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o pavilhão auri- cular capta as ondas sonoras nas quais são transmitidas para a membrana timpânica através do canal auditivo, o tímpano e os três ossículos vibram fazendo com que o estribo empurre a janela oval e movimente os líquidos perilinfa e endolinfa que estão dentro da cóclea. O líquido se move e as vibrações são transmitidas através do líquido do ouvido interno na forma de espiral e fazem mover as células ciliadas da cóclea. As células ciliadas detectam o movimento e o convertem em sinais químicos que são transmitidos para o nervo auditivo. Através de impulsos elétricos, essa informação chega ao cérebro, onde será interpretado esse som. 02. AVALIAÇÃO AUDIOLÓGICA A confirmação da existência da perda auditiva não é obtida apenas a partir de um único procedimento, mas sim dos diferentes procedimentos audiológicos, incluindo os testes com- portamentais, eletroacústicos e/ou eletrofisiológicos da audição. As características da perda 7 auditiva se relacionam com inúmeros fatores que devem ser considerados em um momento de investigação diagnóstica, tais como a etiologia, o tipo e grau da perda auditiva, a idade em que foi adquirido o acometimento, dentre outros. A avaliação audiológica básica é composta por uma bateria de testes constituída por audio- metria tonal liminar, logoaudiometria e medidas de imitância acústica. São procedimentos ampla- mente realizados e geralmente entendidos como o primeiro passo no processo de investigação diagnóstica em indivíduos com queixas auditivas e vestibulares (Amaral; Santos, 2022). O objetivo principal da avaliação audiológica é verificar a integridade do sistema auditivo e, na presença da perda auditiva, auxiliar no diagnóstico diferencial entre os quadros patológicos que impactam a audição, além de fornecer informações fundamentais ao processo de tratamento e/ou reabilitação. O primeiro passo para uma boa avaliação audiológica é a realização da anamnese. A partir de perguntas direcionadas, são investigados traços e sintomas que possam surgir a per- da auditiva, as perguntas devem ser objetivas e apresentadas de forma clara ao paciente ou acompanhantes. É necessário analisar o histórico do paciente, saber se já possui perda auditiva, quando essa perda começou, se realizou exames anteriores, se faz uso de aparelho auditivo, há quantos anos usa o aparelho, se sente que o aparelho está sendo eficiente e melhorando a qualidade de vida, a queixa principal, aspectos de saúde geral/medicamentos, investigar a presença de zumbido, trauma acústico, dores no ouvido, secreção no ouvido, sensação de ouvido tampado. Além disso, investiga-se sobre o contexto ocupacional e a exposição a agentes otoagressores no trabalho ou lazer. Logo após, é realizada a otoscopia (Amaral; Santos, 2022). Segundo Paço et al. (2010), a otoscopia é um procedimento rápido e simples com o objetivo de examinar o canal auditivo e a membrana timpânica, pois através deste é possível observar a membrana timpânica e o canal auditivo. Este exame é fundamental para identificar condições como infecções do ouvido médio e externo, obstruções por cera, identificar presença de algum corpo estranho, como por exemplos, insetos ou algo que foi inserido dentro do ouvido. Para realizar qualquer exame, é necessário que seja realizada a otoscopia antes, pois qualquer obstrução do conduto já impacta negativamente nos resultados do exame. Quando é identificado algo, o paciente deverá ser encaminhado para o médico otorrinolaringologista antes de realizar qualquer procedimento audiológico. Para realizar a otoscopia, utiliza-se um instrumento chamado otoscópio, que possui uma lanterna e lente de aumento para proporcionar uma visão clara das estruturas internas do ouvido. Possui também vários espéculos de tamanhos variados para cada tipo de conduto (Amaral; Santos, 2022). 03. AUDIOMETRIA TONAL A audiometria tonal é um teste auditivo utilizado para mensurar a sensibilidade auditiva de um indivíduo, permitindo a determinação do tipo, grau e configuração da perda auditiva, fornecendo assim uma base para o diagnóstico, acompanhamento e intervenção. Trata-se de uma medida comportamental, é um exame subjetivo, pois necessita da colaboração e baseia-se na resposta do paciente aos estímulos apresentados. Assim sendo, pode ser realizado a partir de 3 anos, crianças, adultos e idosos com idade e nível intelectual para compreender as ordens, conseguem realizar o teste. 8 A audiometria tonal tem por objetivo principal determinar o limiar de audição, também chamado de limiar de audibilidade ou limiar auditivo, é o menor nível de som que uma pessoa consegue detectar. Esse limiar é pesquisado tanto pela condução do som por via aérea (VA) quanto pela via óssea (VO), em cada frequência testada (Bess; Humes, 2012). Sabemos que para o som chegar até o cérebro é necessário que ele passe por várias estruturas. O som entra no conduto auditivo, passa pelo ouvido médio, ouvido interno e chega até o cérebro. Todo esse processo é realizado através da condução do som por via aérea. Por- tanto, sabemos que a onda sonora é tridimensional permitindo ser percebida em todo o espaço até uma determinada distância, assim sendo, o som não atinge apenas o pavilhão auricular, atinge o crânio e faz uma vibração na caixa craniana fazendo com que os líquidos dentro da cóclea ativam as células sensoriais do órgão de corti e transforme essa mensagem em impulsos elétricos para o córtex auditivo. Ou seja, não ouvimos apenas por via aérea (som é captado pelo pavilhão e passa por orelha externa, orelha média e orelha interna), ouvimos também por via óssea (som afeta diretamente o crânio, fazendo movimentar os líquidos existentes na cóclea, atingindo diretamente o ouvido interno). Na audiometria tonal, é pesquisado o limiar de VA das frequências de 250, 500, 1000, 2000, 3000, 4000, 6000 e 8000 Hz em ambas as orelhas, e os limiares de VO apenas nas frequências de 500, 1000, 2000, 3000 e 4000 HZ. Todas essas informações são anotadas em um audiograma. O audiograma permite visualizar graficamente as diversas frequências (em hertz) e intensidades sonoras (em decibéis). Acima podemos identificar todas as frequências avaliadas, enquanto ao lado podemos visualizar a intensidade. Conforme realizamos o exame, passamos as respostas para o gráfico. TABELA 1: AUDIOGRAMA PADRONIZADO PELA AMERICAN SPEECH LANGUAGE HEARING ASSOCIATION (1990). Fonte: ASHA (1990). 9 Com relação às marcações, sempre aparecerá dois gráficos, um para orelha direita e outro para a orelha esquerda, no lado direito VA e VO devem ser escritas com caneta vermelha e os símbolos ligados por uma linha reta, enquanto no lado esquerdo VA e VO devem ser marcados em azul e os símbolos ligados por uma linha pontilhada, os símbolos são representados pelas figuras abaixo: TABELA 2: CONJUNTO DE SÍMBOLOS AUDIOMÉTRICOS RECOMENDADOS NO REGISTRO DAS RESPOSTAS OBTIDA Fonte: ASHA (1990). 3.1 Como realizar o exame: Para realizar o exame é necessária uma cabine acústica, estrutura fechada que tem como objetivo reduzir ou eliminar o ruído externo. O audiômetro é o equipamento que utilizamos para realizar esse exame, nele contém um fone TDH-39, um condutor ósseo, pêra de resposta, um microfone de retorno, e um microfone para a logoaudiometria. O exame é realizado em cada orelha separadamente, iniciando-se sempre pela melhor orelha. O paciente entra dentro da cabine acústica e o profissional orienta-o a responder a todos os estímulos, entregar nas mãos do paciente a pera e orientar sempre que ouvir os sons dos apitos, apertar a pera. Inicialmente é importante familiarizar o paciente com o estímulo do teste a ser utilizado na pesquisa do limiar auditivo por via aérea, inicia-se na frequência de 1000Hz com uma intensidade superior ao limiar esperado, normalmente com a intensidade em 40 decibéis, após a pesquisa de 1000 Hz, testam-se as frequências de 2000, 3000, 4000, 6000, 8000, 500 e 250 Hz, nessa ordem. Fechner (1965) desenvolveualguns métodos para a pesquisa do limiar auditivo, como o método dos limites (descendente-ascendente). Na qual atualmente é o mais comumente empre- gado na prática clínica, tanto na pesquisa por via aérea quanto por via óssea. Nesse método, há uma combinação da técnica descendente, na qual a pesquisa ocorre a partir de um estímulo audível em reduções de 10 dB, com a técnica ascendente, em que a pesquisa se inicia a partir de uma intensidade inaudível. A técnica inicia-se a partir da apresentação de um estímulo em uma intensidade audível para o paciente. O estímulo tem sua intensidade diminuída em degraus de 10 em 10 dB, até o momento em que o paciente refira não ouvir o sinal. A partir daí, o examinador aumenta a intensi- dade do sinal, em degraus de 5 em 5 dB, até que uma nova resposta seja obtida. Em passos de 5 em 5 dB, o examinador deve procurar a intensidade em que o paciente responda em 50% das 10 vezes de uma sequência de 4 apresentações, ou seja, apresentar um estímulo, se o paciente responder, confirmar apresentando novamente o mesmo estímulo com a mesma intensidade. Com relação à duração do estímulo e ao tempo de apresentação, entre eles durante a pesquisa do limiar auditivo, algumas condições e cuidados devem ser observados: • O estímulo deve ter duração aproximada de 1 segundo. Após apresentado o estímulo, este faz com que as fibras nervosas do nervo coclear sejam ativadas, havendo sincronia com a área da membrana basilar que foi estimulada. • O intervalo entre os estímulos deve ser de 2-3 segundos para que uma estimulação não sobreponha outra e o paciente responda para o efeito fantasma do estímulo anterior. • O intervalo entre os estímulos não deve ser sempre igual, pois o indivíduo pode respon- der para o ritmo de apresentação e não para o estímulo em si. Em pacientes com queixa de zumbido, a resposta pode ser assistemática e sofrer inter- ferência desse sintoma, sendo recomendado que, inicialmente, o examinador apresenta não apenas o tom puro, mas também o estímulo pulsátil ou modulado, como opção de estímulo a ser empregado no procedimento. Deve ser escolhido aquele estímulo que mais se diferencie do zumbido segundo a percepção do indivíduo sob teste, de modo a facilitar a tarefa a ser realizada e a possibilitar respostas mais consistentes (Fechner, 1965). 3.2 Audiometria tonal por via óssea: A pesquisa de limiares por via óssea (VO) deve ser realizada sempre que houver alteração nos limiares por via aérea. Isso se deve ao fato de o procedimento por VO ser realizado essen- cialmente com o objetivo de auxiliar no diagnóstico diferencial entre as patologias que afetam a orelha externa, média ou interna, pois a mensuração da VO avalia as condições de resposta da cóclea (Fechner, 1965). A VO é realizada apenas em pacientes que possuem perda auditiva de VA nas frequências de 500, 1000, 2000, 3000 e 4000 Hz. Para pacientes que não possuem perda auditiva nessas frequências, não é necessária a realização da via óssea. No audiômetro, a intensidade máxima que permite realizar a VO varia entre 65 a 75 dB, porém, a partir de 60 dB a vibração do condutor ósseo começa a ser muito perceptível e o paciente começa a responder quando sente a vibração em vez de responder para o som, por isso, orientamos realizar a VO sempre até aproximadamen- te 50 / 55 dB. Quando não encontramos respostas, mesmo em fortes intensidades, colocamos o símbolo de VO ausente. O audiômetro não permite que o condutor ósseo chegue em fortes intensidade e por isso, se durante o exame o paciente não apresentar respostas de VO em torno de 50 / 55 dB, ou seja, estiver ausente a resposta de VO e os limiares de VA estiverem em torno de 70 / 80 / 90 dB, podemos caracterizar como uma perda neurossensorial (Fechner, 1965). O vibrador está fixado por um arco e é posicionado no osso da mastoide, que fica localizado atrás do pavilhão auricular. O fonoaudiólogo precisa estar atento para que este seja posicionado 11 corretamente, sem encostar no pavilhão auricular e minimizar ao máximo a presença de cabelo, conforme imagem abaixo: FIGURA 1: VIBRADOR ÓSSEO POSICIONADO SOBRE A MASTOIDE. Fonte: a autora (2025). 04. TIPO DE PERDA AUDITIVA A classificação quanto ao tipo da perda auditiva relaciona-se com a localização das estrutu- ras afetadas no sistema auditivo. Conseguimos identificar o tipo da perda a partir da comparação entre os limiares pesquisados por VA e VO, e aplica-se em cada orelha separadamente. Um dos fatores determinantes para sabermos essa diferença é a presença de gap aéreo- -ósseo, que é a diferença entre as respostas de via aérea e via óssea. Se a diferença de VA para VO for até 10 dB, podemos dizer que não possui o gap aéreo-ósseo, porém, se essa diferença for de 15 dB ou acima, podemos considerar a presença de gap aéreo-ósseo. Silman e Silverman (1997) classificam as perdas auditivas como condutiva, neurossensorial e mista, nos parágrafos a seguir podemos diferenciar cada uma delas. A perda auditiva do tipo condutiva ocorre quando há acometimento das estruturas da orelha externa e/ou orelha média (alteração de membrana timpânica, sistema tímpano-ossicular, janelas redonda ou oval, incluindo também a tuba auditiva) e ocasiona uma redução na transmissão do som por via aérea. Portanto, existe integridade das estruturas da orelha interna, cóclea e nervo, os limiares de VO encontram-se dentro da normalidade (menores ou iguais a 15 dB), enquanto os limiares de VA encontram-se alterados, conforme o exemplo abaixo: 12 FIGURA 2: PERDA CONDUTIVA BILATERAL Fonte: a autora (2025). Os limiares de VO estão preservados em ambos os lados, porém, os limiares de VA estão alterados. Nesse caso, podemos identificar que as estruturas cocleares e o nervo auditivo estão preservados, enquanto as estruturas de condução do som (orelha externa ou média), em casos assim, é possível encontrar alterações na imitanciometria, normalmente esse tipo de perda aco- mete mais crianças que realizam o exame com quadro de otite ou disfunção tubária, por isso é muito comum encontrar a curva timpanométrica do tipo “B” ou “C”. (Silman; Silverman, 1997). A perda auditiva do tipo sensorioneural (ou neurossensorial) ocorre quando todo o sistema de transmissão do som ao longo da orelha externa e média encontra-se íntegro, porém existe acometimento da orelha interna ou órgão de Corti (lesão sensorial/coclear) ou nervo coclear até os núcleos auditivos no tronco encefálico (lesão neural/retrococlear). Nesses casos, seja por comprometimento sensorial ou neural, ocorre redução na transmissão do som, ocasionando alteração dos limiares de VA e VO, os limiares estarão acoplados (juntos) ou com uma diferença que não ultrapassa 10 dB, conforme exemplo abaixo: FIGURA 3: PERDA NEUROSSENSORIAL BILATERAL. CRIAÇÃO DE IMAGEM ATRAVÉS DO PROGRAMA WINMED Fonte: a autora (2025). 13 Podemos observar que a VO em algumas frequências está acoplada com a VA, enquanto outras frequências apresentam uma diferença de 5 e 10 dB. Desta forma, conseguimos identificar que o problema ocorreu no ouvido interno, pois diferente da perda de condução onde os limiares de VO estavam preservados, na perda neurossensorial os limiares de VO estão alterados. Em casos assim, não identificamos alteração de orelha média e por isso, a curva apresentada na timpanometria é do tipo “A”. A perda auditiva do tipo mista apresenta origem e características tanto condutivas quanto sensorioneurais, envolvendo o acometimento de estruturas de orelha externa ou média e orelha interna ou nervo. Na perda mista, espera-se que tanto os limiares de VA quanto os de VO encon- trem-se alterados, com os limiares por via aérea maiores que 20 ou 25 dB, e os limiares por via óssea maiores que 15 dB. Porém, considerando que a pesquisa por VA representa a alteração do mecanismo condutivo somado à lesão sensorioneural, há gap aéreo-ósseo significativo, maior do que 15 dB (Silman; Silverman, 1997). FIGURA 4: PERDA MISTA BILATERAL Fonte:a autora (2025). Como sabemos, na perda mista encontramos componentes condutivos e neurossensoriais. Podemos observar que algumas frequências apresentam o gap aéreo-ósseo, enquanto outras não. Sendo assim, podemos concluir que existe alteração tanto na condução do som, como na cóclea. 05. GRAU DA PERDA AUDITIVA Para a classificação da perda auditiva quanto ao grau, são encontradas na literatura diver- sas recomendações. Alguns autores classificam a perda auditiva com base nos limiares auditivos para as frequências 500, 1000 e 2000 Hz, os limiares auditivos apresentados nessas frequências são somados e divididos por três, deste forma, encontramos a “média tritonal” é a partir desse valor que é possível classificar o grau. Enquanto outros autores tomam por base as frequências de 500, 1000, 2000 e 4000 Hz, realiza-se a soma dessas quatro frequências, divididas por quatro, e o resultado forma a “média quadritonal”. 14 A escolha da classificação fica a critério do profissional. Entretanto, é imprescindível que o fonoaudiólogo indique qual foi a classificação adotada, desde que reconhecida e validada cientificamente. No Guia de orientações na avaliação audiológica, podemos encontrar algumas classifica- ções utilizadas e validadas cientificamente, entre elas a classificação descrita pela Organização Mundial da Saúde. FIGURA 5: CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DA PERDA AUDITIVA SEGUNDO A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE Fonte: Organização Mundial da Saúde (2020). 06. CONFIGURAÇÃO AUDIOMÉTRICA A configuração audiométrica é a classificação do desenho dos limiares de via aérea de cada orelha. Quando realizamos a VA, os símbolos formam um desenho e para cada tipo de de- senho chamamos de tipo de configuração. Para saber diferenciá-los, Silman e Silverman (1997) descrevem um quadro com as principais características de cada configuração. 15 FIGURA 6: CARACTERÍSTICAS DOS TIPOS DE CONFIGURAÇÃO Fonte: Classificação de Silman e Silverman (1997) adaptada de Carhart (1945) e Lloyd e Kaplan (1978). No quadro encontramos a palavra “oitava”, isso significa que não são levadas em consi- deração as frequências de 3000 e 6000 Hz, consideramos a frequência de 2000 a 4000 Hz e 4000 a 8000 Hz. Porém, recentemente alguns profissionais vêm considerando as frequências de 3000 e 6000 Hz para classificar as configurações. Na atividade prática, descreveremos os laudos considerando as oitavas de acordo com o quadro acima. Para ficar mais fácil de visualizar, abaixo encontramos audiogramas com cada tipo de configuração (Silman; Silverman, 1997). 16 FIGURAS 7-14: EXEMPLOS DE AUDIOGRAMAS COM OS TIPOS DE CONFIGURAÇÃO Fonte: a autora (2025). Ascendente “U“ Invertido Entalhe Descendente Acentuada Descendente em Rampa Horizontal Descendente Leve “U“ 17 Vale ressaltar que, além dessas informações apresentadas pelos autores, é o examinador quem vai determinar qual tipo de configuração mais se encaixa no audiograma do paciente. A configuração “ascendente” , por exemplo, muitas vezes a melhora por oitava em direção às frequências altas, variam entre 10 ou 20 dB. Na configuração “horizontal” às vezes, os limiares são alternados entre 15 ou 20 dB. A configuração entalhe em alguns casos não é apenas uma frequência isolada que ocorre uma “queda” no gráfico, pode acontecer de duas ou três frequências apresentarem uma “queda” acentuada e recuperar em seguida. Na prática clínica, nem sempre encontramos a configuração exatamente da forma como descreve a teoria, porém buscamos ao máximo encaixá-las dentro das configurações citadas acima. Quando não se parece com nenhuma dessas configurações, podemos deixar sem descrever no laudo. 07. LOGOAUDIOMETRIA A logoaudiometria contém três testes, sendo esses: • Limiar de reconhecimento de fala (LRF ou SRT): realiza a confirmação dos limiares auditivos para tons puros, obtidos na audiometria tonal. É necessário realizar a média tritonal (limiares das frequências de 500, 1000 e 2000 Hz e o resultado dividir por três), O LRF precisa ser no mesmo valor da média tritonal ou 5, ou 10 dB acima da média tritonal. Se o valor apresentado for abaixo ou acima de 15 dB, possivelmente o resultado da audiometria não está correto, sendo necessário refazer novamente o exame. O teste é iniciado com o nível de apresentação da fala que representa 40 dB a partir do valor da média tritonal. É importante esclarecer ao paciente que o nível de apresentação de fala irá diminuir gradativamente, portanto, a dificuldade para reconhecer a palavra poderá ser maior. As palavras mencionadas são trissílabas e se o paciente apresentar dificuldade para compreensão, poderão ser ditas palavras polissílabas. • Índice Percentual de Reconhecimento da Fala (IPRF): neste teste, a habilidade avaliada é o reconhecimento de fala. O principal objetivo é determinar o melhor de- sempenho do paciente para o reconhecimento de palavras em condições controladas e padronizadas. A pesquisa do IRF é realizada a partir de um nível fixo de apresentação da fala, 40 dB acima da média tritonal. É realizado por meio da apresentação de listas com 25 palavras (monossilábi- cas) em que cada monossílabo repetido corretamente representa 4% de reconhecimento de fala no escore total. Se o paciente atingir 88% ou abaixo, deverá ser feita a apresentação com palavras dissí- labas, na qual tem o objetivo de analisar o reconhecimento da fala com o aumento das pistas semânticas e linguísticas naqueles indivíduos que apresentam dificuldade no reconhecimento de fala com monossílabos. As palavras dissílabas, quando são realizadas, sempre estão melhores do que as monossílabas. O IPRF é classificado conforme o quadro abaixo: 18 FIGURA 15: CLASSIFICAÇÃO DO IPRF Fonte: Jerger, Speacks e Trammell (1968). Limiar de Detecção de Voz (LDV) ou Limiar de Detecção de Fala (LDF): é realizado apenas quando não é possível aplicar o teste de Limiar de Reconhecimento da Fala (LRF/SRT), em casos que o paciente tem dificuldade no reconhecimento de palavras, seja por perda auditiva neurossensorial severa ou profunda, ou por distúrbios muito severos de linguagem. Na maioria dos casos realizamos o LRF, porém se o paciente tem perda severa ou profunda ou apresenta grande dificuldade em reconhecer as palavras, podemos substituir o LRF pelo LDV , o examina- dor deverá apresentar as sílabas “PA PA PA” e ir diminuindo a intensidade até chegar no valor da média tritonal, ou o melhor limiar auditivo obtido por condução aérea. Quando realizamos o LDV não conseguimos realizar o IPRF, pois se o paciente já apre- senta dificuldade em compreender palavras trissílabas não conseguirá compreender as palavras monossílabas, e um outro ponto a se analisar, é que o IPRF é realizado sempre 40 dB acima da média tritonal do paciente, ou seja, pacientes com perda profunda ou severa se acrescentarmos 40 dB a intensidade chegará no ouvido do paciente em torno de 140 / 130 dB, a intensidade máxima apresentada pelo audiômetro varia entre 100 até 110 dB. Sendo assim, se torna inviável realizar o IPRF nesses casos. 08. LAUDO O laudo é um documento essencial na prática clínica, onde o profissional descreve os resultados obtidos do exame, sendo necessário que as informações estejam claras e objetivas e precisa conter informações básicas, como: nome completo do paciente, data de nascimento, data da realização do exame, audiômetro, data da última calibração do equipamento, assinatura e carimbo do fonoaudiólogo. Deverá conter se a perda é simétrica (ambas as orelhas possuem o mesmo grau e a mes- ma configuração) ou assimétrica (quando muda o grau e/ou configuração de uma orelha para a outra). Além disso, sempre deverá colocar o tipo de perda, o grau e a configuração. Seguindo um dos modelos abaixo: • Quando não apresentar perda auditiva, o laudo será: – Limiares auditivos dentro do padrão da normalidade (Referência, Ano). https://pt.wikipedia.org/wiki/Perda_de_audi%C3%A7%C3%A3o_neurossensorial https://pt.wikipedia.org/wiki/Perda_de_audi%C3%A7%C3%A3o_neurossensorial19 • Quando apresentar perda auditiva com o mesmo grau, tipo e configuração: – Perda auditiva simétrica, do tipo XXX (Referência, Ano), de grau XXX (Referência, Ano) e configuração XXX bilateralmente (Referência, Ano). • Quando apresentar perda auditiva com grau e/ou tipo e/ou configuração diferentes: – Perda auditiva assimétrica, do tipo XXX à direita e XXX à esquerda, de grau XXX à direita e XXX à esquerda e configuração XXX à direita e XXX à esquerda (Referência, Ano). No caso de limiares alterados em frequências onde não se realiza via óssea 250, 6000 e 8000 Hz), não é possível mencionar o tipo da perda auditiva, pois nessas frequências não são realizadas VO para conseguirmos identificar o tipo, nesse caso, deve escrever “Perda auditiva nas frequências XX”, e no final escrever a lateralidade (bilateral / à direita ou à esquerda). Abaixo encontramos exemplos de laudos: • Limiares auditivos dentro dos padrões de normalidade à direita (OMS, 2020). Perda auditiva assimétrica, do tipo mista (Silman; Silverman, 1997) de grau leve (OMS, 2020) e configuração descendente em rampa à esquerda (Silman; Silverman, 1997). • Perda auditiva assimétrica, do tipo sensorioneural bilateral (Silman; Silverman, 1997), de grau leve à direita e moderado à esquerda (OMS, 2020) e configuração descendente acentuada bilateral (Silman; Silverman, 1997). • Perda auditiva simétrica, do tipo condutiva (Silman; Silverman, 1997) de grau moderado (OMS, 2020) e configuração “U” invertido (Silman; Silverman, 1997) bilateral. – OBS: quando ocorre perda auditiva em algumas frequências que conseguimos realizar a VO, mas o grau é normal, podemos escrever da seguinte forma: “Perda auditiva do tipo mista nas frequências de 3000Hz e 4000Hz bilateral (Silman; Silverman, 1997)”. Se tivermos perda auditiva nas frequências de 3000 Hz e 4000 Hz, mas o grau continua normal, quando realizamos a VO identificamos o tipo de perda nessas frequências, mas pelo fato do grau estar normal, não precisamos descrever o grau nem a configuração, desta forma, podemos escrever “Perda auditiva do tipo mista nas frequências de 3000 Hz e 4000 Hz”. (Silman; Silverman, 1997) 8.1 Laudo de logoaudiometria: • Limiar de reconhecimento de fala (LRF ou SRT): exemplo de modelo: “LRF (Limiar de reconhecimento de fala) compatível com audiometria tonal”. Sempre deverá ser com- patível, se os valores se tornarem incompatíveis, deverá refazer a audiometria tonal e vocal até se tornarem compatíveis. 20 • Índice Percentual de Reconhecimento da Fala (IPRF): exemplo de modelo: “IPRF (Ín- dice percentual de reconhecimento de fala) com XXX dificuldade para compreender a fala bilateral”. Ou, “IPRF (Índice percentual de reconhecimento de fala) com XXX dificuldade para compreender a fala à direita e XXX dificuldade para compreender a fala à esquerda”. Classificando de acordo com a % de monossílabas apresentadas pelo paciente, lembrando que as dissílabas são apresentadas para o paciente apenas se atingir 88% ou menos, e o resultado de % de dissílabas deverá ser anotado no campo do IPRF, onde aparece a % de acertos de monossilabas e ao lado dissílabas, mas o valor descrito no campo onde se escreve o laudo, será baseado apenas utilizando resultado de monossilabas. • Limiar de Detecção de Voz (LDV): quando realizado, poderá ser laudado da seguinte for- ma: “LDV (Limiar de reconhecimento de voz) compatível com audiometria tonal”. Pacientes realizam o LDV quando apresentam perda auditiva severa ou profunda, sendo assim, não é possível realizar o IPRF. Desta forma, podemos acrescentar “Não foi possível realizar o IPRF à direita ou à esquerda, ou bilateral, devido aos limiares auditivos apresentados.” 09. MASCARAMENTO CLÍNICO O Mascaramento é utilizado para que o estímulo apresentado seja escutado apenas na orelha testada, sem a participação da outra orelha. Quando a acuidade auditiva é semelhante nos dois ouvi- dos, não existe uma preocupação de que o estímulo sonoro captado por uma orelha se torne audível à orelha contralateral. Portanto, quando a orelha não testada possui limiares muito melhores do que os da orelha em teste, a audição cruzada precisa ser considerada (Alvarenga; Corteletti, 2006). A audição cruzada acontece quando a orelha não testada responde para o som apresenta- do na orelha testada devido à capacidade do crânio em vibrar mediante a um estímulo sonoro, sendo assim, ocorre a curva sombra que seria uma curva audiométrica na pior orelha com a mesma configuração da orelha oposta, sendo os limiares obtidos na pior orelha (orelha testada) melhores do que os limiares realmente “verdadeiros” (Goldstein; Newman, 1999). A energia acústica que é apresentada em uma orelha, quando atinge a orelha oposta, perde uma certa quantidade de energia. Isso é um fenômeno físico, que independe da audibilidade do indivíduo, e ocorre por cruzamento ou transmissão transcraniana. Contudo, a perda de energia ocorrida durante a transmissão transcraniana até a cóclea da orelha não testada é denominada atenuação interaural (Redondo; Lopes Filho, 2013). Segundo Alvarenga e Corteletti (2006), o estímulo sonoro intenso, apresentado por via aé- rea em uma orelha, sempre atingirá a orelha interna contralateral mas em intensidade reduzida. Esse cruzamento pode ocorrer de duas formas: • Através da via aérea: pelo escape de energia através do coxim do fone no lado testa- do, passando ao redor do crânio e penetrando no coxim do fone do outro lado. • Através da via óssea: quando um sinal sonoro é intenso o suficiente para fazer o crânio vibrar, atingindo a cóclea contralateral. Essa é a principal forma de transmissão transcraniana, pois é menor do que a atenuação interaural ao redor do crânio. 21 Utilizamos o mascaramento como uma técnica em que o limiar de audibilidade para um som é elevado devido a presença de outro ruido. Durante a prática clínica, utilizamos para elevar o limiar da orelha não testada, com o objetivo de que a mesma não interfira nas respostas da orelha sob teste (Goldstein; Newman, 1999). Devemos lembrar que a orelha não-testada será a orelha que recebe o mascaramento (o ruido mascarante) será a orelha mascarada, e a orelha testada é a orelha que recebe o sinal de teste (tom puro ou fala) durante o momento da avaliação. Podemos dizer que o mascaramento é um procedimento de muito importante para evitar a ocorrência de audição contralateral, permi- tindo a obtenção dos limiares auditivos de cada orelha de forma independente, é necessário ser utilizada sempre que ocorrer a possibilidade de enviar um estímulo para uma orelha, e a outra orelha perceber o estímulo. A orelha testada podemos classificar como OT enquanto a orelha não testada poderá ser descrita como ONT. 9.1 Tipos de ruído O ruído mascarante é um ruído apresentado à orelha não testada para impedir a audição cruzada e permitir avaliar a orelha testada isoladamente. Atualmente, costumam ser utilizados ruídos mascarantes em diferentes procedimentos da avaliação audiológica. Glattke (2001) observou que os audiômetros geralmente têm disponíveis sons mascaradores do tipo banda larga (Broad Band) e banda estreita (Narrow Band). O ruído branco ou “white noise” (WN) é um ruído de banda larga, pouco utilizado na prática clínica, embora possa ser aplicado du- rante alguns testes da logoaudiometria. O ruído speech noise (SN) possui banda larga, mas inclui as frequências sonoras presentes nos sons de fala e geralmente é utilizado para o mascaramento durante a logoaudiometria. O narrow band (NB) possui banda estreita e geralmente é utilizado para o mascaramento durante a audiometria tonal liminar por via aérea e via óssea. 9.2 Quando utilizar o mascaramento clínico. Quando ocorrer a possibilidade do estímulo não ser percebido apenas na orelha testada e sim na orelha não testada também, é necessário a utilização do mascaramento, ou quando os limiares de condução aérea ou óssea não forem semelhantes em ambas as orelhas, ou quando as respostasaéreas e ósseas não estiverem acopladas. Sendo assim, se ocorrer o fenômeno de cruzamento ou de atenuação interaural (AI) serve como base para determinar quando mascarar. Para saber quando existe a necessidade do mascaramento de via aérea, Katz (1994), cita os valores mínimos de atenuação interaural para definir se realmente existe a participação da orelha não testada na pesquisa dos limiares aéreos da orelha testada, sendo esses: 22 FIGURA 16: VALORES DE ATENUAÇÃO INTERAURAL SUGERIDOS PARA CADA FREQUÊNCIA. Fonte: Katz (1994). Portanto, para saber se existe a necessidade de mascarar a via aérea, é necessário obser- var os valores de atenuação interaural de cada frequência e comparar as respostas obtidas por VA na OT e os limiares de VO da ONT. Se a diferença for maior ou igual à atenuação interaural é necessário utilizar o mascaramento. Enquanto na condução aérea, podemos observar que os valores de atenuação interaural varia de frequência para frequência, na condução óssea o valor será de 0 dB em todas as frequências. Martin (1974) afirma que um sinal conduzido por via óssea pode estimular ambas as cócleas, de forma quase igual, independende do local de colocação do vibrador ósseo, resul- tando em audição através da cóclea com maior sensibilidade. Devido à ausência de atenuação, Sanders e Hall III (2001) recomendaram que o mascara- mento fosse utilizado sempre que houver um intervalo aéreo-ósseo (gap) na orelha testada. Em relação a logoaudiometria, o estímulo da fala abrange uma faixa de frequência ampla não sendo possível fazer uma análise individual de atenuação interaural por frequência para de- finir o quanto a energia é atenuada, desta forma será considerado um valor único de atenuação interaural de 45 dB, proposto por Konkle e Berry (1983). Na logoaudiometria realizamos o LRF e o IPRF. Para saber quando mascarar o LRF de- vemos pegar o limiar de LRF da OT - 45 dB (valor de atenuação interaural), se o resultado for igual ou maior da VO de no mínimo uma frequência, deverá utilizar o mascaramento. O mesmo raciocínio se aplica para o IPRF, para saber quando mascarar, deve pegar o limiar de IPRF da OT - 45 dB (valor de atenuação interaural), se o resultado for igual ou maior da VO de no mínimo uma frequência, o mascaramento será necessário. Lembrando que poderão aparecer casos onde o LRF não é mascarado enquanto se faz necessário o mascaramento do IPRF. 9.3 Quantidade de mascaramento O ruído é apresentado sempre na melhor orelha por condução aérea, é necessário con- siderar o limiar aéreo da orelha não testada e a presença ou não do GAP aéreo-ósseo. Para o mascaramento ser suficiente, é necessário que a intensidade do ruído proporcione o nível de sensação suficiente para conseguir capturar os limiares da orelha testada. Para que o mascaramento aconteça de forma eficaz, o nível de sensação do ruído deverá ser apresentado no mínimo, 10 dB superior à sensação do tom puro na cóclea não testada, isso garante que o paciente perceba apenas o ruído e não mais o tom puro que foi apresentado na orelha testada. 23 No exemplo abaixo, podemos observar que o valor de atenuação interaural na frequência de 1000 Hz é de 40 dB. O tom puro apresentado na orelha esquerda é de 50 dB e está sendo transmitido por condução óssea, sendo assim, pode causar uma sensação de 20 dB na orelha direita que é a orelha não testada, o limiar ósseo poderá ser -10 dB. Desta forma se faz necessário o uso de mascaramento, a orelha direita deverá ter um ruído mascarador para obtenção do limiar aéreo da orelha esquerda. Desta forma podemos utilizar o ruído na intensidade de 30 dB para que o nível de sensação deste seja 10 dB superior a sensação do tom puro da cóclea não testada. FIGURA 17: MASCARAMENTO CLÍNICO POR VIA AÉREA Fonte: a autora (2025). Para a logoaudiometria, calculamos a quantidade de ruído necessário a partir da compa- ração entre o nível de intensidade atenuada transmitido por condução óssea para a orelha não testada e o melhor limiar ósseo dessa orelha. A quantidade de ruído usado durante o LRF deverá ser, no máximo, 10 dB acima da média dos limiares aéreos em 500, 1000 e 2000 Hz. Exemplo: durante a audiometria o limiar aéreo de 1000Hz está em 0 na orelha direita, existe a possibilidade do limiar ósseo estar em -10 dB (melhor limiar ósseo e, consequentemente, maior nível de sensação da fala). Na orelha esquerda, de acordo com os limiares aéreos apresentados, 24 o LRF será de 65 dB. Sabemos que o valor de atenuação interaural para a fala é de 45 dB, sendo assim, esse estímulo de fala apresentado na orelha esquerda em 65 dB durante a pesquisa de LRF poderá ser transmitido para a orelha direita por condução óssea, causando uma sensação de 30 dB. Portanto, o LRF da orelha esquerda precisa ser pesquisado utilizando o mascaramento na orelha direita com a intensidade de 40 dB, ou seja, 10 dB superior ao maior nível de sensação da fala observado na orelha não testada. Para realização do IPRF se o estímulo da fala apresentado estiver em 95 dB na orelha testada, será transmitido por condução óssea e poderá causar, se considerarmos o limiar ósseo na frequência de 1000 Hz de -10 dB, a sensação de 60 dB na orelha direita na qual é a orelha não testada, por isso, se faz necessário o uso do mascaramento para a obtenção do IPRF da orelha esquerda. Devemos utilizar o ruído na intensidade de 70 dB para que o nível de sensação deste seja 10 dB superior a sensação do estímulo de fala da cóclea não testada. Portanto, vale ressaltar que a quantidade de mascaramento varia muito de autor para autor, alguns autores utilizam outras técnicas apresentando outros valores para conseguir chegar no resultado. 25 RECURSOS UTILIZADOS Materiais de consumo: Descrição Observação caneta preta Material a ser fornecido pelo aluno caneta azul Material a ser fornecido pelo aluno caneta vermelha Material a ser fornecido pelo aluno folha de exercícios com audiograma Material a ser fornecido pelo aluno. Deverá ser impresso colorido para uma melhor visualização. (Encontra-se na aba “o que preciso fazer nessa prática”) . Caro(a) aluno(a), Para realizar a prática é indispensável cuidar da sua segurança e do seu paciente, por isso, é necessário fazer uso de medidas para prevenir riscos à saúde como agentes biológicos, microorganismos, vírus e parasitas. Portanto, o uso de jalecos, sapatos fechados e cabelos amarrados são indispensáveis. Antes de realizar o exame é necessário que as mãos estejam devidamente higienizadas, desta forma, o uso de luvas não é obrigatório. ATENÇÃO: SAÚDE E SEGURANÇA 26 O QUE PRECISO FAZER NESSA ATIVIDADE PRÁTICA A atividade prática será dividida em duas etapas: 01. Completar o audiograma com o laudo apresentado. 02. Descrever o laudo completo da audiometria e logoaudiometria. 01. Completar o audiograma com o laudo apresentado Nessa prática, encontramos alguns laudos contendo o tipo de perda, grau, configuração e o resultado da logoaudiometria. Através dos laudos, preencha o audiograma marcando a via aérea, via óssea (quando necessário), o SRT e IPRF de acordo com o laudo proposto. Vídeo - Prática https://youtu.be/wUSvblyIXq8?si=Z2KSZv5Phk_AB72_ https://youtu.be/wUSvblyIXq8?si=Z2KSZv5Phk_AB72_ https://youtu.be/wUSvblyIXq8?si=Z2KSZv5Phk_AB72_ 27 ATIVIDADE 1 • LAUDO: perda auditiva simétrica, do tipo sensorioneural (Silman; Silverman, 1997), de grau moderado (OMS, 2020) e configuração entalhe bilateral (Silman; Silverman, 1997). LRF (Limiar de reconhecimento de fala) compatível com audiometria tonal e IPRF (Índice percentual de reconhecimento de fala) com ligeira dificuldade para compreender a fala à direita e moderada dificuldade para compreender a fala à esquerda. 28 ATIVIDADE 2 • LAUDO: perda auditiva simétrica, do tipo sensorioneural (Silman; Silverman, 1997), de grau leve (OMS, 2020) e configuração descendente leve bilateral (Silman; Silverman, 1997). LRF (Limiar de reconhecimento de fala) compatível comaudiometria tonal e IPRF (Índice percentual de reconhecimento de fala) com nenhuma dificuldade para compreender a fala bilateral. 02. Descrever o laudo completo da audiometria e logoaudiometria Nessa prática encontramos o audiograma e as respostas da logoaudiometria. De acordo com seu conhecimento, descreva o laudo, lembrando de colocar as referências e ano. 29 ATIVIDADE 3 LAUDO:_________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 30 ATIVIDADE 4 LAUDO:_________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 31 RELATÓRIO Caro (a) aluno (a), Você deverá entregar o Relatório tipo Apresentação Simples (PowerPoint). Para isso, faça o download do template, disponibilizado junto a este roteiro, e siga as instruções contidas no mesmo. 32 MATERIAISMATERIAIS COMPLEMENTARES COMPLEMENTARES LIVRO 01: Guia de Orientação na Avaliação Audiológica A avaliação audiológica é norteada por procedimentos e técnicas validadas e reconhecidas cientificamente, que visam garantir a qualidade do exame e segurança do cliente. Frequente- mente os conselhos de fonoaudiologia são consultados por fonoaudiólogos de diversas regiões do Brasil, em busca de esclarecimentos sobre o registro de resultados de exames audiológicos. Nas ações de fiscalização dos Conselhos Regionais, em serviços de Audiologia, esse questio- namento também é recorrente. Com o objetivo de orientar os fonoaudiólogos na prática profis- sional em Audiologia dentro dos princípios técnico-científicos, legais e éticos, as Comissões de Audiologia do Sistema de Conselhos de Fonoaudiologia em parceria, desde o ano de 2012, com a Academia Brasileira de Audiologia e o Departamento de Audição e Equilíbrio da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, revisaram e atualizaram este guia. Esperamos que com a leitura deste guia, você fonoaudiólogo, possa dispor de elementos e conhecimentos que o auxiliará quanto ao registro dos resultados da avaliação audiológica. Fonte: SOCIEDADE BRASILEIRA DE FONOAUDIOLOGIA ACADEMIA BRASILEIRA DE AUDIOLOGIA. Guia de Orientação na Avaliação Audiológica: volume I: audiometria tonal liminar, logoaudiometria e medidas de imitância acústica, 2020. Disponível em: https://www.fonoaudiologia. org.br/wp-content/uploads/2020/09/CFFa_Manual_Audiologia-1.pdf. Acesso em: 08 de jan. 2025. LIVRO 02: Tratado de Audiologia A terceira edição do Tratado de Audiologia resgata o estado da arte sobre as diversas subáreas da Audiologia, bem como os avanços demonstrados cientificamente e incorporados recentemente na prática clínica. Seus 54 capítulos estão divididos em seis partes: Fundamentos teóricos; Triagem e diag- nóstico audiológico; Saúde coletiva e do trabalhador; Dispositivos eletrônicos de amplificação sonora, implante coclear e próteses auditivas implantáveis; Reabilitação e intervenção nas alte- rações auditivas e vestibulares; e Correlatos em Audiologia. Os temas discutidos nas edições anteriores foram revisados e atualizados, e novos concei- tos importantes para a prática audiológica contemporânea foram incluídos, tais como: Frequency Following Response (FFR); potencial miogênico evocado vestibular e Video Head Impulse Test; políticas públicas e atenção à saúde auditiva no Sistema Único de Saúde; saúde auditiva nas redes de atenção e ações do fonoaudiólogo; Teleaudiologia; ototoxicidade; Classificação Inter- nacional de Funcionalidade. https://www.fonoaudiologia.org.br/wp-content/uploads/2020/09/CFFa_Manual_Audiologia-1.pdf https://www.fonoaudiologia.org.br/wp-content/uploads/2020/09/CFFa_Manual_Audiologia-1.pdf 33 Produzida por autores com vasta experiência nas áreas em que se inserem, a obra norteia a atuação audiológica, sendo referência tanto para alunos de graduação e de pós-graduação quanto para profissionais de Fonoaudiologia e de outras áreas da saúde. Fonte: SCHOCHAT, Eliane et al. Tratado de Audiologia. 3. ed. São Paulo: Manole Saúde, 2022. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9786555765731/ epubcfi/6/46%5b%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter08%5d!/4. Acesso em: 27 fev. 2025. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9786555765731/epubcfi/6/46%5b%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter08%5d!/4 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9786555765731/epubcfi/6/46%5b%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter08%5d!/4 34 ALVARENGA, K. F.; CORTELETTI, L. C. B. J. O mascaramento na avaliação audiológica: um guia prático. São José dos Campos: Pulso, 2006. AMARAL, Maria Isabel Ramos do; SANTOS, Tereza Maria Momensonh. Audiometria total e limiar e de altas frequências. In: Tratado de audiologia. 3 ed. Barueri: Manole Saúde, p. 97-112, 2022. AMERICAN SPEECH-LANGUAGE ASSOCIATION (ASHA). Guidelines for audiometric symbols. Suppl. 2, p. 25-30, 1990. In: SOCIEDADE BRASILEIRA DE FONOAUDIOLOGIA ACADEMIA BRASILEIRA DE AUDIOLOGIA. Guia de orientação na avaliação audiológica: volume I: au- diometria tonal liminar, logoaudiometria e medidas de imitância acústica, 2020. Disponível em: https://www.fonoaudiologia.org.br/wp-content/uploads/2020/09/CFFa_Manual_Audiologia-1.pdf. Acesso em: 08. jan. 2025. BESS, F. H.; HUMES, L. E. A natureza do som. In: BESS, F. H.; HUMES, L. E. Audiologia: fundamentos. 4. ed. São Paulo: Revinter, p. 23-54, 2012. BONALDI, L. V.; ANGELIS, M. A.; SMITH, R. L. Bases anatômicas da audição e do equilíbrio. São Paulo: Livraria Santos Editora, 2004. BLUESTONE, C. D. Fisiología del oído medio y de la trompa de Eustaquio. In: PAPARELLA, M. M. et al. Otorrinolaringología: ciencias básicas y disciplinas afines. 3. ed. Buenos Aires: Editorial Médica Panamericana, v. 1, p. 190-232, 1994. CARHART, R. Classifying audiograms: an improved method for classifying audiograms. Laryn- goscope, v. 55, p. 640-62, 1945. In: SOCIEDADE BRASILEIRA DE FONOAUDIOLOGIA ACADE- MIA BRASILEIRA DE AUDIOLOGIA. 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