em forma de árvore da 
Ferrovia Erie;
•	Harrington Emerson, que definiu princípios de linha e 
assessoria ilustrados na figura a seguir e implantados em 
ferrovias e siderúrgicas. 
A proposição de Emerson era que cada assunto importante 
deveria ser estudado profundamente por especialistas ou 
assessores e que os executivos de linha pudessem contar com 
o conhecimento e apoio dessa assessoria. Lembrando que 
assessoria	planeja	e	orienta,	mas	não	realiza	o	trabalho	que	é	
responsabilidade dos executivos de linha. 
Daniel McCallum
Harrington Emerson
Modelos de Administração4 Universidade Anhembi Morumbi
Alguns empresários e executivos também contribuíram com suas práticas para a Escola 
Neoclássica:
•	Pierre du Pont, criou na DuPont e General Motors departamentos funcionais 
e	implantou	a	estrutura	organizacional	hierárquica	e	centralizada	em	1904,	
descentralizando-a	em	1921,	quando	conferiu	autonomia	aos	gerentes;
• Alfred Sloan, originário de uma das empresas do conglomerado GM, recomendava 
a	reformulação	da	estrutura	organizacional	baseada	em	critérios	de	profissionalização,	
sistematização	e	orientação	aos	objetivos	e	resultados	da	empresa.	Pregava	a	
autonomia da maioria das unidades de negócio e inovou criando divisões de carros, 
acessórios, peças, e outras. Exigia relatórios periódicos para avaliar se os objetivos 
propostos estavam sendo alcançados.
Depois	de	DuPont	e	Sloan	a	estruturação	das	organizações	consolidou-se	como	uma	área	
bem definida de

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