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Aula 1 - História do Direito Penal

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Direito Penal Romano 
Em Roma houve a separação do Direito da Religião. Como aqui já temos códigos escritos, no caso, a Lei das XII Tábuas, tem-se uma limitação da vingança privada (modo como o “direito penal” era “legislado” na antiguidade). 
O Direito Romano dividia-se em Público e Privado, e o Direito Penal se pautava no princípio do Dever Moral, aplicado pelo Estado. Com o cumprimento da pena, apagava-se o crime e restaurava-se a ordem pública. Fazia-se apenas uma distinção se o delito era de ordem social que atacavam as civitas (crimina) ou se era uma ofensa a um indivíduo (delicta), o que permitia uma reação de cunho privado até certo tempo.
Direito Penal Germânico
O Direito Germânico era basicamente consuetudinário. Menos avançado que o Direito Romano, o Direito Germânico ainda estava atrelado à Religião, e possuía formas muito peculiares de se resolver problemas, como a prova da bebida amarga para a mulher adúltera. A Figura divina estava sempre presente nos julgamentos. 
Uma forma muito comum de se resolverem embates, geralmente crimes contra a honra, eram os duelos, que com o passar do tempo foram duramente punidos.
Juízos de Deus: Segundo a ideia de que Deus era o juiz de todas as causas, os julgamentos e sentenças eram realizadas em conjunto, seguindo essa lógica.
Direito Penal Canônico
Mesmo ainda absolutamente violento, quando em comparação com as formas anteriores de direito, apresentava um aspecto humanista. 
Quando cumpria a sansão da confissão, a penitência, os padres de isolavam em seus aposentos, as celas. Muitos dos termos do nosso Direito Penal surgiram no Direito Canônico. A pena privativa de liberdade, nesta época, surgiu como uma pena alternativa à pena de morte e outras penas cruéis. Novamente, reiterando o aspecto humano do Direito Canônico. 
As prisões da Idade Média, as masmorras ou calabouços, eram cadeias, privavam a liberdade do preso, porém, não constituíam pena privativa de liberdade, isto é, a função dessa pena não era a de privar o indivíduo de sua liberdade, mas sim colocá-lo em um lugar onde seria aplicada uma outra pena. Similar ocorre com os casos onde aplica-se a prisão preventiva. Enquanto o processo corre, o tempo em que o indivíduo está na prisão não é chamado de pena, entretanto, caso venha a ser condenado, o tempo que a pessoa passou na prisão será abatido na sentença. Este tipo de prisão é chamado hoje de Prisão Processual Penal.
O papel da lei penal da Igreja Católica foi de suma relevância por ter feito com que as tradições jurídicas romanas penetrassem em definitivo na vida social do Ocidente; e por contribuiu para civilizar as práticas brutais germânicas, adaptando-as à vida pública.
A jurisdição eclesiástica se apresentava dividida em ratione persona (o religioso era julgado sempre em um tribunal da Igreja) e ratione materiae (em razão da matéria, fixava-se a competência eclesiástica, ainda que o crime fosse praticado por um leigo).
Direito Penal Comum – Séc. XII
Este direito surge como uma fusão do Direito romano, germânico, canônico e dos Direitos Nacionais, mas principalmente, do Direito Romano. Este período sofreu uma forte influência da Escolástica (dialética), de modo que os textos antigos de Direito eram analisados de forma a extrair regras gerais e aplicá-las nos casos concretos. A preocupação era a de construir um sistema lógico, e era baseado na argumentação lógica e discussão.
O Direito Penal deste período visava sempre a condenação do réu. Temos que analisar que esta era uma época de comandos, de grandes regimes monárquicos e de obediência. “É uma sociedade de ordens e de ordem, que procura respeitar a autoridade divina e a humana, mesmo quando multiplica suas transgressões” (Curso de Direito Penal Brasileiro – Volume 1, PRADO, L.R., p.95).
O que temos neste período é um Direito Penal “gerador de desigualdades, cheios de privilégios, heterogêneo e caótico; construído sobre um conglomerado incontrolável de condenações, leis arcaicas, editos reais e costumes, arbitrário e excessivamente rigoroso” (Curso de Direito Penal Brasileiro – Volume 1, PRADO, L.R., p.95). 
“Até a Revolução Francesa, o Direito Criminal permanece desumano, tendo Voltaire chamado os magistrados de seu tempo de bárbaros de Toga” (Curso de Direito Penal Brasileiro – Volume 1, PRADO, L.R., p.96).
Período Humanitário – 1764, Cesare Beccaria
O Período Humanitário corresponde ao iluminismo, o Século das luzes (XVIII). “Na filosofia penal iluminista, o problema punitivo estava completamente desvinculado das preocupações éticas e religiosas; o delito encontrava sua razão de ser no contrato social violado e a pena era concebida somente como medida preventiva.” (Curso de Direito Penal Brasileiro – Volume 1, PRADO, L.R., p.96).
Deu-se início à defesa dos Direitos Humanos diante do Estado. Assim sendo, temos o fim da pena de morte e das demais penas cruéis, violadoras dos Direitos Fundamentais do Homem. Também encontraram um fim o confisco, as penas difamantes, a tortura e os juízos de Deus.
Beccaria foi, sem dúvida, de suma importância não só para o Direito Penal da Época, mas para o Direito Penal Moderno. Foi ele o autor que desenvolveu a ideia da estrita legalidade dos crimes e das penas, sistematizando o Direito Penal. Dentre diversos pontos, Beccaria coloca que as leis devem ser claras e de fácil compreensão de todos, de modo que somente elas podem fixar penas e delitos. “Para que cada pena não seja uma violência de um ou de muitos contra um cidadão particular, deve ser essencialmente pública, eficaz, necessária, a mínima das possíveis nas circunstâncias dadas proporcional aos crimes, ditadas pelas leis” (BECCARIA, cesare; Parágrafo XLII).
Direito Penal Brasileiro
Período Colonial – Ordenação
Código Criminal do Império – 1830
Período Republicano 
1890, Código atrasado
1940, Código Penal, parcialmente em vigor até hoje
1984, nova parte geral para o CP

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