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Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri.
Departamento de Ciências Biológicas.
Laboratório de Citologia/Histologia.
Disciplina: Citologia/Histologia
Cursos: Ciências Biológicas e Educação Física
Manual de Aulas Práticas de 
Histologia.
Conceição Aparecida dos Santos
Cristiane Tolentino Machado
Robson Campos Silva
Diamantina /MG
Índice
Aula Prática Página
Manuseio do Microscópio Óptico. 3
Tecido Epitelial 6
Tecido Conjuntivo 19
Tecido Adiposo 25
Tecido Cartilaginoso 28
Tecido Ósseo 32
Tecido Nervoso 41
Tecido Muscular 52
Bibliografia 58
Prática 1
Manuseio do Microscópio Óptico
A. Manuseio do microscópio comum.
Identifique em um microscópio os elementos assinalados na figura 1 em anexo. 
Procure entender o funcionamento e finalidade de cada elemento.
OBS. Cada microscópio possui 2 ou 3 objetivas chamadas secas, de pequeno, médio e 
grande aumento e uma objetiva denominada de “imersão” que dá um aumento de 90 a 
100X. Essa objetiva é usada com óleo de cedro cujo o índice de refração é maior que o 
ar e permite um maior aproveitamento dos raios luminosos que incidem sobre o objeto. 
Porém, ao longo do curso nos NÃO UTILIZAREMOS ESSA OBJETIVA.
B. Como usar o microscópio
1. Gire o revólver do microscópio de modo que a objetiva de menor aumento fique em 
posição de uso.
2. Coloque a lâmina a ser examinada sobre a platina, estando a lamínula voltada para 
cima.
3. Acenda a lâmina fluorescente.
4. Focalize a objetiva usando inicialmente o parafuso macrométrico. Este parafuso dese 
ser movido lentamente a fim de se evitar que a objetiva atinja a lâmina e a quebre. A 
mesa deve ser levantada até seu ponto mais alto (olhando atentamente para ela) então, já 
olhando na ocular deve-se girar o macrométrico na direção contrária deslocando a mesa 
para baixo bem devagar até encontrar o foco.
5. Melhore o foco usando o micrométrico.
6. Gire o revólver e mude para uma objetiva de maior aumento,com cuidado para que a 
mesma não atinja a lâmina. As objetivas secas são perifocais, isto é, se o objto está 
focalizado com uma objetiva estará muito preto de ser focalizado com as outras.
7. Se for necessário, abaixe ou levante o condensador, abra ou feche o diafragma para 
obtenção de uma melhor imagem possível. 
D. Cuidados Com o Microscópio.
1. Quando não estiver sendo utilizado , o microscópio deve ficar guardado em sua caixa 
ao abrigo da poeira.
2. NÃO ARRASTE O MICROSCÓPIO PELA BANCADA.
3. Nunca inicie o foco com as objetivas de maior aumento voltadas para baixo, afim de 
evitar a quebra da lâmina.
4. Nunca tente fazer consertos, isso exige pessoas qualificadas.
5. Nunca desmonte as oculares e objetivas.
6.Nunca saia da sala sem guardas as lâminas e o microscópio nos lugares adequados.
7. Nunca troque as peças de seu microscópio por outras de outro microscópio.
E. Ao Final de Cada Aula Prática:
1. Encaixe a objetiva de menor aumento (NUNCA MOVIMENTE A PLATINA 
COM A OBJETIVA DE MAIOR AUMENTO ENCAIXADA).
2. Desligue luz;
3. Retire a lâmina e guarde na caixa.
4. Cubra e Guarde o microscópio na caixa.
5. Deixe seu Local Limpo e Organizado.
Fig 1. Desenho esquemático de um microscópio de luz mostrando seus componentes 
principais e o trajeto da luz desde a fonte luminosa até o olho o observador. (Cortesia de 
Carl Zeiss Co.) Imagem retirada do livro: JUNQUEIRA & CARNEIRO, Histologia 
Básica, 10ª ed., Ed. Guanabara Koogan (Pg. 3 - Fig 1.2)
Tecido Epitelial
O Tecido Epitelial é constituído por células poliédricas justapostas, com pouca 
substância extracelular. As células epiteliais se aderem firmemente umas as a outras por 
meio de junções intercelulares permitindo que essas células se organizem com folhetos 
que revestem a superfície externa e as cavidades do corpo ou que se organizem em 
unidades secretoras.
Células Epiteliais: A forma das células epiteliais varia desde células colunares altas a 
células pavimentosas. O núcleo das células tem forma característica, variando de 
esférico até alongado. Todas as células epteliais estão apoiadas por uma camada de 
tecido conjuntivo. Em epitélios que revestem a cavidades de orgãos ocos essa camada é 
chamada de lâmina própria. 
Tipos de Epitélios
Epitélios de Revestimento: As células são organizadas em camadas que cobrem a 
superfície externa do corpo ou revestem as cavidades do corpo. Eles podem ser 
classificados de acordo com o número de camadas e de acordo com as características 
morfológicas das células na camada superficial.
Quanto ao número de camadas:
Simples: uma única camada de células.
Estratificado: mais de uma camada de células.
Pseudo-estratificado: Tem uma camada de células, porém devido ao posicionamento 
dos núcleos parece um epitélio estratificado
Quanto a forma das células:
Epitélio Simples Pavimentoso: Revestimento de vasos.
Epitélio Simples Cúbico: Revestimento externo do ovário, ductos de glândulas.
Epitélio Simples Prismático ou colunar: Revestimento do intestino.
Epitélio Pseudo-estratificado: Células com núcleos em posições diferentes. 
Revestimento da traquéia
Epitélio Estratificado Pavimentoso não queratinizado: Camada mais superficial 
formadas por células pavimentosas. Reveste cavidades úmidas Ex. Boca, esôfago. 
Vagina e canal anal.
Epitélio Estratificado Pavimentoso queratinizado: Camada mais superficial 
formadas por células pavimentosas. Epiderme
Epitélio Estratificado Cúbico: Camada mais superficial formadas por células cúbicas. 
Revestimento das Glândulas Sudoríparas.
Epitélio Estratificado Prismático ou colunar: Camada mais superficial formadas por 
células Colunares. Reveste poucas regiões do corpo como a conjuntiva ocular.
Epitélio Estratificado de transição: Camada mais superficial formada por células 
globosas. Reveste a bexiga urinária e o ureter.
Células Neuroepiteliais: são células de a origem Epitelial que constituem epitélios com 
funções sensoriais especializadas. Ex: células das papilas gustativas.
Células Mioepiteiais: São células ramificadas que contém miosina e actina e são 
capazes de contrair. Ex: Porções secretoras das glândulas mamárias, sudoríparas e 
salivares.
Epitélio Glandular
São constituídos por células especializadas na atividade de secreção. As células 
epiteliais endócrinas podem sintetizar armazenar e secretar proteínas (pâncreas), 
lipídeos (sebáceas) ou complexos de carboidrato e proteínas (salivares).
Tipos de Epitélios Glandulares
Glândulas unicelulares: células glandulares isoladas. Ex: Célula Caliciforme.
Glândulas multicelulares: agromerado de células secretoras. São formadas apartir de 
células epiteliais de revestimento cujas células proliferam e invadem o tecido conjuntivo 
subjacente e sofrem diferenciação.
Glândulas exócrinas: Mantém sua conexão com o epitélio que a originou. Esta 
conexão toma forma de ductos tubulares formados por células epiteliais. As glândulas 
exócrinas têm uma porção secretora e ductos que transportam a secreção. Elas podem 
ser classificadas quanto a seu ducto e quanto a sua porção secretora.
Glândulas endócrinas: A conexão com o epitélio que a originou foi obliterada durante 
o processo de desenvolvimento. De acordo com a organização celular são diferenciados 
dois tipos de glândulas endócrinas:
- Células que formam cordões anastomosados, entremeados por capilares sanguíneos. 
Ex: adrenal, paratireóide, lóbulo anterior da Hipófise.
- Células que formam vesículas ou folículos preenchidos de material secretado. Ex: 
Glândula tireóide.
Alguns orgãos têm funções tanto endócrinas como exócrinas. Ex: Fígado e Pâncreas
De acordo com o modo pelo qual os produtos são secretados, as glânulas podem ser 
classificadas em: 
- Merócrinas: a secreçãoé liberada pela célula por exocitose sem perda de material 
celular.Ex: Pâncreas
- Holócrinas: a secreção é eliminada juntamente com toda a célula. Ex: Glândulas 
Sebáceas.
- Apócrinas: a secreção é descarregada junto com porções do citoplasma apical. Ex: 
Glândulas Mamárias.
Atividade Prática
TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO
Observação das lâminas 43, 62, 73, 51, 57 e 77.
Ao observar as lâminas lembre-se que:
1. O limite das células epiteliais não é visível ao microscópio óptico, pois a espessura 
da membrana plasmática esta abaixo de seu limite de resolução.
2. Consequentemente, a forma das células epiteliais é determinada observando-se o 
formato de seus núcleos.
3. A cada núcleo corresponde uma célula epitelial.
4. O limite inferior do epitélio é marcado pelo tecido conjuntivo uma vez que a 
membrana basal não é visualizada no microscópio óptico quando se empregam 
técnicas de rotina como a Hematoxilina e Eosina.
5. O número de camadas do epitélio é determinado observando-se a posição dos 
núcleos das células epiteliais.
Lâmina 43 – Corte de vasos sanguíneos. (feixe vásculo nervoso) – coloração H.E
Feixe vásculo nervoso é o conjunto de vasos sanguíneos e fibras nervosas envolvida 
por tecido conjuntivo.
Focalize esta preparação em pequeno aumento e observe que os vasos sanguíneos 
são estruturas tubulares que aparecem, em corte transversal, como grandes anéis.
Em médio aumento, selecione alguns vasos sanguíneos de parede espessa e localize 
o epitélio que reveste o lume (cavidade central regular, que às vezes se apresenta clara 
ou com restos de sangue).
Passe para o maior aumento e observe:
• epitélio (endotélio) é constituído de uma única camada de células pavimentosas, 
cujos núcleos são alongados e densos e se projetam para o lume. Alguns desses 
núcleos são cortados transversalmente, aparecendo portanto arredondados.
É difícil de se identificar o citoplasma em corte transversal. Na parede dos vasos 
sanguíneos existem outros tecidos.
CLASSIFICAÇÃO DO TECIDO: TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO 
SIMPLES PAVIMENTOSO.
Lâmina 62 – Corte de jejuno-íleo – Coloração H. E.
Inicie seu estudo focalizando o corte em pequeno aumento, para uma visão 
panorâmica.
Depois passe para a aumento médio e selecione uma região onde o material esteja 
bem preservado e identifique:
• Projeções digitiformes num dos planos do corte (são as vilosidades intestinais);
• Epitélio de revestimento : camada periférica basófila (mais corada), e relembre que 
uma das características do tecido epitelial é a proximidade de suas células e, 
portanto de seus núcleos. Observe ainda, o tecido conjuntivo subjacente levemente 
acidófilo.
Verifique, em maior aumento, que as células se dispõem em uma só camada, são 
altas, prismáticas (altura maior que a largura), com núcleos ovóides ou alongados 
próximos da região basal.
Observe, na região apical destas células, uma linha mais corada:
• A borda estriada , que corresponde às microvilosidades, longas e numerosas, 
presentes nas células absortivas e só individualizadas na microscopia eletrônica.
Localize, entre estas células prismáticas absortivas, as células caliciformes.
• Célula caliciforme : apresenta o núcleo basal, que pode ser confundido com o das 
células prismáticas absortivas. O citoplasma das células caliciformes é dilatado, 
semelhante a um cálice, e é preenchido por glicoproteínas que, geralmente, não se 
coram pela hematoxilina e eosina.
CLASSIFICAÇÃO DO TECIDO: TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO 
SIMPLES PRISMÁTICO, COM BORDA ESTRIADA E CÉLULAS 
CALICIFORMES.
Lâmina 73 – Corte transversal de traquéia – coloração H.E.
Focalize o corte como na lâmina anterior e localize o epitélio, camada basófila que 
reveste o lume (luz) da traquéia e o tecido conjuntivo, região levemente acidófila, 
adjacente ao epitélio.
Em grande aumento, observe que o epitélio apresenta núcleos em várias alturas. 
Identifique no epitélio três tipos de células:
• Células basais , que não atingem a superfície livre do epitélio e cujos núcleos 
formam fileiras na região basal;
• Células prismáticas , ciliadas, com núcleos em várias posições, aparentando 
estratificação;
• Células caliciformes , já descrita na lâmina 62, que ocorrem na traquéia em menor 
número.
OBS.: Todas as células tocam a membrana basal.
CLASSIFICAÇÃO DO TECIDO: TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO 
PRISMÁTICO PSEUDOESTRATIFICADO CILIADO E COM CÉLULAS 
CALICIFORMES.
Lâmina 51 – Corte de pele espessa – Coloração H. E.
Focalize o corte como nas lâminas anteriores. Em médio aumento, identifique: o 
epitélio intensamente basófilo e o tecido conjuntivo adjacente acidófilo (róseo).
Observe bem as características morfológicas do epitélio. Em grande aumento, 
observe: as células epiteliais formam várias camadas, identificada pelo grande número 
de núcleos em várias alturas, dispostos desde a porção basal até a porção superficial do 
epitélio. Observe as seguintes camadas:
• As células basais (camada germinativa), mais próximas do tecido conjuntivo, são 
prismáticas, com núcleos alongados, perpendiculares à membrana basal (não 
evidente nesta preparação);
• Acima desta camada, as células são poliédricas, com núcleos mais esféricos e mais 
distantes uns dos outros e;
• À medida que se aproximam da superfície epitelial, as células vão se tornando 
pavimentosas, apresentando grânulos basófilos no citoplasma (grânulos de 
queratohialina) e núcleos achatados, pouco corados e em posição mais ou menos 
perpendicular àqueles das células basais.
• Mais superficialmente, observa-se uma camada acidófila de células mortas, 
anucleadas e queratinizadas.
Na superfície , a queratina sofre descamação e na base, as células basais 
(germinativas) se dividem por mitoses e diferenciam-se para recompor o epitélio.
Este epitélio é característico de superfície seca, sujeita a atrito e dessecamento
CLASSIFICAÇÃO DO TECIDO: TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO, 
ESTRATIFICADO, PAVIMENTOSO, QUERATINIZADO.
Lâmina 57 – Corte transversal de esôfago – Coloração H. E.
Focalize o corte como nas lâminas anteriores. Em menor e médio aumento observe 
que o órgão apresenta lume (luz) e no revestimento interno, o epitélio é constituído por 
várias camadas celulares, cuja forma varia desde prismático, com núcleos alongados nas 
células da camada basal; poliédrico com núcleos arredondados, nas células das camadas 
subsequentes, até que adquire um aspecto pavimentoso, com núcleos alongados e 
densos, na camada superficial.
Identifique ainda o tecido conjuntivo adjacente corado em róseo. Neste epitélio não 
ocorre a camada de queratina. As células superficiais sofrem descamação enquanto as 
células basais dividem-se por mitoses para recompor o epitélio.
CLASSIFICAÇÃO DO TECIDO: TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO 
ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO NÃO QUERATINIZADO.
• Compare o tecido desta lâmina com aquele da lâmina 51.
Lâmina 77 – Corte de bexiga – Coloração H. E.
Inicie seu estudo como nas vezes anteriores, identificando o epitélio de revestimento 
da bexiga na superfície cavitária que apresenta-se irregular e pregueada. Este epitélio 
apresenta adaptações que permitem a distensão do órgão.
Em médio aumento identifique o epitélio ligeiramente basófilo, revestindo a 
cavidade da bexiga e o tecido conjuntivo, acidófilo subjacente. Observe que esse 
epitélio apresenta várias camadas e seus núcleos estão em várias posições.
Células basais prismáticas próximas ao tecido conjuntivo, células intermediárias 
cúbicas e células superficiais grandes, com superfície globosa e núcleos cubóides.No estado de distensão, o epitélio de revestimento da bexiga sofre modificações no 
número de camadas e na forma das células epiteliais.
CLASSIFICAÇÃO DO TECIDO: TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO DE 
TRANSIÇÃO.
• Compare os diversos tipos de epitélios, recorde quais os que apresentam 
especializações de membrana; reveja a correlação morfológica entre núcleo e 
citoplasma das células epiteliais.
TECIDO EPITELIAL GLANDULAR
GLÂNDULAS EXÓCRINAS
Observações das lâminas 63, 57, 65 e 66.
LÂMINA 63 – CORTE DE INTESTINO GROSSO – Coloração H. E.
Focalize o material em pequeno aumento, para uma observação geral e localize a 
superfície do corte voltada para luz intestinal.
Em médio aumento, observe que o epitélio de revestimento sofre invaginações 
tubulares formando glândulas alongadas onde localiza-se muitas células caliciformes. 
As glândulas podem aparecer em corte longitudinal, transversal ou oblíquo.
Em grande aumento, identifique o tipo de epitélio e classifique-o (Tecido epitelial 
de revestimento, simples, prismático, com células caliciformes e borda estriada).
Procure uma região onde as glândulas estejam em corte longitudinal e observe que:
• Cada glândula é um túbulo constituído de células caliciformes entremeadas com 
células prismáticas, disposta em torno de uma cavidade (lume da glândula). A célula 
caliciforme lança sua secreção no lume da glândula que desemboca na luz do 
intestino grosso, onde a secreção mucosa vai lubrificar as células epiteliais.
As glândulas intestinais são atípicas, pois não possuem adenômeros e ductos 
distintos como a maioria das glândulas exócrinas. A porção secretora é constituída de 
células caliciformes e a porção excretora é o lume do túbulo.
Classificação do tecido:
REVESTIMENTO:
• TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO SIMPLES, PRISMÁTICO, COM 
CÉLULAS CALICIORMES E BORDA ESTRIADA. 
GLANDULAR:
• GLÂNDULA EXÓCRINA SIMPLES TUBULOSA MUCOSA. 
LAMINA 57 – CORTE TRANSVERSAL DE ESÔFAGO – Coloração H. E.
Focalize a preservação em menor e depois em médio aumento e identifique:
• Epitélio de revestimento (tecido epitelial de revestimento estratificado pavimentoso 
não queratinizado);
• Tecido conjuntivo , corado em róseo, abaixo do epitélio e, mais profundamente no 
tecido conjuntivo, secções de glândulas ligeiramente basófilos.
Em médio e grande aumento observe:
• Ducto: único, simples e não ramificado. Apresenta-se em corte transversal, 
longitudinal ou oblíquo. É constituído de células cúbicas revestindo uma cavidade 
(lume). A presença de ducto indica que a glândula é exócrina. Cada ducto 
corresponde a uma glândula exócrina simples.
• Forma dos adenômeros: em corte, os adenômeros apresentam forma arredondada, 
alongada ou com parte alongada e parte arredondada. Estudos com cortes seriados 
concluíram que cada glândula é constituída de um único adenômero túbulo-acinoso 
longo e ramificado.
• Aspecto histológico dos adenômeros: coram-se fracamente por técnicas histológicas 
de rotina. Suas células apresentam-se vacuolada com núcleos densos, achatados na 
região basal do adenômero. Possuem lume amplo, irregular e facilmente 
visualizado. Um adenômero com essas característica é classificado como mucoso.
CLASSIFICAÇÃO DO TECIDO: GLÂNDULA EXÓCRINA SIMPLES, TUBULO-
ACINOSA, MUCOSA.
LAMINA 65 – CORTE DE GLÂNDULA PARÓTIDA – Coloração H. E.
Focalize a preparação em menor aumento e verifique que esta glândula é um órgão 
constituído de tecido epitelial glandular, com ductos e adenômeros e de tecido 
conjuntivo envolvendo a glândula e constituindo a sustentação entre os componentes 
epiteliais.
• O tecido conjuntivo divide o órgão em lóbulos.
• Os lóbulos são constituídos de adenômeros e ductos menores que convergem para 
ductos maiores localizados no tecido conjuntivo entre os lóbulos e finalmente para o 
ducto principal que desemboca na cavidade bucal.
Em grande aumento observe:
• Ductos intralobulares: aparecem em cortes transversais ou oblíquos no interior dos 
lóbulos apresentando o lume com vários calibres. São formados por células 
prismáticas ou cúbicas acidófilas (eosinofílicas), apresentando epitélio simples 
cúbico ou cilíndrico em torno de um lume arredondado e amplo.
• Ductos interlobulares: localizam-se nos septos de tecido conjuntivo que dividem a 
glândula em lóbulos. Possuem lume amplo revestido por epitélio com número 
variado de camadas de células dependendo do calibre do ducto;
• OBS. : A ocorrência de ductos com diferentes diâmetros e presença de ramificações 
indicam que a glândula é composta.
• Forma dos adenômeros: arredondada ou acinosa.
• Aspecto histológico dos adenômeros : as células secretoras apresentam-se bem 
corada pela H. E. devido ao retículo endoplasmático rugoso basal e aos grânulos de 
secreção apical. As células possuem a forma piramidal e os núcleos são ovóides e 
localizam-se no terço médio das células. O lume do adenômero é estreito e de difícil 
observação no microscópio óptico. Um adenômero com essas características é 
denominado seroso.
CLASSIFICAÇÃO DO TECIDO: GLÂNDULA EXÓCRINA, COMPOSTA, 
ACINOSA, SEROSA.
LÂMINA 66 – CORTE DE GLÂNDULA SUBMANDIBULAR – Coloração: 
Tricrômico de Gomori.
Como a parótida, a submandibular é um órgão que também possui extensa árvore de 
ductos e inúmeros adenômeros.
Identifique em menor e médio aumento, os adenômeros, os ductos e o tecido 
conjuntivo, este corado em verde (verde-luz), entre os elementos epiteliais.
Em maior aumento, observe que a glândula é composta, ou seja, os ductos são 
ramificados, com diâmetro de grande calibre. Suas células são cuboidais ou cilíndrica, 
com citoplasma claro e com núcleo esférico, situado no terço basal das células. O lúme 
é amplo e regular.
• Forma dos adenômeros: possui adenômeros em forma acinosa (arredondada), 
tubulosa (alongada) ou ainda, tubuloacinosa (túbulos que se continuam com ácinos).
• Aspecto histológico dos adenômeros: a glândula apresenta adenômeros serosos e 
mistos (seromucosos). Os adenômeros serosos possuem células piramidais, 
acidófila, com grânulos de secreção bem evidentes, em tom avermelhado, núcleos 
arredondados e claros, lume pouco visível. Os adenômeros mistos são formados por 
células mucosas, piramidais altas, pouco corados, com núcleo esféricos, ovóides ou 
alongados, situados na região basal da célula e por células serosas, dispostas em 
pequenos grupos, formando semi-luas na porção terminal dos túbulos-ácinos.
CLASSIFICAÇÃO DO TECIDO: GLÂNDULA EXÓCRINA COMPOSTA 
TUBULOACINOSA, SEROMUCOSA.
GLÂNDULAS ENDÓCRINAS
Observações das lâminas 79 e 80.
LAMINA 79 – CORTE DE ADRENAL OU SUPRA RENAL – Coloração H. E.
Focalize a preparação em menor e depois em médio aumento e identifique o tecido 
epitelial glandular. Observe que a glândula é dividida em duas regiões: região cortical 
(região periférica) e região medular (região central).
Observe as seguintes características:
• Ausência de ductos excretores: glândula endócrina.
• Na região cortical, observe que as células epiteliais são dispostas em fileiras ou 
cordões irregulares. Observe que estas células, a maioria poliédricas, núcleos 
ovóides ou arredondados e citoplasma claro vacuolado (imagem negativa dos 
lípides). São células secretoras de esteróides. Na região medular as células 
apresentam citoplasma mais corados e os cordões celulares são enovelados, 
dificultando a visualização das fileiras de células.
• Entre os cordões de células epiteliais, ocorre tecido conjuntivo, com pequenos vasos 
sanguíneos (de difícil visualização), onde são lançado as secreções das células 
epiteliais.
CLASSIFICAÇÃODO TECIDO: GLÂNDULA ENDÓCRINA CORDONAL.
LÂMINA 80 - CORTE DE TIREÓIDE - Coloração H. E.
Focalize a preparação em pequeno e depois em médio aumento e observe o tecido 
epitelial glandular, constituído de vários folículos ou vesículas, com dimensões 
variadas.
O tecido conjuntivo altamente vascularizado, é visto entre os elementos epiteliais.
Em médio e grande aumento observe:
• Ausência de ductos: glândula endócrina
• Cada folículo é constituído por uma única camada de células cuboidais, com núcleos 
central arredondados (tireócitos) revestindo uma cavidade ampla (lume do folículo) 
repleta de secreção acidófila homogênea (colóide). Em alguns folículos observam-se 
no seu interior áreas claras que indicam reabsorção do colóide pelos tireócitos.
• Entre os folículos tiroideanos observam-se células claras, com núcleos esféricos, as 
células parafoliculares ou células C. não é necessário identificá-las.
CLASSIFICAÇÃO DO TECIDO: GLÂNDULA ENDÓCRINA VESICULAR.
GLÂNDULA ANFÍCRINA OU MISTA
Observação da lâmina 68:
LÂMINA 68 - CORTE DE PÂNCREAS – Coloração: hematoxilina alúmen crômica de 
Gomori e floxina.
Focalize a preparação em menor e médio aumento e observe que as glândula 
apresenta uma porção exócrina, onde são encontrados ductos ramificados e adenômeros 
acinosos serosos, além da porção endócrina, representada por pequenos aglomerados de 
células em cordões, denominado ilhotas pancreáticas (ilhotas de Langerhans), situadas 
entre os elementos exócrinos.
Em maior aumento, identifique, nas ilhotas pancreáticas, células acidófilas 
(vermelhas) e células basófilas (azuis).
Por apresentar funções exócrina e endócrinas, esta glândula recebe a seguinte 
classificação histológica: GLÂNDULA ANFÍCRINA OU MISTA.
A parte exócrina é classificada como: GLÂNDULA EXÓCRINA COMPOSTA 
ACINOSA SEROSA.
A parte endócrina: GLÂNDULA ENDÓCRINA CORDONAL.
Compare os diversos tipos de organização histológica do tecido epitelial glandular 
nas preparações das lâminas 63, 57, 65 e 66 com as das lâminas 79 e 80.
Tecido Conjuntivo
Os componentes do tecido conjuntivo podem ser divididos em três classes:
*Células
*Fibras
*Subtância fundamental
A ampla variedade de tecidos conjutivos está relacionado as proporções destes 
três componentes.
Células do tecido conjuntivo
Fibroblastos e Fibrócitos: São as células mais comuns do tecido conjuntivo e são 
capazes de modular sua capacidade metabólica. As células com intensa atividade de 
síntese são denominadas Fibroblastos e as células quiescentes são denominadas 
Fibrócitos. Os Fibroblastos possuem citoplasma abundante com muitos 
prolongamentos. Seu núcleo é ovóide, grande e fracamente corado, com cromatina fina 
e nucléolo evidente. O citoplasma é rico em retículo endoplasmático rugoso (RER) e o 
aparelho de Golgi é bem desenvolvido. Os Fibrócitos são menores do que os 
fibroblastos e tendem a um aspecto fusiforme, possuem poucos prolongamentos e o 
núcleo é menor, mais escuro e mais alongado do que o do fibroblasto. Seu citoplasma é 
acidófilo, com pouca quantidade de RER. Essas células sintetizam as proteínas colágeno 
e elastina, além das glicosaminoglicanas, proteoglicanas e glicoproteínas multiadesivas 
que farão parte da matriz extracelular e estão envolvidas na produção de fatores de 
crescimento e nas cicatrizações
Macrófagos e o Sistema Fagocitário Mononuclear: Foram descobertos e inicialmente 
caracterizados graças à sua capacidade de fagocitose. Essas células possuem 
características morfológicas muito variáveis dependendo de seu estado funcional e do 
tecido habitado. Os macrófagos possuem núcleos ovais ou em forma de rim localizados 
excentricamente. Eles apresentam superfície irregular com protusões e indentações. 
Geralmente possuem complexo de golgi bem desenvolvido, muitos lisossomos e um 
RER proeminente. Atuam como elementos de defesa, fagocitando resto celulares, 
elementos anormais da matriz extracelular, células cancerosas, bactérias e elementos 
inertes que penetram no organismo.
Mastócitos: O mastócito maduro é uma célula globosa, grande e com o citoplasma 
repleto de grânulos. O núcleo é pequeno, esférico e central. Os grânulos são eletron-
densos, heterogênios e contém mediadores químicos como a histamina e 
glicosaminoglicanas. Eles colaboram com as reações imunes e tem papel fundamental 
na inflamação, nas reações alérgicas e na expulsão de parasitas.
Plasmócitos: São células grandes e ovóides que possuem um citoplasma basófilo que 
reflete sua riqueza em RER. O complexo de golgi e os centríolos se localizam em uma 
região próxima do núcleo aparecendo como uma região clara nas preparações 
histológicas rotineiras. O núcleo é esférico, excêntrico e contém grumos de cromatina. 
São numerosos no tecido conjuntivonos locias sujeitos à penetração de bactérias e 
proteínas estranhas. São responsáveis pela síntese de anticorpos.
Leucócitos ou glóbulos Brancos: São constituintes normais dos tecidos conjuntivos, 
vindos do sangue por migração através da parede de capilares e vênulas. São 
especializadas na defesa contra microorganismos agressores.
Células Adiposas: São células que se tornaram especializadas no armazenamento de 
energia na forma de gorduras.
Fibras: As fibras do tecido conjuntivo são formadas por proteínas que se polimerizam 
formando estruturas alongadas. Os principais tipos de fibras são as colágenas, as 
reticulares e as elásticas. As fibras colágenas clássicas (de colágeno tipo I) são as fibras 
mais numerosas no tecido conjuntivo. No estado fresco essas fibras têm cor branca. Ao 
microscópio de luz as fibras colágenas são acidófilas e se coram em rosa pela eosina,em 
azul pelo tricômico de Mallory, em verde pelo tricômico de Masson e em vermelho pelo 
Sirius red. As fibras reticulares são formadas predominantemente por colágeno tipo III, 
associados a um elevado teor de glicoproteínas e proteoglicanas. Elas são finas e 
formam uma rede extensa em alguns orgãos. Não são visíveis quando coradas pelo H/E 
mas podem ser coradas pela impregnação com sais de prata.
Sistema Elástico
È composto por 3 tipos de fibras: oxitalânica, elaunínica e elástica. O sistema 
elástico constitui uma família de fibras com características funcionais variáveis capazes 
de se adaptar ás necessidades locais dos tecidos.
Substância Fundamental
A substância fundamental intercelular é uma mistura complexa altamente 
hidratada de moléculas aniônicas (glicosaminoglicanas, e proteoglicanas) e 
glicoproteínas multiadesivas. Ela preenche os espaços entre as células e fibras do tecido 
conjuntivo. Além da substância fundamental tem também o fluido tissular que é 
semelhante ao plasma sanguíneo.
Tipos de Tecido Conjuntivo
Existem diversas variedades de tecidos conjuntivos formados pelos constituintes 
básicos porém com proporções diferentes.
Tecido Conjuntivo propriamente dito
Tecido conjuntivo frouxo: suporta estruturassujeitas a pressão e atritos pequenos e 
preenche espaços entre grupos de células. Ele contém todos os elementos estruturais 
típico do tecido conjuntivo propriamente dito, porém não há predominância de qualquer 
um dos componentes. É um tecido de consistência delicada, flexível, bem vascularizado 
e não muito resistente a trações.
Tecido conjuntivo denso: é adaptado para oferecer resistência a proteção aos tecidos. É 
formado pelos mesmos componentes encontrados no tecido conjuntivo frouxo porém, 
existe um clara predominância de fibras colágenas. Ele é menos resistente a tensão que 
o conjuntivo frouxo. Quando as fibras são sem uma orientação definida, o tecido 
chama-se denso não modelado e é encontrado na derme profunda.O tecido denso 
Modelado.apresenta feixes de colágeno paralelos e alinhados com os fibroblastos. Esse 
tecido é encontrado nos tendões.
Tecido Elástico
É composto por feixes espessos e paralelos de fibras elásticas conferindo a este 
tecido uma cor amarela típica e grande elasticidade. Ele está presente nos ligamenteo 
amarelos da coluna vertebral e no ligamento suspensor do pênis.
Tecido Reticular
É muito delicado e forma uma rede tridimensional que suporta as células de 
alguns orgãos. È constituido de fibras reticulares. Esse tecido provê uma estrutura 
arquitetônica e cria um ambiente especial para orgãos linfóides e hematopoéticos.
Tecido Mucoso
É de consistência gelatinosa graças a predominância da matriz fundamental. É o 
principal componente do cordão umbilical (gelatina de Wharton) e da polpa jovem dos 
dentes.
Atividade Prática
TECIDO CONJUNTIVO
TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO:
Lâmina 51 – Corte de pele – Coloração H. E.
Identifique e classifique o epitélio de revestimento da pele (tecido epitelial de 
revestimento estratificado pavimentoso com queratina). Abaixo do tecido epitelial, 
localiza-se o tecido conjuntivo que é constituído de células (núcleos basófilos) 
separadas por abundante material intercelular acidófilo. Próximo ao epitélio, observe as 
papilas do conjuntivo, evaginações que facilitam a fixação e nutrição do tecido epitelial.
Em médio e grande aumentos, observe os componentes do tecido conjuntivo:
• Fibras colágenas: acidófilas coradas pela eosina e constituído de fibras colágenas. 
As fibras colágenas podem ser de dois tipos:
 Fibras colágenas finas: localizada logo abaixo do tecido epitelial de 
revestimento, principalmente nas papilas do conjuntivo. Tem coloração mais 
clara.
 Fibra colágenas espessas: localizam-se abaixo das fibras colágenas finas e 
corresponde à maior parte do corte. São mais fortemente coradas pela eosina e 
dispõem-se desordenadamente, aparecendo em conte transversal, oblíquo e 
longitudinal.
• Células do tecido conjuntivo: somente seus núcleos podem ser visualizado na 
lâmina.
 Núcleo dos fibrócitos: alongado, fusiforme acompanhando o formato da célula e 
fortemente basófilo, pois possuem cromatina densa. Os fibrócitos são mais 
numerosos entre as fibras colágenas espessas, onde são facilmente identificados.
 Núcleo de outras células: ovóides, com cromatina frouxa, localizados 
principalmente entre as fibras colágenas finas.
• Substância fundamental amorfa (SFA): em imagem negativa (espaços claros entre as 
fibras colágenas) pois é de difícil preservação devido a sua riqueza de 
glicosaminoglicanos.
A região onde são observadas fibras colágenas delgadas ou finas, próximo às papilas 
do conjuntivo a classificação do tecido é a seguinte: TECIDO CONJUNTIVO 
FROUXO.
A região onde são observadas fibras colágenas espessas o tecido é classificado em: 
TECIDO CONJUNTIVO DENSO NÃO MODELADO OU DESORDENADO.
Lâmina 21 – Corte longitudinal de tendão – Coloração H. E.
Focalize a preparação em pequeno, médio e posteriormente em grande aumento e 
observe:
• Predominância de fibras colágenas espessas (acidófilas) e dispostas em uma só 
direção, paralelas umas às outras.
• Em grande aumento, observe os núcleos do fibrócitos, com núcleos extremamente 
alongados e muitos afilados dispostos em fileiras entre as fibras colágenas espessas.
• Substância fundamental amorfa escassa (imagem negativa) e localizada próxima aos 
fibrócitos.
Pela predominância e disposição regular das fibras colágenas, este tecido é 
classificado como: TECIDO CONJUNTIVO DENSO ORDENADO.
• Observe, ainda, septos de tecido conjuntivo frouxo, contendo capilares e células, 
que podem ser visualizados unindo os feixes de fibras colágenas do tendão.
Compare a concentração e disposição morfológica dos elementos celulares e 
intercelulares dos tecidos conjuntivos frouxo, denso desordenado e denso ordenado.
TECIDO CONJUNTIVO ELÁSTICO:
Lâmina 15 – Corte de vários órgãos – Coloração: Técnica de Verhoeff, contracorada 
com eosina.
Identifique o corte de artéria elástica macroscopicamente. Focalize a preparação em 
menor e médio aumento e observe a presença e a diferença entre os vários cortes.
• Em maior aumento, identifique em cada corte, as fibras elásticas coradas em preto. 
Nos cortes de artérias, que se destaca por apresentar luz ampla e parede espessa, que 
as fibras elásticas formam lâminas elásticas dispostas concentricamente na parede 
do vaso. As lâminas elásticas recebem a denominação de lâminas fenestradas.
• As lâminas fenestradas são onduladas facilitando a distenção da parede do vaso. 
Entre as fibras elásticas coradas em negro, encontram-se fibra musculares lisas 
(túnica média) e fibras colágenas (túnica intima e túnica adventícia) coradas em 
róseo pela eosina. Embora ocorra fibrócitos, células musculares lisas e fibras 
colágenas nesta preparação, não é necessário identificá-los nesta preparação.
TECIDO CONJUNTIVO RETICULAR:
Lâmina 16 – Corte de vários órgãos: fígado, rim e baço – Coloração – Técnica: 
Impregnação metálica pela prata.
Focalize a preparação em pequeno e médio aumento e observe que ela contém três 
cortes diferentes. Em maior aumento, identifique em cada corte, as fibras reticulares 
coradas em negro.
• As fibras reticulares, em negro, devido a impregnação pela prata são constituída de 
fibras colágenos tipo III.
• Essas fibras formam uma organização em rede: fibras reticulares finas organizam-se 
em rede formando a trama de sustentação (estroma) das células em órgãos epiteliais 
como fígado, rim e órgão hematocitopoéticos (baço, linfonodo, medula).
• As células e demais estruturas do órgão aparecem como espaços não corados.
TECIDO ADIPOSO
É um tipo especial de conjuntivo onde se observa a predominância de células 
adiposas. Em pessoas de peso normal o tecido adiposo corresponde a 20-25% do peso 
corporal da mulher e 15-20% no homem.
Esse tecido é o maior depósito de energia sob a forma de triglicerídeos. As 
células hepáticas e o músculo esquelético também acumulam energia, mas sob a forma 
de glicogênio. Os triglicerídeos são mais eficientes como reserva energética porque 
fornecem 9,3 Kcal/g contra apenas 4,1 Kcal/g fornecidos pelo glicogênio. Os 
triglicerídeos do tecido adiposo não são depósitos estáveis e o tecido é muito 
influenciado por estímulos nervosos e hormonais. Além do papel energético o tecido 
adiposo modela a superfície, forma coxins absorventes de choques, contribui para o 
isolamento térmico, preenche espaços e ajuda a manter certos órgãos em posições 
normais. Esse tecido também tem atividade secretora sintetizando diversos tipos de 
moléculas. Há duas variedades de tecido adiposo que apresentam distribuição no corpo, 
estrutura, fisiologia e patologia diferentes.
Tecido Adiposo Unilocular: A cor desse tecido varia entre o branco e o amarelo-
escuro, dependendo da dieta. Essa coloração deve-se principalmente ao acúmulo de 
carotenos dissolvidos nas gotículas de gorduras. Praticamente todo tecido adiposo 
presente em humanos adultos é do tipo unilocular. Seu acúmulo em certos locais é 
influenciado pelo sexo e pela idade da pessoa. Esse tecido forma o panículo adiposo, 
camada disposta sob a pele e que é de espessura uniforme por todo o corpo dos recém-
nascidos. Com a idade o panículo adiposo tende a desaparecer de certas áreas, 
desenvolvendo-se em outras. Essa deposição seletiva de gordura é regulada por 
hormônios sexuais e pelos hormônios produzidos pela camada cortical da glândulaadrenal. As células adiposas uniloculares são grandes, quando isoladas, são esféricas, 
tornando-se poliédricas no tecido adiposo pela compressão recíproca. O tecido 
unilocular apresenta septos de conjuntivo, que contêm vasos e nervos. Desses septos 
partem fibras reticulares que vão sustentar as células adiposas.
Tecido Adiposo Multilocular: É também chamado de tecido adiposo pardo. 
Essa cor é devida à vascularização abundante e às numerosas mitocôndrias presentes em 
suas células. Por serem ricas em citocromos as mitocôndrias tem cor avermelhada. Esse 
tecido é de distribuição limitada, localizando-se em áreas determinadas. É um tecido 
abundante nos animais que hibernam. No feto e no recém-nascido esse tecido apresenta 
localização bem definida. Como esse tecido não cresce sua quantidade no adulto é bem 
reduzida. As células são menores do que as do tecido adiposo comum e têm forma 
poligonal. O citoplasma é carregado de gotículas lipídicas de vários tamanhos e contém 
numerosas mitocôndrias. Esse tecido é especializado na produção de calor, tendo papel 
importante nos mamíferos que hibernam. Ao ser estimulado pela noradrenalina nas 
terminações nervosas abundantes em torno de suas células esse tecido acelera a lipólise 
e a oxidação dos ácidos graxos. A oxidação dos ácidos graxos produz calor e não ATP 
devido a Termogenina. Nas espécies que hibernam, o despertar da hibernação é devido 
a ação de estímulos nervosos sobre o tecido multilocular que funciona como estimulante 
dos outros tecidos. Em humanos o tecido produz calor durante os primeiros meses de 
vida protegendo o recém-nascido contra o frio.
Atividade Prática
TECIDO ADIPOSO
Lâmina 19 – Corte de tecido adiposo unilocular – Coloração: H. E.
Nesta lâmina o tecido adiposo unilocular pode estar associado com músculo estriado 
esquelético. Focalize o corte em menor e médio aumento e observe:
Adipócito unilocular: possui uma gota de lípide única e grande, que preenche quase 
todo o seu citoplasma (imagem negativa da gordura extraída durante a preparação da 
lâmina). Possui o citoplasma periférico muito fino (linha corada) e núcleo achatado na 
periferia.
• Septos de tecido conjuntivo frouxo, que divide o tecido adiposo em lóbulos.
Os adipócitos são sustentados por fibras reticulares que não são visualizados na 
preparação.
Lâmina 18 – corte de tecido adiposo multilocular – Coloração: H. E.
O corte contém tecido adiposo multilocular associado a tecido adiposo unilocular e 
músculo estriado esquelético. Focalize a preparação em pequeno aumento e repare na 
distribuição geral e seus constituintes. Em médio aumento observe:
• Grupos de adipócitos multiloculares , separados por tecido conjuntivo frouxo. Os 
adipócitos multiloculares possuem várias gotas lipídicas, em imagem negativa em 
seu citoplasma. O núcleo é ovóide e central ou ligeiramente excêntrico.
Os adipócitos multilobulares são menores do que os adipócitos unilobulares.
• Fibras reticulares (não visualizados nesta preparação) também formam o estroma de 
sustentação das células desse tecido. Septos de tecido conjuntivo frouxo contendo 
vasos sanguíneos podem ser encontrados entre grupos de adipócitos multiloculares.
TECIDO CARTILAGINOSO
É uma forma especializada de tecido conjuntivo de consistência rígida. 
Desempenha a função de suporte de tecidos moles, reveste superfícies articulares, onde 
absorve choques, e facilita o deslizamento dos ossos nas articulações. A cartilagem é 
essencial para a formação e o crescimento dos ossos longos, na vida intra-uterina e 
depois do nascimento. 
Esse tecido contém células (condrócitos) e abundante material extracelular que 
constitui a matriz. As cavidades da matriz, ocupadas pelos condrócitos são chamadas 
lacunas. As funções desse tecido dependem da estrutura da matriz por colágeno + 
elastina, em associação com macromoléculas de proteoglicanas, ácido hialurônico e 
diversas glicoproteínas. Na periferia da cartilagem, os condrócitos apresentam forma 
alongada, mais profundamente são arredondados e aparecem em grupos de até 8 células 
(grupos esógenos). As células da matriz sofrem retrações durante o processo 
histológico, o que explica a forma da cápsula. Os condrócitos apresentam reentrâncias e 
saliências que aumentam a superfície de contato facilitando as trocas com o meio 
extracelular. Essas células secretam colágeno (Tipo II principalmente), proteoglicanas e 
glicoproteínas.
O tecido cartilaginoso não possui vasos sanguíneos sendo nutrido pelos capilares 
do conjuntivo envolvente (pericôndrio). As cartilagens que revestem a superfície dos 
ossos nas articulações móveis não têm pericôndrio e recebem nutrientes do líquido 
sinovial das cavidades articulares. Ele também é desprovido de vasos linfáticos e de 
nervos.
Conforme as diversas necessidades funcionais do organismo, as cartilagens se 
diferenciam em 3 tipos: hialina, elástica, fibrosa.
Cartilagem Hialina: É o tipo mais freqüente encontrado no corpo humano e por isso o 
mais estudado. Forma o primeiro esqueleto do embrião. No adulto a cartilagem hialina é 
encontrada principalmente na parede das fossas nasais, traquéia e brônquios, na 
extremidade ventral (das costelas) e recobrindo as superfícies articulares dos ossos 
longos. Toda cartilagem hialina exceto articulares são envolvidas por uma camada de 
tecido conjuntivo denso (pericôndrio). Além de ser fonte de novos condrócitos para o 
crescimento ele é responsável pela nutrição, oxigenação e eliminação de refugos 
metabólicos da cartilagem.
Cartilagem Elástica:É encontrada no pavilhão auditivo, no conduto auditivo externo, 
na tuba auditiva (ou de Eustáquio), na epiglote e na cartilagem cuneiforme da laringe. É 
semelhante a cartilagem hialina, porém, além das fibrilas de colágeno (Tipo II) inclui 
uma rede de fibras elásticas continuas com o peridocôndrio. A presença de elastina 
confere a esse tipo de cartilagem uma cor amarelada (a fresco). A cartilagem elástica 
pode estar presente isoladamente ou formar uma peça cartilaginosa junto com a 
cartilagem hialina. Esta cartilagem possui pericôndrio e cresce por aposição e é menos 
sujeita a processos degenerativos que a hialina.
Cartilagem Fibrosa: É um tecido com características intermediárias entre o 
conjuntivo denso e a cartilagem hialina. É encontrada nos discos intervertebrais, nos 
pontos em que alguns tendões e ligamentos se inserem nos ossos e na sínfise pubiana. A 
fibrocartilagem está sempre associada ao conjuntivo denso, sendo imprecisos os limites 
entre os dois. Freqüentemente os condrócitos formam fileiras alongadas. A matriz da 
fibrocartilagem é acidófila por conter grande quantidade de fibras colágenas. A 
substância fundamental é escassa e limitada à proximidade das lacunas que contém os 
condrócitos onde formam cápsulas basófilas, metacromáticas e PAS +. Os feixes de 
colágeno ficam orientados por influência de forças que atuam sobre a cartilagem 
ficando paralelos às trações exercidas sobre a cartilagem. Na fibrocartilagem não existe 
pericôndrio.
Discos Intervertebrais: Funcionam como coxins lubrificantes que previnem o desgaste 
do osso das vértebras durante os movimentos da coluna espinhal. O núcleo pulposo, rico 
em ácido hialurônico, é muito hidratado e absorve as pressões como se fosse uma 
almofada, protegendo as vértebras contra impactos.
Atividade Prática
TECIDO CARTILAGINOSO
Lâmina 22 – Corte transversal de traquéia – cartilagem hialina – Coloração: H. E.
Identifique o corte de traquéia, macroscopicamente, por apresentar cavidade ampla e 
arredondada e intensa basofilia em sua parede devido aosanéis de cartilagem hialina. 
Focalize a preparação em pequeno e médio aumento e em grande aumento identifique e 
classifique:
• Tecido epitelial de revestimento; 
• Tecido epitelial glandular; 
• Tecido conjuntivo; 
Identifique abaixo do tecido conjuntivo, a cartilagem hialina pela sua basofilia. 
Observe que o tecido cartilaginoso é revestido por um tecido conjuntivo denso 
ordenado, o pericôndrio.
Em grande aumento, observe os componentes da cartilagem hialina:
• Matriz cartilaginosa: basófila e de aspecto homogêneo. Esta matriz apresenta 
predominância de Substância Fundamental Amorfa (S.F.A.), com 
glicosaminoglicanas sulfatadas e ácido hialurônico, os quais são responsáveis pela 
basofilia apresentada. Apresenta ainda fibrilas colágenas delgadas (colágeno tipo II), 
que não são visualizadas na lâmina.
• Condrócitos: células arredondadas localizadas em lacunas e que sintetizam os 
componentes da matriz cartilaginosa. A imagem negativa observada na lacuna é 
artefato de técnica, uma vez que “in vivo”o condrócito preenche toda a lacuna.
• Grupos isógenos: são ninhos de condrócitos que se originaram por divisão mitótica 
de uma única célula e que representam o crescimento interticial da cartilagem.
• Matriz territorial: intensamente basófila, localizada ao redor dos condrócitos. 
Representa a matriz recém sintetizada pelos condrócitos e que contém pouco 
colágeno e abundante S. F. A.
• Matriz interterritorial: É a matriz mais afastada dos condrócitos que apresenta 
basofilia menos intensa.
• Condroblastos: células cartilaginosas jovens e imaturas localizadas na periferia da 
cartilagem, próximas ao pericôndrio. Possuem forma elíptica, com núcleo 
vesiculoso. Os condroblastos originam-se de células indiferenciadas que se 
localizam no pericôndrio e representam o crescimento aposicional da cartilagem.
• Pericôndrio: bainha de tecido conjuntivo denso ordenado que reveste a cartilagem.
Lâmina 23 – Corte de epiglote – cartilagem elástica – Técnica de Verhoeff contracorado 
pela eosina.
Focalize a preparação em pequeno aumento e depois em médio aumento. Observe 
neste órgão:
• Tecido epitelial de revestimento;
• Tecido conjuntivo;
• Matriz cartilaginosa: corada em negro, devido a grande quantidade de fibras 
elásticas que foram coradas pelo método de Verhoeff. Contém fibrilas colágenas 
finas (colágeno tipo II) e grande quantidade de S.F.A.
• Condrócitos: retraídos no interior das lacunas e corados pela eosina. Grupos 
isógenos com poucos condrócitos podem, as vezes serem visualizados.
• Condroblastos: elípticos, com núcleos vesiculosos, localizados na periferia da 
cartilagem.
• Pericôndrio: tecido conjuntivo denso ordenado que reveste a cartilagem. Possui 
fibras colágenas espessas corada pela eosina.
Observe ainda que, na porção central desta cartilagem, encontram-se numerosos 
adipócitos uniloculares.
Compare a proporção e distribuição dos elementos celulares desta cartilagem, com 
seus correspondentes na cartilagem hialina.
TECIDO ÓSSEO
É o constituinte principal do esqueleto, serve de suporte para as partes moles e 
protege os órgãos vitais. Proporciona apoio aos músculos esqueléticos transformando 
suas contrações em movimentos úteis e constitui um sistema de alavancas que amplia as 
forças geradas na contração muscular. Os ossos também funcionam como depósito de 
cálcio, fosfato e outros íons, armazenando-os ou liberando-os de maneira controlada, 
para manter constante a concentração desses importantes íons nos líquidos corporais.
É um tipo especializado de tecido conjuntivo formado por células e material 
extracelular calcificado (matriz óssea). As células são osteócitos que situam nas lacunas 
no interior da matriz; osteoblastos produtores da parte orgânica da matriz; osteoclastos 
células gigantes, móveis e multinucleadas que reabsorvem o tecido ósseo participando 
dos processos de remodelação dos ossos. 
Como não existe difusão de substância dentro da matriz óssea a nutrição do 
osteócito depende de canalículos que existem na matriz. Esses canalículos possibilitam 
as trocas de moléculas e íons entre os capilares sanguíneos e os osteócitos. Todos os 
ossos são recobertos por camadas de tecido contendo células osteogênicas (endosteo e 
periosteo)
Células do Tecido Ósseo
Osteócitos: São células encontradas no interior da matriz óssea, ocupando as lacunas 
das quais partem canalículos. Cada lacuna contém apenas um osteócito. Dentro dos 
canalículos os prolongamentos dos osteócitos estabelecem contactos através de junções 
comunicantes por onde podem passar pequenas moléculas e íons de um osteócito para 
outro. A pequena quantidade de material extracelular presente no espaço entre os 
osteócitos e a matriz óssea também constitui uma via de transporte de nutrientes e 
metabólitos entre os vasos sanguíneos e os osteócitos. São células essenciais para a 
manutenção da matriz óssea apesar de sua morfologia (pouco retículo, complexo e 
núcleo condensado).
Osteoblastos: São células que sintetizam a parte orgânica (colágeno I, proteoglicanos e 
glicoproteínas) da matriz óssea e são capazes de concentrar fosfato de cálcio 
participando da mineralização da matriz. Dispõem-se sempre nas superfícies ósseas, 
lado a lado, num arranjo que lembra um epitélio simples. Uma vez aprisionado pela 
matriz recém-sintetizada o osteoblasto passa a ser chamado osteócito.
Osteoclastos: São células móveis, gigantes, extensamente ramificadas com partes 
dilatadas, que contém seis a 50 ou mais núcleos. As ramificações são muito irregulares 
com forma e espessura variáveis. Nas áreas de reabsorção de tecido ósseo encontram-se 
porções dilatadas dos osteoclastos colocadas em depressões da matriz escavados pela 
atividade dis osteoclastos e conhecidas como Lacunas de Howship. As atividades dos 
osteoclastos são coordenadas por citocinas, e por hormônios como calcitonina (glândula 
tireóide) e paratormônio (glândulas paratireóides). 
Matriz Óssea
A parte inorgânica representa cerca de 50% do peso da matriz óssea. Os íons 
mais encontrados são o fosfato e o cálcio. Há também bicarbonato, magnésio, potássio, 
sódio e citrato em pequenas quantidades.
A parte orgânica da matriz é formada por fibras colágenas (95%) tipo I e por 
pequena quantidade de proteoglicanos e glicoproteínas.
A associação da parte orgânica com a inorgânica é responsável pela dureza e 
resistência do tecido ósseo.
Periósteo e Endósteo
As superfícies interna e externa dos ossos são recobertas por células 
osteogênicas e tecido conjuntivo que constitui o endósteo e o periósteo. As principais 
funções são nutrição do tecido ósseo e fornecimento de novos osteoblastos para o 
crescimento e a recuperação do osso.
Tipos de Tecido Ósseo
Ao olho nu a superfície de um osso serrado verifica-se que ele é formado por 
partes sem cavidades visíveis (osso compacto) e por partes com muitas cavidades 
intercomunicantes (osso esponjoso).
Essa classificação é macroscópia e não histológica, pois o tecido compacto e os 
tabiques que separam as cavidades do esponjoso têm a mesma estrutura básica. 
Nos ossos longos, as extremidades ou epífises são formadas por osso esponjoso 
com uma camada superficial compacta. A diáfise (parte cilíndrica) é quase totalmente 
compacta com pequena quantidade de osso esponjoso na sua parte profunda delimitando 
o canal medular.
Os ossos curtos têm o centro esponjoso, sendo recoberto em toda a sua periferia 
por uma camada compacta.
Nos ossos chatos existem duas camadas de osso compacto separadas por osso 
esponjoso.Histologicamente existem 2 tipos de tecido ósseo: 
Tecido Ósseo Primário: Em cada osso o primeiro tecido ósseo que aparece é o 
primário (não lamelar) sendo substituído gradativamente por tecido ósseo secundário ou 
lamelar. No adulto é muito pouco freqüente, persistindo apenas próximos as suturas dos 
ossos do crânio, nos alvéolos dentários e em alguns pontos de inserção dos tendões. O 
tecido ósseo primário apresenta fibras colágenas dispostas em várias direções sem 
organização definida, tem menor quantidade de minerais e maior proporção de 
osteócitos do que o tecido ósseo secundário.
Tecido Ósseo Secundário: É a variedade geralmente encontrada no adulto. Sua 
principal característica é possuir fibras colágenas organizadas em lamelas de 3 a 7 mm 
de espessura, que ou ficam paralelas umas às outras, ou se dispõem em camadas 
concêntricas em torno de canais com vasos, formando os Sistemas de Havers ou 
Ósteons. As lacunas estão situadas entre as lamelas ósseas, porém algumas vezes estão 
dentro delas. Em cada lamela as fibras colágenas são paralelas umas às outras. 
Separando grupos de lamelas, ocorre o acúmulo de uma substância cimentante que 
consiste em matriz mineralizada, porém com muito pouco colágeno.
Cada Sistema de Havers ou Ósteon é um cilindro longo (as vezes bifurcados) 
paralelo a diáfise e formado por 4 a 20 lamelas ósseas concêntricas. No centro de cada 
cilindro ósseo existe um canal revestido de endosteo, o Canal de Havers, que contém 
vasos e nervos. Os Canais de Havers comunicam entre si coma cavidade medular e com 
a superfície externa do osso por meio de canais transversais ou oblíquos (os Canais de 
Volkman). Estes se distinguem dos de Havers por não apresentarem lamelas ósseas 
concêntricas. Todos esses canais aparecem quando a matriz óssea se forma ao redor dos 
ossos preexistentes. A alternância entre lamelas claras e escuras os Sistemas de Havers 
deve-se as birrefrigência das fibrilas colágenas.
Os sistemas circuferenciais interno e externo são constituídos por lamelas ósseas 
paralelas entre si, formando duas faixas: uma situada na parte interna e outra na parte 
externa do osso. Entre esses dois sistemas circuferenciais encontram-se inúmeros 
Sistemas de Havers e grupos irregulares de lamelas.
Histogênese
Ossificação Intramembranosa: Tem lugar no interior de membranas do tecido 
conjuntivo. É o processo formador dos ossos frontal, parietal e de partes do occipitel do 
temporal e dos maxilares superior e inferior. Contribui para o crescimento dos ossos 
curtos e para o crescimento em espessura dos ossos longos. O local da membrana 
conjuntiva onde a ossificação começa chama-se Centro de Ossificação Primária. O 
processo tem início pela diferenciação de células mesenquimatosas que se transformam 
em grupos de osteoblastos. Estes sintetizam o osteóide (matriz não mineralizada) que 
logo se mineralizam englobando osteoblastos que se transformam em osteócitos. Como 
vários desses grupos surgem quase simultaneamente no centro de ossificação há 
confluência das traves ósseas formadas dando ao osso o aspecto esponjoso. A parte da 
membrana conjuntiva que não sofre ossificação passa a constituir o endosteo e o 
periosteo.
Ossificação Endocondrial: Tem início sobre uma peça de cartilagem hialina, de forma 
parecida à do osso que se vai formar, porém de tamanho menor. Esse tipo de ossificação 
é o principal responsável pela formação dos ossos curtos e longos. A ossificação 
endocondrial consiste essencialmente em dois processos. Primeiro a cartilagem hialina 
sofre modificações havendo hipertrofia dos condrócitos, redução da matriz cartilaginosa 
e finos tabiques, sua mineralização e a morte dos condrócitos por apoptose. Segundo as 
cavidades são invadidas por capilares sanguíneos e células esteogênicas vindas do 
conjuntivo adjacente. Essas células diferenciam-se em osteoblastos, que depositarão 
matriz óssea sobre os tabiques de cartilagem calcificada. Desse modo aparece tecido 
ósseo onde antes havia tecido cartilaginoso sem que ocorra transformação deste tecido 
naquele; os tabiques de matriz cartilaginosa servem apenas de apoio à ossificação.
A formação de ossos longos é um processo complexo. O molde cartilaginoso 
possui uma parte média estreitada e as extremidades dilatadas. O primeiro tecido ósseo 
a aparecer é por ossificação intramembranosa do pericôndrio que recobre a parte média 
da diáfise formando um cilindro ou colar ósseo. Enquanto se forma o colar ósseo as 
células cartilaginosas envolvidas pelo mesmo se hipertrofiam, morrem por apoptose e a 
matriz óssea é mineralizada. Vasos sanguíneos, partindo do periósteo atravessam o 
cilindro ósseo e penetram na cartilagem calcificada, levando consigo células 
osteoprogenitoras originárias do periósteo, que proliferam e se diferenciam em 
osteoblastos. Estes formam camadas contínuas nas superfícies dos tabiques 
cartilaginosos calcificados e iniciam a síntese da matriz óssea que logo se mineraliza. 
Isto é chamado Centro Primário de Ossificação. Seu crescimento rápido em sentido 
longitudinal acaba por ocupar toda a diáfise que fica assim formada por tecido ósseo. 
Mais tarde formam-se os centros de ossificação secundária (um em cada epífise) não 
simultaneamente. São semelhantes ao centro primário da diáfise, mas o crescimento é 
radial em vez de longitudinal. Quando completada a ossificação ficam 2 regiões de 
cartilagem: a cartilagem articular e a cartilagem de conjugação que se localiza entre o 
tecido ósseo das epífises e o da diáfise e é responsável pelo crescimento longitudinal do 
osso.
Atividade Prática
TECIDO ÓSSEO
Lâmina 25 – corte de osso – preparação: descalcificação seguida de coloração em H.E.
Focalize o corte em menor e depois em médio aumento e observe:
• Periósteo: tecido conjuntivo denso ordenado, que recobre externamente a peça 
óssea;
• Endósteo: tecido conjuntivo frouxo que reveste internamente as traves ósseas ou 
trabéculas ósseas. No endósteo encontramos vários tipos de células ósseas, como: 
osteoblasto em repouso, osteoblasto ativos, células osteogênicas e eventualmente 
osteoclastos.
• Espaços medulares: espaço entre as trabéculas ósseas, ocupado por tecido 
mesenquimal ou por tecido mielóide (responsável pela formação das células 
sanguíneas). Possui capilares sanguíneos, as vezes com hemácia no seu interior, 
células mesenquimatosas e poucos elementos intercelulares fibrosos.
Em maior aumento, localize nas trabéculas ósseas os seguintes componentes:
• Matriz orgânica acidófila: corado em róseo pela eosina, é rica em fibras colágenas 
tipo I e III;
• Osteoblasto em repouso: células do endósteo que têm aparência achatada, 
citoplasma pouco evidente, com núcleo denso e alongado, justapostas à superfície 
óssea em repouso;
• Osteoblasto ativos: células altas, intensamente coradas, têm núcleo excêntrico e são 
observadas no endósteo das superfícies ósseas em formação;
• Osteoclastos: células gigantes, multinucleadas, acidófilas, que se localizam em 
superfícies ósseas em reabsorção. Próximo aos osteoclastos, observamos uma 
depressão que corresponde ao tecido ósseo recentemente reabsorvido denominado 
de lacuna de Howswip;
• Osteócitos: células de forma elíptica, envolvidas pela matriz, cujo corpo ocupa as 
lacunas e os prolongamentos dos osteócitos ocupam os canalículos ósseos.
Neste material é possível diferenciar os dois tipos de tecidos ósseos:
• Tecido ósseo primário ou imaturo: formado por osteócitos grandes e muito 
numerosos,que apresentam distribuição irregular; as fibras colágenas da matriz 
óssea se distribuem de maneira irregular.
• Tecido ósseo secundário ou maduro: os osteócitos são menos numerosos, 
apresentam-se dispostos de forma regular, entre as fibras colágenas que se 
organizam formando as lamelas e a matriz apresenta-se mais mineralizada.
No corte histológico desta lâmina, o tecido ósseo por estar em processo de 
amadurecimento, não apresenta, às vezes, as características de tecido ósseo 
secundário típico.
Lâmina 26 – Corte transversal da diáfise de osso longo – osso compacto – Preparação: 
descalcificação, seguida pelo tratamento pela técnica de Schmorl.
A técnica de Schmorl é utilizada para observação de lacunas, canalículos e canais 
vasculares do osso compacto. As células ósseas e o periosteo não são corados por essa 
técnica.
Focalize a preparação em menor aumento e observe o corte transversal da diáfise em 
um osso longo
Em médio e grande aumento identifique as seguintes estruturas:
• Matriz orgânica: formada principalmente por colágeno tipo I e tipo III, corado em 
pardo;
• Lacunas: espaços corados em preto, ocupado pelos osteócitos (não preservado nesta 
preparação);
• Prolongamento dos osteócitos (canalículos ósseos): se apresentam como pequenos 
traços que irradiam de cada lacuna e se anostomosam entre si, atravessando as 
lamelas ósseas;
• Lamelas ósseas: camadas paralelas de fibras colágenas da matriz óssea , 
entremeadas por fileiras de lacunas;
Em pequeno e médio aumento, observe:
• Sistema circunferencial externo: lamelas concêntricas em relação ao canal medular, 
localizadas na face externa do osso, internamente ao periósteo;
• Sistema circunferencial interno: lamelas concêntricas em relação ao canal medular, 
localizadas na face interna do osso em torno do canal medular;
• Canais de Havers espaços longos, cilíndrico, paralelos ao maior eixo da diáfise, 
revestidos por endósteo, contendo vasos sanguíneos e nervos. É envolto por lamelas 
ósseas concêntricas e por fileiras de lacunas formando o sistema de Havers;
• Ósteon ou sistema de Havers: conjunto de lamelas ósseas dispostas 
concentricamente em relação ao canal de Havers;
• Canais de Volkmann: dispõe-se transversalmente na diáfise, unindo canais de 
Havers entre si ou com a superfície externa e interna do osso. Aparecem na lâmina, 
em corte longitudinal ou oblíquo;
• Sistema intermediário: lamelas interticiais formadas por restos de canais de Havers 
parcialmente reabsorvidos. Encontra-se entre os canais de Havers.
Compare o tecido ósseo presente nos cortes histológicos das lâminas 25 e 26. Reveja 
a distribuição de lacunas e a proporcionalidade das mesmas em relação à matriz. 
Compare a distribuição dos osteoblastos nas duas preparações.
Lâmina 27 – Ossificação intramembranosa – Coloração H.E.
Focalize a preparação em menor aumento para uma visão geral; em médio aumento, 
observe que a formação óssea está se processando a partir de tecido mesenquimal, 
caracterizando a ossificação membranosa (este tipo de ossificação também ocorre a 
partir do periósteo).
Observe em médio e grande aumento as seguintes estruturas:
• Matriz óssea orgânica: acidófila, devido a predominância de fibras colágenas 
espessas constituídas principalmente por colágeno tipo I. A matriz orgânica contém 
também outros componentes em menor quantidade e não visualizada na lâmina 
como: glicosaminoglicanas, glicoproteínas. A matriz óssea forma as trabéculas 
ósseas;
• Osteócitos: localizado dentro das lacunas no interior da matriz óssea;
• Osteoblastos ativos: células cúbicas ou prismática baixa, em forma de chama, meio 
retorcidas, com núcleo excêntrico e citoplasma basófilo que dispões-se nas 
superfícies em que esta havendo formação óssea;
• Osteoblasto em repouso: células achatadas semelhantes a células pavimentosas, 
situada no endósteo que reveste a trabécula óssea (matriz orgânica).
• Osteoclastos: células gigantes, multinucleadas, forma irregular e citoplasma 
acidófilo. Encontram-se nas superfícies ósseas onde esta acontecendo reabsorção 
óssea, localizado no endósteo;
• Células osteogênicas: células mesenquimais pouco diferenciadas que originam os 
osteoblastos. Na microscopia óptica, as células osteogênicas tem características 
semelhantes às dos fibrócitos, com núcleo alongado e citoplasma escasso. São 
encontradas afastadas da superfície das trabéculas ósseas;
• Endósteo: revestimento interno do tecido ósseo. É constituído de tecido conjuntivo 
frouxo contendo fibras colágenas finas associado com osteoblasto ativo e 
osteoblasto em repouso, osteoclastos e células osteogênicas que envolve as 
trabéculas ósseas;
• Periósteo: reveste externamente o tecido ósseo. É formado de tecido conjuntivo 
denso ordenado rico em fibras colágenas na superfície mais externa. Na face interna, 
voltada para o tecido ósseo, o periósteo é muito celular, contendo células que se 
diferenciam em osteoblasto. Em locais onde esta acontecendo reabsorção óssea, 
encontramos a presença de osteoclasto.
• Tecido mesenquimal: tecido pouco corado que preenche o espaço entre as trabéculas 
de tecido ósseo. Possui capilares sanguíneos, às vezes com hemácia no seu interior, 
além de células mesenquimatosas e poucos elementos intercelulares fibrosos 
(colágeno tipo III);
• Tecido ósseo primário: o osso imaturo possui trabéculas ósseas com numerosos 
osteócitos dispostos irregularmente na matriz e muitos osteoblastos ativos, 
osteoclastos e tecido mesenquimal entre as trabéculas.
Lâmina 29 – Corte de ósso longo (animal jovem) – Coloração: H.E.
A formação dos ossos longos envolve os dois tipos de ossificação. Na diáfise, 
ocorre:
1) No centro, ossificação endocondral para formação do osso esponjoso (centro de 
ossificação primário) e;
2) Na periferia, ossificação membranosa a partir do periósteo, para formação do 
osso compacto. Na epífise, o tecido ósseo é formado por ossificação 
endocondral (centro de ossificação secundário)
O crescimento de um osso longo envolve também os dois tipos de ossificação. Na 
diáfise, ocorre:
1) Crescimento em comprimento por ossificação endocondral a partir do disco 
epifisário e;
2) Crescimento em espessura por ossificação membranosa a partir do periósteo. Na 
epífise, o crescimento é radial por ossificação endocondral.
Focalize o corte em pequeno aumento na direção da epífise para diáfise e observe na 
epífise:
• Centro de ossificação secundária:: formação óssea substituindo o modelo de 
cartilagem hialina.
Em médio e maior aumento, identifique no disco epifisário (faixa de cartilagem 
hialina entre a epífise e a diáfise), as seguintes zonas:
• Zona de cartilagem em repouso: região de cartilagem hialina onde são observados os 
condrócitos pequenos e dispostos irregularmente;
• Zona de cartilagem seriada: região de multiplicação dos condrócitos, que se 
apresentam em fileiras;
• Zona de cartilagem hipertrófica: região onde são encontrado condrócitos muito 
volumosos, pelo acúmulo de glicogênio no citoplasma (imagem negativa);
• Zona de cartilagem calcificada: região que apresenta uma ou duas camadas de 
condrócitos (geralmente as lacunas estão vazias) e a matriz calcificada (basófila);
• Zona de erosão da cartilagem e formação óssea: região onde ocorre a invasão de 
tecido conjuntivo e a formação de tecido ósseo, que aparece envolvendo restos de 
cartilagem. O tecido ósseo forma espículas ósseas, com uma parte central de 
cartilagem calcificada (as laterais da espícula óssea é acidófila e a região central 
basófila)
Identifiquena diáfise:
• Periósteo: tecido conjuntivo denso ordenado, que recobre externamente a peça 
óssea, local de ocorrência de ossificação membranosa, observada na região 
periférica associada ao periósteo. 
Algumas trabécula óssea estão se interligando, indicando a formação de osso 
compacto.
No centro da diáfise, observe as trabéculas ósseas revestidas por endósteo e 
rodeadas de grande quantidade de tecido mielóide. A maioria dessas trabéculas ósseas 
são reabsorvidas para formação do canal medular, onde se aloja a medula óssea. 
Observe nesta região:
• Osteoclasto: células gigantes, multinucleadas, responsáveis pela reabsorção óssea.
Compare os aspectos histológicos dos dois tipos de ossificação, observe os 
elementos mais comuns e quais são diferentes nos dois processos.
TECIDO NERVOSO
Durante a evolução dos metazoários surgiram dois sistemas de integração para 
coordenar as funções dos vários órgãos especializados que aparecem nesses animais: os 
sistemas nervoso e endócrino.
O tecido nervoso acha-se distribuído pelo organismo interligando-se e formando 
uma rede de comunicações que constitui o sistema nervoso.
O tecido nervoso acha-se distribuído pelo organismo interligando-se e formando 
uma rede de comunicações que constitui o sistema nervoso. Anatomicamente este 
sistema é dividido em: Sistema Nervoso Central (SNC) formado pelo encéfalo e medula 
espinhal e Sistema Nervoso Periférico (SNP) formado pelos nervos e por pequenos 
agrupamentos de células nervosas (gânglios nervosos). Os nervos são constituídos por 
prolongamentos de neurônios situados no SNC ou nos gânglios nervosos. O tecido 
nervoso apresenta 2 componentes principais: os neurônios (células geralmente com 
longos prolongamentos) e vários tipos de Células da Glia ou Neuroglia que sustentam 
os neurônios e participam de outras funções importantes.
No SNC há uma separação entre os corpos celulares dos neurônios e seus 
prolongamentos. Isto faz com que sejam reconhecidos no encéfalo e na medula espinhal 
duas porções distintas, denominadas Substância Branca e Substância Cinzenta.
A substância cinzenta mostra essa coloração quando observada 
macroscopicamente. É formada por corpos celulares dos neurônios e células da glia, 
contendo também prolongamentos de neurônios.
A substância branca não contém corpos celulares de neurônios, sendo 
constituída por prolongamentos de neurônios e por células da glia. Seu nome origina-se 
da grande quantidade de material esbranquiçado, denominado mielina, que envolve 
certos prolongamentos de neurônios (axônios).
Os neurônios têm a propriedade de responder a alterações do meio em que se 
encontram (estímulos) com modificações na diferença de potencial elétrico que existe 
entre as superfícies externa e interna da membrana celular. A propagação do estímulo 
constitui o impulso nervoso cuja função é transmitir informações a outros neurônios, 
músculos ou glândulas. Quase todos os neurônios apresentam 3 componentes:
1- Dendritos: prolongamentos numerosos especializados na função de receber 
os estímulos do meio ambiente, de células epiteliais sensoriais ou de outros 
neurônios.
2- Corpo Celular ou Pericário: centro trófico da célula e é também capaz de 
receber estímulos.
3- Axônio: prolongamento único, especializado na condução de impulsos que 
transmitem informações do neurônio para outras células (nervosas, 
musculares, glandulares).
De acordo com a morfologia os neurônios podem ser classificados nos seguintes tipos:
 Neurônio Multipolar: apresentam mais de 2 prolongamentos celulares.
 Neurônios Bipolares: possuem um dendrito e um axônio.
 Neurônios Pseudo-unipolares: próximo ao corpo celular possui 
prolongamento único e logo se divide em dois.
Segundo a função os neurônios podem ser:
 Motores: controlam órgãos efetores.
 Sensoriais: recebem estimulos do ambiente.
 Interneurônios: estabelecem conexões formando circuitos complexos.
Sob a designação geral de neuroglia ou glia, incluem-se vários tipos celulares 
presentes nos sistema nervoso central ao lado dos neurônios. Para estudo da morfologia 
das células da neuroglia usam-se métodos especiais de impregnação pela prata ou ouro.
Calcula-se que haja no sistema nervoso central 10 células da glia para cada 
neurônio, mas em virtude do menor tamanho das células da neuroglia elas ocupam 
aproximadamente a metade do volume do tecido. O tecido nervoso tem uma quantidade 
mínima de material extracelular e as células da glia fornecem um microambiente 
adequado para os neurônios e desempenham ainda outras funções.
Oligodendrócitos: produzem as bainhas de mielina que servem de isolantes 
elétricos para os neurônios do SNC. Eles têm prolongamentos que enrolam em volta dos 
axônios, produzindo a bainha de mielina.
Células de Schwann: tem a mesma função dos oligodendrócitos, porém se 
localizam em volta dos neurônios do SNP. Cada célula de Schwann forma mielina em 
torno de um segmento de um único axônio. Ao contrário dos oligodendrócitos que têm 
prolongamentos que envolvem diversos axônios a membrana da célula de Schwann se 
enrola em volta do axônio.
Astrócitos: são células de forma estrelada com múltiplos processos irradiando 
do corpo celular. Apresentam feixes de filamentos intermediários constituídos pela 
proteína fibrilar ácida da glia, que reforçam a estrutura celular. Os astrócitos ligam os 
neurônios aos capilares sanguíneos e à pia-máter (tecido conjuntivo que reveste o SNC). 
Os astrócitos com poucos prolongamentos, porém longos, são chamados de astrócitos 
fribrosos e se localizam na substância branca; os astrócitos pseudoplasmáticos 
encontrados na substância cinzenta apresentam um número maior de prolongamentos 
que são curtos e muito ramificados.
Além da função de sustentação os astrócitos participam do controle da 
composição iônica e molecular do ambiente extracelular dos neurônios. Alguns 
astrócitos apresentam prolongamentos chamados pés vasculares, que se expandem sobre 
os capilares sanguíneos. Admite-se que esses prolongamentos transferem moléculas e 
íons do sangue para os neurônios. Prolongamentos com dilatações semelhantes aos pés 
vasculares são encontrados também na superfície do sistema nervoso central, formando 
uma camada contínua. Os astrócitos também participam da regulação de diversas 
atividades dos neurônios. Estudos in vitro mostraram que os astrócitos têm receptores 
para noradrenalina, aminoácidos, hormônio natriurético, angiotensina II, endotélios e 
outras moléculas. A presença de tantos receptores sugere que os astrócitos respondem a 
diversos sinais químicos.
Os astrócitos podem influenciar a atividade e a sobrevivência dos neurônios 
graças a sua capacidade de controlar os constituintes do meio extracelular, absorver 
excessos localizados de neurotransmissores e sintetizar moléculas neuroativas como 
peptídeos da família do angiotensinogênio e encefalinos. Existem evidências que os 
astrócitos transportam compostos ricos em energia do sangue para os neurônios e 
metabolizam glicose até o estado de lactato que é passado para os neurônios.
Os astrócitos comunicam entre si por junções comunicantes formando uma rede 
por onde informações podem transitar atingindo grandes distâncias dentro do SNC. Por 
exemplo, por essa rede e pela produção de citocinas os astrócitos podem interagir com 
oligodentrócitos e influenciar a renovação da mielina.
Células Ependimárias: são células epiteliais que revestem os ventrículos do 
cérebro e o canal central da medula espinhal. Em alguns locais essas células são ciliadas 
e facilita a movimentação do líquido cefalorraquidiano.
Micróglia:

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