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Ativos em contabilidade internacional
Ativos operacionais como os estoques, o imobilizado e o intangível e os seus aspectos de reconhecimento,
mensuração e divulgação no contexto das normas internacionais.
Prof. Alessandro Leandro
1. Itens iniciais
Propósito
Conhecer as determinações das normas internacionais de contabilidade em relação aos aspectos de
reconhecimento, mensuração e divulgação de estoques, o imobilizado e o intangível é fundamental para o
profissional de Ciências Contábeis.
Objetivos
Reconhecer o conceito de estoques e os aspectos relacionados ao reconhecimento, mensuração e 
divulgação nas demonstrações contábeis.
Reconhecer o contexto conceitual sobre ativo imobilizado e as regras a respeito do reconhecimento, 
mensuração e divulgação.
Identificar os aspectos relacionados ao reconhecimento, mensuração e divulgação de ativos 
intangíveis.
Introdução
O patrimônio das empresas é notadamente formado por um conjunto de bens, direitos e obrigações. Os bens
e direitos representam as aplicações de recursos, enquanto as obrigações e o patrimônio líquido representam
as origens desses recursos. Por serem tão relevantes para os negócios, os investimentos em bens e direitos
são objeto de estudos por diversos usuários da informação contábil, sobretudo para que sejam avaliadas as
capacidades financeira e operacional, bem como a estrutura desse capital.
Qualificados contabilmente como ativos, esses investimentos recebem atenção especial dos órgãos
reguladores e normatizadores da contabilidade no mundo. Assim, de acordo com as normas internacionais de
contabilidade, ativo é um recurso econômico presente controlado pela entidade como resultado de eventos
passados. Essa definição apresenta três termos que, em conjunto, são fundamentais para que um item seja
considerado ativo:
 
consistir em um recurso econômico;
ser controlado pela entidade;
ser resultante de um evento que ocorreu no passado.
Nesse sentido, o estudo dos ativos não se dá descolado da realidade, pois seus conceitos estão diretamente
vinculados ao trabalho diário das pessoas que precisam compreender e utilizar a contabilidade nas suas
necessidades diárias.
Considerando que a definição de ativo é fundamental para o entendimento correto dos elementos contábeis,
ativos classificados como estoques, imobilizado e intangível são vistos como essenciais para a geração de
benefícios econômicos nas organizações.
Deste modo, compreender aspectos relacionados ao conceito, aos critérios de reconhecimento, de
mensuração e de divulgação nas demonstrações contábeis são essenciais para que as informações
financeiras cumpram com o seu propósito.
Então, para que você entenda como deve proceder no âmbito empresarial com a classificação desses ativos,
a mensuração e a divulgação desses elementos nas demonstrações contábeis e em relatórios financeiros de
propósito geral, te convidamos a acessar este conteúdo e mergulhar nesse universo.
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1. Estoques: reconhecimento, mensuração e divulgação
Estoques
O International Accounting Standards 2 – Inventories (IAS 2), correspondente ao nosso Pronunciamento
Técnico CPC 16 (R1) – Estoques, tem como objetivo estabelecer o tratamento contábil para os estoques.
A questão fundamental na contabilização dos estoques é quanto ao valor do custo a ser
reconhecido como ativo e mantido nos registros até que as respectivas receitas sejam reconhecidas.
Assim, a norma proporciona orientação sobre a determinação do valor de custo dos estoques e
sobre o seu subsequente reconhecimento como despesa em resultado, incluindo qualquer redução
ao valor realizável líquido. Também proporciona orientação sobre o método e os critérios usados
para atribuir custos aos estoques.
De acordo com Iudícibus (2015), o termo estoque é utilizado para designar o agregado de itens de
propriedade tangível que: são estocados para venda no curso dos negócios; estão em processo de produção
para tal venda; estão para ser consumidos na produção dos bens ou serviços que se tornarão disponíveis para
venda.
A norma internacional de contabilidade determina que os estoques são ativos quando:
São mantidos para venda no curso normal dos negócios.
Estão em processo de produção para venda.
Estão na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou transformados no processo de
produção ou na prestação de serviços.
Os estoques compreendem bens adquiridos e destinados à venda, incluindo, por exemplo, mercadorias
compradas por um varejista para revenda ou terrenos e outros imóveis para revenda. Os estoques também
compreendem produtos acabados e produtos em processo de produção pela entidade e incluem matérias-
primas e materiais aguardando utilização no processo de produção, como: componentes, embalagens e
material de consumo (BRAGGIO, 2019).
O esquema a seguir apresenta um resumo dos tipos de estoques.
A tabela a seguir ilustra os vários tipos de estoques demonstrados no balanço patrimonial das empresas de
atividades comerciais e industriais.
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As empresas possuem estoques que variam de acordo com o seu ramo de negócio. Tais estoques assumem
diferentes significados, mas sempre trazem a conotação de algo à disposição, seja de vendas (como as
mercadorias nas empresas comerciais ou produtos acabados nas empresas industriais), seja de
transformação (como matérias-primas ou mercadorias em processo), seja de consumo (o estoque de material
de consumo pode acontecer tanto em empresa comercial, industrial, como de serviço).
Reconhecimento de estoques
Vimos que a norma internacional de contabilidade diz que ativos são recursos econômicos presentes
controlados pela entidade como resultado de eventos passados. Assim, para que um ativo seja reconhecido
como estoque, deve assumir a condição discutida anteriormente, qual seja:
 
Estar disponível para venda;
Estar em processo de elaboração ou produção;
Estar em forma de materiais ou suprimentos para consumo futuro.
Deste modo, pode-se afirmar que esses bens, sejam acabados e disponíveis para venda, em processo de
produção ou em forma de materiais e suprimentos, representam recursos econômicos presentes e que são,
por natureza, controlados pela entidade e que, também, originaram-se no passado, no momento da compra
ou produção.
Ao atender a tais requisitos, esses bens podem ser reconhecidos no patrimônio da entidade como estoques.
Veja um exemplo de reconhecimento contábil de uma aquisição de mercadorias para revenda, a prazo, pelo
valor de R$100.000,00, com incidência de ICMS à alíquota de 18%:
Exemplo
Débito: estoques – R$82.000,00 Débito: ICMS a recuperar – R$18.000,00 Crédito: fornecedores –
R$100.000,00 Histórico: pelo registro da compra a prazo. 
Quando as mercadorias são vendidas, o valor contábil do estoque vendido deve ser reconhecido como
despesa do período (custo da mercadoria vendida).
Seguindo esse mesmo exemplo, suponha-se que foram vendidas 80% das mercadorias em estoque pelo valor
de R$150.000,00, a prazo, com incidência de ICMS à alíquota de 18%.
Primeiramente, se reconhece a receita de vendas:
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Exemplo
Débito: clientes – R$150.000,00 Crédito: receita de vendas – R$150.000,00 Histórico: pelo registro da
venda a prazo. 
Em seguida, contabiliza-se o imposto incidente na operação:
Exemplo
Débito: ICMS sobre vendas – R$27.000,00 Crédito: ICMS a recolher – R$27.000,00 Histórico: pelo
registro do imposto incidente na venda. 
Finalmente, registra-se a baixa das mercadorias vendidas do estoque:
Exemplo
Débito: custo das mercadorias vendidas – R$65.600,00 Crédito: estoques – R$65.600,00 Histórico: pelo
registro da baixa das mercadorias em estoque por ocasião da venda. 
Alguns itens de estoques podem ser transferidos para outras contas do ativo, como, por exemplo, estoques
usados como componentes de ativos imobilizados de construção própria. Os estoques alocados ao custo de
outro ativo devem ser reconhecidos como despesa durante a vida útil e na proporção da baixa desse ativo.
Mensuração de estoques
Em geral,mensuração significa ato ou efeito de medir ou mensurar. Em contabilidade, a mensuração significa
atribuir valor monetário aos elementos patrimoniais, isto é, quantificar em termos de valores o patrimônio.
Mas como são mensurados os estoques?
Para responder a essa questão, recorremos às normas internacionais de contabilidade, notadamente o IAS 2,
que diz:
Os estoques devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido (VRL), dos
dois, o menor.
Na mensuração inicial, o valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de
transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização
atuais, ou seja, além de incluir o preço de compra, deve incluir os impostos de importação e outros tributos
(não recuperáveis pela entidade), custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à
aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Os descontos comerciais, abatimentos e outros itens
semelhantes são deduzidos na determinação do custo de aquisição.
Então, a título de exemplo, teríamos na composição do custo dos estoques os seguintes componentes:
Exemplos de outros itens não incluídos no custo dos estoques e reconhecidos como despesa do período em
que são incorridos:
 
Valor anormal de desperdício de materiais, mão de obra ou outros insumos de produção.
Gastos com armazenamento, a menos que sejam necessários ao processo produtivo entre uma e outra
fase de produção.
Despesas administrativas que não contribuem para trazer o estoque ao seu local e condição atuais.
Despesas de comercialização, incluindo a venda e a entrega dos bens e serviços aos clientes.
Ao final de cada período contábil, deve-se mensurar os estoques pelo valor de custo ou pelo valor realizável
líquido, dos dois, o menor.
E qual é a motivação para tal procedimento?
Justifica-se esse mecanismo em função de:
 
O custo dos estoques pode não ser recuperável se estiverem danificados, se se tornarem total ou
parcialmente obsoletos ou se os seus preços de venda tiverem diminuído.
O custo dos estoques pode também não ser recuperável se os custos estimados de acabamento ou os
custos estimados a serem incorridos para realizar a venda tiverem aumentado.
Assim, a prática de reduzir o valor de custo dos estoques para o valor realizável líquido é consistente com o
ponto de vista de que os ativos não devem ser escriturados por quantias superiores àquelas que se espera
que sejam realizadas com a sua venda ou uso.
Nesse contexto, temos:
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Mas o que vem a ser valor realizável líquido?
Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios deduzido dos custos
estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda.
Portanto, o valor realizável líquido refere-se à quantia líquida que uma entidade espera realizar com a venda
do estoque no curso normal dos negócios.
Diante disso, temos a seguinte equação:
VRL=PVE-(CEC+GEV)
Onde:
VRL = Valor realizável líquido.
PVE = Preço de venda estimado.
CEC = Custos estimados para conclusão.
GEV = Gastos estimados com vendas.
Atenção
Os estoques geralmente devem ser reduzidos para o seu valor realizável líquido, item a item. Em algumas
circunstâncias, porém, pode ser apropriado agrupar unidades semelhantes ou relacionadas. As
estimativas do valor realizável líquido devem ser baseadas nas evidências mais confiáveis disponíveis no
momento em que são feitas as estimativas do valor dos estoques que se espera realizar. Essas
estimativas devem levar em consideração variações nos preços e nos custos diretamente relacionados
com eventos que ocorram após o fim do período, à medida que tais eventos confirmem as condições
existentes no fim do período. 
Vamos ver um exemplo:
Uma sociedade empresária mantém no seu estoque de mercadorias para revenda três tipos de mercadorias: I,
II e III. O valor total do custo de aquisição, preço de vendas estimado e gastos estimados com vendas, em
31.12.X1, estão detalhados a seguir:
Tipo de Estoque Custo de Aquisição PVE GVE
I R$594,00 R$738,00 R$90,00
Tipo de Estoque Custo de Aquisição PVE GVE
II R$347,00 R$330,00 R$35,00
III R$720,00 R$675,00 R$41,00
Tabela: Estoque de mercadorias I, II e III. Alessandro Leandro.
Com base nessas informações, qual é o saldo de estoques a ser demonstrado no balanço patrimonial?
O primeiro passo é apurar o VRL. Veja:
Tipo de Estoque Custo de Aquisição PVE GVE VRL
I R$594,00 R$738,00 R$90,00 R$648,00
II R$347,00 R$330,00 R$35,00 R$295,00
III R$720,00 R$675,00 R$41,00 R$634,00
Tabela: Estoque de mercadorias I, II e III. Alessandro Leandro.
Agora, deve-se realizar a comparação item a item, quando possível, de acordo com o que diz a norma, isto é,
pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido (VRL), dos dois, o menor. 
 
Assim, teremos: 
 
Para o tipo de estoque I, prevalece o valor do custo de aquisição, de R$594,00, pois é menor que o VRL, que
totaliza R$648,00. 
 
Já para os tipos de estoque II e III, devem prevalecer o VRL, visto que R$295,00 e R$634,00 são menores que
os valores dos custos de aquisição de R$347,00 e R$720,00, respectivamente. 
 
Portanto, o saldo de estoques a ser demonstrado no Balanço Patrimonial será de:
 
Estoques=R$594,00+R$295,00+R$634,00
 
Estoques=R$1.523,00 
 
Finalmente, registra-se, também, uma perda no resultado do respectivo período contábil por remensuração ao
VRL de R$138,00 (R$52,00 + R$86,00).
Atenção
A quantia de qualquer redução dos estoques para o valor realizável líquido deve ser reconhecida como
despesa do período em que a redução ocorrer. A quantia de toda reversão de redução de estoques,
proveniente de aumento no valor realizável líquido, deve ser registrada como redução do item em que for
reconhecida a despesa, no período em que a reversão ocorrer. 
Divulgação de estoques
De acordo com o IAS 2, em relação aos estoques, as demonstrações contábeis devem divulgar:
 
As políticas contábeis adotadas na mensuração dos estoques, incluindo formas e critérios de valoração
utilizados.
O valor total escriturado em estoques e o valor registrado em outras contas apropriadas para a
entidade.
O valor de estoques escriturados pelo valor justo menos os custos de venda.
O valor de estoques reconhecido como despesa durante o período.
O valor de qualquer redução de estoques reconhecida no resultado do período.
O valor de toda reversão de qualquer redução do valor dos estoques reconhecida no resultado do
período.
As circunstâncias ou os acontecimentos que conduziram à reversão de redução de estoques.
O montante escriturado de estoques dados como penhor de garantia a passivos.
A informação relativa a valores contábeis contabilizados em diferentes classificações de estoques e a
proporção de alterações nesses ativos são úteis para os usuários das demonstrações contábeis tomarem as
melhores decisões econômicas.
O valor do estoque baixado, reconhecido como despesa durante o período, o qual é denominado
frequentemente como custo dos produtos, das mercadorias ou dos serviços vendidos, consiste nos custos
que estavam incluídos na mensuração do estoque que agora é vendido.
Redução do estoque ao valor realizável líquido
Assista agora a um vídeo sobre o conceito de valor realizável líquido e como ele se relaciona com a
mensuração de estoques.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
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Estoques
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Divulgação de estoques
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Verificando o aprendizado
Questão 1
De acordo com a International Accounting Standards 2 – Inventories (IAS 2), na determinação do valor
realizável líquido, o valor estimado das comissões da equipe de vendas necessárias para concretizar a venda
dositens estocados deve ser tratado como:
A
Adição ao custo.
B
Não relacionada ao valor realizável líquido.
C
Redução do custo.
D
Redução do valor realizável líquido.
E
Adição ao preço de venda estimado.
A alternativa D está correta.
De acordo com a norma, o valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos
negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se
concretizar a venda. Considerando que comissões da equipe de vendas representa um custo estimado
para a conclusão da venda, este item reduz o valor realizável líquido.
Questão 2
De acordo com a International Accounting Standards 2 – Inventories (IAS 2), os estoques devem ser
mensurados ao final de cada período:
A
Ao valor de aquisição.
B
Ao menor entre o custo e o valor realizável líquido.
C
Ao menor entre o custo e o valor justo.
D
Ao maior entre o custo e o preço de reposição líquido.
E
Ao maior entre o custo e o valor realizável líquido.
A alternativa B está correta.
De acordo com a norma, os estoques devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável
líquido (VRL), dos dois, o menor.
2. Imobilizado: reconhecimento, mensuração e divulgação
Imobilizado
A IAS 16 – Property, Plant and Equipment – está representada, no Brasil, pelo Pronunciamento Técnico CPC 27
– Ativo Imobilizado. O objetivo desta norma é estabelecer o tratamento contábil para ativos imobilizados, de
forma que os usuários das demonstrações contábeis possam discernir a informação sobre o investimento da
entidade em seus ativos imobilizados, bem como suas mutações.
Os principais pontos a serem considerados na contabilização do ativo imobilizado são o
reconhecimento dos ativos, a determinação dos seus valores contábeis iniciais e subsequentes e os
valores de depreciação e perdas por impairment (redução ao valor recuperável).
Assim, a norma alcança e deve ser aplicada na contabilização de ativos imobilizados, exceto quando outra
norma exija ou permita tratamento contábil diferente.
Desta forma, o IAS 16 não se aplica a:
 
Ativos imobilizados classificados como mantidos para venda (IFRS 5 – Non-current Assets Held for Sale
and Discontinued Operations).
Ativos biológicos relacionados com a atividade agrícola que não sejam plantas portadoras (IAS 41 – 
Agriculture).
Reconhecimento e mensuração de ativos de exploração e avaliação (IFRS 6 – Exploration and
evaluation of mineral resources).
A norma também traz algumas definições muito importantes que podem ser observadas a seguir:
Termo Definição
Custo
É o montante de caixa ou equivalente de caixa pago ou o valor justo de
qualquer outro recurso dado para adquirir um ativo na data da sua
aquisição ou construção.
Depreciação
É a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo da
sua vida útil.
Imobilizado
É composto por itens tangíveis com vida útil prevista de mais de um
período contábil e que são mantidos para uso na produção ou
fornecimento de bens e serviços, para aluguel a terceiros ou para fins
administrativos.
Perda por
redução ao valor
recuperável
É o valor pelo qual o valor contábil de um ativo ou de uma unidade
geradora de caixa excede seu valor recuperável.
Valor contábil
É o valor pelo qual um ativo é reconhecido após a dedução da
depreciação e da perda por redução ao valor recuperável acumuladas.
Valor depreciável
É o custo de um ativo ou outro valor que substitua o custo, menos o seu
valor residual.
Valor em uso
É o valor presente dos fluxos de caixa que a entidade espera: (i) obter
com o uso contínuo de um ativo e com a alienação ao final da sua vida
útil; ou (ii) incorrer para a liquidação de um passivo.
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Termo Definição
Valor justo
É o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago
pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre
participantes do mercado na data de mensuração.
Valor justo líquido
É o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago
pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre
participantes do mercado na data de mensuração menos as despesas
estimadas para se concretizar ou incorridas sobre as vendas.
Valor recuperável
É o maior valor entre o valor justo menos os custos de venda de um
ativo e seu valor em uso.
Valor residual
É o valor estimado que a entidade obteria com a venda do ativo, após
deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a
idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil.
Vida útil
É: (i) o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o
ativo; ou (ii) o número de unidades de produção ou de unidades
semelhantes que a entidade espera obter pela utilização do ativo.
Tabela: Definições de termos-chave. Adaptado de CPC 27, 2009, p. 2
Diante dessas definições, podemos concluir que o ativo imobilizado é formado pelo conjunto de bens
necessários à manutenção das atividades da empresa, caracterizados por apresentar-se na forma tangível,
isto é, itens corpóreos e tocáveis.
Reconhecimento de imobilizado
Para o reconhecimento de um item do imobilizado como um ativo, dois atributos devem ser atendidos em
conjunto:
 
For provável que futuros benefícios econômicos associados ao item fluirão para a entidade;
O custo do item puder ser mensurado confiavelmente.
Esse é o critério básico adotado pelas normas internacionais de contabilidade.
Sobressalentes, peças de reposição, ferramentas e equipamentos de uso interno são classificados como ativo
imobilizado quando a entidade espera usá-los por mais de um período. Da mesma forma, se puderem ser
utilizados somente em conexão com itens do ativo imobilizado, também são contabilizados como ativo
imobilizado.
Lemes e Carvalho (2020) afirmam que, apesar de ser prática de algumas empresas delimitarem um
valor a partir do qual um item seria reconhecido como imobilizado, a norma internacional de
contabilidade não determina tais valores. Assim, a empresa deve aplicar o critério de
reconhecimento com base em seu julgamento. Contudo, a norma internacional de contabilidade
permite que a empresa agregue itens insignificantes individualmente, tais como moldes e
ferramentas, para aplicar o critério de reconhecimento de itens agregados.
Peças de reposição e de manutenção são normalmente tratadas como estoques e reconhecidas como
despesa quando utilizadas. Entretanto, peças de reposição importantes e equipamentos sobressalentes que a
empresa pretende usar por mais de um período ou que são usados somente em conexão com algum ativo fixo
devem ser classificados no imobilizado.
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Atenção
E qual o tratamento a ser dado aos gastos subsequentes ao reconhecimento inicial de um ativo
imobilizado? 
Para responder a essa questão, não podemos esquecer das premissas iniciais, quais sejam: a probabilidade
de fluxo de benefício econômico e a confiabilidade na mensuração.
Atendidos esses requisitos, temos o seguinte:
Evento Reconhecimento
Manutenções e reparos, que podem incluir gastos com pessoal e
materiais, regulares ou esporádicos, com pequenas partes incorporadas
ou não a determinado item do imobilizado.
Despesa
Manutenções e reparos regulares com trocas de componentes ou
grandes inspenções programadas, independente da substituição de
partes, para que o ativo possa continuar a operar.
Imobilizado
Tabela: Reconhecimento de gastos subsequentes. Alessandro Leandro.
Um item do imobilizado, desde que satisfaça o critério de reconhecimento, deve ser reconhecido inicialmente
ao custo. Esses custos compreendem:
 
Seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a
compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos.
Custos diretamente relacionados com o processo de atribuíveis para colocar o ativo no local e
condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela empresa.
Estimativa para desmontar, remover e restaurar o local de instalação do ativo se a entidade tem essa
obrigação geradana aquisição do ativo ou momento posterior.
Assim, são exemplos de custos diretamente relacionados ao imobilizado e que devem, portanto, compor o
valor dos ativos deste grupo:
 
Benefícios dos empregados (salários, férias, abonos, encargos, planos de saúde e planos de
aposentadoria).
Custos de preparação do local.
Custos iniciais de entrega e manuseio.
Custos de montagem e instalação.
Custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente, após dedução das receitas
líquidas provenientes da venda de qualquer item produzido enquanto se coloca o ativo nesse local e
condição (tais como amostras produzidas quando se testa o equipamento).
Custos de empréstimos de acordo com a IAS 23 – Borrowing Costs.
Honorários profissionais.
O reconhecimento dos custos no valor contábil de um item do ativo imobilizado cessa quando o item está no
local e nas condições operacionais pretendidas pela. São exemplos de gastos que não são diretamente
relacionados ao imobilizado e que, portanto, devem ser tratados como despesa quando incorridos:
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Pré-operacionais;
De introduzir um novo produto ou serviço;
Promocionais e de propaganda;
De mudar para uma nova localização ou para uma nova classe de clientes (incluindo os gastos de
treinamento de pessoal);
Gerais e administrativos;
De ociosidade, quando o ativo já está em condições de uso;
De realocar ou reorganizar parte ou todas as operações da empresa;
Perdas operacionais iniciais, como aquelas incorridas enquanto a demanda para o produto aumenta
gradativamente.
Mensuração de imobilizado
Vimos que, em contabilidade, a mensuração significa atribuir valor monetário aos elementos patrimoniais, isto
é, quantificar, em termos de valores o patrimônio.
O custo de um item de ativo imobilizado é equivalente ao preço à vista na data do reconhecimento. A
diferença entre o preço equivalente à vista e o total dos pagamentos deve ser reconhecida como despesa
financeira (despesa com juros) durante o período, a não ser que sejam ativados na respectiva conta do
imobilizado, se estes se caracterizam como ativos qualificados de acordo com a IAS 23 – Borrowing Costs.
Na obtenção de itens do ativo imobilizado por meio de uma transação de troca (por um ativo não
monetário ou uma combinação de ativos monetários e não monetários), o ativo adquirido deve ser
mensurado ao valor justo, a menos que falte natureza comercial à transação de troca ou o valor justo
não possa ser mensurado com confiabilidade. Nesse caso, o ativo recebido deve ser mensurado
pelo mesmo valor contábil do ativo cedido.
O valor justo de um ativo é mensurável de forma confiável se:
 
A variabilidade da faixa de mensuração de valor justo razoável não for significativa;
As probabilidades de várias estimativas, dentro dessa faixa, puderem ser razoavelmente avaliadas e
utilizadas na mensuração do valor justo.
 
Caso a entidade seja capaz de mensurar com segurança tanto o valor justo do ativo recebido como do ativo
cedido, então o valor justo do segundo deve ser usado para mensurar o custo do ativo recebido, a não ser que
o valor justo do primeiro seja mais evidente.
O valor contábil de um item do ativo imobilizado pode ser reduzido por subvenções governamentais de acordo
com o IAS 20 – Accounting for Government Grants and Disclosure of Government Assistance.
E quais são os métodos de mensuração? Vejamos a seguir.
Método do custo
Após o reconhecimento como ativo, um item do ativo imobilizado deve ser apresentado ao custo
menos qualquer depreciação e perda por redução ao valor recuperável acumuladas, conforme
determina o IAS 36 – Impairment of Assets.
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Método da reavaliação
Após o reconhecimento como um ativo, o item do ativo imobilizado cujo valor justo possa ser
mensurado confiavelmente pode ser apresentado, se permitido por lei, pelo seu valor reavaliado,
correspondente ao seu valor justo à data da reavaliação menos qualquer depreciação e perda por
redução ao valor recuperável acumuladas subsequentes. A reavaliação deve ser realizada com
suficiente regularidade para assegurar que o valor contábil do ativo não apresente divergência
relevante em relação ao seu valor justo na data do balanço.
Assim, em ambos os métodos, teríamos:
Importante ressaltar que, no Brasil, a Lei 11.638/2007 proíbe o método de mensuração da reavaliação do ativo
imobilizado.
Depreciação de imobilizado
A depreciação refere-se ao reconhecimento do consumo de benefícios econômicos do ativo, que compreende
os seguintes fatores:
 
Uso esperado do ativo pela entidade;
Desgaste físico esperado;
Obsoletismo técnico;
Limites legais sobre o uso do ativo.
A depreciação do período deve ser normalmente reconhecida no resultado.
A contabilização é a seguinte:
Débito: Despesa de depreciação (Despesa do período)
Crédito: Depreciação acumulada (Conta patrimonial de ativo não circulante retificadora)
O valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada.
A depreciação do ativo se inicia quando este está disponível para uso, ou seja, quando está no local e em
condição de funcionamento na forma pretendida pela administração.
O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao final de cada exercício e, se as
expectativas diferirem das estimativas anteriores, a mudança deve ser contabilizada como mudança
de estimativa contábil, de acordo com o IAS 8 – Accounting Policies, Changes in Accounting
Estimates and Errors.
E quais são os métodos de depreciação?
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O método de depreciação utilizado reflete o padrão de consumo pela entidade dos benefícios econômicos
futuros.
O método deve ser revisado pelo menos ao final de cada exercício e, se houver alteração significativa no
padrão de consumo previsto, o método de depreciação deve ser alterado prospectivamente para refletir essa
mudança.
São eles:
Método da linha reta (linear)
Resulta em despesa constante durante a vida útil do ativo, caso o seu valor residual não se altere.
Método dos saldos decrescentes (taxas decrescentes)
Resulta em despesa decrescente durante a vida útil.
Método de unidades produzidas
Resulta em despesa baseada no uso ou produção esperados.
Exemplos:
Suponha um bem adquirido por R$980.000,00 com vida útil estimada de 5 anos e sem valor residual.
1) Pelo método da linha reta (linear), teremos:
Valor depreciável = R$980.000,00
Depreciação anual = R$980.000,00 / 5 = R$196.000,00
Depreciação mensal = R$196.000,00 / 12 = R$16.333,33
Assim, apropria-se R$196.000,00 por ano ou R$16.333,33 por mês de depreciação.
2) Pelo método dos saldos decrescentes, teremos:
Soma-se os quatro dígitos referentes a cada ano: 1+2+3+4+5 = 15.
A partir desse somatório, calcula-se:
1º ano 5/15 x R$980.000,00 = R$326.666,67 
2º ano 4/15 x R$980.000,00 = R$261.333,33 
3º ano 3/15 x R$980.000,00 = R$196.000,00 
4º ano 2/15 x R$980.000,00 = R$130.666,67 
5º ano 1/15 x R$980.000,00 = R$65.333,33
3) Pelo método de unidades produzidas, suponha-se que seja uma máquina de lavar lençóis em hospital e
tenha capacidade máxima estimada pelo fabricante de lavar 1.500.000 lençóis.
Considere que no primeiro mês de operação a máquina lavou 780 lençóis.
Taxa de depreciação = R$980.000,00 / 1.500.000 = R$0,6533 por lençol.
Depreciação do mês = R$0,6533 x 780 = R$509,60.
Divulgação de imobilizado
As divulgações exigidas são bastante detalhadas, considerando a extensão dos tratamentos contábeis
pertinentes aos itens do imobilizado. De maneira geral, as divulgações para cada classe de imobilizado se
relacionam a:
 
Base de mensuração adotada no cálculo do valor contábil bruto.
Métodos de depreciação utilizados.
Vidas úteis ou as taxas de depreciação utilizadas.
Valor contábil bruto, depreciação acumulada e perdas por impairment acumuladas no início e no final
do período.
Adições ao imobilizado.
Ativos classificados como “mantidos para venda”.
Aquisições por meio de combinações de negócios.Aumentos e reduções originadas de reavaliações e das perdas por impairment e as respectivas
reversões.
Depreciação.
Ativos dados em garantias de passivos.
Ativos em construção.
Acordos contratuais para a aquisição de imobilizado.
Indenizações recebidas por desvalorizações (impairment), perdas e abandonos.
Conciliação do valor contábil no início e no final do período.
Para itens reavaliados (quando a legislação assim permitir), as seguintes divulgações são exigidas:
 
A data efetiva da reavaliação.
Se houve ou não a participação de um avaliador independente.
Métodos e suposições relevantes para a determinação do valor justo.
Se para a determinação dos valores justos os preços foram observados em um mercado ativo ou por
meio de transações recentes ou estimados por outras técnicas.
Para cada classe de ativo reavaliado, o valor contábil que poderia ter sido reconhecido se a classe não
tivesse sido reavaliada.
A reserva de reavaliação, com as respectivas modificações no período e qualquer restrição sobre a
distribuição de lucros aos acionistas.
Métodos de depreciação
Assista agora a um vídeo sobre os três métodos de depreciação estudados (linear, taxas decrescentes e
unidades produzidas adaptada a quilômetros rodados).
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Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
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Definições de termos-chave trazidos pela norma IAS 16 – Property,
Plant and Equipment
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Divulgação de Imobilizado
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Verificando o aprendizado
Questão 1
Dos gastos a seguir incorridos com a aquisição e instalação de um item do imobilizado, todos devem compor o
custo do imobilizado, exceto:
A
Estimativas para desmontar, remover ou restaurar a área em que o ativo está localizado, conforme contrato
que estabelece os direitos e deveres da empresa com a exploração da atividade.
B
Gastos com o lançamento de campanha promocional do produto a ser produzido com o equipamento.
C
Salários, férias, vale-transporte dos funcionários envolvidos com o ativo.
D
Honorários do profissional que orientou a compra.
E
Impostos de importação não recuperáveis.
A alternativa B está correta.
Os gastos com o lançamento de campanha promocional do produto a ser produzido com o equipamento
não são diretamente relacionados ao imobilizado e, portanto, devem ser tratados como despesa, quando
incorridos.
Questão 2
Uma sociedade empresária adota o método de depreciação linear, de acordo com o IAS 16 – Property, Plant
and Equipment. 
As características do Ativo Imobilizado da empresa estão apresentadas a seguir: 
- Valor de compra R$1.600.000,00 
- Vida útil 20 anos 
- Valor residual R$160.000,00 
Considerando os dados apresentados, a depreciação acumulada e o valor contábil do ativo imobilizado ao
final do quinto ano de disponibilidade para uso são, respectivamente:
A
R$360.000,00 e R$1.240.000,00.
B
R$360.000,00 e R$1.600.000,00.
C
R$400.000,00 e R$1.200.000,00.
D
R$400.000,00 e R$1.600.000,000.
E
R$400.000,00 e R$1.240.000,00.
A alternativa A está correta.
Para se calcular a depreciação acumulada e o valor contábil do ativo imobilizado, deve-se fazer os
seguintes cálculos: Custo de aquisição: R$1.600.000,00 (-) Valor residual: (R$160.000,00) (=) Valor
depreciável: R$1.440.000,00 Depreciação anual: R$1.440.000,00 / 20 = R$72.000,00 Depreciação
acumulada em cinco anos: R$72.000,00 x 5 = R$360.000,00 Ao final do quinto ano, teremos: Custo de
aquisição: R$1.600.000,00 (-) Depreciação acumulada: (R$360.000,00) (=) Valor contábil: R$1.240.000,00
3. Intangível: reconhecimento, mensuração e divulgação
Intangível
Ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física. A norma contábil internacional
que trata desse assunto é o IAS 38 – Intangible Assets. No Brasil, a norma correspondente é o
Pronunciamento Técnico CPC 04 – Ativo Intangível.
A IAS 38 determina o tratamento a ser seguido no reconhecimento e mensuração dos ativos intangíveis que
não são contemplados especificamente por outras normas. Ela requer que as entidades reconheçam um ativo
intangível somente se determinados critérios forem atendidos.
A IAS 38 é aplicável a todos os ativos intangíveis, com exceção:
 
Daqueles tratados em outras normas;
Dos ativos financeiros, conforme definidos pela IAS 39 – Financial Instruments: Recognition and
Measurement;
Dos direitos sobre recursos minerais, gastos com a exploração, desenvolvimento e extração de
minerais, petróleo, gás natural e recursos não regenerativos similares, foco da IFRS 6 – Exploration for
and Evaluation of Mineral Resources.
Se outra norma estabelecer o tratamento contábil para um tipo específico de ativo intangível, a entidade deve
aplicar a referida norma em vez do IAS 38.
Por exemplo, esta norma não deve ser aplicada nos seguintes casos:
 
Ativos intangíveis mantidos pela entidade para venda no curso ordinário dos negócios
(IAS 2 – Inventories);
Ativos fiscais diferidos (IAS 12 – Income Taxes);
Leases, (IAS 17 – Leases,);
Ativos originados de benefícios a empregados (IAS 19 – Employee Benefits);
Ativos financeiros (IAS 31 – Interests In Joint Ventures, IAS 32 – Financial Instruments: Presentation, IAS
27 – Separate Financial Statements, e IAS 28 – Investments in Associates and Joint Ventures);
Goodwill adquirido em uma combinação de negócios (IFRS 3 – Business Combinations);
Custos de aquisição diferidos e ativos intangíveis originados de contratos de seguros (IFRS 4 – 
Insurance Contracts), com exceção das divulgações para tais itens que são as exigidas pela IAS 38 – 
Intangible Assets;
Ativos intangíveis não correntes classificados como mantidos para venda (IFRS 5 – Non-current Assets
Held for Sale and Discontinued Operations).
Assim, a IAS 38 é aplicável a gastos com publicidade, treinamento, pré-operacionais, pesquisa e
desenvolvimento, patentes, licenças, filmes cinematográficos, software, conhecimento técnico, franquias,
fidelidade de clientes, participação no mercado, lista de clientes e itens similares (LEMES; CARVALHO, 2010).
A norma também traz algumas definições importantes adaptado de CPC 04 R1, 2010, p. 4, que podem ser
observadas a seguir:
Amortização
É a alocação sistemática do valor amortizável de ativo intangível ao longo da sua vida útil.
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Ativo
É um recurso: (i) controlado pela entidade como resultado de eventos passados; e (ii) do qual se
espera que resultem benefícios econômicos futuros para a entidade.
Ativo intangível
É um ativo não monetário identificável sem substância física.
Ativo monetário
É aquele representado por dinheiro ou por direitos a serem recebidos em uma quantia fixa ou
determinável de dinheiro.
Custo
É o montante de caixa ou equivalente de caixa pago ou o valor justo de qualquer outra
contraprestação dada para adquirir um ativo na data da sua aquisição ou construção.
Desenvolvimento
É a aplicação dos resultados da pesquisa ou de outros conhecimentos em um plano ou projeto
visando à produção de materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços novos ou
substancialmente aprimorados, antes do início da sua produção comercial ou do seu uso.
Mercado ativo
É aquele em que todas as seguintes situações estão presentes: (i) os itens negociados no mercado
são homogêneos; (ii) podem ser encontrados, normalmente, compradores e vendedores dispostos a
negociar; e (iii) os preços são disponíveis ao público.
Pesquisa
É a investigação original e planejada realizada com a expectativa de adquirir novo conhecimento e
entendimento científico ou técnico.
Perda por desvalorização
É o valor pelo qual o valor contábil de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa excede seu valor
recuperável.
Valor amortizávelÉ o custo de um ativo ou outro valor que substitua o custo, menos o seu valor residual.
Valor contábil
É o valor pelo qual um ativo é reconhecido após a dedução da amortização e da perda por
desvalorização.
Valor específico para a entidade
É o valor presente nos fluxos de caixa que uma entidade espera: (i) obter com o uso contínuo de um
ativo e com a alienação ao final da sua vida útil; ou (ii) incorrer para a liquidação de um passivo.ual um
ativo é reconhecido após a dedução da amortização e da perda por desvalorização.
Valor justo
É o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um
passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração.
Valor justo líquido
É o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um
passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração
menos as despesas estimadas para se concretizar ou incorridas sobre as vendas.
Valor recuperável
É o maior valor entre o valor justo menos os custos de venda de um ativo e seu valor em uso.
Valor residual
É o valor estimado que uma entidade obteria com a venda do ativo, após deduzir as despesas
estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condição esperadas para o fim de sua vida
útil.
Vida útil
É o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o ativo; ou o número de unidades de
produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter pela utilização do ativo.
As entidades frequentemente incorrem em gastos para a aquisição, desenvolvimento, manutenção ou
melhoria de recursos intangíveis. Contudo, para que se enquadre no conceito de ativo intangível, três
condições devem estar presentes: identificabilidade, controle e geração de benefícios econômicos.
Assim, temos:
Se algum dos requisitos não for atendido, reconhece o gasto como despesa!
Identificabilidade
For separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido,
transferido, licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou junto
com um contrato, ativo ou passivo relacionado, independente da
intenção de uso pela entidade; ou
Resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais,
independentemente de tais direitos serem transferíveis ou separáveis
da entidade ou de outros direitos e obrigações.
Controle
A entidade controla um ativo quando detém o poder de obter
benefícios econômicos futuros gerados pelo recurso subjacente e de
restringir o acesso de terceiros a esses benefícios.
Benefícios
Econômicos
Os benefícios econômicos futuros gerados por ativo intangível podem
incluir a receita da venda de produtos ou serviços, redução de custos
ou outros benefícios resultantes do uso do ativo pela entidade.
Tabela: Condições essenciais de um ativo intangível. Adaptado de CPC 04 R1, 2010, p. 06..
Reconhecimento de intangível
O reconhecimento de um item como ativo intangível exige que a entidade demonstre que ele atende a:
 
Definição de ativo intangível 
Critérios de reconhecimento
Este requerimento é aplicável a custos incorridos inicialmente para adquirir ou gerar internamente um ativo
intangível e aos custos incorridos posteriormente para acrescentar algo, substituir parte ou recolocá-lo em
condições de uso.
Deste modo, um ativo intangível deve ser reconhecido apenas se:
 
For provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo serão gerados em
favor da entidade;
O custo do ativo possa ser mensurado com confiabilidade.
A entidade deve avaliar a probabilidade de geração de benefícios econômicos futuros utilizando premissas
razoáveis e comprováveis que representem a melhor estimativa da administração em relação ao conjunto de
condições econômicas que existirão durante a vida útil do ativo.
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E como ocorreu a aquisição?
Separada
Normalmente, o preço que a entidade paga para adquirir separadamente um ativo intangível reflete
sua expectativa sobre a probabilidade de os benefícios econômicos futuros esperados, incorporados
no ativo, serem gerados a seu favor.
Combinação de negócios
Se um ativo intangível for adquirido em uma combinação de negócios, o seu custo deve ser o valor
justo na data de aquisição, o qual reflete as expectativas dos participantes do mercado na data de
aquisição sobre a probabilidade de que os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo serão
gerados em favor da entidade.
Mensuração de intangível
Um ativo intangível adquirido separadamente deve ser mensurado inicialmente ao custo. Esse custo
compreende:
 
Seu preço de compra, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a
compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos;
Qualquer custo diretamente atribuível à preparação do ativo para a finalidade proposta.
Custos atribuíveis Custos não atribuíveis
Custos de benefícios aos empregados
incorridos diretamente para que o ativo fique
em condições operacionais (de uso ou
funcionamento);
Custos incorridos na introdução de novo
produto ou serviço (incluindo propaganda
e atividades promocionais);
Honorários profissionais diretamente
relacionados para que o ativo fique em
condições operacionais; e
Custos da transferência das atividades
para novo local ou para nova categoria de
clientes (incluindo custos de treinamento);
e
Custos com testes para verificar se o ativo
está funcionando adequadamente.
Custos administrativos e outros custos
indiretos.
Tabela: Custos atribuíveis e não atribuíveis ao ativo intangível. Alessandro Leandro.
E quais são os métodos de mensuração?
Método do custo:
Após o reconhecimento como ativo, um item do ativo intangível deve ser apresentado ao custo menos a
eventual amortização acumulada e a perda acumulada, conforme determina o IAS 36 – Impairment of Assets,.
Método da reavaliação:
Após o reconhecimento como um ativo, o item do ativo intangível cujo valor justo possa ser mensurado
confiavelmente pode ser apresentado, se permitido por lei, pelo seu valor reavaliado, correspondente ao seu
valor justo à data da reavaliação menos qualquer amortização e perda por desvalorização. Para efeitos de
reavaliação nos termos do IAS 38, o valor justo deve ser mensurado em relação a um mercado ativo. A
reavaliação deve ser realizada regularmente para que, na data do balanço, o valor contábil do ativo não
apresente divergências relevantes em relação ao seu valor justo.
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O método de reavaliação não permite:
 
A reavaliação de ativos intangíveis que não tenham sido previamente reconhecidos como ativos;
O reconhecimento inicial de ativos intangíveis a valores diferentes do custo.
Assim, em ambos os métodos, teríamos:
Ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill)
O goodwill adquirido em uma combinação de negócios e, portanto, reconhecido como tal, representa os
benefícios econômicos que surgem dos outros ativos adquiridos na combinação, incorporados ao goodwill por
não serem nem individualmente identificados nem separadamente reconhecidos.
O goodwill gerado internamente não é reconhecido como um ativo porque ele não é um recurso identificável –
não é separável nem surge de acordos legis – tampouco é controlado pela entidade. Adicionalmente, é pouco
provável que a entidade consiga atribuir custos incorridos à geração desse goodwill.
Ativo intangível gerado internamente
Por vezes, é difícil avaliar se um ativo intangível gerado internamente se qualifica para o reconhecimento,
devido às dificuldades para:
 
Identificar se, e quando, existe um ativo identificável que gerará benefícios econômicos futuros
esperados;
Determinar com confiabilidade o custo do ativo. Em alguns casos, não é possível separar o custo
incorrido com a geração interna de ativo intangível do custo da manutenção.
Para avaliar se um ativo intangível gerado internamente atende aos critérios de reconhecimento, a entidade
deve classificar a geração do ativo:
a) na fase de pesquisa; e/ou
b) na fase de desenvolvimento
Caso aentidade não consiga diferenciar a fase de pesquisa da fase de desenvolvimento de projeto interno de
criação de ativo intangível, o gasto com o projeto deve ser tratado como incorrido apenas na fase de
pesquisa.
Vida útil
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A vida útil de um ativo intangível pode ser:
Definida
A duração ou o volume de produção ou
unidades semelhantes que formam essa vida
útil. Exemplo: patente, direito de
comercialização, licenças, projetos, protótipos,
entre outras.
Indefinida
Não existe um limite previsível para o período
durante o qual o ativo deverá gerar fluxos de
caixa líquidos positivos para a entidade.
Exemplo: Ágio por expectativa de rentabilidade
futura, intangível não disponível para uso, entre
outros que não possuem uma vida útil definida.
Muitos fatores devem ser considerados na determinação da vida útil de ativo intangível, inclusive:
 
A utilização prevista de um ativo pela entidade e se o ativo pode ser gerenciado eficientemente por
outra equipe de administração;
Os ciclos de vida típicos dos produtos do ativo e as informações públicas sobre estimativas de vida útil
de ativos semelhantes, utilizados de maneira semelhante;
Obsolescência técnica, tecnológica, comercial ou de outro tipo;
A estabilidade do setor em que o ativo opera e as mudanças na demanda de mercado para produtos ou
serviços gerados pelo ativo;
Medidas esperadas da concorrência ou de potenciais concorrentes;
O nível dos gastos de manutenção requerido para obter os benefícios econômicos futuros do ativo e a
capacidade e a intenção da entidade para atingir tal nível;
O período de controle sobre o ativo e os limites legais ou similares para a sua utilização, tais como
datas de vencimento dos arrendamentos/locações relacionados;
Se a vida útil do ativo depende da vida útil de outros ativos da entidade.
Atenção: O termo “indefinida” não significa “infinita”! A vida útil de ativo intangível deve levar em consideração
apenas a manutenção futura exigida para mantê-lo no nível de desempenho avaliado, no momento da
estimativa da sua vida útil e capacidade e intenção da entidade para atingir tal nível. 
Um requisito muito importante presente na norma é:
A vida útil de ativo intangível que não é amortizado deve ser revisada periodicamente para determinar se
eventos e circunstâncias continuam a consubstanciar a avaliação de vida útil indefinida. Caso contrário, a
mudança na avaliação de vida útil de indefinida para definida deve ser contabilizada como mudança de
estimativa contábil, de forma prospectiva e de acordo com a IAS 8 – Accounting Policies, Changes in
Accounting Estimates and Errors.
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Quanto ao valor residual, deve-se presumir que o valor residual de ativo intangível com vida útil definida é
zero, a não ser que:
a) haja compromisso de terceiros para comprar o ativo ao final da sua vida útil;
b) exista mercado ativo para ele e:
(i) o valor residual possa ser determinado em relação a esse mercado;
(ii) seja provável que esse mercado continuará a existir ao final da vida útil do ativo.
Além disso, o valor amortizável de ativo com vida útil definida deve ser determinado após a dedução
de seu valor residual. O valor residual diferente de zero implica que a entidade espera a alienação do
ativo intangível antes do final de sua vida econômica.
O valor residual de ativo intangível pode ser aumentado. A despesa de amortização de ativo intangível será
zero enquanto o valor residual subsequente for igual ou superior ao seu valor contábil.
O valor residual, o período e o método de amortização de ativo intangível com vida útil definida devem ser
revisados, pelo menos, ao final de cada exercício.
Amortização de intangível
O valor residual de ativo intangível pode ser aumentado. A despesa de amortização de ativo intangível será
zero enquanto o valor residual subsequente for igual ou superior ao seu valor contábil.
O valor residual, o período e o método de amortização de ativo intangível com vida útil definida devem ser
revisados, pelo menos, ao final de cada exercício.
A amortização deve cessar na data em que o ativo é classificado como mantido para venda ou
incluído em um grupo de ativos classificado como mantido para venda, ou, ainda, na data em que ele
é baixado, o que ocorrer primeiro.
O método de amortização utilizado reflete o padrão de consumo pela entidade dos benefícios econômicos
futuros.
Como vimos anteriormente, os métodos de amortização do ativo intangível são:
Método da linha reta (linear)
Resulta em despesa constante durante a vida útil do ativo, caso o seu valor residual não se altere.
Método dos saldos decrescentes (taxas decrescentes)
Resulta em despesa decrescente durante a vida útil.
Método de unidades produzidas
Resulta em despesa baseada no uso ou produção esperados.
Atenção: A seleção do método deve obedecer ao padrão de consumo dos benefícios econômicos futuros
esperados, incorporados ao ativo, e aplicado consistentemente entre períodos. Se não for possível determinar
esse padrão com confiabilidade, deve ser utilizado o método linear. 
A despesa de amortização para cada período deve ser reconhecida no resultado, a não ser que outra norma
contábil permita ou exija a sua inclusão no valor contábil de outro ativo.
O ativo intangível deve ser baixado:
a) Por ocasião de sua alienação; ou
b) Quando não são esperados benefícios econômicos futuros com a sua utilização ou alienação.
Divulgação de intangível
A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada classe de ativos intangíveis, fazendo a distinção
entre ativos intangíveis gerados internamente e outros ativos intangíveis:
 
Se o ativo intangível tem Com vida útil indefinida ou definida e, se definida, os prazos de vida útil ou as
taxas de amortização utilizados;
Os métodos de amortização utilizados para ativos intangíveis com vida útil definida;
O valor contábil bruto e eventual amortização acumulada (mais as perdas por impairment acumuladas)
no início e no final do período;
A linha da demonstração do resultado em que qualquer amortização de ativo intangível for incluída.
A conciliação do valor contábil no início e no final do período, demonstrando:
i) adições, indicando separadamente as que foram geradas por desenvolvimento interno e as adquiridas, bem
como as adquiridas por meio de uma combinação de negócios;
ii) ativos classificados como mantidos para venda ou incluídos em grupo de ativos classificados como
mantidos para venda, nos moldes do IFRS 5 – Non-current Assets Held for Sale and Discontinued Operations e
outras baixas;
iii) aumentos ou reduções durante o período, decorrentes de reavaliações nos termos dos itens 75, 85 e 86, e
perda por desvalorização de ativos reconhecida ou revertida diretamente no patrimônio líquido;
iv) provisões para perdas de ativos, reconhecidas no resultado do período;
v) reversão de perda por desvalorização de ativos, apropriada ao resultado do período;
vi) qualquer amortização reconhecida no período;
vii) variações cambiais líquidas geradas pela conversão das demonstrações contábeis para a moeda de
apresentação e de operações no exterior para a moeda de apresentação da entidade;
viii) outras alterações no valor contábil durante o período.
A entidade também deve divulgar:
 
Em relação a ativos intangíveis avaliados como tendo vida útil indefinida, o seu valor contábil e os
motivos que fundamentam essa avaliação. Ao apresentar essas razões, a entidade deve descrever os
fatores mais importantes que levaram à definição de vida útil indefinida do ativo;
Uma descrição, o valor contábil e o prazo de amortização remanescente de qualquer ativo intangível
individual relevante para as demonstrações contábeis da entidade;
Em relação a ativos intangíveis adquiridos por meio de subvenção ou assistência governamentais e
inicialmente reconhecidos ao valor justo:
i) o valor justo inicialmente reconhecido dos ativos;
ii) o seu valor contábil;
iii) se são mensurados, após o reconhecimento, pelo método de custo ou de reavaliação;
A existênciae os valores contábeis de ativos intangíveis cuja titularidade é restrita e os valores
contábeis de ativos intangíveis oferecidos como garantia de obrigações;
O valor dos compromissos contratuais advindos da aquisição de ativos intangíveis.
Caso os ativos intangíveis sejam contabilizados a valores reavaliados, a entidade deve divulgar o seguinte:
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a) por classe de ativos intangíveis:
(i) a data efetiva da reavaliação;
(ii) o valor contábil dos ativos intangíveis reavaliados;
b) o diferencial entre o valor contábil dos ativos intangíveis reavaliados e o valor desses mesmos ativos se
utilizado o método de custo especificado.
A entidade deve divulgar o total de gastos com pesquisa e desenvolvimento reconhecidos como despesas no
período.
Por fim, é recomendável, mas não obrigatório, que a entidade divulgue as seguintes informações:
 
Descrição de qualquer ativo intangível totalmente amortizado que ainda esteja em operação;
Breve descrição de ativos intangíveis significativos, controlados pela entidade, mas que não são
reconhecidos como ativos porque não atendem aos critérios de reconhecimento do presente
Pronunciamento, ou porque foram adquiridos ou gerados antes de sua entrada em vigor.
Ativo intangível adquirido em combinação de negócios
Assista agora a um vídeo sobre o conceito de goodwill e a diferença entre o goodwill gerado internamente e
adquirido por combinação de negócios.
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Ativo intangível
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Divulgação de intangível
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Verificando o aprendizado
Questão 1
Quando a entidade reclassifica a vida útil de um ativo intangível de indefinida para definida, ela deverá:
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A
Tratar a reclassificação como mudança de estimativa e reconhecer o efeito retroativo em lucros acumulados.
B
Continuar não amortizando o ativo intangível.
C
Realizar o teste de impairment, de acordo com a IAS 36.
D
Tratar a reclassificação como mudança de estimativa contábil e passar a reconhecer a amortização de forma
prospectiva.
E
Não existe na IAS 38 a possibilidade de reclassificação da vida útil de um ativo intangível.
A alternativa D está correta.
A mudança na avaliação de vida útil de indefinida para definida deve ser contabilizada como mudança de
estimativa contábil, de forma prospectiva, de acordo com a IAS 8 – Accounting Policies, Changes in
Accounting Estimates and Errors.
Questão 2
Em 20X1, a Sociedade Empresária “A” adquiriu, por R$1.000.000,00, o direito de explorar a marca comercial
(registrada) ABC. O direito de exploração dessa marca foi estipulado em contrato e tem vigência de 10 anos. A
Sociedade Empresária “A” não pretende renovar o contrato e julga que o método de amortização linear reflete
o padrão de consumo pela entidade dos benefícios econômicos futuros esperados com a exploração da
marca. Com base somente nessas informações e, considerando-se a IAS 38 – Intangible Assets, assinale a
alternativa que evidencia o valor contábil de amortização acumulada da marca comercial ABC que estará
reconhecido no Balanço Patrimonial da Sociedade Empresária “A” ao encerrar o exercício social de 20X1.
Admita que não há valor residual e que a marca estava disponível para uso em 01/01/20X1, momento em que a
Sociedade Empresária “A” iniciou a exploração.
A
R$8.300,00
B
R$100.000,00
C
R$200.000,00
D
R$1.000.000,00
E
R$10.000,00
A alternativa B está correta.
Considerando que o método da amortização linear resulta em despesa constante durante a vida útil do
ativo, teremos: Custo de aquisição: R$1.000.000,00 (-) Valor residual: (R$0,00) (=) Valor amortizável:
R$1.000.000,00 Amortização anual: R$1.000.000,00 / 10 = R$100.000,00 Amortização acumulada em um
ano: R$100.000,00 x 1 = R$100.000,00 Ao final do primeiro ano, teremos: Custo de aquisição:
R$1.000.000,00 (-) Amortização acumulada: (R$100.000,00) (=) Valor contábil: R$900.000,00
4. Conclusão
Considerações finais
Como vimos, os bens e direitos representam as aplicações de recursos e são qualificados no patrimônio das
empresas como ativo. Esses ativos, que consistem em recursos econômicos, são controlados e são
resultantes de eventos passados, integram o conjunto completo das demonstrações contábeis das entidades
e influenciam relevantemente as decisões econômicas dos diversos usuários das informações.
Dentre a quantidade de ativos que compõem o patrimônio das empresas e, consequentemente, evidenciados
nos relatórios de propósito geral, foi objeto de estudo, neste conteúdo, os estoques, o imobilizado e o
intangível.
Desta forma, foram destacados os aspectos relacionados ao reconhecimento (quando o ativo está apto a ser
registrado na contabilidade), à mensuração (que representa a atribuição do valor monetário ao ativo), e à
divulgação (originada na teoria do disclosure /divulgação), que retrata o nível de transparência dos negócios
evidenciado nas demonstrações contábeis.
Foi possível perceber que os critérios de reconhecimento desses ativos são constituídos de atributos
peculiares que, quando atendidos, representam com fidedignidade, em termos qualitativos, o patrimônio das
entidades.
Compreendemos também que a mensuração é a tradução monetária do valor econômico dos ativos e possui
bases específicas para tal, como por exemplo, valor contábil (custo histórico), valor justo, valor em uso, valor
recuperável e valor realizável líquido e, cada qual, empregado de acordo com as normas internacionais de
contabilidade.
Por fim, vimos que a divulgação tem por objetivo fornecer, aos usuários, um conjunto mínimo de informações
de natureza patrimonial, econômica, financeira, legal, física e social que lhes possibilitem o conhecimento e a
análise da situação da entidade. Assim, as normas internacionais de contabilidade estudadas neste conteúdo
contêm requisitos mínimos legais exigidos das empresas em relação ao nível de divulgação exigido.
Podcast
Para encerrar, ouça mais sobre o que é um ativo, como se dá o reconhecimento, a mensuração e a
divulgação de estoques, imobilizado e intangíveis e o que é a depreciação do imobilizado e a
amortização de intangíveis.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para ouvir o áudio.
Explore +
Sugerimos a leitura do artigo Tratamento do ativo imobilizado diante das normas contábeis internacionais –
IFRS, publicado na Revista Ibero-Americana de Humanidades. Descubra as principais alterações introduzidas
com o processo de convergência das IFRS no Brasil, e, quais os impactos diretos decorrentes dessas
alterações no Balanço Patrimonial com foco no grupo do ativo imobilizado das entidades.
 
Assista ao vídeo Ativo Imobilizado e, em especial, sobre as diferenças entre a depreciação contábil versus a
depreciação fiscal, do programa Palestra com o Autor, produzido pelo Conselho Regional de Contabilidade de
São Paulo.
 
Assista, também, a uma sequência de vídeos curtos produzidos pelo Conselho Regional de Contabilidade do
Estado do Rio de Janeiro (CRC-RJ), do projeto Quartas do Conhecimento, em que o tema tratado na 11ª
edição foi Estoques.
Referências
ALMEIDA, M. C. Curso de contabilidade intermediária superior em IFRS e CPC: atende à programação do 3º
ano do curso de Ciências Contábeis. São Paulo: Altas, 2014.
 
BRAGGIO, M. B. Contabilidade Internacional (Livro Proprietário). Rio de Janeiro: SESES, 2019.
 
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC 04 (R1). Pronunciamento Técnico CPC 04 (R1). Ativo
Intangível. São Paulo, 2010. Consultado na Internet em: 25 jul. 2022.
 
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC 16 (R1). Pronunciamento Técnico CPC 16 (R1). Estoques.
São Paulo, 2009. Consultado na Internet em: 25 jul. 2022.
 
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC 27. Pronunciamento Técnico CPC 27. Ativo Imobilizado.
São Paulo,2009. Consultado na Internet em: 25 jul. 2022.
 
FRAMEWORK. INTERNATIONAL ACCOUNTING STANDARDS BOARD. Conceptual Framework for Financial
Reporting. Londres, 2022. Consultado na Internet em: 10 jun. 2022.
 
GELBCKE, E. R.; SANTOS, A. dos; IUDÍCIBUS, S. de; MARTINS, E. Manual de contabilidade societária: aplicável
a todas as sociedades: de acordo com as normas internacionais e do CPC. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
 
IUDÍCIBUS, S. de. Teoria da Contabilidade. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
 
LEMES, S.; CARVALHO, N. L. Contabilidade internacional para graduação. São Paulo: Atlas, 2010.
 
LEMES, S.; CAMPOS L. C.; ALVES, R. D. S.; ALMEIDA, N. S. de. Casos para ensino em contabilidade societária.
São Paulo: Atlas, 2014.
 
PADOVEZE, C. L. Manual de contabilidade internacional. São Paulo: Cengage Learning, 2014.
	Ativos em contabilidade internacional
	1. Itens iniciais
	Propósito
	Objetivos
	Introdução
	1. Estoques: reconhecimento, mensuração e divulgação
	Estoques
	Reconhecimento de estoques
	Exemplo
	Exemplo
	Exemplo
	Exemplo
	Mensuração de estoques
	Atenção
	Atenção
	Divulgação de estoques
	Redução do estoque ao valor realizável líquido
	Conteúdo interativo
	Vem que eu te explico!
	Estoques
	Conteúdo interativo
	Divulgação de estoques
	Conteúdo interativo
	Verificando o aprendizado
	2. Imobilizado: reconhecimento, mensuração e divulgação
	Imobilizado
	Reconhecimento de imobilizado
	Atenção
	Mensuração de imobilizado
	Método do custo
	Método da reavaliação
	Depreciação de imobilizado
	Método da linha reta (linear)
	Método dos saldos decrescentes (taxas decrescentes)
	Método de unidades produzidas
	Divulgação de imobilizado
	Métodos de depreciação
	Conteúdo interativo
	Vem que eu te explico!
	Definições de termos-chave trazidos pela norma IAS 16 – Property, Plant and Equipment
	Conteúdo interativo
	Divulgação de Imobilizado
	Conteúdo interativo
	Verificando o aprendizado
	3. Intangível: reconhecimento, mensuração e divulgação
	Intangível
	Amortização
	Ativo
	Ativo intangível
	Ativo monetário
	Custo
	Desenvolvimento
	Mercado ativo
	Pesquisa
	Perda por desvalorização
	Valor amortizável
	Valor contábil
	Valor específico para a entidade
	Valor justo
	Valor justo líquido
	Valor recuperável
	Valor residual
	Vida útil
	Reconhecimento de intangível
	Separada
	Combinação de negócios
	Mensuração de intangível
	Ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill)
	Ativo intangível gerado internamente
	Vida útil
	Definida
	Indefinida
	Amortização de intangível
	Método da linha reta (linear)
	Método dos saldos decrescentes (taxas decrescentes)
	Método de unidades produzidas
	Divulgação de intangível
	Ativo intangível adquirido em combinação de negócios
	Conteúdo interativo
	Vem que eu te explico!
	Ativo intangível
	Conteúdo interativo
	Divulgação de intangível
	Conteúdo interativo
	Verificando o aprendizado
	4. Conclusão
	Considerações finais
	Podcast
	Conteúdo interativo
	Explore +
	Referências

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